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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE- UFCG CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA – UAF DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL I COEFICIENTE DE ELASTICIDADE DE MOLAS Relatório de coeficiente de elasticidade de molas apresentado à disciplina de Física Experimental I da Unidade Acadêmica de Física do CCT da UFCG como requisito básico para aprovação na citada disciplina. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5 1.1 OBJETIVOS ................................................................................................... 7 2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ................................................................ 8 2.1 MATERIAIS .................................................................................................... 8 2.2 PROCEDIMENTOS E ANÁLISES .................................................................. 8 3. CONCLUSÕES ................................................................................................... 12 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 13 LISTA DE FIGURAS Figura 2.1 – Movimento elástico da mola pela ação do peso ...................................................... 6 Figura 2.1 – GIF animado de elongação da mola .......................................................................... 8 Figura 2.2 – Posição inicial do experimento: mola na vertical com bandeja acoplada ............ 9 Figura 2.3 – Posição final do experimento: mola na vertical com bandeja acoplada e pesos de 15gf adicionados ............................................................................................................................. 9 Figura 2.4 – Gráfico Peso (N) x Deformação (m) para o modelo matemático 1 ..................... 10 Figura 2.5 – Gráfico Peso (N) x Deformação (m) para o modelo matemático 2 ..................... 11 LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 – Dados coletados em laboratório ................................................................................. 9 Tabela 2.2 – Dados coletados em laboratório no S.I ................................................................... 10 5 1. INTRODUÇÃO As molas são objetos comuns em nosso dia a dia. Presentes em diversas situações cotidianas desde coisas mais simples, como brinquedos, até na construção de máquinas e aparelhos, além do seu amplo uso na indústria automobilística. São caracterizadas por sua flexibilidade e, consequentemente, capacidade de deformação elástica, ou seja, quando aplicada uma força sobre pela menos uma de suas extremidades, ela alonga ou comprime, dependendo do sentido de aplicação da força e, devido a ela, responde com uma força no sentido de voltar ao seu estado inicial. Robert Hooke, cientista inglês, ao estudar o comportamento das molas e as deformações que sofriam mediante aplicação de uma força percebeu que a deformação era diretamente proporcional a força que se aplicava. A partir dos experimentos e observações realizadas, ele elaborou a fórmula atualmente conhecida como Lei de Hooke, disposta na Equação 1.1, que relaciona a força aplicada com a deformação da mola por meio de uma constante. Essa constante k utilizada depende principalmente do material de fabricação da mola, bem como de suas dimensões. 𝐹 = 𝑘 × 𝑥 (Equação 1.1) Onde, F é a força aplicada na extremidade da mola (em Newtons) k é a constante elástica da mola (Em Newton/ metro) x é a deformação da mola (Em metros) O experimento em questão foi realizado com vista a determinar o comportamento de uma mola em função de um peso pendurado em sua extremidade livre, além de encontrar o coeficiente de elasticidade da mola. Dessa forma, a força que atua sobre a mola causando a deformação, nesse caso, é a força peso, relacionada a massa do material utilizado e a aceleração da gravidade atuante sobre a Terra. Na Figura 1.1, apresentada abaixo, é possível observar o comportamento da mola quando ela possui uma força atuando em sua extremidade livre. Podemos perceber que a direção da força atuante e da força elástica de restauração é a mesma, mas os sentidos dessas forças são opostos. 