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COISAS E BENS 
 
FIUZA, Cézar. Curso Completo de Direito Civil. 17* ed. Revista dos Tribunais. 2016 
 
 FARIAS, Paula Victoria Santos 1
 
O Código Civil de 1916 usava os termos coisas e bens sem muita especificação, já 
que estas palavras são comumente confundidas no dia a dia e até mesmo nas 
técnicas jurídicas. Mas a confusão entre os termos não é de insciência, uma vez 
que as suas definições são parecidas. Visto que: Bem é tudo aquilo que é útil às 
pessoas. E coisa, para o Direito, é todo bem econômico, dotado de existência 
autônoma, e capaz de ser subordinado ao domínio das pessoas. Assim, coisa neste 
sentido, assemelha-se a bem. Porém nem todo bem pode ser considerado coisa. 
Deve-se adotar três requisitos para que um bem seja coisa: 
1° interesse econômico : o bem deve representar interesse de ordem econômica. 
2° gestão econômica : deve ser possível individualizar e valorar o bem. coisa, para 
o Direito; 
3° subordinação jurídica : o bem deve ser passível de subordinação a uma pessoa. 
Tampouco deste ângulo, a luz do sol seria bem ou coisa. 
Coisas e bens se classificam em: bens considerados em si mesmos, bens 
reciprocamente considerados, bens considerados em relação às pessoas que deles 
se utilizam e bens que se acham dentro e fora do comércio. 
 
 2.1 Primeira Classe - Bens considerados em si mesmos 
 
a ) Bens corpóreos e incorpóreos - corpóreos são bens possuidores de existência. 
Incorpóreos são bens abstratos, que não possuem existência física. 
 
 b ) Bens móveis, semoventes e imóveis - 
- bens ​móveis​: ​ suscetíveis de remoção por força alheia. 
 
-por natureza​: ​ suscetíveis de remoção por força alheia. 
 
-​por força de lei: eletricidade, direito reais sobre bens móveis, (penhor), ações que 
protegem esses direitos, os direitos pessoais de caráter patrimonial, os direitos de 
crédito, direitos autorais e as ações que os protegem. 
 
-por antecipação​: são móveis para efeitos específicos. São imóveis enquanto 
estiverem vinculadas ao solo, podendo mobilizadas a qualquer momento. 
 
1 Graduando do segundo período do curso de Direito na Universidade CEUMA 
paulavsfarias@gmail.com 
-semoventes: suscetíveis de movimento próprio. 
 
-imóveis: não podem ser removidos sem que sua essência se destrua. 
 
 por natureza: solo e suas adjacências naturais. 
 
por acessão física: é tudo o que é incorporado pelo homem permanentemente ao 
solo. (Ex. edificações.) 
 
por acessão intelectual (substituídas pelas pertenças): aquilo que é mantido no 
imóvel para aformoseamento, exploração ou comodidade. Só são considerados 
imóveis enquanto ligados ao imóvel. 
 
por força de lei: direitos reais sobre imóveis ( ex. hipoteca) e as ações que os 
asseguram, direito à sucessão aberta ( herança). Edificações separadas do solo que 
não perderam sua unidade. 
 
c ) Bens fungíveis e infungíveis - Fungíveis são bens que podem ser substituídos 
por outro da mesma característica. Infungíveis são bens que não podem ser 
substituídos por outro, a exemplo jóias de família, casa etc. 
 
d ) Bens consumíveis e inconsumíveis - São consumíveis os bens móveis cujo uso 
importa destruição imediata da própria substância sendo também considerados tais 
os destinados à alienação. Inconsumíveis, ao contrário, são os que admitem uso 
reiterado sem destruição de sua matéria. 
 
e ) Bens divisíveis e indivisíveis - Bem divisível é aquele que, quando fracionado 
fisicamente, não perde a identidade e tampouco sofre desvalorização.Bem 
indivisível é aquele que perde a identidade ou perde o valor, quando fracionado. A 
parte não é capaz de manter as mesmas características do todo e um valor 
economicamente apreciável. 
 
f ) Bens singulares e coletivos - Bem singular é aquele que, embora inserido em um 
conjunto, é considerado individualmente, independentemente dos demais, São os 
bens individualizados, por exemplo, livro na biblioteca. 
 
