Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Avaliação e teste em Fisioterapia ortopedia e traumatologia Anamnese: Importante formular perguntas abertas, para abranger e conseguir identificar o problema. Questões relevantes são: idade; ocupação; motivo pelo qual buscou ajuda; existência de trauma desencadeante por alguma atividade repetitiva; o problema/dor foi insidioso ou foi de evolução lenta; localização da dor ou do sintoma que incomodam; há quanto tempo o problema existe; duração e frequência; a dor está associada ao repouso ou à atividade; estresse emocional; outras doenças associadas e também na família; realização de exames diagnóstico; uso de medicação. Dor sistêmica: Perturba o sono; profunda ou latejante; não agravada pelo estresse mecânico; associada à: perda de peso, artalgias migratórias, fadiga.... Dor musculoesquelética: geral/diminui a noite; dor aguda ou superficial; geral/é continua ou intermitente; é agravada pelo estresse mecânico. Exame físico: Inspeção: marcha; simetria na movimentação; como se despe; contorno de tecidos moles e ósseos; cor da pele; ulcerações; hematoma; presença de edema; volume muscular. Palpação: temperatura da pele; contornos ósseos e partes moles; pontos dolorosos, trigger points; tônus, trofismo. Análise postural: alterações mais evidentes e significativas. Flexibilidade: distância dedo-solo, flexiteste. Sensibilidade: tátil, térmica, dolorosa. Teste dos níveis radiculares: (busca diminuição da força e não dor) L1 e L2: flexão do quadril (ileopsoas); L3: extensão do joelho (quadríceps); L4: dorsiflexão do tornozelo (tibial anterior); L5: extensão do hálux (extensor longo do hálux); S1: Flexão plantar do tornozelo (gastrocnêmio, solear); S1 e S2: apoio unipodal na ponta do pé (o pé não eleva); C5: flexor do cotovelo (bíceps) ou abdução do ombro (deltoide); C6: extensores do punho (extensores longo e curto radiais do carpo); C7: Extensor do cotovelo (tríceps); C8: flexor dos dedos – falange distal (flexor profundo dos dedos); T1: abdutor do dedo mínimo (abdutor do quinto dedo). Força muscular: teste de força muscular, dinamômetro. Graus de força muscular. Estruturas inertes: testar realizando alongamento máximo e verificando o end feel. Para a cervical e lombar se utiliza a Estrela de Maigne. Estruturas contrateis: testa com a contração isométrica resistida em posição neutra. ADM: grau de mobilidade passiva e ativa. Perimetria: verificar atrofias musculares. Comprimento de membros: desníveis e desequilíbrios. Goniometria. Ombro: Avaliação: História Clinica; Inspeção; Palpação; Mobilidade: Movimentos ativos: qdo e onde aparece a dor; se o movimento aumenta a intensidade da dor; a qualidade do movimento; quantidade de restrição observável; arco doloroso. Movimentos passivos: qdo e onde ocorre o inicio da dor; se o movimento aumenta a intensidade da dor; sensação final do movimento; ADM. Testes: Jobe: Identifica tendinite, testa o mm. Supra-espinhoso, busca irritar o tendão; positivo quando o paciente sente dor. Speed Test: identifica tendinite, testa o cabo longo do bíceps, é irritativo. Infra-espinhal: Resistencia na rotação externa. Patte: testa o redondo maior e infra espinhal. Gerber: Testa subescapular. Queda do Braço: testa fraqueza no manquito rotador. Não busca dor. Cotovelo: Exame funcional: Inspeção: atrofia, edema, ângulo de carregamento. Testes ativos: verificar presença de dor e ADM. Testes passivos: verificar o end feel. Testes Isométricos: aplicar resistência isométrica aos movimentos de flexão, extensão, supinação e pronação. Testes: Tendinite de tríceps: dor na extensão resistida e na flexão passiva do cotovelo. Epicondilite lateral: teste de Conzen (dor na extensão resistida do punho com o cotovelo estendido); dor e flexão do punho limitada quando alongado o punho completamente fletido com o cotovelo estendido e pronado; dor na extensão resistida dos dedos. Epicondilite medial: teste de Mill (dor na flexão resistida de punho); dor no alongamento do punho estendido com cotovelo estendido e supinado; pode haver dor na pronação e desvio ulnar resistidos; pode haver dor na flexão das interfalangianas proximais resistidas. Punho: Tenossinovite DeQuervain: sinal de Finkelstein é positivo quando há presença de dor no desvio ulnar do punho com mão fechada. Síndrome do Túnel do Carpo: teste de percussão positivo; teste de Phalen positivo; fraqueza do abdutor curto do polegar; alteração da sensibilidade na face ventral dos dedos médio e indicador. Quadril: Inspeção: perdas musculares; espasmo de adutor ou abdutor; obliquidade pélvica; comprimento do membro. Testes ativos: resistida e isométrico, com o paciente em DD em posição neutra, busca dor e diminuição da força. Testes Passivos: fazer todos os movimentos até o final da ADM, busca-se restrição da mobilidade e dor. Testes: Teste Trendelemburg: Busca avaliar a força do glúteo médio. pedir para paciente ficar unipodal, o lado que tá sendo testado é o que tá no chão, observar o caimento da pelve (descida de um dos lados), isso se deve a fraqueza do glúteo médio; não é o lado que cai que tá fraco, é o outro, palpar abaixo da crista ilíaca. Teste de Ober: observa retração do tensor da fáscia lata. Paciente em DL, flexão de joelho 90º e faz abdução de quadril e solta, se houver retração a perna não vai cair (positivo), pq não permite que relaxe. Manobra de Thomas: verifica encurtamento de ileopsoas; paciente em DD, com flexão de joelho e quadril máximas e o outro em extensão; observar se houve mudança na perna estendida, flexão de quadril e joelho é sinal positivo. Mãos do fisioterapeuta segurando a perna fletida. Teste de Patrick: paciente em DD, rotação externa de quadril com o pé sobre o joelho oposto, com flexão de joelho, mão do fisio sobre a crista ilíaca do MMII estendido e a outra realiza uma pressão sobre o joelho flexionado; busca-se dor na articulação do quadril flexionado ou na sacro-ilíaca. Se a dor for na sacro-iliaca é positivo para sacroilite (inflamação), se for no quadril é uma patologia do quadril (mais degenerativo). Bursite Trocanteriana: dor na rotação interna e adução passiva do quadril; dor na extensão, abdução e rotação externa e interna resistidas; sensibilidade na palpação local. Bursite Isquioglútea: dor provável na flexão passiva de quadril e na extensão resistida do quadril; dor na flexão resistida de joelho; dor na elevação da perna com joelho estendido. Bursite do psoas: dor definida na flexão passiva do quadril; dor na rotação externa e interna passiva do quadril e na flexão com adução; dor a palpação com o quadril fletido a 90º. Pubalgia: sensibilidade na palpação da sínfise púbica; dor na adução resistida do quadril; dor na abdução passiva do quadril; dor na flexão passiva do quadril; manobra de Grava positiva (paciente em DD, MMII em rotação externa e flexão de quadril associado a flexão de joelhos, pés unidos; fisio aplica resistência isométrica a adução dos MMII e solicita que concomitantemente eleve seu tronco da cama. Positivo se houver dor). Síndrome do piriforme: dor na rotação externa do quadril; dor na flexão passiva ou rotação interna passiva do quadril; elevação da perna com o joelho estendido, com a perna rodada medialmente pode agravar a compressão enquanto que a elevação com rotação externa pode aliviar a dor (se o paciente não tem a síndrome a rotação não interfere). Joelho: Lesão do Ligamento Colateral Medial: dor no stress em valgo a 30º de flexão de joelho; dor variável no stress em valgo em extensão de joelho; dor na rotação lateral passiva da tíbia. Lesão do Ligamento Cruzado Anterior: Teste de Lachmann positivo (se o aumento da anteriorizacao da tíbia no movimento) e teste da gaveta anterior positivo (paciente em DD com joelhos fletidos). Lesão do Ligamento Cruzado Posterior: Gaveta posterior positivo (busca aumento da mobilidade) e