6 Figura 1.1 – Movimento elástico da mola pela ação do peso Fonte: PrePara Enem Portanto, para o desenvolvimento do experimento foi necessário o uso de uma mola na posição vertical com uma bandeja de massa desprezível alocada em sua extremidade livre. Gradualmente foram adicionados objetos com massas conhecidas e, por meio da ação do peso desses objetos, foram observadas diferentes elongações na mola. Na realização do experimento é possível ainda observar a atuação da terceira lei de Newton, a lei da ação e reação. Isso ocorre, pois cada vez que um objeto é adicionado à bandeja e a força peso (ação) atua sobre ela, a mola responde a essa força aplicada com a força elástica (reação). Por esse motivo, quando o peso é retirado da bandeja, a mola tende a voltar para sua posição inicial. Dessa forma, o experimento em questão tem como objetivo principal o conhecimento e entendimento do comportamento de elongação de uma mola elástica suspensa por causa da aplicação de uma força (no caso, peso) em sua extremidade livre. Procura-se relacionar tal comportamento com conceitos e teorias físicas como a influência das propriedades dos materiais e a lei da ação e reação (terceira lei de Newton). Além disso, os dados coletados são analisados e tratados estatisticamente de maneira a encontrar o coeficiente de elasticidade da mola utilizada e traçar o gráfico que relaciona o peso à elongação. Fel Fel 7 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 OBJETIVO GERAL • Determinar o comportamento da elongação de uma mola suspensa em função do peso pendurado em sua extremidade livre e o coeficiente de elasticidade k da mola. 1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Traçar o gráfico do peso em função da elongação; • Analisar os possíveis erros sistemáticos; • Descrever a relação entre a Lei de Hooke e os conceitos de ação e reação. 8 2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 2.1 MATERIAIS • GIF animado de elongação da mola pela ação de uma força (Figura 1.2); • Dados disponibilizados pelo professor. Figura 2.1 – GIF animado de elongação da mola Fonte: Disponibilizado pelo professor 2.2 PROCEDIMENTOS E ANÁLISES Inicialmente, para a realização do experimento, foi pendurada uma mola, em posição vertical, e em sua extremidade de baixo foi conectada uma bandeja de peso desprezível (Figura 2.2). Na bandeja foi adicionado um peso P de 15 gf e a mola sofreu determinada deformação, essa deformação foi anotada. Posteriormente, foram adicionados gradativamente mais pesos de 15gf (Figura 2.3), e para cada um deles, a deformação apresentada foi anotada. Esse processo foi repetido sete vezes e os dados coletados em laboratório estão disponíveis na tabela 2.1 abaixo. 9 Figura 2.2 – Posição inicial do experimento: mola na vertical com bandeja acoplada Fonte: Disponibilizado pelo professor Figura 2.3 – Posição final do experimento: mola na vertical com bandeja acoplada e pesos de 15gf adicionados Fonte: Disponibilizado pelo professor Tabela 2.1 – Dados coletados em laboratório 1 2 3 4 5 6 7 P (gf) 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0 90,0 105,0 x (cm) 3,2 6,3 9,8 13,1 15,8 19,5 22,8 Fonte: Disponibilizado pelo professor. Porém, para a análise e utilização desses dados obtidos é necessário a adequação das leituras realizadas, que estão em grama-força (gf) e em centímetros (cm), para o SistemaInternacional de Medidas (S.I), ou seja, transformá-los em Newton (N) e metro (m). Após a devida adequação, obtemos os dados dispostos na Tabela 2.2. 