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SA+ÜDE PUBLICA E DOEN+çAS INFECTO-CONTAGIOSAS

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SAÚDE PUBLICA E AS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS
Profª: Enfª Polyanna R.
A crise do sistema de saúde no Brasil 
A crise na saúde publica esta presente no nosso dia a dia podendo ser constatada através de fatos amplamente conhecidos e divulgados pela mídia, como :
 Filas freqüentes de pacientes nos serviços de saúde;
 Falta de leitos hospitalares para atender a demanda da população;
 Escassez de recursos financeiros, materiais e humanos
 Atraso no repasse dos pagamentos do Ministério da Saúde para os serviços conveniados;
 Baixos valores pagos pelo SUS aos diversos procedimentos médicos-hospitalares;
 Aumento de incidência e o ressurgimento de diversas doenças transmissíveis.
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
A saúde no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colônia. Limitava-se aos próprios recursos da terra (plantas e ervas), as únicas formas de assistência à saúde era com o PAJÉ e os curandeiros com habilidades na arte de curar.
A carência de profissionais médicos no Brasil Colônia era tão grande que no Rio de Janeiro, em 1789, só existiam quatro médicos exercendo a profissão. Em outros estados brasileiros nem existiam.
TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA
 A saúde pública passa a ter uma fiscalização da sociedade.
 de um lado, a sociedade civil começou a ser mais ouvida.
 O sistema privado de saúde, teve que arranjar outras alternativas.
 É criado os CONVÊNIOS MÉDICOS. 
 Os constituintes da transição democrática começaram a criar um novo sistema de saúde, que mudou os parâmetros da saúde pública no Brasil, o SUS. 
 Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de saúde, hospitais - incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), os serviços de VIGILÂNCIA SANITÁRIA, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil.
Situação Epidemiológica das Doenças Transmissíveis no Brasil
 Mudanças consideráveis têm sido observadas no padrão de morbimortalidade em todo o mundo. 
 novas doenças foram introduzidas, a exemplo da AIDS
 Doenças “antigas”, como a CÓLERA e a DENGUE, ressurgiram e endemias importantes, como a TUBERCULOSE e as MENINGITES, continuam persistindo, fazendo com que esse grupo de doenças represente um importante problema de saúde da população, inclusive em países desenvolvidos.
Situação epidemiológica das Doenças Transmissíveis no Brasil
 No final do século XX, notou-se um declínio nas taxas de mortalidade devido às DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS e em especial, às DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS, para as quais se dispõe de medidas de prevenção e controle.
 início dos anos de 1980 até o presente momento, corresponde a um quadro complexo que pode ser resumido em três grandes tendências: doenças transmissíveis com tendência declinante; doenças transmissíveis com quadro de persistência e doenças transmissíveis emergentes e reemergentes.
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COM TENDÊNCIA DECLINANTE
 A Redução de várias doenças transmissíveis, para as quais se dispõe de instrumentos de prevenção e controle.
 Em 1973 foi erradicada a VARÍOLA,
 Em 1989 a POLIOMIELITE
 A transmissão contínua do SARAMPO foi interrompida desde o final de 2000.
 Em 2006, ocorreu um surto epidêmico em dois municípios da Bahia, com ocorrência de 57 casos, mas também foram considerados importados, visto que o vírus identificado não é originário do Brasil
Doenças transmissíveis com quadro de persistência
Para esse grupo de doenças, faz-se mandatário o fortalecimento das estratégias, atualmente adotadas, que viabilizem maior integração entre as áreas de PREVENÇÃO E CONTROLE 
Neste grupo, encontram-se as HEPATITES VIRAIS, especialmente as HEPATITES B E C, que podem levar ao óbito.
 A LEPTOSPIROSE apresenta grande número de casos que ocorre nos meses mais chuvosos.
 A MALÁRIA, tinha casos persistentemente elevados na região amazônica, com 99% dos casos registrados no país, passou a apresentar, a partir de 1999, taxas de 40%.
Doenças transmissíveis emergentes e reemergentes
 EMERGENTES são as que surgiram, ou foram identificadas, em período recente, ou aquelas que assumiram novas condições de transmissão.
