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AULA 2 ENGENHARIA DE TRANSPORTES HISTORICO DAS FERROVIAS Transporte: O transporte é uma atividade essencial a todas as relações econômicas, ao intercâmbio entre os povos e ao comercio. O transporte esta associado à movimentação de pessoas e bens, entre duas ou mais localidades, e aos meios utilizados para esse fim. Funções do Transporte: Eliminar os desequilíbrios econômicos das regiões, ligando pólos produtores a centros de consumo e/ou terminais de exportação. Promover o intercambio entre os povos e eliminar os desequilíbrios sociais de certas regiões. Permitir a movimentação de pessoas e bens em suas necessidades de trabalho, compra, educação e lazer, contribuindo assim para a integração do homem às diferentes modalidades de uso do solo. O acesso de transporte influencia no valor da terra, porém devemos observar a influência do problema distância, observa-se que áreas centrais são mais valorizadas do que áreas periféricas por exemplo, isto devido ao fato de que os serviços concentram-se nas regiões centrais. Histórico do Transporte Ferroviário A Revolução Industrial, que se processou na Europa e principalmente na Inglaterra a partir do século XIX, surgiu quando os meios de produção, até então dispersos em pequenas manufaturas, foram concentrados em grandes fábricas, como decorrência do emprego da máquina na produção de mercadorias. O aumento do volume da produção de mercadorias e a necessidade de transportá-las, com rapidez, para os mercados consumidores, fizeram com que os empresários ingleses dessem apoio a George Stephenson (1781-1848), que apresentou sua primeira locomotiva em 1814.Foi o primeiro que obteve resultados concretos com a construção de locomotivas, dando início à era das ferrovias. Stephenson, engenheiro inglês, construiu a “Locomotion”, que, em 1825, tracionou uma composição ferroviária trafegando entre Stockton e Darlington, num percurso de 15 quilômetros, a uma velocidade próxima dos 20 km/h Em associação com seu filho, Robert Stephenson, fundou a primeira fábrica de locomotivas do mundo. Foi ele considerado, então, o inventor da locomotiva a vapor e construtor da primeira estrada de ferro O grande empreendedor brasileiro, Irineu Evangelista de Souza, (1813-1889), mais tarde Barão de Mauá, recebeu em 1852, a concessão do Governo Imperial para a construção e exploração da primeira linha férrea no Brasil, no Rio de Janeiro, entre o Porto de Estrela, situado ao fundo da Baía da Guanabara e a localidade de Raiz da Serra, em direção à cidade de Petrópolis A primeira seção, de 14,5 km e bitola de 1,68m, foi inaugurada por D. Pedro II, no dia 30 de abril de 1854. A estação de onde partiu a composição inaugural receberia mais tarde o nome de Barão de Mauá. A Estrada de Ferro Mauá, permitiu a integração das modalidades de transporte aquaviário e ferroviário, introduzindo a primeira operação intermodal do Brasil A primeira seção, de 14,5 km e bitola de 1,68m, foi inaugurada por D. Pedro II, no dia 30 de abril de 1854 Após a inauguração da Estrada de Ferro Mauá, sucederam-se as seguintes ferrovias, todas em bitola de 1,60m: Ferrovia Data de Inauguração Recife ao São Francisco 08/02/1858 D. Pedro II 29/03/1858 Bahia ao São Francisco 28/06/1860 Santos a Jundiaí 16/02/1867 Companhia Paulista 11/08/1872 A política de incentivos à construção de ferrovias, adotada pelo Governo Imperial, trouxe algumas conseqüências ao sistema ferroviário do país, que perduram até hoje, tais como: ◦ Grande diversidade de bitolas que vem dificultando a integração operacional entre as ferrovias; ◦ Traçados das estradas de ferro excessivamente sinuosos e extensos; ◦ Estradas de ferro localizadas