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Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III CADEIA DO PROCESSO INFECCIOSO DOENÇA: desajustamento ou falha nos mecanismo de adaptação do organismo ou ausência de reação aos estímulos expostos. TIPOS DE DOENÇA: INFECCIOSA: manifesta-se no humano ou no animal por meio de uma infecção. NÃO-INFECCIOSA: não resulta de uma infecção. Obs: Doença de Hodgkin e a Leucemia passaram de não infecciosa para infecciosa. Nas doenças infecciosas tenho a presença de um agente infeccioso, a perpetuação dele necessita de transmissão contínua de um hospedeiro infectante para um hospedeiro suscetível. Ou seja, é dependente da ocorrência em outros membros da população. - Incidência: ocorrência de novos casos; - Prevalência: número de eventos presentes. CONCEITOS: INFECÇÃO: penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso. * uma infecção pode ocorrer sem doença, como visto nas infecções assintomáticas, por isso não é considerada um sinônimo de doença infecciosa. PERÍODO DE LATÊNCIA: não possui sintomas e não transmite; não antecede a incubação necessariamente. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: começou a transmitir, é o intervalo entre a exposição ao agente e o surgimento de sinais e sintomas, o que irá depender da doença. INFECTIVIDADE: capacidade do agente de se desenvolver no novo hospedeiro até ocasionar a infecção. PATOGENICIDADE: capacidade que o agente tem de produzir sintomas depois de instalado no hospedeiro. VIRULÊNCIA: capacidade de produzir casos graves. ↑ virulência ↑ gravidade. Sarampo: ↑ infectividade ↑ patogenicidade ↓ virulência. HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL: em condições naturais permite o desenvolvimento do agente. PORTADOR: ser infectado que abriga o agente infeccioso sem apresentar sintomas, mas constituindo fonte potencial de infecção. RESERVATÓRIO: pode ser de qualquer origem, o agente infeccioso vive e se multiplica em condições de dependência primordial para a sobrevivência e no qual se reproduz de modo a poder ser transmitido a um hospedeiro suscetível. VEÍCULO: objeto/ material infectado com poder de infecção. VIAS DE ELIMINAÇÃO E VIAS DE PENETRAÇÃO: Trato geniturinário; Trato gastrintestinal; Trato respiratório; Sangue; Pele; Mucosas. IMUNIZAÇÃO: FORMAS DE TRANSMISSÃO: Transmissão horizontal: pessoa ↔ pessoa/ grupo Transmissão direta: imediata, não sobrevivem ao ar e objetos (IST) Transmissão indireta: mediata, infectado nas proximidades do suscetível (doenças contagiosas), necessitam de um suporte: Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III → Veículo; → Vetor biológico: hospedeiro necessário; → Vetor mecânico: hospedeiro acidental. Transmissão vertical: ocorre durante o processo de reprodução. De acordo com a Cadeia do Processo Infeccioso e Epidemiologia das Doenças Infecciosas, o que caracteriza a resistência natural? É a capacidade de resistir às doenças independentemente de anticorpos ou de reação específica dos tecidos, resultante de fatores intrínsecos, anatômicos ou fisiológicos. Mão contaminada em comidas e transmitidas para outras pessoas: Transmissão horizontal direta por contato indireto (mediata). Como é necessária alguma forma de contato, considera-se horizontal direta. Doenças transmitidas por ar, gotículas, espirros, fômites e mãos, são consideradas contato indireto. Contato direto necessita de um contato íntimo, como por exemplo as IST´s. Qual a forma de transmissão da gonorreia? Transmissão horizontal direta por contado direto (imediata). Qual a forma de transmissão da cólera? Transmissão horizontal indireta por veículos. Qual a forma de transmissão da Doença de Chagas? Transmissão horizontal indireta por vetores biológicos. Qual a forma de transmissão da barata/mosca na comida? Transmissão horizontal indireta por vetores mecânicos. Sobre a taxa da mortalidade geral, assinale a alternativa que corresponde a sua fórmula: Número total de óbitos, por mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE DOENÇAS “A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde que prestem assistência ao paciente, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos na Lista Nacional de Notificação Compulsória, podendo ser imediata ou semanal. Em conformidade com o art. 8o da lei no 6.259, de 30 de outubro de 1.975.” CONCEITOS: I – agravo: dano à integridade física ou mental; II – autoridades de saúde; III – doença: enfermidades que possam causar dano significativo; IV – epizootia com risco à saúde pública; V – evento de saúde pública, surto, epidemia drogas, etc.; VI – notificação compulsória: ocorrência ou suspeita; VII – notificação compulsória imediata: 24 h.; VIII – notificação compulsória semanal: 7 dias; IX – notificação compulsória negativa; X – vigilância sentinela: estabelecimento de saúde, morbidade ou agentes etiológicos de interesse. ONDE E COMO NOTIFICAR: no SINAN por meio da ficha de investigação de cada doença específica inserida na lista. SINAN – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO: O SINAN tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos de notificação em todo o território nacional, fornecendo informações para análise do perfil da morbidade e contribuindo, desta forma, para a tomada de decisões em nível municipal, estadual e federal. A partir da alimentação do banco de dados do SINAN, pode-se calcular indicadores epidemiológicos de incidência, prevalência, letalidade e mortalidade. Sífilis em gestantes é uma doença... De notificação compulsória SEMANAL; Sífilis adquirida, sífilis vertical e até mesmo s sífilis em gestante, são todas de notificação semanal. São considerados critérios para usar os algoritmos de notificações de doenças, exceto: Presença de febre ou pelo menos 1 sinal de sintoma respiratório. HISTÓRICO DE VACINAÇÕES NO BRASIL 1796 - A primeira vacina foi descoberta por Edward Jenner - Vacina contra a varíola; 1804 - Chegada da vacina contra a varíola ao Brasil; A varíola (também conhecida como bexiga) assolou o mundo por muitos séculos, doença viral exclusiva de humanos e com transmissão por gotículas e aerossóis; Múmias, como a de Ramsés V, que data o período de 1157 a.C, apresentam sinais típicos da varíola; Último caso registrado 26/10/1977 na Somália; no Brasil em 04/1971; Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III Não possui tratamento, apenas prevenção - VACINAÇÃO!!! Em 1980 a vacinação foi interrompida. 1885 - Descoberta da vacina contra a raiva por Pasteur (doença 100% LETAL!). 1892 - Criação do Instituto Adolpho Lutz; Lidera as ações de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental em SP. Atua, ainda, desenvolvendo projetos científicos multidisciplinares, com colaboração internacional, nas áreas de Ciências Biomédicas, Bromatológicas e Químicas. 