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Contratos- Direito Civil IV

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Contratos
Negócio Jurídico resultante de um acordo de vontades que produz efeitos obrigacionais, ou seja, declaração de vontades para produzir efeitos jurídicos, não basta apenas a vontade, faz necessário o consenso do acordo de vontades. Por tanto, as partes podem criar/ inventar contratos sem formalidades (Autonomia Privada), porém recomendasse celebrar o contrato de forma escrita quando for de alto valor, tratasse de uma segurança, caso apareça algum litigio judicial, pois nos casos de contratos verbais tornasse necessário testemunhas, sendo esse meio de prova, menos seguras que os documentos. 
contrato 
 ↳ Ato Jurídico ( Formalidades)
 ↳ Negócio Jurídico ( efeitos prozudidos) 
Autocontratos -> ocorre quando uma única pessoa agir por duas partes. 
Acordo de vontades - > autonomia de aceitar ou não o contrato. 
Contrato Social -> contato da pessoa com a sociedade. 
exceção dos efeitos do Negócio Jurídico -> Quando o fato for aceito pela sociedade. 
Pacto Corvino -> Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva Art. 426. 
Atos Nulos -> não são negócios jurídicos
Atos anuláveis -> são negócios Jurídicos. 
capacidade de fato: pessoa que pode ser capaz para ocupar um dos pólos do negocio jurídico. 
negocio jurídico = ato jurídico + efeitos. 
EFEITOS OBRIGACIONAIS 
Transitoriedade: Em geral, os contratos são efémeros, transitórios, ou seja, possuem vida curta, alguns são duradouros, mas não deve ser permanentes. 
O Valor Econômico: Valor econômico que viabiliza a responsabilidade patrimonial do inadimplimento se o contrato não for cumprido. 
ELEMENTOS, REQUISITOS E PRESSUPOSTOS PATRIMONIAIS
Capacidade das Partes: O agente tem que ser capaz e ter capacidade de fato. Capacidade de Direitos todos os Seres Humanos tem, porém a de fatos nem todos possuem ( menores; loucos,etc.) . contrato celebrado por incapaz é nulo (art. 166, I do C.C.); e pelo relativamente incapaz é anulavel ( art. 171, I do C.C), mas essas pessoas poderão adiquirir direitos e celebrar contratos desde que sejam representados. 
Objeto do Contrato: é a prestação licita, possível, determinada e de valor econômico. Não podendo ser ilícito, e também não pode ser herança de pessoa viva (pacto corvino). Quanto à possibilidade, não pode ser algo impossível. Ex. contratar um mudo para cantar. 
Quanto ao Objeto determinado ou determinavel. 
Valor econômico: não é o valor do contrato, mas precisa existir caso há um inadimplemento, se resolver em perdas e danos (art389, CC). O negócio juridico é valido sob pena de responsabilidade patrimonial. 
Forma: forma livre (materialidade da manifestação de vontade), salvo expressa determinação em lei. EX: Doação de coisa valiosa; compra e venda de imoveis; escritura publica.
Legitimidade: Trata-se de um limitador da capacidade. Legitimidade é o interesse ou autorização para agir em certo contrato previsto em lei. “Ninguém poderá exercer direito alheio, em nome próprio ou sem autorização”. 
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
Os contratos se formam pelo CONSENSO, pelo ACORDO DE VONTADE. as vontades que formam os contratos denomina-se OFERTA (ou proposta) de um lado, e ACEITAÇÃO de outro lado. Quem realiza oferta é o PROPONENTE, quem emite a aceitação é o ACEITANTE. A oferta ao publico tem carater obrigatório e deve ser completas, ou seja, a parti do momento que ofertou, quando o aceitante aceitar, tem que cumprir. 
				Tacita - > aquelas presumidas por certas circuntâncias. ex. Silêncio 
comunicação de vontade 
				Expressa -> escrita ou verbal. 
No direito civil, nem sempre que cala consente. ex: assunção de divida. 
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
Unilateral ou Bilateral -> todo contrato é sempre BILATERAL, porém quanto aos efeitos podem ser unilateral ou bilateral. 
 Efeitos Bilaterais- Quando os efeitos são também sinalagmaticos, pois cria direitos e deveres equivalentes para ambas as partes. ex. Compra e venda
Efeitos Unilateral- Quando os efeitos só cria direito para uma das partes e obrigação para a outra, ou seja, uma parte será credora e a outra devedora, não encontrando as duas caracteristicas em uma só pessoa. Não existe contrato unilateral quanto às pessoas. Ex. doação
Onerosos e Gratuitos -> nos contratos ONEROSOS ambas as partes têm vantagem e proveito econômico, já nos contratos GRATUITOS, só beneficia uma das parte, então geralmente todo contrato unilateral é gratuito, no entanto pode haver contratos unilaterais e onerosos, quando existir uma pequena contraprestação da outra parte (ex. doação modal- aquela que tem um encargo por parte do donatário, o doador exige um pequeno serviço do donatário em troca da coisa/ o encargo deve ser pequeno se não descaracteriza a doação). 