10 Tabela 2.2 – Dados coletados em laboratório no S.I 1 2 3 4 5 6 7 P (gf) 0,1471 0,2942 0,4413 0,5884 0,7355 0,8826 1,0297 x (cm) 0,032 0,063 0,098 0,131 0,158 0,195 0,228 Fonte: Elaborada pelo autor. Por fim, tendo os dados coletados no Sistema Internacional de Medidas é possível determinar os parâmetros e traçar os gráficos do Peso em função da elongação da mola (x). Para isso, serão adotados dois modelos matemáticos, descritos abaixo, que, apesar de serem bastante similares, não são iguais, visto que, na Equação 2.1, considera-se que o parâmetro b obrigatoriamente será zero, fazendo com que o gráfico necessariamente passe pela origem. Já na Equação 2.2, o valor de b pode ser diferente de zero, não sendo obrigatório ao gráfico passar pela origem. Modelo matemático 1: 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 (Equação 2.1) Modelo matemático 2: 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 (Equação 2.2) Inserindo os dados obtidos em laboratório no programa LABfit, obtemos os parâmetros para cada um dos modelos matemáticos sugeridos. Para o primeiro caso, encontramos para o parâmetro “a” o valor de (4,544 ± 0,024) e o gráfico plotado pelo programa abaixo de acordo com os dados relatados. Figura 2.4 – Gráfico Peso (N) x Deformação (m) para o modelo matemático 1 Fonte: Elaborado pelo autor 11 Utilizando os mesmos dados inseridos anteriormente no LABfit e escolhendo a função do modelo matemático 2: f(x) = ax + b, encontramos para o parâmetro “a” o valor de (4,51 ± 0,06) e para o parâmetro “b” encontramos o valor de (0,005 ± 0,008). No mesmo programa, plotamos o gráfico do Peso (N) pela deformação (m) para o modelo matemático 2. Figura 2.5 – Gráfico Peso (N) x Deformação (m) para o modelo matemático 2 Fonte: Elaborado pelo autor É possível perceber ainda que, o modelo matemático 1 – f(x) = ax, é a própria Lei de Hooke: F = k x, em que k é a constante da elasticidade da mola, portanto, essa constante quando calculada assume o valor de (4,544 ± 0,024). 12 3. CONCLUSÕES Por meio dos dados coletados em procedimentos experimentais, das análises e cálculos realizados e resultados obtidos para cada um dos modelos matemáticos, pode-se concluir que a função que descreve a relação entre o Peso aplicado e a deformação da mola em questão é uma função linear. Adequando os resultados obtidos à Lei de Hooke, obtemos as seguintes funções: F = (4,544 ± 0,024) x (Equação 3.1) F = (4,51 ± 0,06)x + (0,005 ± 0,008) (Equação 3.2) Dessa forma, ao compararmos os dois modelos analisados, podemos concluir que o modelo matemático 1 é o que mais se adequa a Lei de Hooke, devido a obrigatoriedade que este impõe no gráfico de passar pelo 0, ao contrário do que ocorre com o modelo matemático 2, em que o parâmetro “b” assume um valor que, mesmo sendo muito pequeno como podemos observar na Equação 3.2, afasta o gráfico da origem. Portanto, considerando o que já foi exposto, a Lei de Hooke se configura como uma função afim ou função do 1º grau, caracterizada por apresentar um coeficiente angular multiplicado pela variável única e somado a um coeficiente linear. Desse modo, o gráfico dessa função, como pode-se observar nas figuras 2.4 e 2.5 é uma reta e a inclinação de cada um dos gráficos é determinada pelo coeficiente angular (parâmetro “a”). Os erros sistemáticos observados nesse experimento podem estar relacionados as limitações dos aparelhos de medidas, bem como das condições da mola utilizada que influenciam no seu comportamento elástico. Considerando estes, é possível afirmar, pelo modelo matemático 1, que é o adotado pela Lei de Hooke, que o gráfico é uma reta que necessariamente passa pela origem. Dessa forma, a relação entre P e X é linear e eles são parâmetros diretamente proporcionais, assim como Hooke havia observado em seu experimento. Por fim, podemos definir a constante elástica da mola (k) pelo valor (4,544 ± 0,024) e utilizando a unidade Newton por metro (N/m), que é a utilizada de acordo com o S.I e que nos permite todos os cálculos de acordo com esse sistema. [F] = [k] [x] → [k] = [F] / [x] → [k] = N/ m 13 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIAS, Fabiana. Força Peso, 2020. Disponível em: <https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/forca-peso >. Acesso em: 16 de fevereiro de 2022. LESKOW, Estefania Coluccio. "Ley de Hooke", 2021. Argentina. Concepto.de. Disponível em <https://concepto.de/ley-de-hooke/>. Acesso em 16 de fevereiro de 2022. SÓ FISICA. Força Elástica, 2021. Disponível em: < <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/fe.php>. Acesso em: 16 de fevereiro de 2022.
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