teste da queda posterior positivo (paciente em DD, observar o posicionamento da tíbia, queda posterior quando comparado ao outro lado). Lesões Meniscais: sensibilidadeà palpação na linha articular, especialmente póstero-medial ou póstero-lateral; bloqueio da elasticidade na extensão terminal passiva e algumas vezes na flexão; dor lateral ou medial no teste de agachamento; McMurray positivo (paciente em DD, com quadril e joelho flexionados, faz um torção interna ou externa e palpa a interlinha e estende, com o pé em rotação, positivo se sentir dor na interlinha); Apley positivo (paciente em DD com quadril e joelho flexionados, faz uma compressão sobre a tíbia associado a rotação interna ou externa da tíbia, dor na interlinha é positivo). Disfunção fêmuro-patelar: dor ao agachar; dor na extensão resistida do joelho a 30º; teste de compressão positivo (paciente em DD, MI estendido, fazer pressão da patela sobre o fêmur – empurrar de cima para baixo). Tornozelo e pé: Inspeção: edema, hematoma... Palpação: temperatura... História: para saber como aconteceu... Teste funcional: dos movimentos para ver se houve alguma lesão em ligamentos... Raio X: para descartar fraturas. Coluna - lombar: Avaliação: Testes articulares: Estrela de Maigne (verifica dor e restrição de mobilidade) e movimentos passivos da articulação do quadril. Testes radiculares. Avaliação dos movimentos: passivos, ativos e resistidos do quadril. Palpação: ideal em DV – processos espinhosos e transversos, espaço entre os espinhais, músculos). Avaliação dos reflexos: patelar e aquileu (geralmente estão hiporeflexos). Avaliação postural: encontrar desequilíbrios. Teste de Laségue: colocar em estiramento o SN. Positivo quando dor +- 30º, trava. Slump test: verificar se há tensão neural no paciente. Paciente sentado com os joelhos próximos a maca, fisio sustenta flexão da cabeça, pequena flexão de tronco, o fisio realiza a extensão do joelho com dorsiflexão do tornozelo. Índice de Schober: não busca a dor, ver a mobilidade. Marcar L5-S1 10 cm e durante a flexão de tronco aumenta para 15 cm = boa mobilidade. Manobra de Valsalva: esforço de tosse e/ou defecação. Manobra de Thomas: verificar encurtamento de psoas. Teste para estabilidade lombar: paciente em DD, mãos ao lado do corpo, eleva os MMII com extensão de joelho até 90º e flexão de quadril, mantendo a lombar toda apoiada, lentamente vai abaixando os MMII e o fisio observa o ângulo coxo-femural no momento em que a coluna são do contato com o solo. Para boa estabilidade este ângulo deve ser menor que 45º. Coluna – cervical: Teste de Valsalva: teste da força abdominal, aumenta a pressão intratecal, se tiver dor é positivo, reproduz a dor do paciente. Tração: afasta os corpos vertebrais (aumenta o espaço), positivo se diminui a dor. Spurling: compressão + inclinação para ambos os lados. Positivo para o lado da dor. Compressão: paciente na posição reta da cervical e fazer uma pressão. Positivo = dor para MMSS = compressão da raiz nervosa. Adson: diferencia uma cervicobraquialgia de uma síndrome do desfiladeiro torácico. Não busca dor, busca diminuição do pulso radial nesta posição – síndrome - (cabeça rodada para o lado oposto do braço que esta sendo levemente abduzido e estendido o ombro), se não diminuir o pulso é cervicobraquialgia. Não esquecer de ver o pulso normal primeiro. Disfunções de ATM: Anamnese. Inspeção: simetria facial; padrão de abertura da boca; oclusão. Exame: avaliação dos movimentos da ATM (abertura – 35 a 55 mm - e fechamento da boca, protusão – 3 a 6 mm - e retrusão – 3 a 4 mm - , desvios laterais- 10 a 15 mm); avaliação com resistência aos movimentos da ATM; avaliação dos movimentos cervicais; avaliação postural. Palpação: ATM (ruídos e clicks); osso hióide; cartilagem tireóide; coluna cervical; músculos: trapézio, escalenos, suboccipitais, ECM, temporal, masseter, supra-hióideos, pterigoideo medial e lateral.
Compartilhar