 Comulativos e aleatórios -> Está classificação só enquadra nos contratos onerosos. CUMULATIVO quando existe uma equivalencia entre a prestação (vantagem) e a contraprestação (sacrificio). ex: compra e venda
Já os ALEATÓRIOS ocorre quando uma das partes vai ter mais vantagem que a outra, vai depender de um fato futuro e imprevissivel, chamado de “alea= corte/ destino” ex. cotrato de Seguro. 
Principais e acessórios -> PRINCIPAL é aquele que tem vida própria, existe por si só. 
ACESSÓRIOS, não existe por si só, cuja existencia depende de outro contrato ex. contrato de Garantia. 
Instantâneos e de duração -> A regra é os contratos serem INSTANTÂNEOS, ou seja, vida curta/ efémeros. Os de DURAÇÃO , são aqueles que se prolongam nos dias, semanas e meses. 
Pessoais e Impessoais -> os contratos PESSOAIS é celebrado com uma pessoa em virtude de suas qualidades pessoais, “Intuito Personal”. Os contratos IMPESSOAIS por sua vez restringe-se as obrigações, de dar uma coisa, ou seja, não importa a pessoa que o cumpriu. 
Típicos e atípicos -> Os contatos TÍPICOS tem previsao no tipo/ lei e foram disciplinados pelas legislação, são contratos mais comuns e importantes, disciplinados no art. 481 a 853 C.C - Titulo IV do livro I. 
 Os contratos ATÍPICOS são aqueles que surgem da necessidade do relacionamento humano. Quando não há lei para regulamenta-los, devendo esses contratos serem escritos e minuciosos. Ex. contrato de Leasing.
Solenes e Informais -> A maioria dos contratos sao informais e consensuais. Os contratos solenes são aqueles que devem ser escritos, e a lei exige solinidade para sua conclusao ex. doação.
Nos contratos informais, podem ser verbais, se formaliza com as vontades das partes. 
Reais e Consensuais -> todos os contratos são consensuais, porém em alguns contratos só o consenso não basta, deve haver a indicação da entrega (tradição), esses são chamados de contratos REAIS. 
Civis e Mercantis -> Os contratos CIVIS são aqueles que visa satisfazer uma necessidade pessoa, sem visar o lucro, enquanto os contratos MERCANTIS vira o lucro. 
PRINCIPIOS CONTRATUAIS 
AUTONOMIA DA VONTADE: Os contratantes pode contratar como quiser, com quem quiser (art. 425 do C.C.) diferente do administrativo que ficam limitadoa na atuação do querenantes, sujeitos a diretrizes constitucionais e aprovação pelo poder legislativo. Esse principio da automia, é o poder criador, sendo amplo, mas não absoluto, encontrando limites na ordem publica ( Leis imperativas/ obrigatórias) e nos bons costumes ( maneiras de ser e de agir, correspondendo a influencia moral, variando a moral de acordo com o lugar e o tempo). Sendo a função social do contrato a exigencia da intervenção cada vez maior do Estado nas atividades particular das pessoas (autonimia privada).
DIRIGIMOS contratual é iniciativa do Estado de elaborar leis para dar superioridade juridica a certas categorias economicamente mais fracas.
CONSENTIMENTO OU CONSENSUALIMOS: O Consentimento surge com o aceite do consumidor, nos contratos solenes e reais. o acordo de vontade intecede a assinatura ou tradição. A vontade predomina sobre a palavra escrita. 
FORÇA OBRIGATÓRIA: O contrato faz lei entre as partes. Tudo exposto no contrato deve ser cumprido , poruma questão de segurança e paz social. 
Quando é celebrado o contrato , o mesmo se torna intangível, não podendo ser alterado unilateralmente, excepcionalmente a lei permite que que o juiz, nos contratos comutativos de longa duração, diante do fato novo, modifique o contrato para manter a igualdade entre as prestações ( teoria da imprevisão). 
 Caso uma das partes não cumpra o contrato, a parte prejudicada, exigirá o compromesso forçado através do juiz ou indenização por perdas e danos. 
*** A teoria da imprevisão é consequencia da função social do contrato, que exige trocas uteis, justas. Conforme art. 421 e paragrafo Unico do art. 2035 C.C 
Esther Iramar Silva

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