 As REEMERGENTES, são as que ressurgiram como problema de saúde pública, após terem sido controladas no passado.
 Entre as doenças emergentes, encontra-se a AIDS, detectada no Brasil, em 1980, observou-se seu crescimento acelerado até 1995. 
 O crescimento da AIDS no país e a possibilidade de associação com outras doenças infecciosas, particularmente a tuberculose. 
emergentes e reemergentes
A CÓLERA foi introduzida no país em 1991, apresentando pico epidêmico em 1993, com 60.340 casos. Apesar de ser uma doença associada a condições ambientais e sanitárias precárias, os esforços realizados para o seu controle, conseguiram reduzir drasticamente sua incidência.
 A DENGUE foi reintroduzida, no Brasil, desde 1982. As dificuldades para eliminar um mosquito que se multiplica nos vários recipientes que podem armazenar água, têm exigido um esforço do setor saúde cujos resultados não têm sido efetivos.
SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica é um conjunto interarticulado de instituições do setor PÚBLICO e PRIVADO, que, direta ou indiretamente, notificam doenças e agravos, prestam serviços ou orientam a conduta a ser tomada no controle das mesmas. 
 Os recursos financeiros destinados ao desenvolvimento das ações e atividades são transferidos para as secretarias estaduais e municipais de saúde – que passaram a ter autonomia técnica, administrativa e financeira para o desenvolvimento de suas funções.
DOENÇAS INFECTO CONTAGIOSAS: 
CANCRO MOLE
 Doença de transmissão exclusivamente sexual, mais freqüente nas regiões tropicais. Caracteriza-se por apresentar lesões múltiplas 
 No homem, as localizações mais freqüentes são no frênulo e no sulco bálano prepucial; na mulher, na fúrcula e na face interna dos grandes lábios. 
AGENTE ETIOLÓGICO - Haemophilus ducrey, bacilo gram-negativo intracelular.
RESERVATÓRIO - O homem.
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO - De 3 a 5 dias, podendo atingir 14 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - Semanas ou meses quando na ausência de tratamento, enquanto durarem as lesões. Com antibioticoterapia, 1 a 2 semanas. O risco de infecção em um intercurso sexual é de 80%.
 HOMEM
MULHER
CANCRO MOLE
TRATAMENTO - Azitromicina, Ciprofloxacina, Eritromicina, Ceftriaxona,. O tratamento sistêmico deve ser acompanhado de medidas de higiene local.
RECOMENDAÇÕES - O acompanhamento do paciente deve ser feito até o desaparecimento total das lesões. O tratamento dos parceiros sexuais está recomendado mesmo que a doença clínica não seja demonstrada, em razão da existência de portadores assintomáticos, principalmente entre mulheres.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
OBJETIVOS - Interromper a cadeia de transmissão por meio da detecção e tratamento precoce.
NOTIFICAÇÃO - Não é doença de notificação compulsória nacional. 
 
BRUCELOSE
Doença sistêmica bacteriana, Seu início pode ser agudo ou insidioso, caracterizado por febre contínua, intermitente ou irregular, de duração variável. Um sintoma quase constante é a astenia e qualquer exercício físico produz pronunciada fadiga,
 AGENTE ETIOLÓGICO - Brucella melitensis, biotipos 1 e 3; Brucella suis, biotipos 1 e 5; Brucella abortus, biotipos 1, 6 e 9; Brucella canis. 
RESERVATÓRIOS - Gado bovino, suíno, ovino, caprino e outros animais, como cães.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO - Muito variável, de 1 a 3 semanas, podendo se prolongar-se por meses.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - Não se transmite de pessoa a pessoa.
DIAGNÓSTICO - Suspeita clínica aliada à história epidemiológica de ingestão de produtos animais contaminados mal cozidos, não pasteurizados ou não esterilizados.
BRUCELOSE
TRATAMENTO - Antibioticoterapia, sendo a droga de
escolha a Doxiciclina em combinação com a Rifampicina, durante 6 semanas.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
OBJETIVO - Reduzir a morbimortalidade por meio da articulação com os órgãos responsáveis pelo controle sanitário dos rebanhos.
