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Resumo - Barbero

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Resumo do texto “Dos meios às mediações – Comunicação, Cultura e Hegemonia” de Jesús Martín-Barbero
A burguesia se alia às massas para subir ao poder, entretanto após alcançar o seu objetivo ela começa a repudiar e temer que as classes mais baixas se rebelem novamente. Com isso, a elite passa a projetar a massa como ignorante e desmerece sua cultura.
A burguesia antes revolucionária passa a frear toda e qualquer revolução.
Tocqueville considera essa massa como ignorante que sacrifica a sua liberdade em prol do bem-estar.
Ele considera que a democracia é tirânica, pois só considera a opinião da maioria e torna irrelevante fatores como razão e virtude.
Para ele não se pode separar o movimento pela igualdade social e política do processo de homogeneização e uniformização social
Stuart Mill deixa de enxergar a massa de maneira negativa, para ele o povo passa a designar a tendência da sociedade a converter-se numa vasta e dispersa agregação de indivíduos isolados. A igualdade civil gera uma uniformização e massa é a “mediocridade coletiva” cultural e politicamente.
No fim do século XIX a massa começa a se confundir com proletariado, então passa-se a fazer mais do que apenas observar, passa-se a controlar.
Le bom conclui que a civilização industrial só é possível a partir de multidões e nessas aflora-se a “alma coletiva” da massa.
Para Le Bom, massa significa um agrupamento de pessoas diferentes que estão dotadas de uma alma coletiva que as fazem se comportar de maneira distinta da habitual. O que acontece na massa está reprimido no indivíduo.
Ortega: tenta pensar a modernidade, mas separa a cultura do trabalho científico e técnico. Ele entende a cultura como um conjunto de normas, quanto mais precisa e definida a norma, maior é a cultura.
Para Ortega a massa é incapaz de cultura, mas a parte boa de artistas de massa é que eles ajudam a arte a chegar ao seu estado de pureza, por não conseguirem despertar emoções nos espectadores a arte se torna a arte pura. Arte pela arte.
O nazismo também era contra a arte moderna e tentava restaurar a arte clássica que permanece na tradição popular nazista, o moderno renegava as suas origens.
Ortega serviu para nos mostrar a ambigüidade política com que se reveste em nosso século a questão cultural.
Spengler acredita na ciclicidade da filosofia. Para ele a democracia de massas marca o começo da “morte” da sociedade ocidental, pois quando a cultura se degrada toda a civilização se degrada e perde o seu sentido de existência.
Para Spengler as duas manifestações mais evidentes da morte da cultura são: a democracia e a técnica. (ex.: o jornal, pois ele tem grande alcance e provoca diferentes pontos de vista e idéias).
Para os velhos pensadores da Europa, a cultura de massa representa uma morte lenta, mas para os pensadores norte-americanos dos anos 40 e 50 a cultura de massa é a afirmação da sociedade de democracia completa. Apenas os que viveram a liberdade norte-americana podem ter o otimismo de entender e analisar a cultura de massa como a cultura desse povo.
Daniel Bell foi o primeiro a esboçar as chaves do novo pensamento, ele entendeu que a nova sociedade deve ser pensada a partir da ótica da sociedade de consumo. Pois o que está mudando não é a política, mas sim a cultura. Graças à sociedade de consumo o novo “moldador” social é os meios de comunicação de massa.
A massa deve deixar de significar anonimato e passividade, pois foi na sociedade de massa que o individualismo se identificou, liberando as capacidades morais e intelectuais dos indivíduos. Começou com o jornal e se intensificou com o rádio e o cinema.
A denominação do popular fica atribuída à cultura de massa propondo pela primeira vez a possibilidade de pensar positivamente o que se passa culturalmente com as massas. Deve-se pensar a cultura popular não como algo limitado ao que se relaciona com seu passado, mas ligado à modernidade.

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