1930 - Início da produção de vacinas pelo Instituto Butantã; Importante produtor de imunobiológicos que, ademais, desempenha um papel significativo nas pesquisas em saúde. Para tal, uma ampla coleção zoológica é mantida pelo Instituto, e empregada também em atividades educacionais diversas. 1953- Criação do Ministério da Saúde (MS) 1978 - Definição do calendário de vacinação, com a inclusão de cinco vacinas obrigatórias: Contra a varíola; As vacinas do primeiro ano de vida: contra poliomielite (três doses); Sarampo, difteria, tétano e coqueluche (duas doses); Tuberculose BCG intradérmicoque também deve-se vacinar os comunicantes de casos de hanseníase com duas doses de BCG, administradas com intervalo mínimo de seis meses, devendo-se considerar a presença de cicatriz vacinal como primeira dose; Estabelecimento da estratégia dos dias nacionais de vacinação contra a poliomielite (tipos 1, 2 e 3). 1986- Introdução da vacina contra hepatite B; 1995- Alteração no calendário de vacinação, com substituição da vacina monovalente contra sarampo pela vacina tríplice viral (aos 12 meses); 1996- Redefinição da estratégia de vacinação contra hepatite, estendendo-a para todo o Brasil para menores de um ano; 1998- Substituição, na rotina dos serviços de saúde, da vacina isolada contra tétano (toxoide tetânico) pela vacina dupla bacteriana, tipo adulto (dT); 1999 - Iniciada a realização das campanhas nacionais de vacinação contra a gripe para a população a partir dos 65 anos; 1999 - Introdução, no calendário básico de vacinação, da vacina contra o Haemophilus influenzae b (Hib) para menores de dois anos de idade; 2002 - Introdução da vacina tetravalente no calendário básico de vacinação (Difteria, Tétano, Coqueluche e Meningite, causadas por Haemophilus); 2004 - Instituição: Calendário Básico de Vacinação da Criança Calendário de Vacinação do Adolescente e Calendário de Vacinação do Adulto e Idoso 2005- Inclusão de eventos adversos pós-vacinação, como o agravo de notificação compulsória; 2005 - Focalização das áreas indígenas do Brasil na continuidade da Semana Ibero-Americana de Imunizações; 2006- Atualização e adequação do Calendário Básico de Vacinação da Criança; Introdução da vacina oral contra o rotavírus humano (VORH); Principal causador Doença Diarreica Aguda. 2008 - Realização da Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola; 2010 - Atualização e adequação do Calendário Básico de Vacinação da Criança: Introdução da vacina meningocócica C e da pneumocócica 10-valente (conjugada). 2011- Inclusão de gestantes, indígenas, crianças com idades de seis meses a dois anos incompletos e trabalhadores da Saúde como população-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza; 2012 - Introdução da vacina pentavalente no calendário de vacinação da criança (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b); 2012 - Introdução da vacina contra a poliomielite de vírus inativados (VIP); 2013 -Inclusão da vacina contra varicela, compondo a vacina tetra-viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela); 2013 -Inclusão, como população-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis; 2014 - Inclusão da vacina contra Hepatite A, no calendário da criança; 2015 - Inclusão da vacina HPV para meninas entre 9-13 anos; 2017 - Inclusão da vacina HPV para meninos entre 11-13 anos; 2018 - 2a dose da vacina varicela (atenuada) para crianças de 4 até 6 anos de idade (6 anos, 11 meses e 29 dias); 2018 - A 1a dose da varicela é ofertada aos 15 meses com a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela); 2018 - Febre amarela -vacinação para os residentes ou viajantes, de nove meses a 59 anos de idade; A oferta ampliada para crianças aos nove meses de idade, nascidas a partir do ano de 2017. 2018 - A vacina meningocócica C conjugada para adolescentes de 11 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias). Para este grupo, Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III administrar 01 reforços ou dose única, conforme situação vacinal encontrada. Quais os tipos de vacinas existentes? Vírus atenuado, vírus inativado, À base de RNA mensageiro, Vetores virais. PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO E CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAS VACINAS: estimulam as defesas naturais do corpo, combatem o agente agressor diante de um novo contato fornecendo uma resposta mais certeira e precisa. NÃO previnem o contágio, mas podem diminuir as cargas virais; Previnem as manifestações mais graves; Promovem a imunidade coletiva ou efeito rebanho. VÍRUS OU BACTÉRIAS INATIVADOS: Tecnologia antiga; Utiliza-se microrganismo “selvagem”, em estado natural; Multiplica-se e depois é inativado por processos químicos ou por calor; Estando “morto” o microrganismo não causa a doença porém suas proteínas são capazes de gerar uma resposta imunológica; Altamente seguras; Comumente dependem de mais de uma dose. Exemplos: vacinas com componentes inativados – difteria, tétano e coqueluche (dupla adulto, tríplice bacteriana, pentavalente e hexavalente), hepatite B, hepatite A, pneumocócica, meningocócica, Haemophilus influenzae, HPV, poliomielite injetável, covid-19 (CoronaVac®). VÍRUS OU BACTÉRIAS ATENUADOS: Mutações virais em ambiente controlado (biossegurança); Quanto mais ele vai sendo cultivado, mais enfraquece até chegar à condição de não causar a doença; Ainda vivo, porém sem capacidade de manifestar doença; Alta resposta imunológica; Contraindicado para paciente imunodeprimidos. Exemplos: BCG, febre amarela, tríplice viral (sarampo + caxumba + rubéola), varicela, tetra viral (sarampo + caxumba + rubéola + varicela), rotavírus, poliomielite oral e dengue. À BASE DE RNA MENSAGEIRO: Tecnologia recente; RNA do microrganismo, modificado geneticamente (um tipo de “receita” para produção de proteínas); Fração do material genético daquele determinado vírus, criada a partir da replicação de sequências genéticas; O RNA mensageiro fica envelopado em uma micropartícula de gordura, que entra nas células musculares e as “ensina” a produzir uma proteína específica – que irá estimular a produção de anticorpos. Exemplos: Tecnologia usada nas vacinas contra a covid-19 da Pfizer e da Moderna. Não há exemplo de nenhuma utilizada em crianças. VETOR VIRAL: Tecnologia recente; Semelhante ao RNA mensageiro; Vírus previamente manipulados geneticamente; Estimulam a produção de proteínas capazes de gerar uma resposta imune. Exemplos: Tecnologia usada nas vacinas contra a covid-19 da AstraZeneca, Janssen e Sputnik V. Não há exemplo de nenhuma utilizada em crianças. VACINA IDEAL: Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS DCNT 57 milhões de