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UNOPAR Portfolio 3º


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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 HISTÓRICO DE CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA......................................................4
2.2 AS INFLUÊNCIAS DESSA CONCEPÇÃO NA ELABORAÇÃO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS..........................................................................................................6
2.3 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA NA BNCC...............................................................7
3 CONCLUSÃO.........................................................................................................10
REFERÊNCIAS.........................................................................................................11
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INTRODUÇÃO
 De acordo com a proposta do trabalho mostrara como se construiu historicamente o conceito de infância, onde sofreu varias alterações significativas ao longo da história, analisaremos a infância historicamente, no ato do direto da criança pertencente a etária da criança acabava sendo um ser invisível, sendo comparada como um adulto de menor estatura, recorrendo um período extenso podendo nos descobrir muito sobre a sua situação ate que se constitui-se nos dias atuais, onde é denominado de infância.
 Nessa perspectiva serão abordadas concepções de teóricos relativos á educação infantil, bem como a elaboração das politicas educacionais, a ação pública sentiu a necessidade de rever o planejamento para intervenção e melhorias na educação infantil, pois regem os direitos e caminhos para que a criança seja reconhecida e tenha uma educação de qualidade.
 A educação infantil no documento da Base Nacional Comum Curricular, esse documento vem as obrigatoriedades e competências, trata - se de problematizar as concepções de infância. Assim, questionando qual a relação entre componentes curriculares da educação infantil, refutando os objetivos e estratégias para auxiliar o educador na aprendizagem da criança.
2 DESENVOLVIMENTO
HISTÓRICO DE CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
 Para falarmos os vários conceitos de infância, percebemos que foi historicamente construída, perpassando pelo adulto em miniatura na Idade Média e chegando a criança cidadã.
Nos períodos do século XIII ao XVIII da Idade Média não havia uma concepção de infância, fazendo este período da vida encoberto, onde não existia a consciência do significado e afeição a palavra “infância”.
 Segundo Veyne (1989) foi um período da história da “contracepção”, o aborto, abandono de crianças portanto eram atitudes corriqueiras, sendo estes abandonos que raramente sobreviviam.
A criança que o pai não levantar será exposta diante da casa ou num monturo publico; quem quiser que a recolha. Igualmente será enjeitada se o pai estiver ausente, o tive ordenado à mulher grávida [...] Enjeitavam ou afogavam crianças malformadas (nisso não havia raiva, e sim razão, diz Sêneca: É preciso separar o que é bom do que não pode servir para nada), ou ainda os filhos de sua filha que “cometeu uma falta”. Entretanto, o abandono dos filhos legítimos tinha como causa principal a miséria de uns e a política patrimonial de outros. [...] Contudo mesmo os mais ricos podiam enjeitar um filho indesejado cujo nascimento pudesse perturbar disposições testamentárias já estabelecidas. (VEYNE, 1989 p.24).
De acordo Ariès (2009) “a infância era totalmente ignorada no mundo medieval, não se distinguia crianças de um adulto, e a criança era um adulto de menos idade e em menor estatura, praticando as mesmas funções eu um adulto realizava”. Não existia nesse período um tratamento diferenciado, o chamado sentimento de infância, na perspectiva de Áries a criança não teria um tempo para sua formação, um auxilio para o desenvolvimento do lúdico, ou mesmo para usar do seu tempo para diversão.
 É preciso considerar a infância como uma condição da criança. O conjunto das experiências vividas por elas em diferentes lugares históricos, geográficos e sociais é muito mais do que uma representação dos adultos sobre essa fase da vida. É preciso conhecer as representações de infância e considerar as crianças concretas, localizá-las como produtoras da história. (KUHLMANN JUNIOR,1998, p.31).
 Nesse sentido o autor entende as crianças como cidadãs, pessoas que produzem cultura e são nela produzidas, que possuem um olhar crítico.
 A criança possuía os direitos de ser alfabetizada, alimentada, amada, atividades no ato de brincar, mas ficava somente no papel, pois no cotidiano da realidade era uma criança ausente desses princípios. 
A concepção de infância se efetivou somente a partir do século XVIII, a partir desse período histórico a criança passou a ser tratada com particularidades, a serem percebidas individualmente por possuírem sentimentos próprios, e passa a ser reconhecida e distinguida por suas próprias características, sendo assim separada do modelo de vida da pessoa adulta. Neste período surge a individualização da criança, caracterizando- a com seu próprio mundo.
