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E R G O N O M IA Organismo Humano 18/12/2015UEM-DEP – Carlos A. Pizo 1 Referências: Iida, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. São Paulo: Edgard Blucher, 2005 E R G O N O M IA Organismo humano 18/12/2015UEM-DEP – Carlos A. Pizo 2 As principais funções do organismo humano que interessam à Ergonomia são aquelas que influem no desempenho do trabalho, por exemplo: Função neuromuscular Coluna vertebral Metabolismo Visão Audição Senso Cinestésico E R G O N O M IA Fornecer subsídios para pesquisas que visam identificar vícios posturais ou má- postura do trabalhador evitando conseqüências como: ◦ anormalidades permanentes na postura; ◦ mudanças degenerativas nos tecidos, escoliose; ◦ surgimento de dores; ◦ tratamentos prolongados, afastamento do serviço , absenteísmo; ◦ redução de desempenho; ◦ baixa produtividade. Objetivos do estudo da fisiologia no trabalho E R G O N O M IA 18/12/2015 UEM-DEP – Carlos A. Pizo 4 • A contração muscular é comandada pelo SNC (Sistema Nervoso Central) através de impulsos elétricos: • Sinais AFERENTES – São os estímulos recebidos pelo SNC oriundos dos receptores especializados (visão, audição, tato, olfato e paladar). • Sinais EFERENTES – São os estímulos enviado pelo SNC, através dos nervos motores até os músculos, provocando seus movimentos. Função Neuromuscular E R G O N O M IA 18/12/2015 UEM-DEP – Carlos A. Pizo 5 Células nervosas conectam-se entre si para formar uma cadeia de transmissão de sinais. As conexões entre elas chamam-se SINAPSES. • Célula nervosa: • Dendrites (Um ou vários) • Axônio (Único) • SINAPSE – É a ligação do Axônio de uma célula nervosa com o Dendrite de outra célula nervosa. Características: • Sentido único: Os sinais vêm do Axônio • Fadiga: Capacidade de transmissão limitada • Efeito residual: Um mesmo estímulo se propaga mais rápido • Desenvolvimento: O estímulo continuado melhora a SINAPSE • Acidez X Condução: O aumento da acidez diminui a atividade neural e mais alcalino melhora a excitabilidade neural. Função Neuromuscular Dois tipos de terminações E R G O N O M IA 18/12/2015 UEM-DEP – Carlos A. Pizo 6 Músculos • Lisos (Vasos sanguíneos, aparelho respiratório e outras vísceras) • Estriado Cardíaco • Ambos não podem ser comandados voluntariamente • Estriado – estão sob o controle consciente (foco da ergonomia) 40% dos músculos são estriados (434 músculos do corpo) 75 pares estão envolvidos na postura e movimentos globais do corpo. Outros são responsáveis por movimentos menores (olho, sobrancelha, etc.) Função Neuromuscular E R G O N O M IA 18/12/2015 7 Sistema Muscular – www.auladeanatomia.com/sistemamuscular/gen-musc.htm Função Neuromuscular E R G O N O M IA 18/12/2015UEM-DEP – Carlos A. Pizo 8 • Fibras longas e cilíndricas ( 1 a 100microns e até 30cm) • Cada fibra possui centenas de miofibrilas, elementos delgados de 1 a 3 mícron. • Cada miofibrila possui um segmento funcionalmente completo chamado SARCÔMEROS E R G O N O M IA 18/12/2015 9 Contração muscular dos músculos estriados • Pulso elétrico de 80 a 90 milivolts; • Latência de 0,003s; • Os filamentos não mudam de tamanho, a ACTINA desloca-se para dentro dos filamentos de MIOSINA; • Cada 1 cm2 de músculo pode desenvolver 3 a 4 kg de força na contração; • Mulheres, por possuir musculatura mais fina, tem menor potência máxima que os homens. E R G O N O M IA 18/12/2015UEM-DEP – Carlos A. Pizo 10 Irrigação sanguínea e fadiga: • Vasos capilares entres as fibras. • Contração estrangula os vasos capilares ao mesmo tempo que estimula a sua dilatação. • Esta dilatação pode ser desenvolvida com exercícios. E R G O N O M IA 18/12/2015 11 