Bens coletivos são os bens agregados num todo, também chamados de 
universalidade de fato, como por exemplo, biblioteca, floresta, rebanho. E 
universalidade de direito, como por exemplo, patrimônio, herança. 
 
g) Bens perecíveis e imperecíveis: Perecíveis são os bens que necessitam de 
armazenamento especial para que suas condições sejam mantidas e não haja a sua 
perca rapidamente com o tempo, diferentemente dos bens imperecíveis, que 
independem de condições especiais, já que não perecem com facilidade. 
 
 
 ​COISAS E BENS 
 
GAGLIANO, Pablo Stolze, FILHO, Rodolfo Pamplona. “Novo Curso de Direito Civil 
1: Parte Geral”. 16* ed. São Paulo. Saraiva. 2014 
 
 FARIAS, Paula Victoria Santos​¹ 
 
1. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS JURÍDICOS (arts. 43 a 73) 
 
1.1 Dos bens considerados em si mesmo (arts. 43 a 57 do CC-16 e arts. 79 a 91 
do CC-02) 
 
4.1.1. Bens corpóreos e incorpóreos 
Os bens corpóreos são aqueles que têm existência física palpável, como os bens 
móveis (cadernos, jóias etc) e imóveis (terrenos, casas etc) em geral. 
Ao contrário dos corpóreos, os incorpóreos são as coisas abstratas, que não é 
possível identificação pelos sentidos, mas ainda sim é objeto de direito. São 
exemplo os produtos de intelecto, com valor econômico. 
Apesar dos bens corpóreos e incorpóreos serem objeto de direito jurídico, existe 
também o fato que somente os bens corpóreos são passíveis de contrato de compra 
e venda, os bens imateriais só podem ser transferidos por contrato de cessão e não 
podem ser adquiridos por usucapião. 
 
4.1.2. Bens imóveis e móveis 
São considerados bens imóveis aqueles que não podem ser transportados sem que 
sua matéria seja modificada. Já os móveis, podem ser movidos de um lugar para 
outro sem que sua matéria seja danificada. Os móveis que possuem movimento 
próprio, sem necessidade de força alheia, são denominados de semoventes. 
 
 a) Classificação dos bens imóveis 
 
a.1) Imóveis por sua própria natureza 
Segundo o Código Civil de 1916, pertencem a esta categoria “ o solo com a sua 
superfície, os seus acessórios e adjacências naturais, compreendendo as árvores e 
frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo” (art. 43, I, do CC-16). A exemplos 
são jazidas de petróleo, o espaço aéreo etc e tudo aquilo que for a ele incorporado, 
seja de forma natural ou artificial. 
 
a.2) Imóveis por acessão física, industrial ou artificial 
É tudo o que for incorporado ao solo pelo homem, como a semente a terra, os 
edifícios e construções, de modo que sua movimentação acarretaria em danificação 
ou dano em suas estruturas. 
Acessão quer dizer integração,aumento, união física, ou seja, ou bens que eram 
considerados móveis são incorporados aos imóveis de forma que se tornam 
imóveis. A exemplo o forro de gesso utilizado na construção da casa. 
 
a.3) Imóveis por acessão intelectual 
São os considerados bens acessórios. O proprietário de forma intencional 
encaminha o imóvel para uso industrial, decorativo ou comodidade. Por exemplo: ar 
condicionado, escadas de incêndio, maquinários agrícolas etc. 
 
a.4) Imóveis por determinação legal 
Nessa classificaçãoo naturalismo do bem não prevalece, o que é levado em conta é 
a vontade do legislador, principalmente por determinação judicial. 
 
a.5) Considerações sobre a natureza imobiliária do direito à sucessão aberta 
Um patrimônio não pode ficar sem titular, de imediato acontece a transferência dos 
bens da herança aos herdeiros legítimos e testamentários. 
 
