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Bens - Dir Civil

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BENS
São objetos de uma relação jurídica, construindo-se em valores materiais ou imateriais. Toda relação jurídica entre sujeitos será seu objeto.
Bens são apenas aquelas coisas que têm valor econômico e que são suscetíveis de apropriação (animais, livros, automóveis etc.).
Ex. um contrato de compra e venda a preço a ser pago e o bem a ser transferido são o objeto dessa relação jurídica de natureza contratual.
Art., 79 e seguintes estabelecem 3 capítulos para disciplinar os bens considerados em si mesmo, bens reciprocamente considerados e bens públicos.
Bens considerados em si mesmo
Móvel- aquele que tem mobilidade.
· Os bens suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia, sem alteração da substancia ou destinação econômico social.
· As energias que tenham valor econômico.
· Os direitos reais sobre objetos moveis e as ações correspondentes.
· Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
· Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de moveis, readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
Imóvel- tudo que é ligado ao solo.
· O solo e tudo quanto lhe incorporar natural ou artificialmente.
· Os direitos reais sobre imóveis e as ações que lhe asseguram.
· O direito a sucessão aberta.
· As edificações que separadas do solo, mas conservando sua unidade, foram removidas a outro local.
· Os materiais provisoriamente separados de um prédio para neles se empregarem.
Fungível- os moveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ex- celular, tv, bens que posso trocar.
Infungíveis- os moveis que não podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. (Não posso trocar)
Consumíveis- os bens moveis cujo uso imposta destruição imediata da própria substancia, sendo também considerados tais os destinados a alienação. 
Ex- alimentos, combustível, matéria prima. 
Inconsumíveis ou duráveis- os bens moveis cujo uso não importa destruição imediata da própria substancia, sendo também considerados tais os destinados a alienação.
Singulares- os bens que, embora reunidos, se consideram de per si (por si mesmo) independente dos demais.
Coletivos- têm-se as universalidades de fato e de direito;
· De fato- pluralidade de bens singulares, pertinentes a mesma pessoa, e que tenham destinação única. Por exemplo coleções, rebanho de gado, biblioteca etc.
· De direito- complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de conteúdo econômico. Por exemplo, o patrimônio de alguém.
Divisíveis- os que podem fracionar sem alteração na sua substancia, diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam.
Os bens naturalmente divisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
Indivisíveis- os que não podem fracionar sem alteração na sua substancia, diminuição do valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Bens reciprocamente considerados
O tratamento pelo código de 2002 dos bens reciprocamente considerados se inicia no art. 92, que conceitua bem principal como aquele que existe sobre si, abstrata ou concretamente e como acessório, aquela cuja existência supõe a da principal. Do art. Acima se pode extrair implicitamente o princípio da garantia jurídica, popularmente conhecido como princípio do acessório que segue o principal. 
Esse princípio tem 3 implicações:
1. A natureza jurídica do bem acessório será a mesma do bem principal. Obs.- se o bem for imóvel seu acessório também será.
2. Será proprietário de bem acessório aquele que for proprietário do bem principal. Ex- crias de um animal pertencem ao seu proprietário.
3. Quanto a destinação, prevalece o “acessorium sectum principale”, ou seja, o acessório terá o mesmo destino do bem principal.
· Se for alienado o bem principal seus acessórios também serão alienados.
· Se houver clausula de inalienabilidade ao principal, os acessórios sujeitarão ao ônus real instituído.
O princípio da gravitação jurídica não é um princípio de caráter absoluto em que as regras jurídicas oriundas desse princípio poderão ser alteradas pelas circunstancias do caso concreto, pela vontade das partes ou pela própria lei. Ex- atr. 233 c.c./02
Pertenças- os bens que não constituídos partes integrantes se destinam de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. ex- art.93cc/02.
Art. 94 c.c/02 estabelece que as pertenças, via de regra, não será aplicado o princípio da gravitação jurídica, salvo disposição entre as partes, por determinação legal ou decorrência de circunstancias do caso.
Pertença não é um bem acessório!
Ex- quadros decorativos, condicionadores e ar etc.
DAS DIVERSAS CLASSIFICAÇÕES DOS BENS
A classificação dos bens tem por objetivo facilitar o trabalho dos operadores do Direito, permitindo a aplicação das mesmas regras jurídicas àqueles que se apresentem com características semelhantes. Com esse propósito o legislador do Código Civil de 2002 classificou os bens de acordo com três critérios:
a) bens considerados em si mesmos (imóveis e móveis; fungíveis e infungíveis; consumíveis e inconsumíveis; divisíveis e indivisíveis; materiais e imateriais; singulares e coletivos);
b) bens reciprocamente considerados (principais e acessórios);
c) considerados em relação ao titular (particulares e públicos).
