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Mariana Queiroz 
Nervos cranianos 
*Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles liga-se ao tronco encefálico, 
excetuando-se apenas os nervos olfatório e óptico, que se ligam, respectivamente, ao telencéfalo e ao diencéfalo. 
Nervo Olfatório (I par craniano) 
 É representado por numerosos pequenos feixes nervosos que, originando-se na região olfatória de cada fossa 
nasal, atravessam a lâmina crivosa do osso etmoide e terminam no bulbo olfatório. 
 É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios (fibras nervosas aferentes 
viscerais especiais). 
Nervo Óptico (II par craniano) 
 É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao polo 
posterior de cada bulbo ocular, penetra no crânio pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o lado oposto, 
formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no trato óptico até o 
corpo geniculado lateral. 
 É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais (fibras nervosas aferentes somáticas 
especiais). 
Nervos oculomotor (III par craniano), troclear (IV par craniano) e abducente (VI par craniano) 
 São nervos motores que penetram na órbita pela fissura superior, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do 
bulbo ocular, que são os seguintes: elevador da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, reto medial, reto 
lateral, oblíquo superior e oblíquo inferior. 
- Todos esses músculos são inervados pelo oculomotor, com exceção do reto lateral e oblíquo superior, inervados, 
respectivamente, pelos nervos abducente e troclear. 
 As fibras nervosas que inervam os músculos do olho são classificadas como eferentes somáticas. Além disso, o 
nervo oculomotor possuem fibras responsáveis pela inervação pré-gânglionar dos músculos intrínsecos do bulbo 
ocular (músculo ciliar, regula a convergência do cristalino; e o músculo esfíncter da pupila); esses músculos são 
lisos, e as fibras que os inervam são classificadas como eferentes gerais. 
Nervo Trigêmeo (V par craniano) 
 É um nervo misto, sendo o competente sensitivo consideravelmente maior. Possui uma raiz sensitiva e uma raiz 
motora. 
- A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos, situados no gânglio 
trigeminal, que se localiza na loja do gânglio trigeminal, sobre a parte petrosa do osso temporal. Os 
prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminal forma, distalmente ao gânglio, os três 
ramos ou divisão do trigêmeo: nervo oftálmico, nervo maxilar, nervo mandibular, responsáveis pela sensibilidade 
somática geral de grande parte da cabeça, através de fibras que se classificam como aferentes somáticas gerais. 
Essas fibras conduzem impulsos exteroceptivos e proprioceptivos. 
 Os impulsos exteroceptivos (temperatura, dor, pressão e tato) originam-se: da pele, da face e da fronte; da 
conjuntiva ocular; da parte ectodérmica da mucosa da cavidade bucal, nariz e seios paranasais; dos dentes; 
dos 2/3 anteriores da língua; da maior parte da dura-máter. 
 Os impulsos proprioceptivos originam-se em receptores localizados nos músculos mastigadores e na 
articulação temporomandibular. 
- A raiz motora do trigêmeo é constituída de fibra que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos 
músculos mastigadores (temporal, masseter, pterigoideos lateral e medial, milo-hióde e o ventre anterior do 
músculo digástrico). As fibras que inervam esses músculos são classificadas como eferentes viscerais especiais. 
Nervo Facial (VII par craniano) 
 O nervo emerge no sulco bulbo-pontino através da raiz motora, nervo facial propriamente dito, e raiz sensitiva e 
visceral, o nervo intermédio. 
 Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os dois componentes do nervo facial penetram no meato acústico 
interno, no interior do qual o nervo intermédio perde sua individualidade, formando-se, assim, um tronco nervoso 
 