b) Classificação dos bens móveis 
 
b.1) Móveis por sua própria natureza 
São aqueles que podem ser movimentados sem perder suas substâncias, desde 
que sejam sujeitos a força alheia. (Ex.: caderno, bolsa etc) 
 
b.2) Móveis por antecipação 
São os bens incorporados ao solo, mas que tem o objetivo de serem convertidos em 
móveis. É o caso das árvores destinadas ao corte. 
 
b.3) Móveis por determinação legal 
Segundo Carlos Roberto Gonçalves, “ são bens imateriais, que adquirem essa 
qualidade jurídica por disposição legal. Podem ser cedidos, independentemente de 
outorga uxória ou autorização marital. Incluem-se nesse rol, o fundo de comércio, as 
quotas e ações de sociedades mercantis, os créditos em geral. 
 
c) Semoventes 
São os bens que mudam de um lugar para o outro por movimento voluntário, sem a 
necessidade de força alheia, como é o caso dos animais. A eles são aplicadas as 
mesmas leis dos bens móveis por própria natureza. 
 
4.1.3. Bens fungíveis e infungíveis 
Fungíveis são os bens que podem ser substituídos por outro que contenha as 
mesmas características. Esses bens são tipicamente móveis. (Ex.: café, arroz etc). 
Porém, os infungíveis, têm natureza insubstituível. (Ex.: uma obra de arte) 
 
4.1.4. Bens consumíveis e inconsumíveis 
Consumíveis são os bens que o uso acarreta sua destruição, é o caso dos 
alimentos. Os inconsumíveis suportam o uso prolongado, sem prejuízo do seu 
desgaste progressivo e natural, a exemplo: o automóvel. 
 
4.1.5. Bens divisíveis e indivisíveis 
Os bens divisíveis são aqueles que se repartidos em partes reais e distintas, 
tornando cada uma um todo perfeito (art. 52 do CC-16). O contrário, são os bens 
indivisíveis. 
 
4.1.6. Bens singulares e coletivos 
Bens singulares são uma unidade autônoma e diferente de qualquer outra. Contudo, 
os coletivos são o composto de diversas coisas singulares que se tornam um 
conjunto homogêneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COISAS E BENS 
 
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil: Teoria Geral do Direito Civil. 29* ed. 
Editora Saraiva. 2012 
 
 FARIAS, Paula Victoria Santos 2
 
NOÇÃO DE BENS 
 
A) Conceito 
Para Agostinho Alvim, os bens são objetos materiais e imateriais que possuam valor 
econômico e que possa ser utilizado em uma relação jurídica. 
Assim, os bens são coisas, mas nem todas as coisas podem ser consideradas bens, 
já que as coisas abrangem tudo que existe na natureza, exceto o homem, mas os 
bens são apenas as coisas que proporcionam ao homem utilidade e passível de se 
tornar patrimônio. 
Considera-se bem, não somente os bens corpóreos, mas também os incorpóreos 
que são as criações intelectuais ( propriedade literária, científica e artística) e a 
atividade humana, como a prestação de serviços, fazendo que a prestação das 
atividades seja objeto direito suscetível de relação jurídica. 
 
B) Caracteres 
Afim de que o bem seja objeto da relação jurídica privada ele precisa apresentar as 
seguintes características: 
1) Idoneidade para satisfazer um interesse econômico- está idoneidade não é 
relacionada aos bens morais e sim aos financeiros que podem fazer parte da 
formação de patrimônio. 
2) Gestão econômica autônoma 
3) Subordinação jurídica ao seu titular- o bem deve ser subordinado ao domínio do 
homem, assim os bens da natureza (ar, estrelas, o sol) são bens que estão fora da 
seara jurídica por serem impossíveis de apropriações. 
 
