PERÍODO JOANINO

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RESUMO PERÍODO JOANINO
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
PATRÍCIA MAGDA RODRIGUES BATISTA
PROFESSORA: ALESSANDRA PINHEIRO
RIO DE JANEIRO/RJ
ABRIL 2017
PERÍODO JOANINO
Após a chegada da família real portuguesa no Brasil, iniciou-se o período joanino (1808-1821). A transferência do Estado Português para o Brasil foi fundamental para que o país pudesse encaminhar seu processo de emancipação política. Na época, D. João VI, era príncipe- regente e dirigia o governo no lugar de sua mãe doente, dona Maria I, a rainha de Portugal.
Muitos fatos ocorreram durante esse período. A chegada da família real portuguesa no Brasil foi um deles e isso marcou intensamente os destinos do Brasil e da Europa. Na história do Brasil pela primeira vez, um rei europeu transferia a capital de seu governo para o continente americano. A família foi escoltada por embarcações britânicas, e muitas pessoas fizeram a viagem que atravessou o oceano Atlântico. Durante a viagem, os súditos da Coroa Portuguesa enfrentaram uma forte tempestade que separou o comboio de embarcações. Parte dos viajantes aportou primeiramente na Bahia e o restante na cidade do Rio de Janeiro.
Essas medidas trouxeram muitas consequências, além de liberar o comércio, outras importantes de ordem econômica. O contrabando sofreu uma significativa diminuição e os recursos arrecadados pela Coroa também aumentaram. Os produtos ingleses tomaram conta do país, impedindo o desenvolvimento de manufaturas no Brasil. Dois anos mais tarde, o decreto de 1808 transformou-se em um tratado permanente.
Em 1810, foram criadas a Academia Real Militar e a Biblioteca Real, com um acervo de cerca de 60.000 livros trazidos de Portugal por D. João VI. Os Tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação, fixaram os interesses britânicos no mercado brasileiro. Foram estabelecidas taxas alfandegárias preferenciais aos produtos ingleses. Os produtos ingleses pagavam taxas de 15%, os portugueses de 16% e as demais nações estrangeiras pagariam uma alíquota de 24%. Além desses valores, o tratado firmava um compromisso em que o tráfico negreiro seria posteriormente extinguido.
Em seu governo Dom João VI empreendeu outras mudanças, com isso a cidade do Rio de Janeiro sofreu diversas modificações. Missões estrangeiras vieram ao país avaliar as riquezas da região, Além disso, novos prédios públicos foram estabelecidos. A Casa da Moeda, Banco do Brasil, a Academia Real Militar e o Jardim Botânico foram algumas das obras públicas do período joanino.
Dom João VI empreendeu duas campanhas militares nas fronteiras do país. No ano de 1809, tropas britânicas e portuguesas conquistou a cidade de Caiena, capital da Guina Francesa. Essa manobra que tinha por objetivo agredir o governo francês e colocou a região sob o domínio do Brasil até quando o Congresso de Viena restituiu a região à França. No ano de 1817, as tropas imperiais invadiram a Província Cisplatina, que além de ser uma região rica no potencial econômico, ter o seu domínio impedia uma possível invasão napoleônica às colônias da Espanha. Um movimento de independência, dez anos depois, deu origem ao Uruguai.
A administração joanino, em 1815, fez com que o Brasil chegasse à condição de Reino Unido. Com isso foi extinto politicamente a condição colonial do país. Os lusitanos ficaram inconformados porque permaneceram em Portugal e se mostravam insatisfeitos com o fato do Brasil tornar-se a sede administrativa do governo português. Assim, em 1820, houve um movimento revolucionário que lutou pelo fim da condição política de Portugal que no momento era secundária. Com a Revolução do Porto, foi exigido o retorno de Dom João VI a Portugal, com isso, foi criado um governo provisório.
Como Dom João VI tinha medo da perda do seu poder, foi para Portugal e deixou o seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil. Assim, os revolucionários, inspirados por princípios liberais, exigiram a volta do pacto colonial. Aqui no Brasil, os acontecimentos repercutiram e impulsionaram a Independência do Brasil.