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ECONOMIA RURAL 2 INSTITUTO FEDERAL DO TOCANTINS - IFTO CURSO: TÉCNICO EM AGRONEGÓCIO - Noturno AS POLÍTICAS DA MACROECONOMIA BRASILEIRA POLÍTICA FISCAL POLÍTICA MONETÁRIA POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL 1. O QUE SE REFERE CADA UMA DESSAS POLÍTICAS? POLÍTICA FISCAL: A política fiscal refere-se a todos os instrumentos que o governo dispõe para arrecadar tributos (política tributária) e controlar suas despesas (política de gastos), ou seja, refere-se basicamente à administração dos ganhos, gastos e financiamento do setor público. POLÍTICA MONETÁRIA: A política monetária refere-se ao conjunto de decisões as autoridades monetárias adotam com a finalidade de tornar estável o valor do dinheiro e evitar desequilíbrios permanentes na balança comercial, e de exercer influência sobre as taxas de juro e a inflação. Ou seja, é a atuação de autoridades monetárias sobre a quantidade de moeda em circulação, de crédito e das taxas de juros controlando a liquidez global do sistema econômico. POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL: Ambas atuam sobre o setor externo da economia. A política Cambial diz respeito a ação do governo sobre a taxa de câmbio. O governo fixa ou permite que a taxa de câmbio seja flexível, através do Banco Central. A política Comercial refere-se aos instrumentos que estimulam as exportações – estímulos fiscais e taxas de juros subsidiadas – e ao controle das importações – tarifas e barreiras maiores. é baseada na administração das operações cambiais e da taxa de câmbio. São utilizadas para controle das relações comerciais e financeiras entre os agentes de um determinado sistema econômico com outro externo, em outras palavras, de seu país com outros países. No âmbito comercial, a situação de equilíbrio é avaliada pela balança comercial, ao gerar saldo positivo ou negativo entre a exportação e importação de bens e serviços. Já no âmbito financeiro, o equilíbrio é mensurado entre a quantidade de recursos (dólares) atraídos para o mercado interno para pagamento das contas em dólares. A soma dos dois fatores resulta em superávit ou déficit da chamada Balança de Pagamentos. 2. SEUS OBJETIVOS O objetivo de cada uma dessas políticas é manter a economia de um país num estado de constante crescimento sustentável e equilibrado. POLÍTICA FISCAL: A política fiscal objetiva reduzir índices inflacionários, valorizar a renda e incentivar o consumo, pois a intenção é minimizar os impactos sobre a coletividade, visto que a eficiência de uma estrutura político-econômica está satisfatoriedade social e na estabilidade do mercado. POLÍTICA MONETÁRIA: O objetivo primordial da política monetária brasileira, desde a criação do Banco Central do Brasil até junho de 1994 quando o real substituiu o cruzeiro, foi financiar parte do déficit público através da emissão de moeda. O objetivo final da política monetária é o bem estar da sociedade. Embora seja difícil discordar deste objetivo, certamente existe grande divergência entre os economistas de como implementá-lo na prática. POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL: Tem o objetivo de adotar taxas de cambio razoáveis dentro da economia, como manter um equilíbrio entre a entrada e saída de moeda estrangeira dentro do país, de modo a suprir os interesses do governo dentro de um determinado cenário do qual o país está vivendo. É manter um patamar de equilíbrio, sempre evitando variações significativas e repentinas que por vezes acontecem no câmbio devido a fatores muitas vezes externos ao país. 3. INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS FISCAIS E MONETÁRIAS, CAMBIAL E COMERCIAL Para atingir as metas citadas anteriormente a política macroeconômica possui alguns instrumentos. POLÍTICA FISCAL: A)Política Fiscal expansiva: - Diminuição da carga tributária, estimulando despesas de consumo e investimentos; - Estímulos às exportações, elevando a demanda externa dos produtos; - Tarifas e barreiras às importações, beneficiando a produção nacional. B) Política Fiscal restritiva: - Elevação da carga tributária sobre os bens de consumo, desencorajando esses gastos; - Elevação das importações, por meio da redução de tarifas e barreiras. POLÍTICA MONETÁRIA: A) Política Monetária Restritiva: - Recolhimento compulsório: consiste na custódia, pelo Banco Central, de parcela dos depósitos recebidos do público pelos bancos comerciais. Esse instrumento é ativo, pois atua diretamente sobre o nível de reservas bancárias, reduzindo o efeito multiplicador e, conseqüentemente, a liquidez da economia. - Assistência Financeira de liquidez: o Banco