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Solange Coutinho & Aline Morais aula 4 [ ]fonte e tamanho Design com ler é indubitavelmente indispensável para o ajustamento satisfatório à condição de vida contemporânea como a linguagem o alfabeto o ingrediente básico da palavra visível não uma coisa estática LEGIBILIDADE ☞ ☞ A eficiente leitura de uma página impressa requer que o leitor converta, o mais rápido possível, caracteres em conceitos. A legibilidade é a facilidade em desempenhar esta decodificação. (tipógrafos.net) ☞ ☞ ILEGÍVEL Quando um texto é considerado ilegível, nem sempre significa que ele não pode ser lido Ilegibilidade também se refere à dificuldade de ler facilmente Isso acontece quando os olhos e a mente se cansam com o esforço envolvido em tentar iden- tificar os caracteres ☞ ☞ LIBERDADE CRIATIVA Alguns tipógrafos e designers desprezam as pesquisas em legibilidade porque acreditam que elas vão ameaçar sua liberdade de ação. Mas a tipografia é um meio para um fim e não um fim nele mesmo, portanto, uma atividade que está sujeita a algum tipo de restrição (Spencer, 1969) ☞ PESQUISAS Cabe ao designer resolver se ele quer resolver seus problemas práticos contando unicamente com a intuição, ou se quer conhecer o resultado das pesquisas de oftalmologistas, fisiologistas, psicólogos, cientistas da computação, tipógrafos, etc. que se dedicam há pelo menos 1 século ao estudo da legibilidade e compreensibilidade (Spencer, 1969) ☞ ☞ LEGIBILIDADE [SIGNIFICADO] No dicionário, legível é “o que está escrito em caracteres nítidos” (FERREIRA, 1975) Mas o que torna os caracteres nítidos? ☞ ☞ LEGIBILIDADE [PARÂMETROS] De forma geral, podemos aceitar que a legibilidade de uma página impressa é o resultado de diversos fatores: • tamanho • forma • espessura dos caracteres • comprimento da linha • espaçamento entre palavras • nitidez da mancha gráfica • interesse do leitor pelo assunto poderíamos acrescentar fatores estritamente sociais e individuais, como a capacidade do leitor, sua idade, cultura e ambiente ☞ VISIBILIDADE o atributo de um caractere ou símbolo que o torne visível e destacável em relação ao seu en- torno VER fatores físicos dos caracteres em relação ao entorno + fatores culturais ou sociais (McCormick, 1976) ☞ LEGIBILIDADE o atributo dos caracteres alfanuméricos que permite identificar cada um separadamente dos outros. Isto depende da espessura da haste, da forma da letra, do contraste, da iluminação (...) LER fatores físicos de cada caractere + fatores culturais ou sociais (McCormick, 1976) ☞ COMPREENSIBILIDADE a qualidade que torna possível o reconhecimento do contexto representado por caracteres alfanuméricos em grupo semântico como palavras, sentenças ou texto contínuo. Isto depende do design do alfabeto, do espacejamento entre grupos, sua combinação, entrelinha, margens (...) COMPREENDER fatores físicos do caractere e da composição + fatores culturais ou sociais (McCormick, 1976) ☞ ☞ LEITURABILIDADE Readability é entendido como leiturabilidade é o conceito de compreensibilidade + interesse do leitor Qualquer que seja a classificação dos fatores utilizados, sabemos da psicologia que a percepção do conteúdo escrito só é possível quando o leitor é capaz de reconhecer os grupos de caracteres como padrões formais providos de sentido (McCormick, 1976) ☞ ☞ ☞ ☞ ☞ velocidade da leitura, compreensão (retenção de conteúdos) movimento ocular e ainda, outros parâmetros ou critérios LEGIBILIDADE como testar? ☞ LEITURABILIDADE MICRO e MACRO os esforços empregados para obter de um texto impresso a maior legibilidade possível têm que incidir sobre a micro-tipografia (desenho das letras e dos detalhes das letras), e sobre a macro-tipografia (composição de palavras, linhas, colunas e páginas, justificação, tamanhos, hierarquia de conteúdos, etc.) (tipografos.net) ☞ LEGIBILIDADE O que pode tornar legível? Existem algumas características dos tipos que fazem que com alguns se consiga um texto bem mais legível que com outros • as