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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Carina G. C. Carvalho Rafael K. G. Otani Matheus A. Bassan CONSTANTE ELÁSTICA DE MOLAS Campo Grande - MS Janeiro / 2016 Carina G. C. Carvalho Rafael K. G. Otani Matheus A. Bassan CONSTANTE ELÁSTICA DE MOLAS Relatório apresentado como parte da disciplina de Laboratório de Física 1 ao Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob a avaliação do Prof. Dr. Valter Aragao do Nascimento Campo Grande - MS Janeiro / 2016 RESUMO Carina CARVALHO, Rafael OTANI, Matheus BASSAN. Constante Elástica de Molas. Campo Grande, 2016. [Relatório – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul] Em um experimento laboratorial foi utilizado uma mola, um suporte para a mola, uma régua milimetrada, argolas de metal e uma balança. Foram feitas medições referentes a deformação da mola com a adição das argolas em sua extremidade de forma à calcular a constante elástica conforme a Lei de Hooke. Palavra-chave: Lei de Hooke, deformação de mola, força peso. LISTA DE TABELAS E ANEXOS Tabela 1 – Medida de massa dos objetos utilizados................................................ p.3 Tabela 2 – Deslocamento da mola........................................................................... p.4 Tabela 3 – Cálculo da Constante Elástica da Mola(k).............................................. p.4 Anexo 1 – Gráfico de Força Peso versus Deslocamento .........................................p.8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1 OBJETIVO................................................................................................................... 2 CAUSUISTICA E MÉTODOS ...................................................................................... 2 RESULTADOS ............................................................................................................ 3 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 5 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 7 1 INTRODUÇÃO Em seu tratado sobre os princípios da matemática de filosofia natural Sir Isaac Newton cita a mecânica considerada sob dois aspectos, o prático e o racional, sendo o último procedente de demonstrações de caráter rigorosos. Ainda versando sobre os filósofos gregos, fundadores das escolas que iniciaram a diferir o mítico da ciência, o autor nos fala como era diferenciada a mecânica da geometria. Sendo tudo aquilo considerado perfeitamente preciso chamado de geométrico e aquilo que possui menos rigor chamado de mecânico. Evoluindo tal conceito Sir Newton então conclui que os erros não estão na arte e sim nos artesãos. Ao considerarmos a evolução da ciência e da sociedade como um todo é imprescindível o aumento da acurácia e precisão nas mais diversas áreas de atuação humana. A maior acurácia leva a resultados mais precisos e tendo a sociedade a crescente necessidade de se apurar e a eterna busca pela perfeição, métodos, equipamentos e cálculos são continuamente desenvolvidos a fim de se alcançar tal objetivo. A proposta deste trabalho é aproximar os discentes envolvidos à perfeição na busca por métodos de medição mais precisos. Para tal, o ensino laboratorial e experimental do manejo e leitura de equipamentos de precisão como é o caso do paquímetro, do micrometro e da balança e também de métodos de medição e observação. Conforme Breithaupt (2012) a energia é a capacidade de um corpo realizar trabalho e uma força realiza trabalho quando desloca o ponto de aplicação na direção em que está atuando. Neste trabalho estudaremos as forças elásticas em um experimento com energia potencial gravitacional. A energia elástica, descrita por Calçada e Sampaio (2012) é a força com que uma mola reage, sendo esta deformada, ao receber uma força de um elemento de sua vizinhança. Conforme descrito pela Lei de Ação e Reação estas forças, a aplicada na mola e a gerada pela mola, devem ter módulo e direção iguais porém sentidos opostos. A força elástica é estuda principalmente pela Lei de Hooke, levando o nome de seu inventor Robert Hooke que viveu na Inglaterra entre 1635 e 1703. Segundo Moreira (2003) Hooke foi um versátil e criativo cientista que teve a carreira obtusa por seu contemporâneo Sir Isaac Newton. 