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ENVIAR. AULA 03 PÓS ESTÁCIO. PROFA ILEIDE SAMPAIO

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DIREITOS	E	GARANTIAS	FUNDAMENTAIS
Ma.	Ileide Sampaio
advileidesampaio@gmail.com
Fortaleza,	24/11	.
9h	às	12h.	
13h	às	16:30h.
ILEIDE SAMPAIO DE SOUSA.
Mestra em Ordem Jurídico-Constitucional pela Universidade Federal do Ceará: UFC (2013) -
bolsista CAPES.
Pós-graduada em Gestão e Políticas Culturais pela Universidade de Girona ( Espanha).
Pós-graduada em Direito Processual pela UNI7 (bolsista integral);
Professora Universitária de: Hermenêutica Jurídica; Direito Constitucional; Filosof ia do
Direito e Introdução ao Estudo do Direito.
Advogada OAB/CE
(Linha de Pesquisa/Área de Concentração: Hermenêutica Jurídica dos Direitos
Fundamentais).
”A	Metamorfose”
Franz	Kafka	(1883/1924).
Hannah	Arendt	(Linden,	Alemanha,	14	de	
outubro	de	1906	– Nova	Iorque,	Estados	
Unidos,	4	de	dezembro	de	1975).
Metáfora da
Vênus de	Milo	
(GRAU,	2014,	
p.	45,	46).	
=>	Texto	#	Norma:	
Direito	- Uma	Arte	Alográfica.
"É que a norma é produzida pelo intérprete não apenas a partir de elementos que
se desprendem do texto (mundo do dever-ser), mas também a partir de elementos
da realidade e do caso ao qual será ela aplicada (mundo do ser).”.
(GRAU, 2014, p.46)
- PRODUÇÃO	NORMATIVA	
- PRODUÇÃO	LEGISLATIVA
"Por mais que o intérprete se esforce por permanecer fiel
ao seu ‘texto’, ele será sempre, por assim dizer, forçado a
ser livre – porque não há texto musicial ou político, nem
tampouco legislativo, que não deixe o espaço para
variações e nuances, para a criatividade interpretativa.
Basta considerar que as palavras, como as notas na
música, outra coisa não representam senão símbolos
convencionais, cujo significado encontra-se
inevitavelmente sujeito a mudanças e aberto a questões
e incertezas.”.(CAPPELLETTI, 1993, p. 22)
MAURO CAPPELLETTI – “PALAVRAS SÃO COMO NOTAS MUSICIAIS"
=>	JUDICIÁRIO	NÃO	DEVE	ESCOLHER	–
DEVE	DECIDIR.
- RAC
(Resposta	Adequadamente	
Constitucional)
X
“SOLIPSISMO”	(STRECK)
• EXEMPLOS	DE	
DECISÕES	SOLIPSISTAS?
1	- Pode,	um	pai,	bater	em	sua	filha	
com	fios	elétricos por	descobrir	que	a	
mesma	perdeu	a	sua	virgindade?	
“É o breve relato. Fundamento e decido. Das provas produzidas, observo
que o agente aplicou moderadamente uma correção dsica contra a sua
filha, gerando uma lesão de natureza leve (fls. 11/12). O fato foi isolado e,
segundo a vítima e a testemunha a intenção do réu era de corrigi-la, após
saber que a mesma tinha perdido a virgindade. Tal versão foi corroborada
pelo réu, o qual afirmou categoricamente que, caso tivesse um filho homem
e o mesmo tivesse perdido a virgindade aos 13 anos, tomaria a mesma
postura.
”,( juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano, do Juizado de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher de Guarulhos (SP), para absolver o pai da menina)
https://www.conjur.com.br/dl/pai-espancou-filha-redacted.pdf. 0006529-
86.2016.8.26.0224Ordem n.' 668/16
2	– Pode	ser	impedida	uma	Peça que
tem	como personagemumaMulher
Transgênero encenando Jesus?