NOTIFICAÇÃO - Não é obrigatória a notificação de casos isolados. 
RAIVA
É uma antropozoonose transmitida ao homem pelo vírus rábico contido na saliva do animal infectado. Apresenta letalidade de 100% e risco de adoecer e morrer. Apesar de conhecida desde a antigüidade, a Raiva continua sendo um problema de saúde, especialmente a transmitida por cães e gatos, em áreas urbanas, mantendo a transmissão animal doméstico/ homem. 
AGENTE ETIOLÓGICO - Um vírus RNA. Vírus da Raiva Humana, do gênero Lyssavirus
 RESERVATÓRIO - No ciclo urbano, a principal fonte de infecção é o cão e o gato. 
 MODO DE TRANSMISSÃO - ocorre pela inoculação do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura /ou lambedura. Há relatos de casos de transmissão inter-humana que ocorreram por transplante de córnea A transmissão por via respiratória também é possível.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO - Extremamente variável, desde dias até 1 ano. Em crianças é menor que no adulto.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre entre 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos. A morte do animal ocorre, em média, entre 5 a 7 dias após os sintomas.
RAIVA
TRATAMENTO - O paciente deve ser atendido na unidade de saúde mais próxima. Quando imprescindível, ela deve ser cuidadosamente planejada. Deve ser mantido em isolamento, em quarto com pouca luminosidade, sem ruídos. Uma vez manifestados os primeiros sintomas da doença, a evolução é a morte.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS - A Raiva Humana transmitida por cão encontra-se localizada em determinadas regiões do país. 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
OBJETIVOS - Detectar precocemente áreas de circulação do vírus em animais (urbanos e silvestres), visando impedir a ocorrência de casos humanos
NOTIFICAÇÃO - Todo caso humano suspeito de Raiva deve ser compulsoriamente notificado, imediatamente,
MEDIDAS DE CONTROLE
vacinais nesses animais, por meio de estratégias de rotina e campanhas
TUBERCULOSE
A Tuberculose é um problema de saúde prioritário no Brasil, abrange 80% dos casos mundiais da doença. É infecciosa, e atinge, principalmente, o pulmão. Após a inalação dos bacilos, esses atingem os alvéolos, onde provocam uma reação inflamatória. A forma pulmonar apresenta-se com dor torácica, tosse inicialmente seca e posteriormente produtiva, acompanhada ou não de escarros.
AGENTE ETIOLÓGICO - Mycobacterium tuberculosis.
RESERVATÓRIO - O homem (principal) e o gado bovino doente 
MODO DE TRANSMISSÃO - Pela tosse, fala e espirro.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO – Nos dois primeiros anos após a infecção inicial.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - Enquanto o doente estiver eliminando bacilos e não houver iniciado o tratamento. Com o início do esquema terapêutico recomendado, a transmissão é reduzida, gradativamente, em 2 semanas.
DIAGNÓSTICO – Exames clínicos, Exames bacteriológicos, Exames radiológicos de tórax,
TUBERCULOSE
O TRATAMENTO –Deve ser feito em regime ambulatorial sob supervisão, no serviço de saúde mais próximo à residencia.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS - Doença de distribuição universal. No Brasil, estima-se que mais de 50 milhões de pessoas estejam infectadas.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
OBJETIVOS - Reduzir a transmissão do bacilo da Tuberculose na população, por meio das ações de diagnóstico precoce e tratamento
NOTIFICAÇÃO - Doença de notificação compulsória e investigação obrigatória.
AIDS
Doença caracterizada por uma disfunção grave do sistema imunológico do individuo infectado. 
Pode ser dividida em três fases:
1º fase Infecção aguda
2º fase Infecção assintomática
3º fase Doença sintomática
 
AGENTE ETIOLÓGICO - É um retrovírus (RNA) denominado Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
RESERVATÓRIO - O homem.
MODO DE TRANSMISSÃO - Sexual, sangüínea, e da mãe para o filho, no curso da gravidez, durante ou após o parto e pelo leite materno,variações freqüentes de parceiros sexuais, sem uso de preservativos.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO - Compreendido entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais. 