serifas • o contraste (na grossura do traço) • a cor (gray value) • o peso (weight) • o corpo (=tamanho) • a altura-x • certos rasgos de personalidade individual de várias letras (g, h, y...) (tipografos.net) ☞ LEGIBILIDADE O que pode tornar legível? o uso da serifa o uso da serifa incrementa a legibilidade do texto, principalmente na percepção dos caracteres similares (BURT, 1959) bdpq bdpq Illil Ilegível Illil Ilegível ☞ ☞ LEGIBILIDADE O que pode tornar legível? caracteres sem serifas são mais legíveis quando isolados ou em sílabas sem sentido mas quando combinadas em palavras familiares e formando sentenças, as tipografias com serifas são lidas mais rapidamente que as sem serifas (PRINCE, 1976) ☞ LEGIBILIDADE O que pode tornar legível? “A metade superior de uma palavra é lida muito mais facilmente do que a sua parte inferior” (FARIAS, 1998) Tipografia Tipografia ☞ ☞ ☞ LEGIBILIDADE O que pode tornar legível? O uso da caixa alta retarda o tempo de leitura quando comparado a caixa baixa Os leitores consideram a caixa baixa mais fácil e mais rápido de ler A característica gráfica que a palavra forma, faz com que os caracteres em caixa baixa sejam lidos mais rapidamente quando comparados aos de caixa alta. (TINKER, 1963) ☞ LEGIBILIDADE O que pode tornar legível? “Palavras compostas inteiramente com letras maiúsculas são consideravelmente menos legíveis do que palavras compostas inteiramente com letras em caixa baixa.” (FARIAS, 1998) LEGIBILIDADE legibilidade ☞ ☞ LEGIBILIDADE Familiaridade “Legibilidade corresponde simplesmente àquilo com o que estamos habituados” (GILL, 1988 (1931) ) “Legibilidade é neutralidade. As fontes mais popu- lares são as mais fáceis de ler, a popularidade fez com que elas desaparecessem da nossa cognição consciente. Depois de um certo tempo, é impossível dizer se elas são fáceis de ler porque são muito usadas, ou se são muito usadas porque são fáceis de ler.” (In Richardson, 1990) (FARIAS, 1998) LEGIBILIDADE O mantra (...) a tipografia existe para servir ao conteúdo, portanto seu objetivo primordial deve ser sempre a capacidade de atrair o leitora a compreender o conteúdo. Os designer fascinados com a própria inteligência frequentemente subestimam a quantidade de tempo que os leitores estão dispostos a gastarem com o texto. (SALTZ, 2010) ☞ ☞ ☞ ☞ LEGIBILIDADE O que pode tornar legível? Corpo | entrelinha | coluna corpo, entrelinha e coluna são fatores interligados que são fundamentais quando na composição de textos dirigidos tanto para o leitor adulto quanto iniciante (SALTZ, 2010) ☞ LEGIBILIDADE ilegível? Tipos podem ser manipulados ou utilizados de tal modo que fiquem difíceis ou até impossíveis de ler e, ainda assim, continuam a desempenhar um papel central na compreensão do texto pelo leitor. (SALTZ, 2010) ☞ TAMANHO O que pode influenciar? O tamanho padrão em muitos programas é de 12 pt. Embora isso normalmente crie textos ilegíveis em tela, tipos de texto com 12pt costumam parecer grandes e parrudos na página impressa (mas 12pt é um bom tamanho para livros infantis). Tamanhos entre 9 e 11 pt são comuns para textos impressos. (LUPTON, 2006) ☞ TAMANHO O que pode influenciar? Quando duas fontes são compostas com o mesmo tamanho em pontos, uma costuma ser maior que a outra. As diferenças de altura-x, peso de linha, e lar- gura afetam a escala aparente da letra.(LUPTON, 2006) ☞ TAMANHO Crime tipográfico Você pode mudar a largura de uma composição de uma fonte brincando com suas escalas horizontal e vertical. Isso distorce a proporção das letras, forçando elementos grossos a ficarem finos e vice-versa. Ao invés de torturar uma letra, escolha um tipo com as proporções de que precisa — estreito, comprimido ou largo. (LUPTON, 2006) ☞ ☞ TAMANHO Tipos display As versões para títulos e display de tipos para texto foram projetadas para ter um bom aspecto em tamanhos maiores; para ser mais específico, tiveram alguns detalhes refinados, particularmente no design e no peso das serifas Quando ampliamos tipografias de