Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia PARASITOLOGIA Aula 16: Identificação laboratorial de helmintos AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Temas/objetivos desta aula 1. Morfologia de helmintos; 2. Formas de transmissão de helmintos. AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Helmintos parasitos do homem Os helmintos são organismos pluricelulares que podem ou não ser parasitos. Esses organismos possuem morfologias diversas e podem ser categorizados em dois grandes grupos de parasitos. CESTODA (cestodas) = vermes em forma de fita TREMATODA (trematódeos) = vermes em forma de folha NEMATODA (nematoides) = vermes redondos h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =3 6 7 5 9 e h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =7 1 8 2 3 0 e h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =3 9 1 1 6 1 AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Trematoda – Schistosoma mansoni ADULTOS Encontrado nas veias do plexo mesentérico; Nítido dimorfismo sexual; Macho (1 cm): extremidade anterior, com duas ventosas (oral e acetábulo); tegumento revestido de espinhos e tubérculos; corpo enrola-se ventralmente de modo a formar um canal longitudinal - o canal ginecóforo; Fêmea: delgada e cilíndrica; tegumento liso; ventosas pequenas; aloca-se no interior do canal ginecóforo do macho. h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =2 5 3 9 3 7 2 4 * Fêmea # Macho AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Trematoda – Schistosoma mansoni OVOS Dois envoltórios: o mais externo mostra um espinho lateral característico e o mais interno é o envoltório embrionário; Eliminado nas fezes já embrionado; Movimentação ciliar do miracídio (larva ciliada) como um todo; Ambiente: vive por 2 a 5 dias em fezes formadas; Não suporta a dessecação. h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =7 6 5 6 0 6 e h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =2 9 4 0 3 1 3 ( m o d if ic ad a) AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Trematoda – Schistosoma mansoni MIRACÍDIO Forma alongada; Revestido por epitélio ciliado (permite nadar rapidamente – em grandes círculos); Apresenta uma saliência cônica anterior, onde se abrem as glândulas de penetração; Fototropismo positivo; Pode ser identificado em coleções de água contaminadas com fezes. h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =2 1 8 2 0 1 AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Trematoda – Schistosoma mansoni CERCÁRIA Corpo piriforme com duas ventosas (oral e acetabular); Possui um esboço de tubo digestivo e um conjunto de glândulas de penetração; Cauda bifurcada; A vibração da cauda arrasta o corpo atrás de si; Nada sempre em direção à superfície (geotropismo negativo); Pode ser encontrada em coleções de água infestada com caramujos (hospedeiros intermediários). h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =5 2 2 7 3 AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Trematoda – Schistosoma mansoni hospedeiro intermediário (identificação) https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=7278526 h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =4 5 7 4 8 5 2 6 Aquático; Concha plana; Vive em águas calmas e limpas, com boa oxigenação; Realiza as posturas na vegetação que margeia as coleções d’água ou aquáticas (ex. aguapés). AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Cestoda – Taenia sp. Não possuem os sistemas digestório, circulatório e respiratório; Corpo achatado, em forma de fita — o estróbilo — que é segmentado (os segmentos são as proglotes) e dotado de uma região anterior – o escólex, com orgãos de fixação; O escólex é uma pequena dilatação (1-2 milímetros), situada na extremidade mais delgada do helminto, com o qual o parasito se fixa no intestino do hospedeiro através de acúleos ou ventosas. h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =3 6 4 5 6 5 5 5 AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Cestoda – Taenia sp. O estróbilo compreende toda a parte do corpo que se segue ao escólex e à região de crescimento (colo) do parasito; Anéis ou proglotes crescem e se diferenciam à medida que se afastam do colo. Cada segmento possui um conjunto completo de órgãos reprodutores masculinos (amadurecem primeiro) e femininos HERMAFRODITA: Proglotes jovens: possuem apenas esboços dos órgãos reprodutores; Proglotes maduras: possuem órgãos reprodutores completamente formados (podem efetuar a cópula cruzada – entre proglotes); Proglotes grávidas: útero desenvolvido e repleto de ovos. As proglotes gravídicas desprendem-se do estróbilo – uma a uma ou em grupos e, como o colo continua em crescimento, o verme não diminui em tamanho. AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Cestoda – Taenia sp. Taenia saginata: Escólex quadrangular com 4 ventosas. Não possui acúleos (espinhos); + de 1000 proglotes: 4-12 metros de comprimento; 40.000 a 80.000 ovos/proglotes; Proglotes possuem movimentos ativos. Taenia solium: Escólex globoso com 4 ventosas e rostro com fileira de 25-50 acúleos (espinhos); 700-900 proglotes: 1,5-4 metros de comprimento; 30.000 a 50.000 ovos/proglotes; Proglotes possuem movimentos passivos. AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Cestoda – Taenia sp. Taenia saginata (A), escólex de T. saginata – 4 ventosas e sem acúleos (B) e escólex de T. solium – 4 ventosas e coroa de acúleos (C). Ovo de Taenia sp. (D). https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=42740968 e https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=51264784 (modificada) e https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=28027154 A B C D AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Cestoda – Hymenolepis nana ADULTOS: Encontrado no intestino delgado do homem; Mede 2 a 10 cm de comprimento; Hiperinfecções 2-3mm; O escólex possui uma coroa de pequenos acúleos no rostro (retrátil) e 4 ventosas; As numerosas proglotes (100 – 300) são mais largas do que longas, com o poro genital sempre do mesmo lado. htt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =4 3 3 5 5 1 3 9 AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOSParasitologia Cestoda – Hymenolepis nana OVOS: Quase esféricos, transparentes e incolores; Membrana externa delgada; Membrana interna envolvendo a oncosfera: dois mamelões claros em posições opostas, de onde partem filamentos longos; Encontrado nas fezes de indivíduos infectados. h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =2 9 3 6 8 1 9 AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Cestoda – Hymenolepis nana hospedeiro intermediário (identificação) Coleópteros (“carunchos” de cereais) e pulgas – encontrados em cereais e albergam a larva da H. nana. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tenebrio_molitor_M HNT.jpg?uselang=pt-br https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Xenopsylla_cheopis_ZSM.jpg?uselang=pt-br AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Nematoda – Ascaris lumbricoides Encontrados no intestino delgado do homem; Cilíndricos, brilhantes e de cor branco-rosada; Quanto maior o número de vermes, menores eles serão; Extremidade anterior: Boca (3 lábios fortes), esôfago cilíndrico, intestino retilíneo, reto e ânus (posterior); FÊMEAS: 35–40 cm; 5,0 mm de largura; extremidade posterior retilínea; 27 milhões de óvulos/vida; 200 mil ovos/dia; MACHOS: 20–30 cm; 3,0—4,0 mm de largura; dimorfismo sexual (encurvamento de cauda). h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =1 2 8 6 6 1 AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Nematoda – Ascaris lumbricoides OVOS: Eliminado nas fezes de indivíduos infectados; 3 membranas resistência; Membrana externa (mucopolissacarídeo): mamilonada (abacaxi); Viável por 6 anos em solo úmido; Resiste ao congelamento, temperaturas de inverno e períodos de dessecação. h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =1 0 9 1 5 8 1 5 AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Nematoda – Enterobius vermicularis ADULTOS: Encontrados na porção final do intestino grosso (reto) do homem; A fêmea é cilíndrica e tem extremidades afiladas. Mede cerca de 1 cm. A cutícula lisa forma 2 expansões cervicais; O macho é muito menor e tem a extremidade posterior enrolada ventralmente. OVOS: São mais achatados de um lado e, além de sua dupla casca, contêm uma larva L2 já formada por ocasião da postura. h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =3 5 0 7 9 7 9 ( m o d if ic ad a) e h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =1 1 4 1 2 3 3 4 e h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =1 1 4 1 2 3 6 6 Ovo, macho e fêmea de Enterobius vermicuçaris AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Nematoda – Enterobius vermicularis O melhor método para o diagnóstico é a busca de ovos (ou vermes) no períneo, de manhã antes do banho, pela técnica da fita adesiva (ou fita gomada). B B C A AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Nematoda – Trichuris trichiura ADULTOS: São parasitos do intestino grosso do homem; São filiformes em sua porção anterior (mais longa) e fusiformes posteriormente; As fêmeas medem 3 a 5 cm e os machos são um pouco menores; A extremidade posterior do macho é enrolada ventralmente em espiral. https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=11412733 AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Nematoda – Trichuris trichiura OVOS: Encontrados nas fezes de indivíduos infectados; São elípticos, com casca tripla, de tonalidade castanha, e contêm uma célula ainda não dividida. Nos extremos do ovo, há 2 tampões polares de aspecto hialino, por onde se dará a eclosão da futura larva. h tt p s: // co m m o n s. w ik im ed ia .o rg /w /i n d ex .p h p ?c u ri d =1 7 1 9 2 6 6 2 AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Saiba mais O vídeo disponibilizado pela Universidade Federal de Goiás mostra como é realizado o exame de sedimentação espontânea (ou HPJ) – o mais utilizado para obtenção de ovos de parasitos intestinais. Acesse em: https://www.youtube.com/watch?v=HxoKMHSz20s AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia Referências bibliográficas NEVES, David Pereira; MELO, Alan L. de; GENARO, Odair; LINARDI, Pedro M. Parasitologia Humana. 11. ed. Rio de Janeiro: Atheneu. REY, Luís. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. As fontes das imagens estão referenciadas em cada slide e podem ser conferidas em https://commons.wikimedia.org/ AULA 16: IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL DE HELMINTOS Parasitologia
Compartilhar