- Evangelho	segundo	Jesus,	rainha	do	céu, que	estrearia	no	Sesc	em	Jundiaí	(SP)	, retrata	
Jesus	Cristo	como	uma	mulher	transgêneronos	dias	atuais.
"Nessa esteira, levando-se em conta que a liberdade de expressão não se confunde com agressão e falta
de respeito e, malgrado a inexistência da censura prévia, não se pode admitir a exibição de uma peça
com um baixíssimo nível intelectual que chega até mesmo a invadir a existência do senso comum, que
deve sempre permear por toda a sociedade. Do exposto, considerando-se que as circunstâncias
jurídicas alegadas em a inicial corroboram o fato de ser a peça em epigrafe atentatória à dignidade da fé 
cristã, na qual JESUS CRISTO não é uma imagem e muito menos um objeto de adoração apenas, mas
sim O FILHODE DEUS, ACOLHO as razões explanadas pela parte autora e assim o faço com o fito
de proibir a ré de apresentar a peça “O EVANGELHO SEGUNDO JESUS, RAINHA DO CÉU”, prevista
para o dia de hoje (15 de setembro de 2017), e também em nenhuma outra data, sob pena do pagamento
da multa diária que fixo em R$ 1.000,00 (um mil reais), sem prejuízo da tipificação do crime de
desobediência, que acarretará ao (a) responsável a consequência de se ver processado
criminalmente.”.(Juiz(a)deDireito: Dr(a).Luiz AntoniodeCamposJúnior
) https://www.conjur.com.br/dl/juiz-proibe-peca-representa-jesus.pdf) TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE JUNDIAÍ / SP
FORO DE JUNDIAÍ
1a VARA CÍVEL
3	- Conceder	Liminar	para	permitir	a	
suspensão de ato	que	existia	desde	
a	resolução	editada	pelo	CFP	em	
1999?	
"Sendo assim, defiro, em parte, a liminar requerida para, sem
suspender os efeitos da Resolução n.1/1990, DETERMINAR AO
CFP QUE NÃO A INTERPRETE DE MODO A IMPEDIR OS
PSICÓLOGOS DE PROMOVEREM ESTUDOS OU ATENDIMENTO
PROFISSIONAL, DE FORMA RESERVADA, PERTINENTE À
REORIENTAÇÃO SEXUAL, GARANTINDO-LHES A PLENA
LIBERDADE CIENTÍFICA ACERCA DA MATÉRIA -
ART5.IX,CR/88”( jUIZ DE DIREITO, WALDEMARDE CARVALHO)
"O juiz que i) autoriza — liminarmente (qual seria a urgência da liberação?) — que
psicólogos ofereçam tratamento para quem se sente desconfortável como gay[1]
(vejam: estou tentando dizer isso de modo bem politicamente correto — li várias
vezes a decisão),
ii) o juiz que fundamenta decisão sobre proibição de peça teatral com base em “mau
gosto”,
iii) o juiz que caracteriza espancar a filha com um fio elétrico como “exercício
regular de um direito” ... são exemplos de como atua o sujeito solipsista, o
Selbstsüchtiger. O mesmo ocorre quando prende por prender, solta por soltar, ignora
dispositivos de lei e da CF, concede metade da herança para amante, atribui meses de
licença conforme ele julga mais apropriado, rejeita embargos alegando livre
convencimento, etc; age exatamente como solipsista (ainda que não se dê conta, é
claro). (STRECK, Lênio. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-set-
21/senso-incomum-noticia-ultima-hora-cnj-autoriza-cura-juiz-solipsista).
OBS.:	ATIVISMO?
Origem	do	termo:	revista	FORTUNE	 (EUA)	
Artigo:	 “The	Supreme court:	1947”
(Ver:	LÍRIO	DO	VALLE,	Vanice	 Regina	LÍRIO	DO.	Ativismo jurisdicional	 e	o	Supremo
Tribunal	 Federal.	Curitiba:	 Juruá,	2009.).	