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - Em todas as fases da infecção.
DIAGNÓSTICO - Os testes (sorológicos) são os mais utilizados, para indivíduos com mais de 18 meses.
TRATAMENTO - Várias drogas antiretrovirais em uso combinado, o chamado “coquetel”, se mostram eficazes. Com isso, a progressão da doença tem sido controlada, por uma maior sobrevida, bem como por uma significativa melhora na qualidade de vida dos indivíduos. 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
OBJETIVOS - Prevenir a transmissão e disseminação do HIV e reduzir a morbimortalidade associada à infecção.
NOTIFICAÇÃO - Somente os casos de Aids confirmados devem ser notificados ao Ministério da Saúde.
HEPATITE C
 Doença viral com infecções assintomáticas ou sintomáticas. -São caracterizadas por mal-estar, cefaléia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, náuseas, vômitos, desconforto por aversão a alguns alimentos e ao cigarro. 
 AGENTE ETIOLÓGICO – Vírus da Hepatite C (HCV). É um vírus RNA, família Flaviviridae.
RESERVATÓRIO – O
homem. Experimentalmente, o chimpanzé.
 MODO DE TRANSMISSÃO - ocorre, principalmente, por via parenteral, indivíduos que receberam transfusão de sangue antes de 1993, pessoas que compartilham material para uso de drogas injetáveis, inaláveis e crack, pessoas com tatuagem, piercings ou que apresentem outras formas de exposição percutânea, e transmissão sexual.
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO - Varia de 15 a 150 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - 1 semana antes dos sintomas e mantém-se enquanto o paciente apresentar reagente.
DIAGNÓSTICO - Clínico-laboratorial. realização de exames sorológicos 
HEPATITE C
TRATAMENTO - Recomenda-se repouso relativo até, praticamente, a normalização das suas fases. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular. 
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS - Estima-se que existam 170 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo. 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
OBJETIVOS - Conhecer a magnitude, tendência, distribuição geográfica e por faixa etária. Investigar os casos e adotar medidas de controle.
NOTIFICAÇÃO - Todos os casos devem ser notificados e investigados.
INFLUENZA
É uma infecção viral aguda do trato respiratório, com distribuição global e elevada transmissibilidade. Em geral, tem evolução de poucos dias. Recentemente, tem sido destacado seu potencial pandêmico, resultado da emergência, a intervalos de tempo não muito bem definidos, de novos subtipos virais. 
AGENTE ETIOLÓGICO - vírus RNA de hélice única, da família Orthomyxoviridae
 RESERVATÓRIO – Humanos, suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves.
 MODO DE TRANSMISSÃO 
- Transmissão direta
- Transmissão indireta
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO - Em geral, de 1 a 4 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - período compreendido entre 2 dias antes do início dos sintomas até 5 dias após. 
DIAGNÓSTICO - procedimentos apropriados de coleta, processamento e armazenamento de espécimes clínicos da infecção viral.
INFLUENZA
TRATAMENTO - Durante os quadros agudos, recomenda-se repouso e hidratação adequada. Medicações antitérmicas podem ser utilizadas. Atualmente, há duas classes de drogas utilizadas no tratamento.
 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
unidades de saúde e de laboratórios, monitoram a circulação das cepas virais e a morbidade por infecção respiratória.
OBJETIVOS – Monitorar os vírus da Influenza que circulam nas regiões brasileiras, avaliar o impacto da vacinação contra a doença, oferecer resposta rápida à circulação de novos subtipos.
NOTIFICAÇÃO - Devem ser notificados, de forma imediata.
MENINGITES VIRAIS
Também chamadas assépticas ou serosas. O sistema nervoso central pode ser infectado por um variado conjunto
de vírus. O quadro clínico caracteriza-se por aparição súbita de cefaléia, fotofobia, rigidez de nuca, náuseas, vômitos e febre. 
AGENTE ETIOLÓGICO - Os principais vírus são: enterovírus arbovírus , vírus do sarampo, vírus da caxumba, vírus da e vírus do grupo.