mortes em 2008; 63% - DCNT; Aparelho circulatório; Diabetes e Câncer; Doença respiratória crônicas; 80% - países de baixa/média renda; 29% < 60 anos; Países de alta renda: 13% precoces; 72% de todas as mortes; 31,3% aparelho circulatório; 16,3% câncer; 5,2% diabetes. CARACTERÍSTICA DAS DCNT: Etiologia múltipla; Muitos fatores de risco; Longo período de latência; Origem não infecciosa; Associação com incapacidades; História natural prolongada; Longo curso assintomático. Conjunto de doenças crônicas que compartilham os mesmos fatores de risco, possibilitando uma abordagem em comum: 1. Circulatório (cerebrovasculares e cardiovasculares; 2. Neoplasias; 3. Respiratórias crônicas; 4. Diabetes mellitus. Conjunto de doenças que diferem das demais DCNT por não compartilharem os mesmos fatores de risco: 1. Desordens mentais e neurológicas; 2. Doenças ósseas e articulares; 3. Osteoporose; 4. Desordens genéticas; 5. Doenças bucais; 6. Doenças autoimunes; 7. Patologias oculares e auditivas. DPOC: Prevenível e tratável; Limitação ao fluxo do ar, predominantemente irreversível, geralmente progressiva, associada a resposta inflamatória do pulmão e agentes agressores; Prevalência: 7,8% – 19,7%; EUA: entre as 6 causas de morte; Europa: mortalidade vem diminuindo; Brasil: primeiro lugar (40%); Fatores de risco: genética,sexo, idade, fumo, ocupacional, poluição, infecções resp, asma, entre outros. ASMA: Hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e limitação ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. Asma atual na adolescência: 13,8% (Projeto ISAAC) – mundo Brasil: mortalidade 2,29 p/100 mil hab. FATORES DE RISCO: genéticos, sexo, socioeconômicos, ambientais, infecções, nutricionais. DOENÇAS CARDIOVASCULARES: DCV Hipertensão arterial sistêmica (HAS) Outras doenças hipertensivas Doença isquêmica do coração Doenças cerebrovasculares Doença vascular periférica FATORES DE RISCO: a) biológicos (sexo, idade, raça/etnia/cor da pele, história familiar); b) estilo de vida / comportamentais (tabagismo, excesso de álcool, comportamento alimentar inadequado); c) exposição ambiental (trabalho, ruído, estresse, trânsito); d) fatores sociais (escolaridade, classe social). VIOLÊNCIA: a) violência dirigida contra si mesmo (autoinflingidas): suicídio, ideação suicida, tentativa de suicídio e auto abuso; b) violência interpessoal: familiar ou comunitária; c) violência coletiva: atos violentos, âmbitos macrossociais, políticos, etc. Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III Quais os principais agravos cardiovasculares, oncológicos e respiratórios que acometem as populações atualmente? HAS (hipertensão arterial sistêmica), IAM (infarto agudo do miocárdio), doenças cerebrovasculares, HPV, câncer do colo do útero, câncer de pulmão, asma e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). Quais as principais políticas públicas brasileiras de acompanhamento e rastreamento das doenças não transmissíveis? Plano de DCNT e Vigitel. Como manipular e interpretar dados (gráficos e tabelas) de acordo com indicadores demográficos e de morbimortalidade das condições crônicas? Por meio de determinantes e condicionantes socioeconômicos, culturais e ambientais que estão na base das desigualdades do processo saúde-doença. Também por fatores não modificáveis, como sexo, idade e herança genética. Além de fatores de risco comportamentais modificáveis (tabagismo, inatividade física, etilismo, e consumo de drogas). Quais as causas externas que mais acometem as populações (Brasil e mundo)? Exposição ambiental, estilo de vida e fatores sociais. Aponte um grupo de DCNT e um fator de risco imutável: Doenças cardiovasculares e idade. Quais são as DCNT? Hipertensão arterial; Câncer; Doenças Cardiovasculares; Diabetes, Asma, DPOC. Fumante a 50 anos, sedentarismo e hábitos de dieta rica em carboidratos e gorduras. Esse comportamento pode levar o desenvolvimento de DCNT, aponte quais as características que estão presentes na história do caso acima: Etiologia múltipla, muitos fatores de risco, longo período de latência. As DCNT apresentam uma tendência de crescimento nos países em desenvolvimento, onde a mudança no padrão acontece de modo mais lento envolvendo a carga dupla de doenças transmissíveis e não transmissíveis para o sistema público de saúde. Identifique que mudança ocorre nesse cenário: Transição epidemiológica. 10 pacientes tiveram diagnóstico de doença do aparelho cardiovascular, manifestado pela presença de hipertensão. Cerca de 07 pacientes foram diagnosticados com diabetes do tipo II e 11 pacientes estão em acompanhamento devido sequela de um Acidente Vascular Cerebral. Avalie esses dados casos e identifique o que há em comum entre eles: Esse conjunto de doenças compartilha os mesmos fatores de risco, possibilitando uma em abordagem comum. As doenças crônicas e agravos não transmissíveis estão alcançando proporções epidêmicas no mundo todo. Aponte o grupo de doenças que compõem as DCNT: Doenças do sistema cardiocirculatório, diabetes, hipertensão arterial, doenças respiratórias, câncer. No mundo inteiro as pessoas estão vivendo mais, enquanto as doenças cardiovasculares estão em ascensão. Paralelamente cresce os fatores de risco na população em geral, aponte quais fatores influenciam o desenvolvimento dessas doenças: Sobrepeso, obesidade, presença de diabetes do tipo 2 e hipertensão arterial. No Brasil na década de 30, as doenças infecciosas respondiam a 46% das mortes nas capitais; em 2003 essas mesmas doenças foram responsáveis por aproximadamente 5% dos óbitos. Em contrapartida as doenças cardiovasculares que respondiam a 13% dos óbitos na década de 30, hoje constituem a principal causa de mortalidade em todas as regiões brasileiras, respondendo por quase um terço dos nossos óbitos, seguidos pelo câncer e violência urbana (acidentes e crime). Aponte o impacto que essa transição epidemiológica causou no Brasil: Financiamento do SUS. Aponte uma ação de educação para o controle de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT): Fazer palestras e realizar grupos com os usuarios do SUS. Indique uma ação desenvolvida para prevenção das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT): Alimentação Saudável, incentivo a prática de exercícios físicos e fazer exames periódicos à saúde. Redução de incidência de tabagismo. Indique uma ação de educação para o controle de Doenças Transmissíveis (DT): Implantação de programa de imunização. Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III Indique uma ação para a prevenção das Doenças Transmissíveis (DT): Realização de campanha relacionado ao controle e combate a agentes transmissores de doenças. Aponte os fatores de riscos presentes para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares no Brasil: Tabagismo, sedentarismo, uso excessivo de álcool e dieta rica em gorduras. Aponte um dos motivos responsáveis pelo aumento das doenças cardiovasculares nos países em desenvolvimento: Mudança no estilo de vida. Aponte 03 doenças que compõem o grupo de doenças que acometem coração e vasos: Doenças coronarianas, Hipertensão arterial, doenças cérebro-vasculares. Cite 02 ações implantadas com o intuito de controlar o grupo de doenças cardiovasculares: Criação do grupo hiperdia e grupo de controle de tabagismo, controle de atividades físicas. DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS O processo de difusão das DIP depende de características, como: Reservatório; Via de transmissão; Proporção de suscetíveis. As epidemias podem se difundir por 3 fatores: 1. EXPANSÃO: a partir de um ponto focal, a doença se expande em diferentes pontos o espaço e tempo. 2. REALOCAÇÃO: o foco é originado em eu uma área e movido para outras, onde novos focos se estabelecem (migração). 3. EXPANSÃO/ REALOCAÇÃO: combinação dos dois tipos. DOENÇAS EMERGENTES: Doença que existia antes de ser identificada, mas não havia sido conceituada; Doença existia, mas sem ocorrência de surtos ou aumento da letalidade; Doença que não existia em determinada área e foi introduzida de outra região; Doença que nunca existiu na população humana, mas existia em animal; Doença completamente nova, agente causal e/ou condições ambientais necessárias não existiam antes das primeiras manifestações clínicas. DOENÇAS REEMERGENTES: Reaparecimento de doenças já eliminadas em algumas regiões do mundo com importantes mudanças observadas no padrão de ocorrência das doenças infecciosas, estimulando intensa reflexão sobre os fatores envolvidos. DINÂMICA DAS DIP NO BRASIL: MALÁRIA: Doença infecciosa aguda; Protozoários do gênero Plasmodium (falciparum, vivax, malariae e ovale); Década de 40: interrupção extra-amazônica; Amazônia: endêmica – Anopheles darling; Região malarígena: Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins. LEISHMANIOSE: Agente etiológico: Leishmania chagasi; Vetor: mosquito Lutzomyia longipalis; Reservatórios:cães; Incidência anual: 1,9 p/100.000 hab.; Início anos 80: áreas rurais precárias – houve expansão; Maior incidência: Nordeste; Letalidade: 5,15%; Sexo masculino (60%); Menores de 10 anos. TUBERCULOSE: Agente etiológico: Leishmania chagasi; Vetor: mosquito Lutzomyia longipalis; Reservatórios: cães; Incidência anual: 1,9 p/100.000 hab.; Início anos 80: áreas rurais precárias – houve expansão; Maior incidência: Nordeste; Letalidade: 5,15%; Sexo masculino (60%); Menores de 10 anos. HANSENÍASE: Mycobacterium leprae; Incubação: 5 anos; Comprometimento dermatológico e neurológico; Homem: único reservatório; Diagnóstico: doença já instalada; Incidência: 7,01 p/ 100.000 hab. Idade precoce. DIARREIA INFANTIL AGUDA: Vírus, bactérias, parasitos, toxinas; Relação com infraestrutura; Melhores condições: redução de 23%; Educação, higiene, aleitamento materno; 1980: 18% - 2007: 2,5% (mortalidade); A morbidade apresentou queda menos expressiva (17,8 para 14,8%). Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III DIP IMUNOPREVENÍVEIS SARAMPO: Grande potencial de disseminação; Vulneráveis (menores de 1 ano) – letalidade elevada; 1986: 100 p/100.000 hab.; 1992: campanha com redução; 2007: erradicado; 2018: Brasil perde certificado de erradicação. DIFTERIA: Reservatório: nasofaringe homem; Alta proporção de assintomáticos; Transmissão pessoa a pessoa; Secreções oronasais; Tratamento adequado: baixa letalidade; 1980: 3,9 p/ 100.000 hab.; 1992: 0,2 p/ 100.000 hab.; 2008: 7 casos confirmados. TÉTANO NEONATAL: Doença infecciosa não contagiosa; Clostridium tetani; Esporos em galhos, terra, fezes, poeira; Coto umbilical: alta letalidade – material contaminado; Vacinação de mulheres em idade fértil: passa imunidade para o feto; Redução significativa no Brasil. DOENÇA MENINGOCÓCICA: Neisseria meningitidis (A, B, C, W, Y); Pessoa a pessoa; Meningites e septicemias; Epidemias países desenvolvidos; Incidência subestimada pela subnotificação; 1970 – 1974: 179,4 p/ 100.000 hab.; Sorogrupo A e C, depois B mais frequente; Variação comas localidades. As doenças reemergentes são doenças que podem se tornar resistentes aos antibióticos ou estão se expandindo rapidamente em incidência. A febre negra, quando descrita em 1347 - 1350, que matou cerca de 34 milhões de pessoas na Europa e 16 milhões na Ásia, provavelmente originária da China, na ocasião... Era uma doença emergente com alta letalidade. A Febre Amarela é uma DIP que causou (e causa) sérios problemas de saúde pública. Sobre esse assunto: Atualmente, a doença que causa problema é a FAS. Sobre as doenças emergentes e reemergentes, é correto afirmar que: Uma das doenças emergentes de mais impacto nos últimos anos foi a Aids. A dengue é uma enfermidade viral aguda que se caracteriza por início súbito com febre alta que dura entre 3 e 5 dias. Sobre a dengue é correto afirmar que: O mosquito torna-se infectante de 8 a 12 dias depois de alimentar-se com sangue contaminado. A capacidade do vírus de se replicar no novo hospedeiro e de produzir novas partículas que possam ser transmitidas a outro indivíduo suscetível é essencial para que ocorra uma nova infecção. Este parágrafo trata-se de que tipo de doença? Doença emergente. Foram acompanhadas 800 crianças vacinadas contra sarampo, e no quinto mês de vida, 38 desenvolveram a doença citada. Que tipo de medida é essa? Incidência. Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III DENGUE DESCRIÇÃO: doença endêmica febril aguda considerada um problema de saúde pública, a qual possui etiologia viral. Endêmica; Notificação compulsória imediata: óbitos; Notificação compulsória semanal: casos. AGENTE ETIOLÓGICO: ARBOVÍRUS. Família: flaviviridae; Gênero: flavivírus; Vírus de RNA+; 4 sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. TRANSMISSÃO: PICADA DA FÊMEA Aedes aegypti. Via vetorial; Via vertical; Via transfusional. VETORES: AEDES AEGYPTI. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: EXTRÍNSECO/VETOR: 8 – 12 dias; INTRÍNSECO/HUMANO: 5 – 6 dias. VIREMIA: 1 dia ante da febre IMUNIDADADE: Adquirida: permanente; Cruzada: temporária. CARACTERÍSTICAS E SINTOMAS: Ciclos epidêmicos; Maior epidemia já registrada - 2015; Redução de casos em 2021 em relação a 2020; Dengue clássica: Dengue hemorrágica: CICLO: LARVA → PUPA → ADULTO → OVO. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: FASE FEBRIL: acima de 38 graus (início repentino), 2-7 dias; FASE CRÍTICA: febre começa diminuir, posso ter uma primeira piora (gerando sinais de alerta) ou uma segunda piora (gerando choque). FASE DE RECUPERAÇÃO: 1-2 dias após fase crítica. PROFILAXIA; Vacina tetravalente do tipo viva atenuada recombinante. Considerando a Cadeia do Processo Infeccioso da dengue, qual a porta de entrada, modo de transmissão e porta de saída da dengue? (respectivamente) PORTA DE ENTRADA: Percutânea (furo na pele do suscetível); MODO DE TRANSMISSÃO: Picada do inseto infectado; PORTA DE SAÍDA: sangue do homem infectado ou saliva do mosquito infectado. Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III CHIKUNGUNYA DESCRIÇÃO: pode apresentar forma típica ou grave. Emergente; Notificação compulsória imediata: óbitos; Notificação compulsória semanal: casos. AGENTE ETIOLÓGICO: ARBOVÍRUS; Família: Togaviridae; Gênero: Alphavírus; Possui 4 genótipos, no Brasil são encontradas: Linhagem asiática; ECSA TRANSMISSÃO: PICADA DA FÊMEA Aedes aegypti. Via vetorial; Via vertical (rara); Via transfusional (rara). VETORES: AEDES AEGYPTI PERÍODO DE INCUBAÇÃO: EXTRÍNSECO/VETOR: 10 dias; INTRÍNSECO/HUMANO: 3-7 dias; VIREMIA: 10 dias, inicia-se 2 dias antes dos sintomas. IMUNIDADADE: Duradoura e protetora contra novas infecções, mesmo que produzida por genótipos diferentes. CARACTERÍSTICAS E SINTOMAS: Homem como hospedeiro definitivo; Confirmado no Brasil em 2014. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ASSINTOMÁTICA FASE FEBRIL/ AGUDA: febre alta de início súbito com duração de 5 – 10 dias. FASE PÓS-AGUDA: sintomas persistentes < 3 meses; FASE CRÔNICA: sintomas persistentes > 3 meses, tendo fatores como idade acima de 45 anos e artropatias preexistentes PROFILAXIA: Não há vacinas, segue os níveis de prevenção: Primária: Proteção específica. - Imunização; - Controle de vetores. Promoção em saúde. - Saneamento básico; - Educação em saúde. Secundária: Diagnóstico precoce e tratamento imediato. - Limitação dos danos (diminuir riscos de complicações). Terciária: Prevenção da incapacidade. - Reabilitação. Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III ZIKA VÍRUS DESCRIÇÃO: enfermidade aguda Emergente; Notificação compulsória imediata: óbitos; Notificação compulsória semanal: casos. AGENTE ETIOLÓGICO: ARBOVÍRUS Vírus Zika TRANSMISSÃO: INDIRETA POR Aedes aegypti Via vetorial; Via horizontal; Via vertical; Via transfusional; Via sexual. VETORES: AEDES AEGYPTI PERÍODO DE INCUBAÇÃO: EXTRÍNSECO/VETOR: 8-14 dias; INTRÍNSECO/HUMANO: 2-7 dias; VIREMIA: até o 5ª dia do início dos sintomas. IMUNIDADADE: Não possui evidências de tempo de duração. CARACTERÍSTICAS: Hospedeiros, como: gestantes, fetos em desenvolvimento e imunossuprimidos; Reservatórios: humanos e primatas; Febre, dor muscular, exantema, dor de cabeça, coceira CICLO: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ASSINTOMÁTICA; SINTOMÁTICA: febre baixa de 4-7 dias,podendo ocasionar complicações neurológicas e mal formação congênita. PROFILAXIA: Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus Zika. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de analgésicos para o controle da febre e o manejo da dor com o uso de paracetamol ou dipirona. Sobre o zika vírus, “precisamos conscientizar a população e informar sobre os perigos causados pelo mosquito. Juntos, iremos combater os focos e manter o mosquito bem longe de nossa cidade”, podemos afirmar que: A atuação sobre focos do mosquito gera redução da necessidade de prevenção terciária das doenças citadas. Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III FEBRE AMARELA DESCRIÇÃO: doença infecciosa aguda, imunoprevinível com evolução rápida e alta letalidade quando graves. Reemergente; Notificação compulsória imediata. AGENTE ETIOLÓGICO: ARBOVÍRUS. Família: flaviviridae; Gênero: flavivírus. TRANSMISSÃO: Não há transmissão de pessoa ↔ pessoa; Picada da fêmea dos mosquitos transmissores infectados; Via vetorial; Via vertical. VETORES: Ciclo urbano/ FAU: Aedes aegypti infectados; Ciclo silvestre/ FAS: Haemagogus e Sabethes infectados. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: EXTRÍNSECO/VETOR: 8-12 dias; INTRÍNSECO/HUMANO: 3-6 dias; VIREMIA: 7 dias, inicia-se 24-48h antes dos sintomas. IMUNIDADADE: Duradoura, podendo se estender por toda a vida. Os filhos de mães imunes podem apresentar imunidade passiva e transitória durante os 6 primeiros meses de vida. CARACTERÍSTICAS: Hospedeiro é o mosquito, uma vez infectados permanecem assim durante toda a vida; Febre Amarela Urbana (FAU): mais graves problemas de saúde pública; Aedes aegypti: 1881; Emilio Ribas: 1901; Osvaldo Cruz: 1903 (eliminação em 1909); FAU: erradicado em 1942; Síndrome íctero-hemorrágico; Letalidade 51,3%; Atualmente o ciclo é SILVESTRE; FAS é sazonal (abril /maio); Atinge mais homens (agricultores, pescadores). CICLO: Silvestre: Urbano: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: PERÍODO DE INFECÇÃO: sintomas inespecíficos de início súbito durando cerca de 3 dias; PERÍODO DE REMISSÃO: declínio da temperatura com sensação de melhora; PERÍODO TOXÊMICO: febre reaparece, diarreia e vômito com aspecto de borra de café. PROFILAXIA: Vacina atenuada e com dose aos 9 meses e reforço aos 4 anos. Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III SARAMPO DESCRIÇÃO: doença infecciosa aguda, altamente contagiosa, um VÍRUS de RNA. - ↑ PATOGENICIDADE; - ↑ INFECTIVIDADE; - ↓ VIRULÊNCIA. Doença endêmica reemergente; Notificação compulsória imediata. AGENTE ETIOLÓGICO: VÍRUS RNA - Família: Paramyxoviridae; - Gênero: Morbillivirus TRANSMISSÃO: - transmissão horizontal direta; - secreções nasofaríngeas expelidas, dispersão de aerossóis e gotículas. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: - geralmente 10 dias, podendo variar de 7-18 dias, desde a data de exposição até o aparecimento da febre e cerca de 14 dias até o início do exantema. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: - de 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema e até 4 dias após. - período de maior transmissibilidade ocorre 2 dias antes e 2 dias após o início do exantema; - o vírus vacinal não é transmissível. CARACTERÍSTICAS: - Manchas de Koplik (manchas vermelhas geralmente com um ponto branco-azulado no centro na mucosa bucal eritematosa); - progressão da erupção cutânea da cabeça ao tronco e membros e remissão da febre logo após o surgimento da erupção cutânea, erupções na pele (exantemas) de cor avermelhada; - febre com exantema eritematoso de início agudo após sintoma prodrômico de 2 a 4 dias com tosse; - dor de cabeça; mal-estar e inflamação das vias respiratórias, com presença de catarro, coriza e conjuntivite. VACINAS CONTRA O SARAMPO: Vírus vivo atenuado -Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola); -Tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Quem não deve tomar a vacina contra Sarampo? Gestantes; Crianças abaixo dos 6 meses; Pessoas com