(LÊNIO	L.	STRECK)
“JURISTOCRACIA” (RAN HIRSCHL)
OBRA: Towards juristocracy: the origins and consequences ofe the
new constitucionalism. Cambridge: Harvard University, 2004.
("Em direção à juristocracia: as origens e consequências do novo
constitucionalismo").
- JUDICIALIZAÇÃO	 DA	POLÍTICA	PURA	
(“MEGA-POLITICS”	RAN	HIRSCHL)
" a disseminação de discursos, jargões, regras e procedimentos
jurídicos na esfera política e nos fóruns e processos de elaboração
de políticas públicas; a judicialização da elaboração de políticas
públicas pelas formas “comuns” de controle judicial de
constitucionalidade de leis e atos da administração pública; e a
judicialização da “política pura” — a transferência, para os
tribunais, de assuntos cuja natureza e significado são claramen-
te políticos, incluindo importantes debates sobre a legitimidade de
regimes e identidades coletivas que de nem (e muitas vezes
dividem) comunidades inteiras.”.(HIRSCHL, p.141)
"O poder judicial não cai do céu; ele é politicamente
construído. Acredito que a constitucionalização dos
Direitos e o fortalecimento do controle de
constitucionalidade das leis resultam de um pacto
estratégico liderado por elites políticas
hegemônicas continuamente ameaçadas, que buscam
isolar suas preferências políticas contra mudanças em
razão da política democrática em associação com
elites econômicas e jurídicas que possuem interesses
compatíveis.”.(RAN HIRSCHL, P.49)
Seção	 II
DO	SUPREMO	TRIBUNAL	FEDERAL
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos
dentre cidadãos com mais de trintae cinco e menos de sessenta e cinco anos de
idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal.
Marília – São Paulo	
1.3	 Naturalidade:	 Rio	
de	Janeiro	 - Estado	do	
Rio	de	Janeiro	
Diamantino - Mato Grosso 
Montes	Claros	– MG.
Nascida	em	Porto	
Alegre,	Rio	Grande	
do	Sul.
Naturalidade:	
Vassouras,	RJ
Rondinha,	RS.
ANÁLISE DA	 EFICÁCIA DOS DIREITOS SOCIAIS EM TEMPOS DE	 PÓS-
POSITIVISMO	 JURÍDICO E O	 NÚCLEO ESSENCIAL DAS NORMAS
CONSTITUCIONAIS/DIREITOS FUNDAMENTAIS
1.	Jusfundamentalidade
dos	
Título	II
Direitos	e	deveres	individuais	e	coletivos	– art.	5.
Direitos	sociais	– art.	6	- 11
Nacionalidade	– art.	12,	13
Direitos	políticos	– art.14-16
Partidos	políticos	– art.17
⇒ ROL?!
(”BLOCO	DE	CONSTITUCIONALIDADE”).
=>	A	CR/88	 foi	a	primeira	e	ter	um	CAPÍTULO	ESPECÍFICO	para	os	DIREITOS	
SOCIAIS:	“Epicentro	normativo	humanitário”(SARMENTO)	
OBS.:	DIREITO	SOCIAIS	– Art.	60,	PARÁG	4,	IV	– “LACUNA	DE	FORMULAÇÃO”	
QUANTO	AOS	DIREITOS	 SOCIAIS.	São	cláusulas	 pétreas,	pois	decorrem	da	escolha	
constitucional	 – art.	1o.	III,	CR/88	Princ.	Dignidade	 da	pessoa	humana.	
#	
Ives	Granda da	Silva	Martins	Filho:	CONTRA!	Quanto	aos	direitos	 trabalhistas	– a	
CR/88	permite	 a	relativização	quantos	às	realidades	fáticas	da	sociedade.	Ex.:	art7,	
VI	- irredutibilidade	 do	salário,	 salvo	o	disposto	em	convenção	ou	acordo	coletivo;	
- entrenchment ou entrincheiramento.