no país de forma dispersa e isolada. ◦ Até o final do século XIX, outras concessões foram outorgadas, na bitola métrica (1m) Entre as bitolas menores, vale citar a Oeste de Minas , cujo primeiro trecho, de Sítio (hoje Antônio Carlos) a São João-Del- Rey, foi aberto a 28/08/1881, com a bitola de 0,76 m. Dentre as ferrovias citadas, salienta-se a implantação da Paranaguá – Curitiba, que se constituiu um marco de excelência da engenharia ferroviária brasileira, considerado, à época, por muitos técnicos europeus, como irrealizável. A sua construção durou menos de 5 anos, apesar das dificuldades enfrentadas nos seus 110 km de extensão. Em 17 de novembro de 1883 foi inaugurado para tráfego regular o trecho Paranaguá-Morretes. Esta ferrovia possui 420 obras de arte, incluindo, hoje, 14 túneis, 30 pontes e vários viadutos de grande vão, estando o ponto mais elevado da linha a 955 m acima do nível do mar. Ao trecho pioneiro da ferrovia juntaram-se outras interligações que possibilitaram o progresso dos atuais estados do Paraná e Santa Catarina. O SISTEMA FERROVIÁRIO NACIONAL Em 1922, ao se celebrar o 1º Centenário da Independência do Brasil, existia no país um sistema ferroviário com, aproximadamente, 29.000 km de extensão, cerca de 2.000 locomotivas a vapor e 30.000 vagões em tráfego. Introdução da tração elétrica , em 1930, para substituir, em determinados, trechos a tração a vapor; Em 1939 ocorreu o início da substituição da tração a vapor pela diesel elétrica. Este processo, interrompido durante a Segunda Guerra Mundial, foi intensificado na década de 1950. Em 1942 foi criada a Companhia Vale do Rio Doce, que absorveu a Estrada de Ferro Vitória a Minas (construída a partir de 1903). Esta ferrovia foi então modernizada com o objetivo de suportar o tráfego pesado dos trens que transportavam minério de ferro entre as jazidas de Itabira, em Minas Gerais, e o Porto de Vitória, no Espírito Santo. O Governo Vargas, no final da década de 1930, iniciou processo de saneamento e reorganização das estradas de ferro e promoção de investimentos, pela encampação de empresas estrangeiras e nacionais, inclusive estaduais, que se encontravam em má situação financeira. Assim, foram incorporadas ao patrimônio da União várias estradas de ferro, cuja administração ficou a cargo da Inspetoria Federal de Estradas – IFE, órgão do Ministério da Viação e Obras Públicas, encarregado de gerir as ferrovias e rodovias federais. Esta Inspetoria deu origem, posteriormente, ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER e Departamento Nacional de Estradas de Ferro - DNEF, sendo este último, criado pelo Decreto Lei n.º 3.155, de 28 de março de 1941. O DNEF foi extinto em dezembro de 1974 e suas funções foram transferidas para a Secretaria-Geral do Ministério dos Transportes e parte para a Rede Ferroviária Federal S.A. – RFFSA. A REDE FERROVIÁRIA FEDERAL S.A. – RFFSA No início da década de 1950, o Governo Federal, com base em amplos estudos decidiu pela unificação administrativa das 18 estradas de ferro pertencentes à União, que totalizavam 37.000 km de linhas espalhadas pelo país. Em 1969, as ferrovias que compunham a RFFSA foram agrupadas em quatro sistemas regionais: Sistema Regional Nordeste, com sede em Recife; Sistema Regional Centro, com sede no Rio de Janeiro; Sistema Regional Centro-Sul, com sede em São Paulo; e Sistema Regional Sul, com sede em Porto Alegre. Histórico do Sistema de Transportes Rodoviários no Brasil e no Mundo 1886 - Gottlieb Daimler e Karl Benz construíram o primeiro automóvel e o dirigiram em Stuttgart (Alemanha); 1893 - Santos Dumont trouxe o primeiro automóvel (Daimler) a vapor para o Brasil; 1896 - Construída a primeira fábrica de