imunossupressão; CICLO: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: PERÍODO PRODRÔMICO OU CATARRAL: Tem duração de 6 dias: no início da doença, surge febre, acompanhada de tosse produtiva, corrimento seromucoso do nariz, conjuntivite e fotofobia. Nas últimas 24 horas deste período, surge, na altura dos pré-molares, o sinal de Koplik – pequenas manchas brancas com halo eritematoso, consideradas sinal patognomônico do Sarampo. PERÍODO EXANTEMÁTICO: Ocorre acentuação de todos os sintomas anteriormente descritos, com prostração importante do paciente e surgimento do exantema característico: maculopapular, de cor avermelhada, com distribuição em sentido céfalo-caudal, que surge na região retro-articular e face. De 2 a 3 dias depois, estende-se ao tronco e às extremidades, persistindo por 5 - 6 dias. PERÍODO DE CONVALESCENÇA OU DE DESCAMAÇÃO FURFURÁCEA: As manchas tornam-se escurecidas e surge descamação fina, lembrando farinha. PROFILAXIA: Prevenção primária: Imunização ativa: vacinação. Prevenção secundária: - Isolamento dos pacientes suscetíveis; - Imunização dos indivíduos com possível exposição; - Reforçar os programas de imunização em áreas com ocorrência de casos 1 dose tríplice vira aos 12 meses + 1 dose tetra viral aos 15 meses → AS VACINAS SÃO PRODUZIDAS COM O VÍRUS DO SARAMPO VIVO, APESAR DE ATENUADO; → Não possui tratamento antiviral específico. Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III SÍFILIS DESCRIÇÃO: Infecção Sexualmente Transmissível (IST), curável, exclusiva do ser humano, podendo ser: - ADQUIRIDA e CONGÊNITA. Reemergente; Notificação compulsória semanal (ambas). AGENTE ETIOLÓGICO: Treponema pallidum, espiroqueta de alta patogenicidade. TRANSMISSÃO: - transmissão horizontal direta por contato direto (sexual); - transmissão vertical (mãe/feto); - contato com a lesão; PERÍODO DE INCUBAÇÃO: SÍFILIS PRIMÁRIA: em média 3 semanas; SÍFILIS SECUNDÁRIA: em média, 30-40 dias; SÍFILIS TERCIÁRIA: em média, 5-10 anos. IMUNIDADADE: em seu estágio inicial, mesmo que tratada adequadamente, não gera memória imunológica. As várias respostas imunológicas geralmente não conseguem erradicar a infecção ou deter sua evolução. CARACTERÍSTICAS: SÍFILIS PRIMÁRIA: cancro duro, úlcera indolor com bordas elevadas e base lisa, altamente infecciosa; SÍFILIS SECUNDÁRIA: roséola sifilítica, principalmente na palma das mãos e na planta dos pés; SÍFILIS TERCIÁRIA: goma sifilítica. CICLO: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: SÍFILIS PRIMÁRIA: depende do número de treponemas inoculados e do estado imunológico do paciente, caracteriza-se pelo surgimento do cancro duro, após um intervalo de 10-90 dias da infecção (média 21 dias); - corresponde a uma lesão ulcerada, geralmente única e indolor, medindo 1-2cm, com bordas bem delimitadas, endurecidas e elevadas, geralmente acompanhada de linfadenopatia inguinal, móvel, indolor, sem sinais flogísticos; esse estágio pode durar de 2-6 semanas e desaparecer de forma espontânea, independente do tratamento. SÍFILIS SECUNDÁRIA: quadro clínico geralmente surge entre 6 semanas e 6 meses após a infecção e duram, em média, entre 4-12 semanas; - podem ocorrer erupções cutâneas em forma de máculas (roséolas) e/ou pápulas, principalmente no tronco, lesões eritemato-escamosas palmo-plantares (forte indicação de sífilis secundária), placas eritematosas branco-acinzentadas nas mucosas, lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas cutâneas (condiloma plano ou lata), alopecia em clareira, madarose, febre, mal-estar, adinamia e mal-estar generalizado, nesse estágio, há presença significativade resposta imune, com intensa produção de anticorpos contra o treponema. SÍFILIS LATENTE: caracteriza-se pela ausência de manifestações clínicas e pode durar de 3 a 20 anos; - diagnóstico só pode ser feito por testes sorológicos; - é dividida em recente (evolução < 1ano) e tardia (evolução > 1ano). SÍFILIS TERCIÁRIA: ocorre em 30% das infecções não tratadas, após um longo período de latência, podendo surgir entre 2-40 anos depois do início da infecção; - nesse estágio se manifesta na forma de inflamação e destruição tecidual. As principais lesões são as seguintes: ➢ Cutâneas: gomosas e nodulares, de caráter destrutivo. ➢ Ósseas: periostite, osteíte gomosa ou esclerosante, artrites, sinovites e nódulos justa-articulares. ➢ Cardiovasculares: aortite sifilítica, aneurisma e estenosa de coronárias. ➢ Neurológicas: meningite aguda, goma do cérebro ou da medula, atrofia do nervo óptico, lesão do VII par, paralisia geral, tabes dorsalis (degeneração lenta dos neurônios sensitivos) e demência. *gomas sifilíticas: tumorações com tendência a liquefação. PROFILAXIA: não há vacinas. SÍFILIS 1*, 2*, 3*: tratamento com penicilina G benzatina, doxiciclina, tetraciclina, tendo como a prevenção o sexo seguro e tratamento dos parceiros. Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III HIV/AIDS DESCRIÇÃO: os infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) evoluem para uma grave disfunção do sistema imunológico, à medida que vão sendo destruídos os linfócitos T CD4+, uma das principais células alvo do vírus. Emergente; Notificação compulsória semanal AGENTE ETIOLÓGICO: HIV-1 e HIV-2 - retrovírus da família Lentiviridae. TRANSMISSÃO: - transmissão horizontal direta por contato direto; - transmissão vertical. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Compreendido entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda, podendo variar de 5 a 30 dias. PERÍODO DE LATÊNCIA: É o período após a fase de infecção aguda, até o desenvolvimento da imunodeficiência). Esse período varia entre 5 e 10 anos, média de seis anos. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: O indivíduo infectado pelo HIV pode transmiti-lo em todas as fases da infecção, risco esse proporcional à magnitude da viremia. CICLO: Inicialmente, o vírus HIV adere e penetra sua célula alvo. O HIV libera RNA, que constitui o código genético do vírus, no interior da célula. Para o vírus replicar, seu RNA deve ser convertido para DNA. O RNA é convertido por uma enzima chamada transcriptase reversa (produzida pelo HIV). O vírus HIV sofre uma mutação fácil nesse ponto, porque a transcriptase reversa tende a cometer erros durante a conversão do RNA viral em DNA. O DNA viral entra no núcleo da célula. Com a ajuda de uma enzima chamada integrase (igualmente produzida pelo HIV), o DNA viral funde-se com o DNA da célula. O DNA da célula infectada agora produz RNA viral assim como proteínas que são necessárias para formar um novo HIV. Forma-se um novo vírus a partir do RNA e de segmentos curtos de proteína. O vírus é liberado (germina) através da membrana da célula, envolvendo-se em um fragmento desta e apertando a célula infectada. Para ser capaz de infectar outras células, o vírus recém-formado tem de amadurecer. Ele amadurece quando outra enzima do HIV (a protease do HIV) corta as proteínas estruturais dentro do vírus, fazendo com que estas se reorganizem. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: DIAGNÓSTICO: A doença pode ou não ter expressão clínica logo após a infecção. É importante o entendimento da dinâmica da variação viral ou seus marcadores e o curso temporal em indivíduos depois da exposição ao HIV. Além disso, é imprescindível reconhecer a diferença entre a janela imunológica e a soroconversão. Enquanto a janela imunológica é o período de tempo entre a exposição ao vírus até que a detecção por marcadores virais ou antivirais se tornem detectáveis, a soroconversão é o período que denota no processo de desenvolvimento de anticorpos contra um patógeno específico. Considera-se adequado considerar o período médio de janela imunológica de 30 dias. Período esse em que a maioria dos indivíduos apresentará resultados positivos nos conjuntos de testes diagnósticos para a detecção da infecção pelo HIV. Deve- se considerar, entretanto, que uma variedade muito grande de fatores pode contribuir para que esse tempo não seja estabelecido para todos os indivíduos, pois a soroconversão é individualizada, existindo, ainda, os soroconversores lentos. Caso não ocorra a soroconversão no intervalo de 30 dias, o indivíduo deve ser considerado como não infectado a menos que os antecedentes epidemiológicos e/ou os sinais clínicos sugiram a presença da infecção pelo HIV. As manifestações clínicas são aquelas compreendidas nas seguintes fases: INFECÇÃO AGUDA: Caracterizando-se por viremia elevada, resposta imune intensa e rápida queda na contagem de linfócitos CD4+ de caráter transitório. As manifestações clínicas variam desde quadro gripal até uma síndrome que se assemelha à mononucleose, sintomas duram, em média, 14 dias, podendo o quadro clínico ser autolimitado. FASE ASSINTOMÁTICA: Pode durar de alguns meses a alguns anos, e os sintomas clínicos são mínimos ou inexistentes. Os exames sorológicos para o HIV são reagentes e a contagem de linfócitos T CD4+ pode estar estável ou em declínio. FASE SINTOMÁTICA INICIAL: O portador da infecção pelo HIV pode apresentar sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável, além de processos oportunistas de menor gravidade, conhecidos como ARC - complexo relacionado à Aids. AIDS/ DOENÇAS OPORTUNISTAS: Uma vez agravada a imunodepressão, o portador da infecção pelo HIV apresenta infecções oportunistas (IO). As doenças oportunistas associadas à Aids são várias, podendo ser causadas por vírus, bactérias, protozoários, fungos e certas neoplasias. PROFILAXIA: PreP, PEP, coquetéis, TARV. Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III PNPS POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE PORTARIA MS/GM No 687 – 30/03/2006 A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) baseia-se no conceito ampliado de saúde e apresenta sua promoção como um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo com responsabilidades para os três entes federados. OBJETIVO GERAL: Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços sociais. OBJTIVOS ESPECÍFICOS: RESPONSABILIDADES DAS ESFERAS DE GESTÃO: AÇÕES ESPECÍFICAS: 1. Divulgação e implementação da PNPS; 2. Promover alimentação saudável; 3. Prática corporal e atividade física; 4. Prevenção e controle do tabagismo; 5. Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas; 6. Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito; 7. Prevenção da violência e estímulo da cultura de paz por meio da implantação de serviços sentinela, ficha de notificação de violência interpessoal; 8. Promoção do desenvolvimento sustentável PNSTT POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR E TRABALHADORA PORTARIA No 1.823 - 23/08/2012 Qual a finalidade da PNSTT? Definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos. Quais os princípios da PNSTT? I- universalidade; II - integralidade; III - participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; IV - descentralização; V - hierarquização; VI - equidade; VII - precaução. Quais os objetivos da PNSTT? I - fortalecer a Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) e a integração com os demais componentes da Vigilância em Saúde; II - promover a saúde e ambientes e processos de trabalhos saudáveis III - garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador, que pressupõe a inserção de ações de saúde do trabalhador em todas as instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado e matriciamento da saúde do trabalhador na assistência e nas estratégias e dispositivos de organização e fluxos da rede, considerando os seguintes componentes: atenção primária em saúde; atenção especializada, incluindo serviços de reabilitação; atenção pré-hospitalar, de urgência e emergência, e hospitalar; rede de laboratórios e de serviços de apoio diagnóstico; assistência farmacêutica; sistemas de informações em saúde; sistema de regulação do acesso; sistema de planejamento, monitoramento e avaliação das ações; sistema de auditoria; Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III promoção e vigilância à saúde, incluindo a vigilância à saúde do trabalhador. IV - ampliar o entendimento de que de que a saúde do trabalhador deve ser concebida como uma ação transversal, devendo a relação saúde-trabalho ser identificada em todos os pontos e instâncias da rede de atenção; V - incorporar a categoria trabalho como determinante do processo saúde-doença dos indivíduos e da coletividade, incluindo-a nas análises de situação de saúde e nas ações de promoção em saúde; VI - assegurar que a identificação da situação do trabalho dos usuários seja considerada nas ações e serviços de saúde do SUS e que a atividade de trabalho realizada pelas pessoas, com as suas possíveis consequências para a saúde, seja considerada no momento de cada intervenção em saúde; VII - assegurar a qualidade da atenção à saúde do trabalhador usuário do SUS. Conceitue RENAST e CEREST: RENAST-19/09/2002 Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador: → é uma rede desenvolvida de forma articulada entre o MS e as Secretarias de Saúde, tem como objetivo articular ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde dos trabalhadores urbanos e rurais independentemente do vínculo empregatício e tipo de inserção no mercado de trabalho. CEREST-PORTARIA Centro de Referência em Saúde do Trabalhador: → centro articulador e organizador no seu território de abrangência que vai dar subsídios técnico para o SUS nas ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação da saúde dos trabalhadores urbanos e rurais; → trata-se de um local de atendimento especializado em ST; → existem os regionais e os nacionais. Quais os principais tipos de trabalhadores? Características do empregador: Todo empregado é trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado. → trabalhador: presta serviço; → empregado: é um trabalhador subordinado, que recebe ordens, em norma técnica, considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. → empregador: é a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Quais os principais tipos de contrato de trabalho? 