Há também outros conceitos estabelecidos pela doutrina como veremos abaixo:
Classificação dos bens Quanto a mobilidade:
1) Bens móveis: art. 82 a 84 CC;
São aqueles que podem ser movidos de um local para outro sem que seja alterada a substância ou a destinação econômico-social.
A remoção de um lugar a outro pode ocorrer por força própria (semoventes), no caso dos animais, ou por força alheia, que são os móveis propriamente ditos (p. ex.: livro, caneta, fruta etc.). 
Os bens móveis podem ser classificados em:
a. Por natureza ou essência: são aqueles que tem movimentação própria ou remoção por força alheia sem alteração da substância ou da destinação econômica. Compreendem tanto os semoventes (aqueles que se movem por força própria – exemplo: os animais) como as coisas inanimadas que possam ser transportadas de um lugar a outro, sem que se destruam, isto é, sem que ocorra alteração de sua substância ou de sua destinação social– exemplos: carro, lápis, cadeira etc. O bem móvel por natureza é sempre uma coisa corpórea.
b. Por antecipação: São aqueles mobilizados (transformados em bens móveis) pelos seres humanos em atenção à sua finalidade econômica (p. ex.: fruta colhida, madeira cortada, pedra extraída, casa vendida para ser demolida etc.). Por receberem o tratamento de bens móveis, não exigem escritura pública para sua alienação e dispensam a vênia conjugal (autorização do cônjuge).
c. Por disposição de lei: art. 83 CC;
a) as energias que têm valor econômico: elétrica, térmica, solar, nuclear, eólica, radioativa, radiante, sonora, da água represada etc.;
b) os direitos reais sobre bens móveis (direito de propriedade, usufruto, penhor e propriedade fiduciária) e as ações correspondentes;
c) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações: direitos obrigacionais, também denominados de crédito;
d) os direitos autorais:
e) a propriedade industrial
OBS: Navios e aeronaves: embora sejam registrados e transmitidos da mesma forma que os bens imóveis são bens móveis.
2) Bens imóveis: art. 79 a 81 CC;
Bens imóveis ou bens de raiz são aqueles que não podem ser transportados, sem destruição, de um lugar para outro. A remoção causaria alteração de sua substância ou de sua forma. Compreende o solo e tudo quanto lhe for incorporado de maneira natural ou artificial.
a. Por natureza ou essencial; é o solo e tudo quanto se lhe incorporar naturalmente. Ex: arvores, frutos, pedras, espaço aéreo do imóvel e seu subsolo (estes 2 últimos com restrições no próprio CC)
b. Por acessão física industrial ou artificial; são os bens que o homem incorpora no solo de forma artificial ou permanente. – não podem ser retirados em regra, sem destruição, modificação, fratura ou danos. Uma exceçãoé uma casa de maneira pré-fabricada - um exemplo de bem imóvel. Outro ex se o prédio for demolido para reconstrução, os materiais continuarão sendo tratados como imóveis. Se a demolição não tiver esse propósito, os materiais passarão à condição de móveis.
c. Por acessão intelectual: são móveis que são imobilizados. Como exemplos de bens imóveis por acessão intelectual, a doutrina costumeiramente aponta os ornamentos (vasos, estátuas nos jardins, cortinas etc.), máquinas agrícolas, animais e materiais utilizados para plantação, escadas de emergência justapostas nos edifícios, geradores, aquecedores, aparelhos de ar-condicionado etc.
Vale destacar No Código Civil de 1916, o art. 43, III, consagrava expressamente os bens imóveis por acessão intelectual, que foram retirados do rol dos bens imóveis no Código Civil de 2002 (art. 79)
d. Por disposição legal: são os bens considerados imóveis por força da lei para receber maior proteção jurídica, consistente, em regra, na exigência de escritura pública para a disposição de direitos. É o caso da herança (direito à sucessão aberta – Código Civil, art. 80, I), considerada bem imóvel ainda que composta só de bens móveis. Para a cessão de direitos hereditários, é exigida a escritura pública (art. 80 CC).Podem ser considerados bens imóveis os seguintes direitos constituídos sobre imóveis: propriedade, superfície, servidão, usufruto, uso, habitação, direito do promitente comprador, hipoteca , DIREITOS REAIS SOBRE IMOVEIS E AS AÇÕES QUE OS ASSEGURAM E O DIREITO A SUCESSAO ABERTA.