automóveis (EUA): Duryea Motor Wagon (DMW); 1897 - Primeiro automóvel e primeiro acidente no Rio de Janeiro; 1904 - SP tinha uma frota de 83 automóveis; foi criada a carteira de habilitação; 1930 - Rede de estradas de rodagem no Brasil – 100.000 Km- Frota de veículos dos EUA – 27 milhões1931 - 1945 - Evolução lenta da frota de veículos dos EUA - Frota de veículos no Brasil operando com sucateamento - Instituída a Lei Jopert que institucionalizava recursos para financiamento rodoviário (IULCLG) Histórico do Sistema de Transportes Rodoviários no Brasil e no Mundo 1946 - 1955 - Reativação da economia internacional - EUA com frota de 63 milhões de veículos em 1955 - Frota nacional de 680.000 veículos (35% caminhões) - Veículos importados no período – 520.000 veículos - Desenvolvimento acelerado do modo rodoviário 1956 - Implantação da indústria automobilística nacional 1956-1960 - Programa de metas: setor de transportes levou 30% do total de investimentos. Atingimento das metas: Transporte rodoviário – 207% Transporte ferroviário – 50% Portos – 56% Histórico do Sistema de Transportes Rodoviários no Brasil e no Mundo 1957-1964 - Consolidação da indústria automobilística, com 184.000 veículos produzidos em 1964 e frota produzida acumulada de mais de 1.000.000 de veículos. - Paralelamente ao crescimento da frota nacional (de 736.000, em 1957, para 1.630.000 em 1964), a rede rodoviária passou de oito para dezoito mil quilômetros - O volume do transporte de carga e passageiros dobrou no período. 1964 - Criação do Ministério do Planejamento e Coordenação Econômica. 1976 - Criação da EBTU (Empresa Brasileira de Transportes Urbanos), extinta em 1989. 1977 - Criação do DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito). 1973-1978 - O impacto do aumento do petróleo. Situação da malha rodoviária federal hoje R$ 1.5 a R$ 2.0 bilhões por ano necessários só para a manutenção; 78.000 acidentes por ano, em virtude do mau estado da malha rodoviária; Custo de frete grandemente aumentado. A questão do desenvolvimento tecnológico dos transportes no Brasil: ênfase necessária na otimização dos sistemas existentes. Papel da Engenharia de Tráfego. Definição do Instituto de Engenheiros de Transportes (ITE) dos EUA “Engenharia de tráfego é o ramo da engenharia de transportes que se relaciona com o planejamento, desenho geométrico, e com as operações de tráfego de estradas e vias urbanas, suas redes, terminais e terrenos adjacentes, inclusive com a integração de todos os modos e tipos de transportes, visando proporcionar a movimentação segura, eficiente e conveniente de pessoas e mercadorias”. Objetivos da Engenharia de Tráfego Estudar os padrões do tráfego rodoviário urbano e rural; Fornecer insumos ao projeto rodoviário com vistas a viabilizá-lo técnica, financeiramente e economicamente; Maximizar a fluidez do tráfego rodoviário; Minimizar riscos de acidentes rodoviários; Maximizar a acessibilidade; Minimizar impactos negativos do tráfego no meio-ambiente e na qualidade de vida; Minimizar custos operacionais de circulação de veículos automotores, ciclistas e pedestres; Gerar informações do sistema de tráfego rodoviário, enquanto subsistema de transportes, com vistas a que se atinja os objetivos deste último. Componentes de Estudo na Engenharia de Tráfego Sistema Viário X Fluxo de Tráfego (Oferta X Demanda) Terminais de Transporte Público Estacionamentos O Veículo O Usuário do Sistema: Motoristas + Pedestres Os Sistemas de Controle Os Métodos de Minimização de Acidentes As técnicas de Mitigação do Impacto Negativo do Tráfego Técnicas de Levantamento de Informações de Tráfego Aspectos Administrativos / Gerenciais do Tráfego Terminais Intermodais Rodoviários