C) Classificação dos bens 
Os bens jurídicos são divididos no Código Civil em: bens considerados entre si, 
bens reciprocamente considerados e bens públicos e particulares. 
 
c.1) Dos bens considerados em si mesmo 
 
2 Graduando do segundo período do curso de Direito na Universidade CEUMA 
paulavsfarias@gmail.com 
 
c.1.1.) bens corpóreos e incorpóreos: 
Os bens corpóreos são aqueles que possuem existência material, ou seja, são 
objeto do direito. 
Os bens incorpóreos não possuem existência tangível e são relativos aos direitos 
que as pessoas físicas ou jurídicas têm sobre as coisas. (Ex.: direitos autorais e 
obrigacionais). 
 
c.1.2.) bens móveis e imóveis: 
A definição dos bens está associado a sua natureza, sendo os bens imóveis 
aqueles que ao serem movimentados danificam sua estrutura essencial, agora os 
bens móveis podem ser transportados facilmente sem que sua estrutura seja 
danificada, além disso existem os bens que se movem por vontade própria, 
denominados semoventes. 
Para a transferência dos bens imóveis é necessário uma série de formalidades, a 
exemplo uma venda, deveria ser registrada em cartório, já os bens móveis não é 
necessário essa formalidade salvo alguns itens como o carro. 
 
*Classificação dos bens imóveis 
1) imóveis por sua natureza: são aqueles que possuem por natureza a 
característica imóvel e sua movimentação acarretaria a danificação de suas 
substâncias. 
2) imóveis por acessão física artificial: é tudo aquilo que o homem integra ao 
solo (semente, edifício, construções etc), de forma que sua retirada 
provocaria destruição, modificação ou dano. 
3) imóvel por acessão intelectual ou imóvel por destinação do proprietário: são 
os bens móveis que por vontade do proprietário o torna imóvel de forma 
intencional para a sua comodidade ou ornamentação. 
4) imóveis por determinação legal: todos os bens imóveis estão passíveis de 
sucessão e possuem direitos reais e ações que o asseguram. (Ex.: hipoteca) 
 
*Classificação dos bens móveis 
1) móveis por natureza: são as coisas corpóreas passíveis de movimento próprio, 
semoventes, ou alheia sem que sua substância seja alterada. 
2) móveis por antecipação: é a mobilização de bens imóveis almejando a função 
econômica. A exemplo estão as árvores transformadas em lenha, casas vendidas 
para demolição etc). 
3) móveis por determinação de lei: são bens incorpóreos que passam a ser bens 
móveis por previsão legal. (Ex.: créditos, direitos autorais etc). 
 
c.1.3.) bens fungíveis e infungíveis 
São fungíveis os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade. A fungibilidade é característica dos bens móveis. Já os 
infungíveis não podem ser substituídos sem que se danifiquem o seu conteúdo, seja 
ele intelectual ou especial. A infungibilidade é própria dos bens imóveis. 
 
c.1.4.) bens consumíveis e inconsumíveis 
Consumíveis são os bens que tem a sua imediata destruição da sua substância no 
primeiro uso. Os inconsumíveis são os bens que podem ser usados continuamente 
sem que chegue facilmente a sua deterioração. 
A consuntibilidade é relativa, já que consumiveis podem se tornar inconsumíveis, e 
vice versa, dependendo apenas da destinação econômica e jurídica. 
 
c.1.5.) bens divisíveis e indivisíveis 
Os bens que podem ser divididosem partes homogêneas sem que sua qualidade 
seja alterada ou desvalorizada. Porém, existem os bens indivisíveis: 
1) por natureza: não podem ser fracionados sem que percam o valor. Exemplo: 
um animal dividido ao meio perde sua característica semovente. 
2) por determinação legal: são aqueles que a lei não permite divisão jurídica. 
3) por vontade das partes: são os bens tornados indivisíveis por convenção das 
partes, ou seja a indivisibilidade é convencional e o prazo não será superior a 
5 anos suscetível de prorrogação ulterior. 
 
c.1.6.) bens singulares e coletivos: 
Bens singulares são aqueles que embora reunidos se consideram por si só, 
independente dos demais. 
Os bens coletivos são compostos de várias coisas singulares em conjunto formando 
assim um todo que passa a ter a união como característica 
Podem se apresentar como: 
1) universalidade de fato 
É a pluralidade de bens singulares que, pertinentes a mesma pessoa, tenham 
destinação unitária, podendo assim ser objeto de relações jurídicas próprias. 
 2) universalidade de direito 
É a composição de relações jurídicas de uma pessoa, possuidoras de valor 
econômico, a exemplo, a herança, o patrimônio, fundo de comércio etc.

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