 RESERVATÓRIO, MODO DE TRANSMISSÃO, PERÍODO DE INCUBAÇÃO E DE TRANSMISSIBILIDADE - Variam de acordo com o agente infeccioso.
COMPLICAÇÕES - Em geral, os casos evoluem sem complicações.
DIAGNÓSTICO - Clínico-epidemiológico e laboratorial. 
MENINGITES VIRAIS
TRATAMENTO - Indica-se apenas o tratamento de suporte, com a adequada avaliação e monitoramento clínico. Existem drogas antivirais.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS - Tem distribuição universal. A freqüência de casos se eleva no final do verão e começo do outono..
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
OBJETIVOS - Monitorar a ocorrência da doença, incluindo a detecção e controle de surtos.
NOTIFICAÇÃO - É de notificação obrigatória, assim como as demais meningites. 
MEDIDAS DE CONTROLE
As medidas de controle específicas relacionam-se com o agente etiológico. Em situações de surto, a população deve ser orientada sobre os sinais e sintomas da doença.
DOENÇA DE CHAGAS
 Doença parasitária com curso clínico bifásico (fases aguda e crônica), podendo se manifestar sob várias formas.
FASE AGUDA - As manifestações clínicas mais comuns são: febre prolongada e recorrente, cefaléia, mialgias, astenia, edema de face ou membros inferiores
 FASE CRÔNICA - Se não for realizado tratamento específico, ocorre redução espontânea da parasitemia com tendência à evolução.
 AGENTE ETIOLÓGICO - Trypanosoma cruzi, protozoário flagelado da família Trypanosomatidae
 RESERVATÓRIOS - Além do homem, diversos mamíferos domésticos e silvestres
 VETORES - Triatomíneos hematófagos, também conhecidos como “barbeiros” ou “chupões”. 
 MODO DE TRANSMISSÃO - através da pele lesada ou de mucosas do ser, transplante de órgãos ou tecidos provenientes de doadores contaminados, mulheres infectadas para seus bebês, durante a gestação ou o parto, ingestão de alimentos contaminados, e material contaminado.
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO - Varia de acordo com a forma de, podendo chegar até 40 dias.
DOENÇA DE CHAGAS
TRATAMENTO ESPECÍFICO 
deve ser realizado o mais precocemente possível quando forem identificadas a forma aguda ou a forma crônica recente. A droga disponível no Brasil é o Benznidazo, que deve ser usado durante 60 dias
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS - A transmissão vetorial ocorre exclusivamente no continente americano, onde existem cerca de 12 milhões de infectados, no Brasil existem cerca de 3 milhões de chagásicos. A forma de transmissão mais importante era vetorial, nas áreas rurais, responsável por cerca de 80% dos casos hoje considerados crônicos.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Atualmente, a vigilância da doença de Chagas é desenvolvida de formas diferentes de acordo com a área:
Notificação - Todos os casos de DCA devem ser imediatamente notificados ao sistema de saúde pública.
PARTE DE UM INTESTINO COM MAL DE CHAGAS
HANSENÍASE
Doença infectocontagiosa, crônica, curável, causada pelo bacilo de Hansen. Capaz de infectar grande número de pessoas, mas poucos adoecem.. Antigamente, a doença era conhecida como lepra.
 AGENTE ETIOLÓGICO - Bacilo de Hansen ou Mycobacterium leprae.
RESERVATÓRIO - O homem, reconhecido como única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados.
MODO DE TRANSMISSÃO - Contato prolongado ou intenso de indivíduos suscetíveis com pacientes não tratados.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO - Em média, 5 anos, podendo variar de meses a mais de 10 anos.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS - Tem baixa letalidade e baixa mortalidade, podendo ocorrer em qualquer idade, raça ou gênero. 
DIAGNÓSTICO - É clínico, baseado nos critérios mencionados. Os casos com dificuldades para o diagnóstico clínico devem ser encaminhados para centros de referência para exames laboratoriais.
HANSENÍASE
TRATAMENTO - A associação de drogas é altamente eficaz. Os pacientes devem ser tratados em regime ambulatorial, sendo previsto internação nos episódios reacionais graves.