texto, seus detalhes tornam-se mais grossos; isso ocorre porque as formas das letras precisam manter-se consistentes em tamanhos de texto. (SALTZ, 2010) ☞ SELECIONANDO FONTES Considerações Ao ecolher fontes, os designers gráficos consideram a história dos tipos e suas conotações atuais, bem como suas qualidades formais. O objetivo é encontrar uma combi- nação apropriada entre o estilo das letras, a situação social específica e a massa de conteúdo que definem o projeto. Nenhuma cartilha é capaz de fixar o significado ou a função de cada fonte; cada designer deve enfronhar-se nessa biblioteca de possibilidades à luz das circunstâncias únicas de cada projeto. (LUPTON, 2006) ☞ SELECIONANDO FONTES Considerações técnicas Considere o meio para qual o tipo foi originalmente projetado Ao utilizar adaptações digitais de tipos desenvolvidos para a prensa tipográfica, escolha fontes fiéis ao espírito e à letra de seus velhos desenhos. (BRINGHURST, 2011) ☞ ☞ ☞ SELECIONANDO FONTES Considerações técnicas Escolha tipos que sobrevivam e se possível, prosperem nas condições finais de impressão. Escolha fontes adequadas ao papel no qual serão impressos ou um papel adequado às fontes que você pretende usar (BRINGHURST, 2011) ☞ ☞ ☞ SELECIONANDO FONTES Tipografia prática Escolha fontes apropriadas à tarefa e ao assunto. Escolha fontes que possam fornecer todos os efeitos especiais de que você precisar. Tire o máximo proveito daquilo que utilizar. (BRINGHURST, 2011) velocidade da leitura, compreensão (retenção de conteúdos) movimento ocular e ainda, outros parâmetros ou critérios ☞ ☞ SELECIONANDO FONTES Considerações históricas Escolha uma fonte na qual os ecos e as associações históricas estejam em harmonia com o texto. Deixe que o tipo fale seu idioma natural. (BRINGHURST, 2011) velocidade da leitura, compreensão (retenção de conteúdos) movimento ocular e ainda, outros parâmetros ou critérios ☞ SELECIONANDO FONTES Considerações pessoais e culturais Escolha fontes cujo espírito e caráter individual estejam de acordo com o texto. (BRINGHURST, 2011) ☞ SELECIONANDO FONTES Considerações pessoais e culturais Escolha fontes cujo espírito e caráter individual estejam de acordo com o texto. (BRINGHURST, 2011) (FARIAS, 1998) ☞ ☞ COMBINANDO FONTES A regra das três tipografias A sabedoria convencional sustenta que a maioria dos pro- jetos requer apenas três tipos ou mais precisamente, três famílias tipográficas. Várias tipografias Quando misturar tipos em um documento, tenha em mente, como sempre, que cada escolha deve servir a uma necessidade específica. (SALTZ, 2010) ☞ COMBINANDO FONTES Uma única família tipográfica Se as necessidades do conteúdo puderem ser atendidas com a utilização de membros diferentes de uma mesma família tipográfica diversificada, é quase sempre uma boa opção usá-los dessa forma. (SALTZ, 2010) ☞ COMBINANDO FONTES Compatibilidades históricas O design de tipos reflete a sua época, portanto, múltiplas tipografias em um mesmo projeto deveriam ser historicamente compatíveis, por exemplo, desenhadas dentro de período de tempo semelhante ou em uma nova versão baseada naquele período. (SALTZ, 2010) ☞ COMBINANDO FONTES Respeite a integridade do romano, do itálico e do versalete. Avalie os tipos bold por seus próprios méritos. (BRINGHURST, 2011) aldus romano palatino bold ☞ COMBINANDO FONTES Escolha fontes titulares e display que reforcem a estrutura da fonte de texto. (BRINGHURST, 2011) ☞ COMBINANDO FONTES Combine fontes serifadas e não serifadas com base na estrutura interna. (BRINGHURST, 2011) Meridien Univers ☞ ☞ COMBINANDO FONTES Biblioteca tipográfica Alguns designers renomados tem reforçado o argumento de que, talvez, somente seis tipos podem ser o suficiente para todas as contingências de design. Essas tipografias certamente incluiríam aquelas reconhecíveis e extensamente usadas, as clássicas como a Garamond, Caslon, Baskerville, Helvetica, Futura e Gill Sans. (SALTZ, 2010) Bodoni e Gill sans
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