- Princípio proibição do	retrocesso,	ou princípio do	não retorno da	concretização.	
ARE	1044301	/	RJ	 - RIO	DE	 JANEIRO
RECURSO	EXTRAORDINÁRIO	 COM	AGRAVO
Relator(a): Min.	GILMAR	MENDES
Julgamento:	19/06/2017
“AGRAVO DO ART. 557, §1º, DO CPC NA APELAÇÃO CÍVEL. CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. ALUGUEL SOCIAL. DECISÃOMONOCRÁTICA
QUE CONFIRMA A CONDENAÇÃO DO ESTADO E DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO A
PROMOVEREM A INCLUSÃO DA AUTORA E DE SUA FAMÍLIA EM PROGRAMAS HABITACIONAIS
POR ELES GERIDOS, COMPELINDO-OS, ENQUANTO NÃO EFETIVADO O DIREITO À MORADIA
DIGNA, AO PAGAMENTO DE ALUGUEL SOCIAL. SOLIDARIEDADE DECORRENTE DA
COMPETÊNCIA COMUM PLENA NO QUE TANGE À MATÉRIA OBJETO DA LIDE, A TEOR DOS ARTS.
23, IX E X DA CF. DIREITO À MORADIA – DIREITO DE SEGUNDA DIMENSÃO – DOTADO DE
EFICÁCIA PLENA. ADPF Nº 45. TESE DA RESERVA DO POSSÍVEL QUE NÃO POSSUI LUGAR
FRENTE O TEOR DO ART. 5º, §2º, DA CRFB/88. APLICABILIDADE IMEDIATA DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS. EMERGÊNCIA DA FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO COLOCANDO EM
RELEVO O COMPROMISSO COM A SOLIDARIEDADE SOCIAL, OBJETIVO DO ESTADO
DEMOCRÁTICO DE DIREITO (ART. 3º I, DA CRFB/88). VEDAÇÃO AO RETROCESSO (EFEITO
CLIQUET), COMO FORMA DE GARANTIA DE MÁXIMA EFETIVIDADE AO POSTULADO DA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. NOTÓRIA HIPOSSUFICIÊNCIA DA DEMANDANTE. DECISUM
QUE SE MANTÉM. RECURSOS A QUE SE NEGA PROVIMENTO”. (eDOC 18, p. 1)
“Como todos sabem, fuzzy significa em inglês <<coisas vagas>>, <<indistintas>>,
indeterminadas. Por vezes, o estilo <<fuzzysta>> aponta para o estilo do indivíduo.
Ligeiramente embriagado. Ao nosso ver, paira sobre a dogmática e sobre a teoria
jurídica dos direitos econômicos, sociais e culturais a carga metodológica da
<<vagueza>>, <<indeterminação>> e <<impressionismo>> que a teoria da ciência vem
apelidando, em termos caricaturais, sob a designação de <<fuzzysmo>> ou
<<metodologia fuzzy>>. Em abono da verdade, este peso retórico é hoje comum a
quase todas as ciências sociais. Em toda a sua radicalidade, a censura do
<<fuzzysmo>>, lançada aos juristas, significa basicamente que eles não sabem o que
estão a falar, quando abordam os complexos problemas dos direitos econômicos,
sociais e culturais. {...}[1]”(CANOTILHO).
”CAMALEÕES	NORMATIVOS”(J.	Isensee ).	
=>	”ÂMBITO	DE	PROTEÇÃO”?	
- Conteúdo Principiológico
- ”O âmbito de proteção de um direito é a parcela da realidade que o
constituinte houve por bem definir como objeto da proteção da garantia
fundamental.”.(MENDES, 2016, p.185).