2 OBJETIVO Determinar a constante elástica da mola. CAUSUISTICA E MÉTODOS Material utilizado para o experimento: 1 Mola; 1 Suporte para mola; 1 Gancho para conectar a mola às argolas; 1 Balança mecânica tríplice escala; 5 Argolas metálicas; e, 1 Régua milimetrada. O experimento consiste em aplicar diferentes forças (através da variação da massa) a uma mola em posição vertical e medir os alongamentos produzidos. Suspendeu-se a mola e pendurou-se um suporte para as massas em sua extremidade livre. Definiu-se um ponto de referência no suporte e anotou-se o valor indicado na régua para essa posição x0=1,6cm. (desprezaremos o valor do alongamento devido ao peso do suporte subtraindo os valores próximos valores medidos de 1,6cm). Adicionou-se massas ao suporte gradativamente e mediu-se o valor do alongamento em função da força aplicada. 3 RESULTADOS Inicialmente aferiu-se a massa das argolas metálicas conforme descrito a seguir. Posta as argolas, uma a uma, no centro da bandeja da balança um dos alunos regulou os diversos pesos até que o ponteiro da mesma estivesse alinhado com o marcador zero. O mesmo procedimento foi realizado para se medir a massa do gancho. Consideramos a massa da própria mola como desprezível pois seu peso não influencia na variação de deformação da mola. Comforme Young & Freedman (2008) para que a Lei de Hooke esteja estriamente correta, a mola dita como ideal, deve ter massa nula. Caso a mola possuísse massa, ela também possuiria energia cinética durante o movimento para cima e para baixo e modificaria os valores coletados. Objeto Massa Gancho 0,00050 kg Argola 1 0,00729 kg Argola 2 0,00718 kg Argola 3 0,00761 kg Argola 4 0,00780 kg Argola 5 0,00720 kg Tabela 1. Medida de massa dos objetos utilizados Anexou-se ao suporte a mola na posição vertical e a ela foi conectado o gancho. Após a mola cessar os movimentos mediu-se com a régua o deslocamento da mola e então foi anexada ao sistema a Argola 1. Novamente após o sistema atingir a inércia mediu-se o deslocamento da mola com a régua. Este processo foi repetido até que todas as 5 argolas tivessem sido anexadas ao sistema, em ordem crescente, respeitando o procedimento descrito à cima. Observou-se que o deslocamento medido com a régua milimetrada foi desprezível com a adição do gancho juntamente com a Argola 1, mantendo a mola com o mesmo deslocamento. A mola inicialmente estava deformada a um valor de 0,016m após ser inserido o gancho e a primeira argola verificou-se que não houve deformação da mola, foi somente adicionando ao sistema a segunda argola que pode-se verificar a deformação da mola. Utilizaremos entãoX0 como 0,016m 4 Objeto Deslocamento da Mola Deslocamento Total do Sistema Gancho X0 (0,016 m) 0,016 m Argola 1 X0 (0,016 m) 0,016 m Argola 2 0,016 m 0,032 m Argola 3 0,023 m 0,055 m Argola 4 0,024 m 0,079 m Argola 5 0,022 m 0,101 m Tabela 2. Deslocamento da mola Utilizando a fórmula da Lei de Hooke: Onde F é a força aplicada ao sistema, neste caso a força utilizada foi unicamente o Peso. K é a constante elástica da mola e sua unidade no SI é (N/m) Newtons por metro. E x representa o deslocamento da mola após cada deformação sofrida pela mola. Os valores de massa e deslocamento foram coletados e posteriormente fez- se os cálculos para obtenção dos valores para força pelo e constante elástica da mola como segue na tabela a seguir. Foi considerado para o cálculo o valor para gravidade como sendo 9,81 m/s² Sistema Força Peso (F) Deslocamento da mola (x) Constante Elástica da Mola (k) Gancho +Argola 1 0.076N 0,016 m 4.77 (N/m) + Argola 2 0.1467N 0,016 m 9.17 (N/m) + Argola 3 0.2212N 0,023 m 9.63 (N/m) + Argola 4 0.2977N 0,024 m 12.41 (N/m) + Argola 5 0.3682N 0,022 m 16.75 (N/m) Tabela 3. Cálculo da Constante Elástica da Mola (k) F = k . x 5 DISCUSSÃO Após