Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 RESISTÊNCIA DOS MATERIAS 2 • Um corpo é submetido ao esforço de cisalhamento quando sofre a ação de uma força cortante. • Denomina-se força cortante (V), a componente de uma força, contida no plano da seção transversal. A força cortante é uma força que atua no próprio plano da seção transversal. A outra componente é a força normal. TENSÃO DE CISALHAMENTO 3 4 • A ação de cargas transversais num corpo provoca o aparecimento de forças internas, na seção transversal, denominadas esforço cortante. A tensão de cisalhamento (tau) é obtida através da razão entre a força cortante F e a área de seção transversal (área de corte) AC. TENSÃO DE CISALHAMENTO τ A F tecor tan =τ 5 • A força cortante é a carga que atua tangencialmente sobre a área de secção transversal da peça. TENSÃO DE CISALHAMENTO 6 TENSÃO DE CISALHAMENTO 7 • A tensão de cisalhamento ocorre comumente em parafusos, rebites e pinos que ligam diversas partes de máquinas e estruturas. • Um rebite está sujeito a corte simples quando este une duas chapas nas quais são aplicadas cargas de tração F que provocam o aparecimento de tensões numa seção do rebite. • Outra situação comum ocorre quando o rebite é usado para conectar três chapas e portanto poderá ser cortado em dois planos. Neste caso o rebite está sujeito à corte duplo. TENSÃO DE CISALHAMENTO 8 9 • A solicitação de cisalhamento ocorre quando uma peça é submetida a ação de duas forças opostas (tangenciais), que tendem a separá-la em duas partes, através do deslizamento das seções adjacentes à área de corte. • A condição de cisalhamento ideal ocorre quando as forças cortantes atuam no mesmo plano de ação. TENSÃO DE CISALHAMENTO 10 Exemplo: Considere o diâmetro do parafuso, da junta da figura abaixo, de 12,5 mm. A força P é igual a 15 kN. Admitida a distribuição uniforme das tensões de cisalhamento. Qual o valor das tensões em cada uma das seções transversais (m—n ou p—q)? Solução: Força em cada plano: Área da seção: TENSÃO DE CISALHAMENTO kNkNF 5,7 2 15 2 1 == 2 2 7,122 4 5,12 mmA =⋅=pi MPa mm N mm N 1,611,61 7,122 7500 22 ===τ 11 As forças F exercidas sobre o rebite, não atuam exatamente sobre o mesmo plano de ação. Portanto, produz, além do corte, o amassamento e a flexão. Nas juntas rebitadas, além do diâmetro do rebite, tem-se que determinar uma distância b mínima entre o centro do rebite e a extremidade da chapa, para que os esforços de cisalhantes sejam suportados. Desta forma deve ser satisfeita a condição de que a resistência oferecida pelas duas áreas cisalhadas deve ser no mínimo igual a área de seção transversal do rebite. TENSÃO DE CISALHAMENTO JUNTAS REBITADAS 12 JUNTAS REBITADAS 13 • Como o esforço cortante sobre a chapa é o mesmo sobre o rebite, tem-se: JUNTAS REBITADAS chaparebite FF = chapachaparebiterebite AA ⋅=⋅ ττ bed chaparebite 24 2 ⋅=⋅ τ pi τ e db chapa rebite 8 2pi τ τ ⋅= Onde: b – distância do centro do rebite a extremidade da chapa d – diâmetro do rebite e – espessura da chapa - tensão no rebite - tensão na chapa rebiteτ chapaτ 14 Definimos como flexão a solicitação que provoca, ou tende a provocar, curvatura nas peças. O esforço solicitante responsável por este comportamento é chamado de momento fletor, podendo ou não ser acompanhado de esforço cortante e força normal. Em relação à flexão da viga devemos considerar a seguinte convenção: MOMENTO FLETOR 15 Carga externa Curvatura observada Produção do momento fletor • As fibras superiores tendem a se aproximar (compressão). • As fibras inferiores tendem a se afastar (tração). Tração Compressão 16 Calculadas as reações nos apoios temos Ra e Rb, calcula-se o momento fletor da esquerda para a direita. Assim começaremos pela seção a: •MfA = Ra . 0 = 0 •Mfx = Ra . a •Mfy = Ra ( a + b ) – F1 . b •MfB = Ra ( a + b + c ) – F1 ( b + c ) – F2 . c = 0 MOMENTO FLETOR DE UMA VIGA 17 DIAGRAMA DE MOMENTOS FLETORES (DM) 18 • Flexão Simples: Uma viga engastada numa extremidade, com uma carga concentrada P, aplicada na extremidade livre, está submetida à flexão simples ou flexão simples plana, quando a carga aplicada atua perpendicularmente ao eixo da viga. Casos de Flexão 19 • Flexão Composta: Quando o carregamento atua num plano não perpendicular ao eixo da viga. Neste caso a carga poderá ser decomposta em duas componentes. Casos de Flexão Flexão + Tração 20 A equação abaixo é conhecida como fórmula da flexão em regime elástico, e a tensão normal σF, provocada quando a barra se flexiona, é