“Impossibilidade	de	invocação,	pelo	poder	público,	da	cláusula	da	reserva	do	possível	
sempre	que	puder	resultar,	de	sua	aplicação,	comprometimento	do	NÚCLEO	BÁSICO	QUE	
QUALIFICA	O	MÍNIMO	EXISTENCIAL.”.(RE	 n.	482.611/SC.).	
”MÍNIMO	
EXISTENCIAL"
”RESERVA	DO	
POSSÍVEL"
Direito	à	Saúde	- Reserva	do	Possível	- “Escolhas	Trágicas”	 - Omissões	Inconstitucionais	 -
Políticas	Públicas	 - Princípio	que	Veda	o	Retrocesso	Social (Transcrições)
(v.	Informativo	579)
STA	175-AgR/CE*
RELATOR:	MINISTRO	PRESIDENTE
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: O alto significado social e o irrecusável valor
constitucional de que se reveste o direito à saúde não podem ser menosprezados pelo
Estado, sob pena de grave e injusta frustração de um inafastável compromisso constitucional,
que tem, no aparelho estatal, o seu precípuo destinatário.
O objetivo perseguido pelo legislador constituinte, em tema de proteção ao direito à saúde,
traduz meta cuja não-realização qualificar-se-á como uma censurável situação de
inconstitucionalidade por omissão imputável ao Poder Público, ainda mais se se tiver
presente que a Lei Fundamental da República delineou, nessa matéria, um nítido programa a
ser (necessariamente) implementado mediante adoção de políticas públicas conseqüentes e
responsáveis.
Ao julgar a ADPF 45/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, proferi decisão assim ementada
(Informativo/STF nº 345/2004):
“ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. A QUESTÃO DA
LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO CONTROLE E DA INTERVENÇÃO DO PODER
JUDICIÁRIO EM TEMA DE IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, QUANDO
CONFIGURADA HIPÓTESE DE ABUSIVIDADE GOVERNAMENTAL. DIMENSÃO POLÍTICA DA
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL ATRIBUÍDA AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
INOPONIBILIDADE DO ARBÍTRIO ESTATAL À EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS,
ECONÔMICOS E CULTURAIS. CARÁTER RELATIVO DA LIBERDADE DE CONFORMAÇÃO DO
LEGISLADOR. CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA CLÁUSULA DA ‘RESERVA DO POSSÍVEL’.
NECESSIDADE DE PRESERVAÇÃO, EM FAVOR DOS INDIVÍDUOS, DA INTEGRIDADE E DA
INTANGIBILIDADE DO NÚCLEO CONSUBSTANCIADOR DO ‘MÍNIMO EXISTENCIAL’.
VIABILIDADE INSTRUMENTAL DA ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO NO PROCESSO DE
CONCRETIZAÇÃO DAS LIBERDADES POSITIVAS (DIREITOS CONSTITUCIONAIS DE SEGUNDA
GERAÇÃO).”
Salientei, então, em referida decisão, que o Supremo Tribunal Federal, considerada a
dimensão política da jurisdição constitucional outorgada a esta Corte, não pode demitir-se
do gravíssimo encargo de tornar efetivos os direitos econômicos, sociais e culturais que se
identificam - enquanto direitos de segunda geração - com as liberdades positivas, reais ou
concretas (RTJ 164/158-161, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RTJ 199/1219-1220, Rel. Min.
CELSO DE MELLO, v.g.).
É que, se assim não for, restarão comprometidas a integridade e a eficácia da própria
Constituição, por efeito de violação negativa do estatuto constitucional, motivada por
inaceitável inércia governamental no adimplemento de prestações positivas impostas ao
Poder Público, consoante já advertiu, em tema de inconstitucionalidade por omissão, por
mais de uma vez (RTJ 175/1212-1213, Rel. Min. CELSO DE MELLO), o Supremo Tribunal
Federal:
“DESRESPEITO À CONSTITUIÇÃO - MODALIDADES DE COMPORTAMENTOS INCONSTITUCIONAIS
DO PODER PÚBLICO.