Administração de Conflitos Físicos Acomodação de movimentos conflitantes: dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Sociais Usuário de Transporte Público X Proprietário de Automóvel ◦ O primeiro necessita de transporte público eficiente, seguro e barato: tratamento prioritário para o transporte coletivo; ◦ O segundo deseja o máximo de mobilidade possível, dentro do seu veículo: investimentos em ampliação do sistema viário. Pedestre X Motorista ◦ O primeiro deseja conforto e segurança na sua locomoção; ◦ O segundo deseja rapidez; ◦ Isso leva a conflitos. Ex: semáforos em áreas de grande movimento de veículos e pedestres. Sociais Morador X Motorista ◦ O morador deseja uma alta qualidade de vida segurança, ausência de poluição, etc. ◦ O motorista quer rapidez; ◦ Isso gera conflito. Ex: vias residenciais que recebem tráfego de passagem. Proprietário de estabelecimento comercial X motorista X passageiro de ônibus ◦ O primeiro deseja o máximo de acessibilidade (facilidade de estacionamento, principalmente); ◦ O segundo deseja fluidez nos seus deslocamentos eliminação de atritos (veículos estacionados, por exemplo); Este segundo pode ainda querer estacionar em frente à loja: coincidência com o desejo do comerciante; ◦ Se os clientes forem pessoas que utilizam transporte coletivo o comerciante desejará melhor acessibilidade deste serviço; ◦ Existem ainda as necessidades de carga e descarga. Derivados Movimento X Qualidade de Vida ◦ A realização de movimentos gera poluição sonora, atmosférica, visual, etc ◦ Otimização do movimento: maior velocidade ➔ problemas de segurança; ◦ Otimização do movimento: caminhos mais diretos ➔ problemas com o uso do solo. Derivados Movimento X Acessibilidade ◦ Posições conflitantes: qualquer melhoria de uma delas, prejudica a outra, como foi o caso citado do estacionamento X circulação; ◦ Não é possível atender a todos ao mesmo tempo: estabelecimento de prioridades sociais (investimentos,enfoques) e de utilização do espaço (técnicas de ◦ engenharia de tráfego). Uma nova definição de Engenharia de Tráfego Não é uma atividade essencialmente técnica tem também a componente política; É guiada pelos interesses dos participantes: técnicos aplicam o saber científico da área, segundo uma direção resultante dos conflitos de interesse, podendo apontar para mais para a fluidez (em detrimento da segurança) ou mais para a segurança (em detrimento da fluidez); Vale a capacidade de mobilização de cada grupo; Engenharia de Tráfego seria “uma atividade técnica, no sentido de utilizar procedimentos racionais de base matemático-física, e política, no sentido de dirigir a aplicação dessas técnicas segundo os interesses (conflitantes) dos vários usuários que realizam a circulação na cidade”. Mercado do Engenheiro de Tráfego Companhias Municipais de Engenharia de Tráfego Departamentos Estaduais de Trânsito (DETRAN’s) Empresas de consultoria Empresas fornecedoras de equipamentos e prestadoras de serviços Empresas Municipais / Estaduais de Gestão dos Transportes Públicos Agências Reguladoras Universidades Assessorias de Parlamentares Assessorias de Prefeituras de cidades de médio porte Classificação das estradas Quanto à Orientação Geográfica Após conclusão dos estudos de viabilidade técnica - econômica e verificada a necessidade de construção de uma estrada ou nova ligação a mesma precisa ser classificada em conformidade com a malha viária existente. O Sistema Nacional de Viação, estabelecido no PNV (Plano Nacional de Viação), compreende os Sistemas Nacionais Rodoviário, Ferroviário, Portuário, Hidroviário e Aeroviário. Em particular, nesta disciplina abordaremos os casos Rodoviários e Ferroviário. Esses sistemas definem