Central empresta dinheiro aos bancos comerciais, sob determinado prazo e taxa de pagamento. Quando esse prazo é reduzido e a taxa de juros do empréstimo é aumentada, a taxa de juros da própria economia aumenta, causando uma diminuição na liquidez. - Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira moeda da economia, que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos meios de pagamento e da liquidez da economia. B) Política Monetária Expansiva: - Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco Central diminui os valores que toma em custódia dos bancos comerciais, possibilitando um aumento do efeito multiplicador, e da liquidez da economia como um todo. - Assistência Financeira de Liquidez: o Banco Central, ao emprestar dinheiro aos bancos comerciais, aumenta o prazo do pagamento e diminui a taxa de juros. Essas medidas ajudam a diminuir a taxa de juros da economia, e a aumentar a liquidez. - Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra títulos públicos há uma expansão dos meios de pagamento, que é a moeda dada em troca dos títulos. Com isso, ocorre uma redução na taxa de juros e um aumento da liquidez. POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL: O Brasil possui a taxa de câmbio Comercial e a taxa de câmbio Turismo, sendo que as duas taxas são definidas pelo sistema de câmbio flutuante adotado desde 1999. Este câmbio flutuante consiste nas cotações estrangeiras variarem de acordo com a compra e venda de moeda no país, ou seja, quanto maior a quantidade de moeda estrangeira dentro do país, menor será o valor desta. Isso faz com que a moeda nacional fique valorizada. 4. APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS FISCAL E MONETÁRIA NA QUESTÃO INFLACIONÁRIA E NO CRESCIMENTO ECONÔMICO POLÍTICA FISCAL: é aplicada na arrecadação de impostos e contribuições, e o controle de suas despesas. Ela também é utilizada para estimular ou inibir os gastos do setor privado. Assim, se o objetivo é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais empregadas são a redução dos gastos da coletividade ou o aumento da carga tributária, o que inibe o consumo. Porém, se a meta é o crescimento do emprego, aumentam-se os gastos públicos e diminuem-se os tributos, elevando assim a demanda. Se o objetivo a atingir é a melhor distribuição da renda, então os recursos utilizados devem se dar em benefício dos menos favorecidos. O governo passa, então, a gastar em regiões mais atrasadas, impor impostos progressivos, ou seja, quanto maior o nível de renda, maior a proporção paga do imposto em relação à renda, etc. O Princípio da Anterioridade rege que a execução de uma medida só pode ocorrer a partir do ano seguinte ao de sua aprovação pelo Congresso Nacional. Segundo este princípio constitucional, a que toda política tributária deve obedecer, é proibido que as autoridades públicas cobrem impostos ou contribuições no mesmo exercício financeiro em que a lei tenha sido publicada. POLÍTICA MONETÁRIA: Presta-se especificamente a objetivos de CP, relacionados à estabilização. Para: – Reduzir a liquidez, pode diminuir potencial de operações bancárias ativas, expansão da taxa de juros, refletindo sobre demanda efetiva no CP. Quanto ao emprego: via operações maciças de restrição da oferta monetária, pode limitar as possibilidades de expansão das empresas a CP. Isto se justifica em fases de aguda pressão inflacionária – medidas de saneamento; Quanto aos objetivos estruturais de longo prazo: por intermédio dos dealersque operam no mercado de títulos da dívida pública, introduz-se no mercado primário obrigações emitidas pelo Tesouro Nacional, caracterizadas pelo longo prazo do resgate: – open market atuando como criador de liquidez para os títulos de LP, negociáveis no mercado secundário, destinados a financiar projetos de investimento (objetivos de crescimento); Este mecanismo viabiliza um dos mais importantes objetivos complementares das políticas de crescimento: adequação da poupança ao processo de acumulação; 5. O QUE SÃO POLÍTICAS DE RENDA? É um conjunto de medidas visando a redistribuição de renda e justiça social. É um dos instrumentos da política econômica governamental, juntamente com a política fiscal, política monetária e a política cambial. O exercício da política de renda pelo Governo consiste no controle da remuneração dos fatores diretos de produção na economia --- salários, depreciações, lucros, dividendos e preços dos produtos intermediários e finais ---. As políticas de rendas são normalmente usadas durante períodos de aumento da procura, para tentar prevenir o aumento de preços.
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