- O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto mediante
inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de um
comportamento ativo do Poder Público, que age ou edita normas em desacordo com o que
dispõe a Constituição, ofendendo-lhe, assim, os preceitos e os princípios que nela se acham
consignados. Essaconduta estatal, que importa em um ‘facere’ (atuação positiva), gera a
inconstitucionalidade por ação.
- Se o Estado deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos preceitos da
Constituição, em ordem a torná-los efetivos, operantes e exeqüíveis, abstendo-se, em
conseqüência, de cumprir o dever de prestação que a Constituição lhe impôs, incidirá em
violação negativa do texto constitucional. Desse ‘non facere’ ou ‘non praestare’, resultará a
inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total, quando é nenhuma a providência
adotada, ou parcial, quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público.”.
(http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo582.htm#transcricao1
).
=>	 	”NÚCLEO	ESSENCIAL	 DOS	DIREITOS	 FUNDAMENTAIS”?	
Guilherme	Sandoval	Góes.		
"Temos a firme convicção de que o princípio da proteção do núcleo essencial é
um verdadeiro princípio constitucional brasileiro, insculpido em roupagem
implícita, tal qual prevista no art. 5, § 2o da Constuição Federal. No dizer do
eminente Ministro Gilmar Mendes um verdadeiro postulado constitucional
imanente, verbis: “... embora o texto constitucional brasileiro não tenha
estabelecido expressamente a ideia de um núcleo essencial,	 é certo que tal
princípio decorre do próprio modelo garan”stico utilizado pelo constituinte. A
não admissão de um limite ao afazer legislativo tornaria inócua qualquer
proteção fundamental. (...) De ressaltar, porém, que, enquanto princípio
expressa- mente consagrado na Cons•tuição ou enquanto postulado
constitucional imanente, o princípio da proteção do núcleo essencial destina-se
a evitar o esvaziamento do conteúdo do direito fundamental decorrente de
restrições descabidas, desmesuradas ou desproporcionais”. Texto retirado de seu
lapidar voto-vista no julgamento do HABEAS CORPUS 85.687-0 RIO GRANDE DO
SUL de 17/5/2005 da Segunda Turma do STF, cujo RELATOR foi o Ministro Carlos
Velloso.”. (O núcleo essencial dos direitos fundamentais como limite dogmático
do juiz legislador. Guilherme Sandoval Góes).
MÓDULO	02	– PÓS-POSITIVISMO	 E	AS	TEORIAS	SOBRE	 OS	PRINCÍPIOS.
- Artigo sobre ”Judicialização da	Política Pura:	uma análise da	atuação do	STF”.	
- Trabalho deve ser entregue em versão impressa,	na próxima aula;
- Este	trabalho é Individual.
- ESTRUTURA	 DE	CONTEÚDO:
A. Conceito de	Judicialização – Ativismo.
B. Conceito de	Judicialização da	Política Pura.
C. Exemplos,	 com	citação de	FONTES,	de	casos em que o	STF	atuou em pontos essenciais de	“POLÍTICA	PURA”
D. Considerações Finais com	tomada de	posição crítica e	teórica.	
Fonte:	
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/vie
w/7533/6027
MOSTRA	DE	PESQUISAS	– 08/12/18
TURNO	TARDE.
- Relatar:	CASES	realizados,	 DECISÕES,	FILMES,	TEORIAS	DOUTRINÁRIAS	e	 tudo que foi aprendido durante o	Curso
sore	Direitos Fundamentais.
- Obs.:	O(a)	aluno(a)	poderá optar por apresentar em formato de	SLIDES	ou mediante texto escrito,	mas	todos
deverão,	de	 forma	individual,	 relatar (APRESENTAÇÃO	EM	SALA)	as	temáticas investigadas durante o	curso nos
CASES	01,	02,	03.
NOTA:	0-2P

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