Classificação dos bens Quanto a fungibilidade:
1) Bens fungíveis: são BENS MÓVEIS substituíveis por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade. Ex: dinheiro, milho, água etc. s partes podem transformar, mediante simples manifestação de vontade (contrato), um bem fungível em infungível.
2) Bens infungíveis: são bens personalizados ou individualizados. Pode ser MÓVEL ou IMÓVEL. Ex: veículos automotores (chassi único), obras de arte, ... A infungibilidade pode resultar da natureza do bem ou da vontade das partes.
Classificação dos bens Quanto a consuntibilidade:
1) Bens consumíveis; são BENS MÓVEIS cujo uso importa destruição imediata da própria substância, bem como aqueles que podem ser alienados.
a) Consumíveis de fato: são os bens cujo uso importa na destruição imediata da própria substância ou na sua extinção – a consuntibilidade é natural – p. ex.: frutas, verduras etc.;
b) Consumíveis de direito: são os bens destinados à alienação – a consuntibilidade (característica dos bens consumíveis) é jurídica – ex.: livros e automóveis à venda em uma loja.
2) Bens inconsumíveis: São os que podem ser usados de forma contínua e reiterada, sem que isso importe na sua destruição imediata. Os bens inconsumíveis caracterizam-se pela possiblidade de retirada de suas utilidades, sem que seja atingida sua integridade.
Classificação dos bens Quanto a divisibilidade:
1) Bens divisíveis: são aqueles que se podem fracionar sem alteração de sua substância, do seu valor ou que gere prejuízo de uso a que se destinam. Exemplo: um saco de feijão é divisível, pois pode ser fracionado em duas ou mais partes, mantendo as suas características originais. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação legal ou por vontade das partes.
2) Bens indivisíveis: são os bens desprovidos de caráter fracionário devido à própria natureza do bem, à disposição legal, à manifestação das partes ou a seu caráter econômico. Exemplos: touro reprodutor, automóvel, obra de arte, direito à sucessão aberta/herança, que é considerado indivisível até o momento da partilha, o condomínio forçado instituído pela usucapião coletiva.
Classificação dos bens quanto a individualidade:
1) Bens singulares: são aqueles avaliados em sua individualidade, representados por uma unidade autônoma independente dos demais, mesmo quando reunidos. Em regra os bens são singulares. Somente serão considerados coletivos quando houver determinação legal ou determinação das partes.
2) Bens coletivos: são aqueles constituídos por bens singulares:
a. Universalidade de fato (universitas rerum): são bens singulares, pertencentes a mesma pessoa, que tenham destinação única. Exemplos: rebanho, biblioteca, pinacoteca, frota, floresta, cardume
b. Universalidade de direito: são o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. Exemplo: herança, patrimônio, massa falida.
Classificação dos bens Quanto a reciprocidade OU dependência
1) Bens principais: Considera-se bem principal todo aquele que tem sua existência independente de qualquer outro, abstrata ou concretamente.
2) Bens acessórios: são aqueles cuja existência dependa do principal.
Quanto aos imóveis, o solo é o bem principal e tudo que se incorpora nele de forma permanente é acessório. Quanto aos móveis, bem principal é aquele para o qual os outros bens se destinam (para enfeitar, permitir o uso ou servir como complemento). Exemplos: a caneta é o principal, a tampa é o acessório; o computador é o principal, o teclado é o acessório; o automóvel é o principal, o pneu é o acessório; o capital é o principal, os juros são acessórios etc.
>>OBS1:Fruto: é toda utilidade que um bem produz de forma periódica e cuja percepção mantém intacta a substância do bem que a produziu. Embora sejam bens acessórios, podem ser objeto de relação jurídica independentemente do bem principal. Em relação à sua natureza, os frutos podem ser classificados em: naturais ou verdadeiros (p. ex.: frutas), civis (p. ex.: aluguel) e industriais (p. ex.: canetas fabricadas). Os frutos também podem ser classificados de acordo com a vinculação com o bem principal e o seu estado.
>>OBS2:Produtos: são bens que se retiram da coisa desfalcando a sua substância e diminuindo a sua quantidade. Os cereais colhidos de uma plantação de arroz, assim como os minerais extraídos de uma jazida e o petróleo extraído de um poço, são produtos, por não se renovarem.