eixos que cortam o Brasil em várias posições, segundo a nomenclatura: prefixo BR ==> Rodovias EF ==> Ferrovias acrescidas de três algarismos.O primeiro algarismo tem o seguinte significado: 0=====> rodovias radiais 1=====> rodovias longitudinais 2=====> rodovias transversais 3=====> rodovias diagonais 4=====> rodovias de ligação Os dois outros algarismos indicam a posição da rodovia com relação à Brasília e aos limites extremos do país, de acordo com o seguintecritério: Radiais: São as que partem da capital Federal para qualquer direção ligando capitais estaduais ou pontos importantes do país. os últimos dois números são definidos segundo a posição da rodovia em relação à direção norte, no sentido dos ponteiros do relógio. BR 010 - Brasília - Belém BR 040 - Brasília - Rio de Janeiro Os dois outros algarismos indicam a posição da rodovia com relação à Brasília e aos limites extremos do país, de acordo com o seguinte critério: Longitudinais São as que se orientam na direção norte - sul, seu primeiro algarismo é 1, e os dois últimos variam de 00 no extremo leste a 50 em Brasília prosseguindo até 99 no extremo oeste. BR - 116 - Fortaleza - Jaguarão BR - 163 - Medianeira - C. Rondom Os dois outros algarismos indicam a posição da rodovia com relação à Brasília e aos limites extremos do país, de acordo com o seguinte critério: Transversais São as que se orientam na direção leste - oeste, seu primeiro algarismo é 2, e os dois últimos variam de 200 no extremo norte do pais a 250 em Brasília prosseguindo até 299 no extremo sul. BR 267 - Leopoldina - Juiz de Fora BR 277 - Cascavel - Curitiba - Paranagua Os dois outros algarismos indicam a posição da rodovia com relação à Brasília e aos limites extremos do país, de acordo com o seguinte critério: Diagonais pares São as que se orientam na direção geral NO-SE, a numeração varia segundo números pares de 300 no extremo NE do país à 350 em Brasília e a 398 no extremo SO. O número é obtido de modo aproximado por interpolação, em razão da distância da rodovia a uma linha com a direção NO-SE, passando por Brasília. BR 376 - Dourados - Ponta Grossa - Curitiba Os dois outros algarismos indicam a posição da rodovia com relação à Brasília e aos limites extremos do país, de acordo com o seguinte critério: Diagonais impares São as que se orientam na direção geral NE-SO, a numeração varia segundo números ímpares de 301 no extremo NO do país à 351 em Brasília e a 399 no extremo SE. O número é obtido de modo análogo ao das diagonais pares. BR 369 - Cascavel - Maringá Os dois outros algarismos indicam a posição da rodovia com relação à Brasília e aos limites extremos do país, de acordo com o seguinte critério: Diagonais impares De ligações Referem-se àqueles traçados que não se enquadram nas categorias anteriores, com qualquer direção ligando pontos importantes das categorias precedentes. A numeração varia de 400 a 450 se a ligação estiver para o norte de Brasília e de 451 a 499 se para o Sul de Brasília. BR 467 - Cascavel - Toledo BR 469 - Porto Meira - Foz - Pqe. Nacional Quanto ao aspecto político administrativo As rodovias podem ser classificadas como: Federais: Interessam a todo o pais, construídas e mantidas pelo governo federal. Estaduais: Ligam entre si cidades e capital de um estado. Municipais: Interesse de um município ou municípios vizinhos. Vicinais: Destinadas à ligação de fazendas ou sítios vizinhos, podem pertencer ao município ou particulares. Ferrovias A maior parte da rede ferroviária do Brasil pertence à Rede Ferroviária Federal, S.A., que atualmente encontra-se dividida em 7 superintendências. SR1 - Superintendência Regional de Recife SR2 - Superintendência Regional de Belo Horizonte SR3 - Superintendência Regional de Juiz de Fora SR4 - Superintendência Regional de São Paulo SR5 - Superintendência Regional de Curitiba SR6 - Superintendência Regional de Porto Alegre SR7 - Superintendência Regional de Salvador Quanto à natureza da superestrutura Estrada de ferro: a superestrutura é constituída por trilhos, material de fixação dos trilhos, dormentes, lastro. Estradas de Rodagem: A superestrutura é constituída de um sistema de camadas de espessuras finitas, dispostas sobre um material denominado subleito. Podem ser: flexíveis e rígidos. Componentes de sistemas de transportes COMPONENTES FUNCIONAIS REDES DE TRANSPORTES HIERARQUIA E CLASSIFICAÇÃO DE VIAS Tecnologia de transporte € A função dos sistemas de transporte é permitir que pessoas e bens se movimentem € A humanidade desenvolveu uma série de tecnologias que permitem deslocamentos mais rápidos, com mais carga sobre distâncias mais longas € Objeto – denominação de pessoas ou bens sendo transportados por um modo qualquer Requisitos de uma tecnologia de transportes € Dar mobilidade ao objeto, i.e., permitir sua movimentação de um ponto a outro; € Controlar o deslocamento e a trajetória do objeto através da aplicação de forças de aceleração, desaceleração e direção; e € Proteger o objeto de deterioração ou dano que possa ser causado pela sua movimentação Tecnologias de transportes € Tecnologia mais simples de transporte? • Transporte a pé • Baseado na habilidade natural dos seres humanos de se locomoverem e na sua capacidade de transportar pequena cargas • Correr ou nadar • Formas naturais de transporte x Animais x Natureza x Água x Força da gravidade Tecnologias de transportes € Os processos naturais de transporte que existem na natureza são suficientes para atender as necessidades da sociedade moderna? • NÃO!!! • A maior parte das tecnologias de transporte utilizadas atualmente foi criada pelo homem • Baseadas em formas naturais de transporte Tecnologias de transportes Componentes funcionais Um sistema de transporte possibilita que um objeto seja movimentado de um local para outro ao longo de uma trajetória. O que é movimentado, o objeto, são pessoas e/ou cargas (que podem incluir seres vivos); e a trajetória é o conjunto de pontos no espaço ao longo dos quais se deseja mover o objeto Componentes funcionais Os componentes funcionais genéricos dos sistemas de transportes são: Veículo: o componente usado para movimentar pessoas e cargas deum local para outro: carros, navios, trens etc.; • Vias: as conexões que unem dois ou mais pontos: estradas, hidrovias, aerovias, canalizações etc.; • Terminais: os pontos onde as viagens se iniciam e terminam, como por exemplo, aeroportos; portos; terminais de ônibus; estacionamentos etc.; • Plano de operações: o conjunto de procedimentos usados para se obter um funcionamento adequado e eficaz dos sistemas de transportes. € Vias • Nem sempre existem vias ligando todos os pontos entre os quais se deseja transportar os objetos • Os sistemas de transporte têm a forma de redes de vias interligando vários pontos Ex.: sistema viário urbano, onde as vias se cruzam em interseções (nós) € Interseções • Componentes importantes dos sistemas de transportes • Fundamental o controle de fluxo de veículos para evitar acidentes Ex.: Cruzamentos de vias urbanas, desvios ferroviários € Terminais • Locais onde as viagens começam e terminam • Locais onde ocorrem transbordos – com mudança de modo de transporte ou no mesmo modo • Edificações projetados e construídos para este fim ou locais pré-determinados x Aeroportos, estações de metrô, rodoviária, ponto de ônibus, estacionamento, garagem € Plano de operação • Conjuntos de procedimentos usados para a operação