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IED I DIREITO PUBLICO E PRIVADO

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE DIREITO I
1º Período
Professora Cristina Palaoro
_____________________________________________________
A divisão clássica do Direito:
DIREITO PÚBLICO e DIREITO PRIVADO
1. Contexto Histórico:
	A clássica divisão do direito público e privado é oriunda do direito romano. O direito público era aquele concernente ao estado dos negócios romanos. O direito privado, o que disciplinava os interesses particulares.
2. Conceito de Direito Público e Direito Privado e a “Teoria do Interesse”: 
	Há vários critérios doutrinários utilizados para separar os campos do Direito Privado e do Direito Público. Entre eles, a teoria do interesse segundo a qual a norma de direito público tem por finalidade a tutela do interesse público e a do direito privado, dos interesses particulares. Muitos doutrinadores atribuem uma falibilidade no primeiro critério (direito público) vez que o Direito, como um todo, visa proteger simultaneamente interesses públicos e particulares. O critério somente poderia ser mantido se procurasse exprimir uma nota tendencial: se o direito público visa, predominantemente, a proteção dos interesses da coletividade, o direito privado visa o interesse particular. 
	Ainda assim, o critério mostra-se problemático porque: i) não seria possível, em muitos casos, identificar o interesse predominante, se público ou privado; e ii) há normas que, embora destinadas à tutela de interesses públicos, são classificadas como de direito privado por força da tradição.
	Alguns doutrinadores, como Maria Celina BODIN DE MORAES, distingue as relações jurídicas de caráter público e de caráter privado com base no interesse preponderante. Para os doutrinadores que defendem a teoria do interesse preponderante, as normas de direito público seriam as que assegurariam diretamente o interesse da sociedade e indiretamente o do particular; e as de direito privado visariam atender imediatamente o que convém aos indivíduos e mediatamente ao poder público.
Entretanto, este critério é insatisfatório, pois tão interligados estão os interesses que é impossível verificar, com exatidão, qual o que prepondera. Modernamente, recusa-se a utilidade ou interesse como fator exclusivo da diferenciação desta divisão.
	Maria Helena DINIZ diz que o critério da utilidade ou interesse visado pela norma é falho porque, a seu ver, não se pode afirmar, com segurança, se o interesse protegido é do estado ou o do particular. Há uma correlação, de modo que a norma jurídica que tiver por finalidade a utilidade do indivíduo visa também a do Estado e vice-versa. Diz ainda, que há casos em que é nítida a interpenetração dos interesses individual e social como, por exemplo, no direito de família, pois não há tema de índole mais individual do que o casamento; entretanto, não há também, assunto de maior relevância para a sociedade do que a estabilidade familiar. Delineia-se uma zona de interferência recíproca, o que dificulta a exata caracterização da natureza pública ou privada dessas normas.
	A maioria dos juristas entende ser impossível uma solução absoluta ou perfeita do problema da distinção entre direito público e direito privado. Embora o direito objetivo constitua uma unidade, sua divisão em público e privado é aceita por ser útil e necessária, não só sob o prisma da ciência do direito, mas também do ponto de vista didático. Todavia, não se deve pensar que sejam dois compartimentos estanques, estabelecendo uma absoluta separação entre as normas de direito público e as de direito privado, pois intercomunicam-se com certa freqüência.
Hodiernamente, se tem buscado o elemento diferenciador no sujeito ou titular da relação jurídica. O direito público seria aquele que regula as relações em que o Estado (Poder público: União, Estados, Municípios, Ministérios, Secretarias, Departamentos; Autarquias: INSS, OAB, etc) é parte, ou seja, rege a organização e atividade do estado considerado em si mesmo (direito constitucional), em relação com outro Estado (direito internacional), e em suas relações com os particulares, quando procede em razão de seu poder soberano e atua na tutela do bem coletivo (direitos administrativo e tributário). O direito privado é o que disciplina as relações entre particulares, nas quais predomina, de modo imediato, o interesse de ordem privada, como compra e venda, doação, usufruto, casamento, testamento, empréstimo, etc.
 
3. Divisão dos Direitos Público e Privado:
a) DIREITO PÚBLICO INTERNO:	
Direito Constitucional: Visa regulamentar a estrutura básica do Estado, disciplinando a sua organização ao tratar da divisão dos poderes, das funções e limites de seus Órgãos e das relações entre governantes e governados;
Direito Administrativo: É o conjunto de normas que regem a atividade estatal, exceto no que se refere aos atos jurisdicionais e lefgislativos, objetivando a consecução de fins sociais e políticos ao regulamentar a atuação do governamental, a administração dos bens públicos, etc;
Direito Tributário: Voltado aos tributos (impostos, taxas, contribuições);
Direito Financeiro: Tem por objetivo regular a despesa e a receita do Estado.
Direito Processual: Disciplina a atividade do Poder Judiciário e a dos que a ele requerem ou perante ele litigam, correspondendo, portanto, à função estatal de distribuir a justiça;
Direito Penal: Complexo de normas que definem crimes e contravenções, estabelecendo penas, com as quais o Estado mantém a integridade da ordem jurídica, mediante sua função preventiva e repressiva;
Direito Previdenciário: Conjunto de normas que amparam o trabalhador, garantindo-lhe benefícios da previdência e assistência social.
OBS: Há doutrinadores, como Paulo Dourado de Gusmão, que apontam o Direito Judiciário e o Direito Nuclear como ramos do direito público interno.
b) DIREITO PÚBLICO EXTERNO:
Direito Internacional: que pode ser público, se se constitui de normas disciplinadoras das relações entre os Estados, ou privado, se rege as relações do Estado com cidadãos pertencentes a Estados diversos. Rege as relações jurídicas em que são partes Estados soberanos (Brasil, EUA, Inglaterra, etc.), com o objetivo de criar a comunidade internacional, manter a paz e garantir o comércio internacional.
c) DIREITO PRIVADO:
 Direito Civil: Regulamenta os direitos e deveres de todos os indivíduos, enquanto tais, contendo normas sobre o estado e a capacidade das pessoas e sobre as relações atinentes à família, às coisas, às obrigações e sucessões;
Direito Comercial ou Empresarial: Disciplina a atividade do empresário, e de qualquer pessoa física ou jurídica, destinada a fins de natureza econômica, desde que habitual e dirigida à produção de resultados patrimonial;
Direito do Trabalho: Rege as relações entre empregador e empregado, compreendendo normas sobre a organização do trabalho e da produção;
Direito do Consumidor: Conjunto de normas disciplinadoras das relações de consumo existentes entre fornecedor e consumidor

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