Mariana Queiroz 
único que penetra no canal facial. Depois de um curto trajeto, o nervo facial se encurva fortemente para trás, 
formando o joelho externo, ou geniculo do nervo facial, aonde existe um gânglio sensitivo (gânglio geniculado). A 
seguir, o nervo descreve nova curva para baixo, emerge do crânio pelo forame estilomastoídeo, atravessa a 
glândula parótida e distribui uma série de ramos para os músculos mímicos, músculo estilo-hioídeo e ventre 
posterior do músculo digástrico; as fibras que inervam esses músculos são classificadas como eferentes viscerais 
especiais. 
 Os quatro outros componentes funcionais do VII par pertencem ao nervo intermédio, que possui fibras aferentes 
viscerais especiais, aferentes viscerais gerais, aferentes somáticas e aferentes viscerais gerais. As fibras aferentes 
são prolongamentos periféricos de neurônios sensitivos situados no glânglio geniculado; os componentes eferentes 
originam-se em núcleos do tronco encefálico. 
Nervo Vestibulococlear (VIII par craniano) 
 É um nervo exclusivamente sensitivo, que penetram na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a 
emergência do VII par e o flóculo do cerebelo, região denominada de ângulo ponto-cerebelar. Ocupa, juntamente 
com os nervos facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal. Compõe-se de 
uma parte vestibular e uma parte coclear, que, embora unidas em um tronco comum, têm origens, funções e 
conexões diferentes. 
- A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que 
conduzem impulsos nervosos relacionados com o equilíbrio, originados em receptores da porção vestibular do 
ouvido interno. 
- A parte coclear do VII par é constituída de fibras que se originam nos neurônios sensitivos do gânglio espiral e 
que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição, originados no órgão espiral (de Corti), receptor da 
audição, situado na cóclea. As fibras do nervo vestibulococlear classificam-se como aferentes somáticas especiais. 
Nervo Glossofaríngeo (IX par craniano) 
 É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, que se 
dispõe em linha vertical. Esses filamentos reúnem-se para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do 
crânio pelo forame jugular. 
 Em seu trajeto através do forame jugular, o nervo apresenta dois gânglios, superior (ou jugular) e inferior (ou 
petroso), formados por neurônios sensitivos. Ao sair do crânio, o nervo glossofaríngeo tem trajeto descendente, 
ramificando-se na raiz da língua e na faringe. 
 As fibras de maior importância são as aferentes viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade geral do terço 
posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo carotídeos. Merecem destaque 
também, as fibras eferentes viscerais gerais, pertencentes à divisão parassimpática do SNA e que terminam no 
gânglio óptico. Desse gânglio saem fibras nervosas do nervo auriculotemporal que vão inervar a glândula 
parótida. 
Nervo Vago (X par craniano) 
 Maior dos nervos cranianos, é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a 
forma de filamentos radiculares que se unem formando o nervo. 
 Emerge do crânio pelo forame jugulas, percorre o pescoço e tórax, terminando no abdome. Nesse longo trajeto, o 
nervo vago dá origem a numerosos ramos que inervam a laringe e a faringe, entrando na formação dos plexos 
viscerais que promovem a inervação autonômica das vísceras torácicas e abdominais. 
 O vago possui dois gânglios sensitivos, o gânglio superior (ou jugular), situado ao nível do forame jugular, e o 
gânglio inferior (ou nodoso), situadologo abaixo desse forame. Entre os dois gânglios, reúne-se ao vago o ramo 
interno do nervo acessório. 
 As fibras de maior importância são: as aferentes viscerais, que conduzem impulsos aferentes originados na 
faringe, laringe, traqueia, esôfago, vísceras do tórax e abdome; eferentes viscerais gerais, responsáveis pela 
inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais; eferentes viscerais especiais, inervam os músculos 
mais importantes da faringe e laringe. 
 As fibras eferentes do vago originam-se em núcleos situados no bulbo, e as fibras sensitivas, nos gânglios superior 
(fibras somáticas) e o inferior (fibras viscerais). 
Nervo Acessório (XI par craniano) 
 
Mariana Queiroz 
 É formado por uma raiz craniana (ou bulbar) e uma raiz espinhal. 
- A raiz espinhal é formada por filamentos radiculares que emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros 
segmentos cervicais da medula e constituem um tronco comum que penetra no crânio pelo forame mango. A esse 
tronco reúnem-se os filamentos da raiz craniana que emergem do sulco lateral posterior do bulbo. O tronco 
comum atravessa o brame jugular em companhia dos nervos glossofaríngeo e vago, dividindo-se em um ramo 
interno e outro externo. O ramo interno contém as fibras da raiz craniana, reúne-se ao vago e distribui-se com ele. 
O ramo externo contém as fibras da raiz espinhal, tem trajeto próprio e, dirigindo-se obliquamente para baixo, 
inerva os músculos trapézio e esternocleidomastoídeo. 
- A raiz craniana possui fibras que se unem ao vago são eferentes viscerais especiais, inervam os músculos da 
laringe através do nervo laríngeo recorrente; e fibras eferentes viscerais gerais, inervam vísceras torácicas 
juntamente com fibras vagais. 
Nervo Hipoglosso (XII par craniano) 
 Nervo essencialmente motor que emerge do sulco lateral anterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares 
que se unem para formar o tronco do nervo. 
 Emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, tem trajeto inicialmente descendente, dirigindo-se, a seguir, para 
diante, distribuindo-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. 
 Suas fibras são eferentes somáticas. 
*Inervação da língua 
- Nervo trigêmeo (IV par craniano): sensibilidade geral (temperatura, dor, pressão e tato) nos 2/3 anteriores; 
- Nervo facial (VII par craniano): sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores; 
- Nervo glossofaríngeo (IX par craniano): sensibilidade geral e gustativa no terço posterior; 
- Nervo hipoglosso (XII par craniano): motricidade. 
 
Núcleos dos nervos cranianos 
*As fibras dos nervos cranianos unem-se centralmente aos núcleos dos nervos cranianos — grupos de neurônios nos 
quais terminam as fibras sensitivas ou aferentes e dos quais se originam as fibras motoras ou eferentes. Com exceção 
dos nervos olfatório e óptico, que incluem extensões do prosencéfalo, os núcleos dos nervos cranianos estão 
localizados no tronco encefálico. Os núcleos de componentes funcionais semelhantes (p. ex., motores somáticos ou 
viscerais, ou sensitivos somáticos ou viscerais) geralmente são alinhados em colunas funcionais no tronco encefálico. 
 
!!!No resumo de Tronco encefálico tem a localização dos núcleos dos nervos cranianos.

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