Irrigação sanguínea e fadiga: • FADIGA é a redução de força pela deficiência da irrigação sanguínea. • Existe uma relação entre o grau de contração e o tempo suportável. • Por isto da exigência do tempo de descanso / relaxamento Função Neuromuscular E R G O N O M IA 18/12/2015UEM-DEP – Carlos A. Pizo 12 Cada movimento tem pelo menos dois músculos que trabalham ANTAGÔNICAMENTE Quando um CONTRAI (Protagonista) o outro RELAXA / DISTENDE (Antagonista) Função Neuromuscular E R G O N O M IA UEM-DEP – Carlos A. Pizo Corpo humano como um sistema de alavancas: • Contração muscular concêntrica – encurtamento • Contração muscular excêntrica – alongamento • Contração muscular estática ou isométrica – sem movimento Função Neuromuscular Articulações E R G O N O M IA Função Neuromuscular Grande velocidade e pouca força Movimentos rápidos e amplos Sacrifica a velocidade para ganhar força E R G O N O M IA A coluna vertebral é o centro de suporte do organismo humano. É o eixo e o centro de gravidade do corpo que tem como principais funções: A sustentação do organismo; A movimentação do corpo e a sua proteção. Coluna vertebral E R G O N O M IA UEM-DEP – Carlos A. Pizo F le x ív e is • Cada vértebra sustenta o peso de todas as partes acima dela; • Propriedades: rigidez e mobilidade; • Discos cartilaginosos separam cada vértebra. • Sua irrigação nutricional é feita por compressão e descompressão Coluna Vertebral E R G O N O M IA Disco intervertebral 1 e 4 – ossos das vértebras 2 – disco intervertebral 3 – medula óssea 5 – nervos eferentes E R G O N O M IA • Ex: A inclinação provoca uma acentuação na curva fisiológica da coluna vertebral, podendo ocasionar uma agressão indireta sobre o disco e estiramento da musculatura, vasos sanguíneos e raízes nervosas da coluna vertebral. Posturas inadequadas E R G O N O M IA Consequências Posturas inadequadas Forças na direção axial Forças de cisalhamento E R G O N O M IA Resistência da Coluna •Componente na direção do eixo (C1) - axial e •na direção perpendicular (C2) - cisalhamento •coluna com pouca resistência E R G O N O M IA UEM-DEP – Carlos A. Pizo Lombalgia: • Fadiga muscular das costas; • Alivia-se com: • mudanças frequentes de postura; • levantando e sentando-se; • posturas corretas em levantamento de carga e; • evitar movimentos bruscos. Coluna Vertebral Garçom Idosos Distensão dos músculos e ligamentos das vértebras ou movimentos bruscos E R G O N O M IA Metabolismo Def: O conjunto de processos de conversão de energia química. Energia proveniente da ingestão de construção de tecidos alimento que serve para combustível Glicogênio + Oxigênio energia + sub-produtos (calor, dióxido de carbono e água) OBS: Transformação de energia química em energia mecânica e térmica E R G O N O M IA UEM-DEP – Carlos A. Pizo M áq u in a T ér m ic a Usado na recuperação dos tecidos (Contém nitrogênio) Energia Metabolismo E R G O N O M IA Consumo de energia atividade muscular pesada depende de glicogênio armazenado no músculo. EX: Alimentos ricos em carboidratos (como o macarrão) tendem a armazenar mais glicogênio no músculo. Oxigênio limitante da capacidade de trabalho. A capacidade pulmonar dita o abastecimento de oxigênio e remoção de resíduos do metabolismo. Capacidade muscularE R G O N O M IA UEM-DEP – Carlos A. Pizo Metabolismo basal: • É a energia necessária para manter apenas as funções vitais do organismo. • 1800Kcal/dia – H • 1600Kcal/dia – M • Homem gasta 20% mais de energia para realizar tarefas idênticas Subnutrição e rendimento: A queda de rendimento ocorre numa proporção maior que a taxa de redução da alimentação. É maior para a pessoas acostumadas a atividades mais leves. Metabolismo