coletados os dados um gráfico foi feito em uma folha milimetrada relacionando a força peso exercida sobre a mola e o deslocamento da mola mostrou proporcionalidade porém com valores a cima da linha padrão. Com base nos dados coletados e nos cálculos feitos pode-se então responder as questões levantadas durante a aula. O gráfico foi construído em folha milimetrada e esta anexo a este documento (Anexo 1). A deformação se mostrou elástica, respeitando um padrão e proporcionalidade, foi possível também observar uma relação linear entre F e x Para determinar os coeficientes da equação da reta por meio de regressão linear utilizou-se os valores referentes ao sistema Gancho + Argola1 e do sistema Gancho +Argolas(1,2,3), na fórmula (Y-Y0) = m (X – X0). Podendo desata maneira se encontrar inicialmente o valor de B que equivalerá a m. E então a partir da fórmula F = A + Bx encontrar o valor de A. (Y-Y0) = m (X – X0) (0,2212 – 0,076) = m (0,055 – 0,016) m = B = 3,72 Utilizando o valor na fórmula F = A + Bx 0,2212 = A + (3,72* 0,055) A = 0,0166 O coeficiente A é o linear e seu valor esperado é de 1,8, conforme se pode notar no Anexo 1. Porém o valor encontrado foi de 0,0166. Já o B é o coeficiente angular e diz respeito a constante elástica da mola (k), o valor encontrado através do processo de regressão linear foi de 3,72 . 1 N/m equivale a força necessária para acelerar uma massa de 1 kg à 1m/s², o mesmo que dizer 1 kg x m/s². 6 CONCLUSÕES Faz-se importante o estudo da constante elástica de molas pois sua aplicação é variada nos diversos setores de atuação humana, seja na indústria ou na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. O experimento mostrou a diferença entre valores teóricos e práticos. Apesar de se obter certa linearidade e padronização nos valores práticos este ainda assim oscilou mostrando irregularidades ao se comparar com os valores teóricos. Podemos concluir que essa diferença ocorre, pois a pratica quase nunca obtém os valores chamados ideais e perfeitos que estão relacionados ao campo teórico. Outros dois fatores que podem ter influenciado essa disparidade são o fator humano, o material e o ambiente. Quanto ao fator humano TAYLOR (2012) diz que o erro mais comum do estudante é negligenciar algumas fontes de incerteza e, com isso, subestimar incertezas. Agrega-se a isto a inexperiência dos envolvidos neste experimento. Por mais simples que o mesmo possa parecer ainda assim requer conhecimento para o manuseio físico e teórico dos dados. Quanto ao material utilizado e o ambiente estes afetam o experimento pois muitas vezes são despadronizados e podem afetar nos valores obtidos. É o caso das argolas, como visto na Tabela 1 cada argola utilizada tem um distinto peso, influenciando nos valores de força peso e constante elástica. Já quanto ao meio ambiente a circulação de ar gerada pelo ar condicionado em funcionamento no laboratório influenciou na mensuração da deformação da mola uma vez que a mola não chegou ao ponto estático total. Conclui-se por fim que melhores equipamentos e métodos de coleta de dados são necessários para que as informações coletadas na prática possam se aproximar mais dos dados teóricos. Também que a prática dos experimentos realizados aproximam os discentes daquilo que lhes serão mais requisitados após a conclusão de seu curso, o uso de seus conhecimentos em campo, sendo não apenas este experimento mas como todo tipo de contato que o aluno possa ter com a prática imprescindível. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BREITHAUPT, Jim. Física. 3ª edição. LTC, 2012. Rio de Janeiro. p.84-85. CALÇADA & SAMPAIO. Física Clássica – 1 Mecânica. 1ª edição. Editora Atua, 2012. São Paulo. p.304-306. NEWTON, Isaac, Sir. Principia: Princípios matemáticos de filosofia natural. EdUsp, 2012, p.13. TAYLOR, John. Introdução a análise de erros. 2ª edição. Bookman, 2012. Porto Alegre. p. 45-46. YOUNG & FREEDMAN. Física I, Mecânica. 12ª edição. Pearson, 2008. São Paulo. p. 222-225
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