1. Contrato por tempo determinado (até 2 anos); 2. Contrato por tempo indeterminado (período de experiência); 3. Contrato por trabalho temporário (três a nove meses); 4. Contrato de trabalho eventual (não gera vínculo empregatício). ---------- Art. 3o (PNSTT) Todos os trabalhadores, homens e mulheres, independentemente de sua localização, urbana ou rural, de sua forma de inserção no mercado de trabalho, formal ou informal, de seu vínculo empregatício, público ou privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado ou desempregado são sujeitos desta Política. Art. 7o (PNSTT) A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora deverá contemplar todos os trabalhadores priorizando, entretanto, pessoas e grupos em situação de maior vulnerabilidade, como aqueles inseridos em atividades ou em relações informais e precárias de trabalho, em atividades de maior risco para a saúde, submetidos a formas nocivas de discriminação, ou ao trabalho infantil, na perspectiva de superar desigualdades sociais e de saúde e de buscar a equidade na atenção. HISTÓRICO 1884: Surgimento das primeiras leis sobre acidente de trabalho, na Alemanha; 1919: criação da OIT – Organização Internacional do Trabalho. 1930 – Ministério do Trabalho; Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 1943: Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT); 1977: Brasil – Campeão Mundial de Acidente de Trabalho – Alterações na CLT (Lei 6514/77); 1978 – Normas Regulamentadoras (NR); Década de 1980 – movimento dos trabalhadores (trabalho x saúde); 1988 – Criação do SUS; 2019 – Ministério do Trabalho – Extinto. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. LEI No 8.080, DE 19/09/1990 Art.3º: A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. A CNDSS adotou o modelo de Dahlgren e Whiteead (1991), no qual os DSS estão dispostos em camadas hierárquicas. Centro: determinantes biológicos, os quais não podem ser modificados por meio de políticas públicas 2ª camada: podem e devem ser modificadas (estilo de vida); 3ª camada: interação entre os indivíduos; 4ª camada: condições de vida e trabalho; 5ª camada: condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais. Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo: I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitadosos preceitos da ética profissional; VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores. VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR Atuação contínua e sistemática, ao longo do tempo, no sentido de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e condicionantes dos agravos à saúde relacionados ao ambiente de trabalho em seus aspectos tecnológico, social, organizacional e epidemiológico, com a finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos, de forma a eliminá-los ou controlá-los. CLT – DECRETO No 5.452 01/05/1943 Carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia de serviço; Exames médicos de admissão e demissão; Repouso semanal remunerado (1 folga por semana); Salário pago até o 5o dia útil do mês; Primeira parcela do 13o salário paga até 30/11. Segunda parcela até 20/12; Férias de 30 dias com acréscimo de 1/3 do salário; Gabriel Frick – Medicina UNINOVE POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III Vale-transporte com desconto máximo de 6% do salário; Licença-maternidade de 120 ou 180 dias, com garantia de emprego até 5 meses depois do parto; Licença paternidade de 5 dias corridos; FGTS: depósito de 8% do salário em conta bancária a favor do empregado; Horas-extras pagas com acréscimo de 50% do valor da hora normal; Garantia de 12 meses em casos de acidente; Adicional noturno para quem trabalha de 22 as 5 horas; Faltas ao trabalho nos casos de casamento (3 dias), doação de sangue (1 dia/ano), alistamento eleitoral (2 dias), morte de parente próximo (2 dias), testemunho na Justiça do Trabalho (no dia), doença comprovada por atestado médico; Aviso prévio de 30 dias, em caso de demissão; Seguro-desemprego. REFORMA TRABALHISTA LEI No 13.467 – 13/07/2017 Alterou a CLT a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho: Podemos afirmar que o mercado de trabalho é constituído de: Vínculo formal e vínculo informal. A CLT regulamenta as relações trabalhistas: No vínculo e trabalho urbano e no vínculo e trabalho rural. Com o objetivo de disseminar as ações de saúde do trabalhador, articuladas às demais redes do SUS, refere-se: Ao RENAST: que foi criado em decorrência de uma revisão crítica que se fazia aos centros de referência e programas de saúde do trabalhador que não estabeleciam vínculos mais sólidos com as estruturas orgânicas de saúde, com isso acabavam mantendo-se isolados e marginalizados. A saúde do trabalhador pode ser organizada em 3 eixos, sendo eles: Promoção da saúde, Assistência à saúde e Vigilância em saúde. Qual o significado do termo DORT? Doenças/Distúrbios Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho; Qual o significado de LER? Lesões por Esforços Repetitivos. Qual o significado do termo doenças laborais? Doenças que são causadas por conta do trabalho excessivo, ou então doenças relacionadas ao trabalho, podendo ser classificadas como doença ocupacional, doença profissional e doença do trabalho. Cite doenças relacionadas ao trabalho: Perda auditiva, depressão, insuficiência respiratória crônica, LER, asma ocupacional, dermatose ocupacional, DORT, síndrome de Burnout, tendinite. Descreva 1 ação de EDUCAÇÃO EM SAÚDE voltada à saúde do trabalhador/trabalhadora: Grupos de orientação à prevenção de acidentes de trabalho. Grupos de tabagismo. Grupos sobre alimentação saudável. Descreva 1 ação de PROMOÇÃO DA SAÚDE voltada à saúde do trabalhador/trabalhadora: Campanha de vacinação, atividades laborais antes, durante e após o expediente de trabalho. Descreva 1 ação de VIGILÂNCIA EM SAÚDE voltada à saúde do trabalhador/trabalhadora: Fiscalizações periódicas sobre os agravos relacionados ao trabalho, vigilância epidemiológica e intervenções sobre fatores de risco, ambientes e processos de trabalho. Ao que se aplica o termo EPI e EPC? EPI: equipamentos de proteção individual; EPC: equipamentos de proteção coletiva.
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