chamada de tensão de flexão. Onde: I - momento de inércia da secção transversal em relação à linha neutra; M – momento fletor; e y - distância da superfície neutra até a extremidade da peça. O momento de inércia é uma característica geométrica que fornece uma noção da resistência da peça. Quanto maior for o momento de inércia da secção transversal de uma peça, maior será sua resistência Tensão de Flexão 21 Superfície de linha neutra apresentada num trecho de uma viga fletida 22 Superfície de linha neutra apresentada num trecho de uma viga fletida 23 Flexão na viga 24 Ensaio de viga de concreto armado 25 Combinação da força normal, força cortante, momento fletor e torção Normal Cortante Fletor Torção 26 Para a equação de distribuição de tensões apresentada no item anterior, podemos observar que as dimensões da viga estão associadas ao momento de inércia (I) e a distância da linha neutra à fibra mais distante (y). A relação entre estas grandezas pode ser expressa pelo módulo de flexão. O módulo de flexão W só depende da geometria da secção transversal da viga. Substituindo esta relação na equação de Tensão de Flexão, tem-se: Dimensionamento Momento fletor máximo 27 Quando a viga tiver seção retangular, com largura b e altura h, o Momento de Inércia e o Módulo Resistente, são, respectivamente: Para seção circular de diâmetro d, tem-se: Dimensionamento 28 29 Momento de Inércia de uma Figura Plana 30 1) Calcule a tensão máxima na viga do esquema abaixo. A viga tem seção retangular constante com dimensões de 100 x 50 mm. Represente o DM. • RA = RB = 5 000 N •MfA = 0 •MfD = 5 000 x 2 = 10 000 Nm •MfB = 0 Exemplo 1 31 DM 32 Ι ⋅ = cM fσ NmmNmM f 000.000.10000.10max == mmc 50max = 4 33 67,666.166.4 12 10050 12 mm bh = × ==Ι 467,666.166.4 50000.000.10 mm mmNmm× =σ 2120 mm N =σ 33 2) Calcule a tensão máxima na viga do esquema abaixo. A viga é feita em perfil I de 4“ de altura (S4 x 7,7). Verificar Tabela Exemplo 2 34 RA = RB = 10 000 N Mfmax = MfD = 10 000 x 1,5 = 15 000 Nm = 15 000 000 Nmm cmax = 2” = 50,8 mm I = 2 530 687 mm4 4687.530.2 8,50000.000.15 mm mmNmm× =σ 21,301 mm N =σ Outra Solução: 37,816.49 mm c W =Ι= W M f =σ 23 1,3017,816.49 000.000.15 mm N mm Nmm ==σ 35 O momento de torção é a soma algébrica de todos os momentos dos binários que atuam de um lado da seção considerada •Momento Polar de Inércia É chamado momento polar de inércia ao momento de inércia calculado em relação ao eixo de giração da peça. Chamamos de momento polar devido a que ao estudarmos a seção esse eixo nos aparece como um ponto. O momento polar de inércia de uma seção circular é: MOMENTO TORÇOR 32 4dJ ⋅=pi 36 As tensões de cisalhamento, que aparecem quando uma peça de seção circular é submetida a um momento de torção, sãoassim representadas graficamente. Cisalhamento na Torção 37 Torção no pilar Efeito de torção em edificações 38 Dependendo da distância que tem, o ponto estudado, ao centro da seção, teremos os valores da tensão, variando de zero até uma tensão máxima. Essa tensão nos é dada pela fórmula: Cisalhamento na Torção J M t ρτ ⋅= 39 O ângulo de torção “θ “ que gira uma seção em relação a outra, ocasionado pela solicitação de torção, pode ser calculado por: Ângulo na torção JG lM t ⋅ ⋅ =θ 40 3) Calcule o momento torçor no esquema abaixo. Exemplo de momento torçor 41 4) Calcule a tensão máxima que acontece na árvore, do esquema abaixo, sabendo-se que seu diâmetro é 40 mm. Exemplo de momento torçor 42 5) Calcular o diâmetro da árvore, para que execute com segurança o trabalho proposto no esquema abaixo. O material da árvore tem tensão de escoamento ao cisalhamento valendo 500 N/mm2. Utilize um coeficiente de segurança igual a 2. Exemplo de momento torçor J M t ρτ ⋅= 32 4dJ ⋅=pi 43 SOLUÇÃO: dFt ⋅=Μ mmNt 400000.30 ⋅=Μ Nmmt 000.000.12=Μ 2 2 /250 2 /500 mmNmmNadm ==τ J t adm ρ τ ⋅Μ = 32 2 000.000.12 /250 4 2 D DNmm mmN ⋅ × = pi 2 3 /250 82,496.146.61 mmN NmmD = 3 244586=D mmD 5,62= 3 2 82,496.146.61/250 D Nmm mmN = 4 2 098125,0 000.000.6/250 D DNmm mmN ⋅ ⋅ = 3 44 6) Conhecendo o diâmetro interno (d= 30 mm) do cilindro engastado, determine a tensão máxima cisalhante causada pelo torque de magnitude T = 4000KN.mm. Exemplo de momento torçor 50 mm ( ) ( )41424142 322 ddrrJ −⋅=−⋅= pipi 45 Resolução questão 6 50 mm ( )414232 ddJ −⋅= pi ( ) ( )[ ] [ ]4444 8100006250000 32 14,33050 32 mmmmmmmmJ −⋅=−⋅= pi 44 5338005440000098125,0 mmmmJ =⋅= J cT ⋅ =τ 4533800 254000000 mm mmNmm ⋅ =τ 24 2 533800 100000000 mm Nmm =τ MPa33,187=τ
Compartilhar