Ainda dentro de bem acessórios temos as benfeitorias:
Benfeitoria é toda espécie de despesa ou obra (melhoramento) realizada em um bem, com o objetivo de:
· Evitar sua deterioração (benfeitoria necessária)
· Aumentar seu uso (benfeitoria útil)
· Dar mais comodidade (benfeitoria voluptuária).
Os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor, não devem ser considerados como benfeitorias (CC art. 97).
Pertenças são os bens que, não constituindo partes integrantes, destinam-se, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro (p. ex.: trator em uma fazenda, cama, mesa ou armários de uma casa, o ar-condicionado de uma loja etc.).
Em regra, são bens móveis que servem a um imóvel, mas, excepcionalmente, um bem imóvel também pode ser pertença. São consideradas coisas anexadas (res annexa) ao bem principal, embora não o integrem.
Conforme prescreve o art. 94 do Código Civil, os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade ou das circunstâncias do caso.
Classificação dos bens Quanto a titularidade
Além dos bens particulares e públicos, existem aqueles que não pertencem a ninguém, por nunca terem sido apropriados (res nullius) ou por terem sido abandonados (res derelictae). Exemplos: animais selvagens, conchas na praia, águas pluviais não captadas etc.
1) Bens particulares: O conceito de bens particulares é extraído por exclusão do conceito de bens públicos, tendo em vista que o Código Civil de 2002 limitou-se a definir apenas estes últimos. São bens particulares todos aqueles que não forem públicos, isto é, que não pertencerem às pessoas jurídicas de direito público interno.
2) Bens públicos: São públicos os bens de domínio nacional, pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, como os de propriedade da União, Estados e Municípios.
Quatro características importantes dos bens públicos são:
· Inalienabilidade dos Bens públicos de uso comum do povo e de Bens públicosde uso especial
· Imprescritibilidade – São imprescritíveis as pretensões da administração pública com relação aos bens públicos. Logo não podem ser adquiridos por usucapião.
· Impenhorabilidade- Decorre de sua inalienabilidade. Dessa forma os bens públicos não podem ser dados em garantia e não podem ser objetivo de execução judicial.
Não podem ser adquiridos por usucapião – Sumula 340 do STF
Os bens públicos podem ser classificados em três tipos:
 Bens públicos de uso comum do povo: aqueles bens que, embora pertencentes a uma pessoa jurídica de direito público, podem ser utilizados por qualquer pessoa do povo. O domínio é da entidade de direito público e o uso é do povo (p. ex.: mares, rios, estradas, ruas, praias, praças etc.). Importante ressaltar que os bens públicos não perdem a sua característica ainda que a administração pública limite ou suspenda o seu uso ou imponha o pagamento de retribuição (p. ex.: cobrança de pedágio etc.), conforme previsão do art. 103 do Código Civil. São inalienáveis.
Bens públicos de uso especial: são os bens que as pessoas jurídicas de direito público interno destinam aos seus serviços ou outros fins determinados. Como exemplos, podem ser citados os imóveis onde estão instalados prefeituras, escolas, creches, hospitais, quartéis, museus e teatros públicos e os móveis utilizados na realização dos serviços públicos (radar, caneta, computador etc.). São inalienáveis.
De acordo com o Código Civil, abrangem não só aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, como também os de suas autarquias (art. 99, II).
Bens públicos dominicais: também conhecidos como patrimoniais, são aqueles que compõem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público interno, como objeto de direito pessoal ou real, de cada uma dessas entidades (Código Civil, art. 99, III).
Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. São alienáveis.
Classificação Dos Bens De acordo Com a Materialidade ou tangibilidade
Bens materiais (res corporalis) Também denominados bens corpóreos ou tangíveis, são aqueles que têm existência material, podendo ser percebidos por nossos sentidos. Exemplos: armários, lâmpadas, telefones celulares, livros etc. 5.8.2.
Bens imateriais (res incorporalis) Também denominados bens incorpóreos ou intangíveis, são todos os bens que possuem existência abstrata, não podendo ser sentidos/tocados fisicamente pelos seres humanos. São bens que consistem em direitos. Somente existem porque a lei assim determina, por força de determinação jurídica. Exemplo: direitos autorais de quem escreveu um livro, direitos de crédito, direito à herança, invenções, direitos reais, direitos obrigacionais etc.
O Código Civil atual não prevê a classificação dos bens quanto à tangibilidade. A classificação continua relevante, mesmo não expressa em lei, pois somente os bens corpóreos podem ser objeto de posse e, portanto, de proteção possessória (interditos possessórios). Somente os bens corpóreos podem ser objeto de tradição (entrega) e de aquisição por usucapião.

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