Segundo a afirmação de Aries (1981) aponta que a infância desenvolveu- se paralelamente ao sentimento da família voltada- se para a criança. Neste contexto a sociedade passa enxergar a criança como individuo social, pertencente e inserido dentro da sociedade, onde a família demonstrava um grande interesse e preocupações pela saúde e educação da criança. 
A infância não é mais o rastro testemunho precioso de uma linguagem dos sentimentos autênticos e verdadeiros, ainda não corrompidos pela convivência mundana. Assim se elabora uma pedagogia do respeito à criança, da celebração de sua naturalidadevergonhoso de nossa natureza corrupta e animal, mas sim, muito mais, o, de sua autenticidade, de sua inocência em oposição ao mundo adulto pervertido [...]. (GAGNEBIN 1997, p.94)
 A sociedade passou a criar instituições especificas para crianças dentre elas a escola, surgindo junto com a ideia de que a infância é um período primordial da vida que precisa ser cuidadas e moldadas. Dessa forma nas concepções atuais a criança são considerada como um ser histórico- social, direcionada por vários fatores seja eles sociais, econômicos, culturais, ou até, mesmo políticos. A partir disso há uma visão clara, da infância sendo um momento repleto de encanto e ludicidade, com várias outras propriedades, no contexto social.
 Um guarda-chuva a abrigar um conjunto de distribuições sociais, relacionadas às diferentes condições: as classes sociais, os grupos etários, os grupos culturais, a raça, o gênero; bem como as diferentes situações: a deficiência, o abandono, a vida no lar, na escola (a criança e o aluno) e na rua (como espaço de sobrevivência e/ou de convivência/brincadeira). É nessa distribuição que as concepções de infância se amoldam às condições específicas que resultam na inclusão e na exclusão de sentimentos, valores e direitos. (FERNANDES; KUHLMANN JÚNIOR, 2004, p. 30). 
 Nesse sentido a infância foi se descobrindo e se adequando, na maneira em que os anos foram se progredindo, mudando sua forma de pensar, junto nos contextos sociais. A concepção de infância que possuímos nos dias atuais, foi sendo construída historicamente, percebemos que a infância muda com o tempo, há cada momento que passa aprende novas experiência.
AS INFLUÊNCIAS DESSA CONCEPÇÃO NA ELABORAÇÃO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS 
 As politicas educacional é fundamental no processo da construção do ser social da criança, adolescentes e na pratica pedagógica , pois através disso que é proporcionado os direitos e diretrizes, visando sempre a proteção a proteção e uma educação de qualidade.
A política pública educacional dever ter como
meta o sucesso escolar de sua comunidade com um ambiente favorável para que todos construam um saber reflexivo e significativo.
 um dos fatores que contribuem diretamente para qualidade da educação infantil é a prática docente, uma vez que esta relaciona-se com as condições de trabalho oferecidas pelas instituições. Quando se pensa em avaliar a qualidade da educação infantil, deve-se fazê-la pelas oportunidades que esta oferece a criança para o seu pleno desenvolvimento, o erro é pensar na educação infantil como uma fase de preparação para o ensino fundamental, quando na verdade é uma preparação para a vida. Porém, a nível de políticas publicas, a estatística gera um resultado mais concreto quando se trata das oportunidades de ingresso na escolaridade futura. (CAMPOS et al 2011)
 Para Cesiara (2002) A Constituição Federal de 1988 foi documento pioneiro na valorização e reconhecimento da infância, dele derivaram outros que reforçaram a ideia de assistência educativa para este público. No entanto, A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96), posiciona a criança em seu lugar de direito na sociedade e estabelece a ela não apenas o caráter assistencialista, como também o direito a uma educação de qualidade. 
Uma das principais leis e a constituição de 1988, essa vem alicerçando cada indivíduo. Sendo citado no Art. 227 – É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e o adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, a dignidade, ao respeito, à liberdade à convivência familiar e comunitária. […]. E outra lei que contribui para educação infantil e que traz bases e diretrizes é a LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases) relatando nos artigos 29 e 30 alguns fundamentos para educação básica:
Art. 29. A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Art. 30. A Educação Infantil será oferecida em:
I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II – pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade
Através desses direitos a educação infantil é reconhecida e valorizada, disponibilizando para esse público uma educação de qualidade não somente para a criança, mas para o pedagogo. Revertendo qualquer vestígio antepassado e construindo uma nova história de grande ressalto para a educação.
CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA NA BNCC
 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece obrigatoriedades e os direitos de aprendizagem e desenvolvimentos da criança, sendo eles seis direitos como: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. 
Através dessas competências é possível avaliar a criança, pois ela irá se descobrir, interagir e construir novos conhecimentos e significados sobre si e do mundo. 
 "As propostas pedagógica da Educação infantil deveram considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é como sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações, e práticas cotidianas que vivência, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009a, art. 4º)."
 Visando que a base deixa claro que a criança é o centro do processo educativo, junto com o apoio do professor, desvendando novos conhecimentos, interagindo e transformando seu aprendizado tanto social quanto cultural. Conforme a (BNCC) o documento destaca os “Campos de experiências”, é estruturada em 5 campos que são: o eu, o outro e o nos; corpo, gestos e movimentos; traços sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
São fundamentos importantes para o desenvolvimento da criança. Com as competências abordadas na (BNCC) será possível mudanças e transformações na educação infantil, cabe ao educador ser o mediador ativo e reflexivo, no processo ensino e aprendizagem. 
CONCLUSÃO
A primeira infância é um período de extrema importância, pois é o ponto inicial para o aprendizado e desenvolvimento sobre o mundo. O conceito de infância ainda se encontra muitas dúvidas. Porém, ocorreram muitas evoluções, trazendo para as crianças um tratamento diferenciado, não sendo mais tratadas como adultos em miniaturas. Ao longo de nosso estudo foi enfatizado que por meio de fatos históricos as pessoas que precisavam de um espaço para acolher seus filhos enquanto trabalhavam. 
 Durante esse processo surge uma concepção de criança, diferente da visão tradicional. Por séculos a criança era vista como um ser sem importância, quase invisível, hoje ela é considerada em todas as suas especificidades, com identidade pessoal e histórica.
Quando ocorre mudanças originam-se em novas exigências. sendo assim, a educação infantil de uma modalidade assistencialista transforma-se em uma proposta pedagógica aliada ao cuidar, procurando atender a criança de forma integral, onde suas especificidades devem ser respeitadas. O professor deve ter a consciência que ele é o ator de sua própria história, levando consigo a criticidade, o respeito, solidariedade e acreditar sempre no poder transformador ao aprendizado da criança.
Além disso é importante ressaltar as políticas educacionais e a BNCC, que influenciam bastante a educação infantil, visto que essas tem o objetivo de auxiliar o ensino e mostrar os devidos direitos a qual as pertencem, visando sempre que esse contexto seja reconhecido e podendo trazer mais melhorias para a área da educação.
Dessa forma esse trabalho nos trouxe vários conceitos importantes, adquirindo mais conhecimentos para nos alicerçar no nosso crescimento como estudante da área de pedagogia. Nós como futuros educadores possamos recorrer novos caminhos, trazendo uma educação transformadora capaz de mudar a história dessas crianças. Sabemos que o caminho é extenso, mas com alguns aprimoramentos vai sendo melhor efetivada, para que as nossas crianças sejam educadas de uma forma diferenciada. 
Em todos esses aspectos teremos alavancados, a concpção de infancia visto que a crianca possa tornar um adulto mais crítico e realizado.
reFERÊNCIAS
ARIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro. LTC,1978
FRABBONI, Franco. A Escola Infantil entre a cultura da Infância e a ciência pedagógica e didática. In: ZABALZA, Miguel A. Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre. Artmed, 1998.
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973.
BUJES, Maria Isabel E. Escola Infantil: pra que te quero. In: CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Gládis E. (orgs.). Educação Infantil pra que te quero?. Porto Alegre: Artmed, 2001.
CRAIDY, Carmem Maria. Educação Infantil e as Novas Definições da Legislação. In: CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Gládis E. (orgs.). Educação Infantil pra que te quero?. Porto Alegre: Artmed, 2001.
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Trabalho sobre os aspectos filosóficos, sociológicos, políticos
e pedagógicos da educação infantil apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de: Legislação Educacional, Sociologia da Educação, Teorias e Práticas do Currículo, Filosofia da Educação, Práticas pedagógicas :condições de Aprendizagem na Educação Infantil, Ed. Cultura Brasileira.
Tutora eletrônica: Regina de Almeida e Silva Peixoto.
Orientador: Prof. Marcio Gutuzo Saviani, Natalia Gomes dos Santos, Mari Clair Moro Nascimento, Marcia Bastos de Almeida, Renata de Souza Franca Bastos de Almeida, Natalia Germano Gejao Diaz.
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2018

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