TEMPO DE TRATAMENTO
- Paucibacilares: 6 doses mensais, em até 9 meses de tratamento.
-Multibacilares: 12 doses mensais, em até 18 meses de tratamento.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Reduzir os coeficientes de detecção da doença, pelo diagnóstico e tratamento precoce dos casos, buscando interromper a cadeia de transmissão.
 
HERPES SIMPLES
É uma virose transmitida, pelo contato sexual. A transmissão pode se dar, também, pelo contato direto com lesões contaminadas. Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões que, em poucos dias, transformam- se em pequenas úlceras, precedidas de sintomas de ardência, e dor. Há dois tipos de vírus: o tipo 1, responsável por infecções na face e tronco, e o tipo 2, relacionado às infecções na genitália e de transmissão geralmente sexual. 
 AGENTE ETIOLÓGICO - Os Herpes Simplex Vírus 
 RESERVATÓRIO - O homem.
MODO DE TRANSMISSÃO - Por contato íntimo com indivíduo transmissor do vírus, a partir de superfície mucosa ou lesão infectante.
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO - De 1 a 26 dias; em média, 8 dias após o contato. Em vários casos, o período pode ser bem mais longo.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - Variável de 4 a 12 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas. Nas infecções assintomáticas, orais e genitais, pode haver disseminação transitória do vírus. 
HERPES SIMPLES
TRATAMENTO - Para o 1º episódio de Herpes Genital, iniciar o tratamento, o mais precocemente possível, por 7 dias Nas recorrências de Herpes Genital.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
OBJETIVOS - Diagnosticar e tratar precocemente todos os casos; prevenir o Herpes Neonatal.
NOTIFICAÇÃO - Não é doença de notificação compulsória nacional.
MEDIDAS DE CONTROLE
É infecção de difícil controle, em virtude de sua elevada transmissibilidade. 
Os preservativos masculinos e femininos previnem a transmissão apenas nas áreas de pele por eles recobertas.
INFECÇÃO PELO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV)
Doença viral que, com maior freqüência, manifesta-se como infecção subclínica nos genitais de homens e mulheres. As lesões podem ser múltiplas, localizadas ou difusas, e de tamanho variável, podendo também aparecer como lesão única.
AGENTE ETIOLÓGICO - Papiloma vírus humano (HPV). Esses agentes ganharam grande importância epidemiológica e clínica por estarem relacionados ao desenvolvimento de câncer.
 
RESERVATÓRIO - O homem.
MODO DE TRANSMISSÃO - Geralmente, por contato direto. Pode haver auto-inoculação e infecção por fômites.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO - De 1 a 20 meses; em média, 3 meses.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - Desconhecido. Entretanto, há transmissão enquanto houver lesão viável.
INFECÇÃO PELO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV)
TRATAMENTO - Remoção das lesões visíveis, visto não ser possível a erradicação do HPV. Podem ser utilizadas as alternativas: ácido tricloroacético a 80% ou 90%, nas lesões do colo, vagina, vulva, períneo, região perianal e pênis. A aplicação deve ser realizada com cuidado, no serviço de saúde.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS - Doença de distribuição universal, acomete homens e mulheres de qualquer raça e classe social. 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
OBJETIVOS - Diagnosticar e tratar precocemente todos os casos, evitando formas graves e infecção no concepto.
NOTIFICAÇÃO - Não é doença de notificação compulsória.
MEDIDAS DE CONTROLE
Abstinência sexual após o diagnóstico e durante o período de tratamento; encaminhamento de parceiros para o serviço de saúde, para exame e tratamento
CONCLUSÃO
Apesar da redução na mortalidade pelas doenças infecciosas e da diminuição significativa na morbidade por um conjunto importante dessas doenças, ao mesmo tempo, em outra direção, configura-se, no Brasil, um quadro que, além de expor as frágeis estruturas ambientais urbanas do país, que tornam as populações vulneráveis a doenças que pareciam
superadas, Esses fatores agregam-se ao surgimento de novas doenças ou novas formas de manifestação das doenças na população, e como método a ser aplicado o melhor é a prevenção.

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