adequada de um sistema de transporte • Assegura: x que o fluxo de veículos nas vias e interseções ocorra de forma ordenada e segura x Que os terminais sejam operados de forma que o fluxo de objetos seja acomodado nos veículos Ex: tabela de horários de chegada e partida ou controle de semáforos em tempo real por computador € Força de trabalho • Composto por pessoas Operadores dos veículos e sistemas de controle x Administradores dos sistemas x Construtores x Reparos e manutenção dos componentes Modalidades de transportes Componente Modalidadede transporte Ferrovia Oleoduto Ônibus urbano Objeto Frete Derivados de petróleo Passageiros Terminal Plataforma de carga Terminal petrolífero Pontos e terminais Veículo Locomotiva Líquido nos dutos e bombas Ônibus Via Ferrovia Tubulação Ruas Plano de operações Tabela de horários Esquema de bombeamento Tabela de horários Trabalho Redes de transportes Uma rede é uma representação matemática do fluxo de veículos, pessoas e objetos entre pontos servidos por um sistema de transporte. Uma rede se constitui de arcos e nós. Os nós são pontos notáveis no espaço, e os arcos são as ligações entre nós. Para entender melhor como uma rede de transporte é definida, considere o mapa da Figura , que representa as ligações rodo-ferroviárias entre algumas cidades. O diagrama é a representação gráfica da rede que representa o sistema de transporte rodo-ferroviário servindo essa região. Cada cidade é um nó, e cada ligação rodo-ferroviária é um arco. Um arco pode conter fluxo de veículos nos dois sentidos ou apenas em um sentido. Neste último caso, diz-se que ele é um arco direcionado. Cada nó é identificado por um número, e cada arco, pelo par de nós por ele ligado. Desta forma, Campo Grande é o nó 1; Cuiabá, o nó 2, e assim por diante, como mostra o Quadro 2 (ligação entre Cuiabá e Vilhena), o arco 2-3, é um arco bi-direcional; o arco 6-2 (Porto Velho e Cuiabá) é um arco uni-direcional Nó Cidade Arco Ligação Tipo de arco 1 Campo Grande 1-2 Campo Grande – Cuiabá Bi-direcional 2 Cuiabá 2-3 Cuiabá – Vilhena Bi-direcional 3 Vilhena 3-4 Vilhena – Ji-Paraná Bi-direcional 4 Ji-Paraná 4-5 Ji-Paraná – Ariquemes Bi-direcional 5 Ariquemes 5-6 Ariquemes – Porto Velho Bi-direcional 6 Porto Velho 6-2 Porto velho - Cuiabá Uni-direcional As redes além de poderem ser representadas graficamente, são também representadas marginalmente, conforme mostra a Figura 5, que contém a representação matricial do sistemas de transportes, servindo a região mostrada, anteriormente. As linhas da matriz contêm os nós de origem e as colunas, os nós de destino. Cada elemento da matriz, mij, que representa a existência de um arco que se inicia em i e termina em j, pode assumir os seguintes valores: Os arcos bi-direcionais são representados por mij = 1 e mji = 1, ao passo que um arco uni-direcional entre i e j é representado por mij = 1 e mji = 0. Note, entretanto, que esta convenção não é universal. A representação matricial permite um tratamento computacional sistematizado de redes extremamente complexas, e permite também uma extensão do conceito para armazenagem de características de cada arco: comprimento; tempo de viagem; volume de tráfego; capacidade de tráfego etc. € Representação matemática do fluxo de veículos, pessoas e objetos entre pontos servidos por um sistema de transporte € Constituída de arcos e nós • Nós são pontos notáveis no espaço: Cidades, interseções • Arcos são as ligações entre os nós: Rodovias, ferrovias Representação gráfica da rede que representa o sistema de transporte rodo-ferroviário servindo uma região FAÇA A REPRESENTAÇÃO DESSE SISTEMA FAÇA A REPRESENTAÇÃO MATRICIAL
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