Buscar

PPEPIS 3 SEMESTRE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
CADEIA DO PROCESSO INFECCIOSO 
DOENÇA: desajustamento ou falha nos mecanismo de 
adaptação do organismo ou ausência de reação aos estímulos 
expostos. 
 
TIPOS DE DOENÇA: 
 INFECCIOSA: manifesta-se no humano ou no animal 
por meio de uma infecção. 
 NÃO-INFECCIOSA: não resulta de uma infecção. 
Obs: Doença de Hodgkin e a Leucemia 
passaram de não infecciosa para infecciosa. 
Nas doenças infecciosas tenho a presença de um agente 
infeccioso, a perpetuação dele necessita de transmissão contínua 
de um hospedeiro infectante para um hospedeiro suscetível. Ou 
seja, é dependente da ocorrência em outros membros da 
população. 
- Incidência: ocorrência de novos casos; 
- Prevalência: número de eventos presentes. 
CONCEITOS: 
INFECÇÃO: penetração e desenvolvimento ou multiplicação 
de um agente infeccioso. 
* uma infecção pode ocorrer sem doença, 
como visto nas infecções assintomáticas, por 
isso não é considerada um sinônimo de doença 
infecciosa. 
PERÍODO DE LATÊNCIA: não possui sintomas e não 
transmite; não antecede a incubação necessariamente. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: começou a transmitir, é o 
intervalo entre a exposição ao agente e o surgimento de sinais e 
sintomas, o que irá depender da doença. 
INFECTIVIDADE: capacidade do agente de se desenvolver no 
novo hospedeiro até ocasionar a infecção. 
PATOGENICIDADE: capacidade que o agente tem de 
produzir sintomas depois de instalado no hospedeiro. 
VIRULÊNCIA: capacidade de produzir casos graves. 
↑ virulência ↑ gravidade. 
Sarampo: ↑ infectividade ↑ patogenicidade ↓ virulência. 
HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL: em condições naturais 
permite o desenvolvimento do agente. 
PORTADOR: ser infectado que abriga o agente infeccioso sem 
apresentar sintomas, mas constituindo fonte potencial de 
infecção. 
RESERVATÓRIO: pode ser de qualquer origem, o agente 
infeccioso vive e se multiplica em condições de dependência 
primordial para a sobrevivência e no qual se reproduz de modo 
a poder ser transmitido a um hospedeiro suscetível. 
VEÍCULO: objeto/ material infectado com poder de infecção. 
VIAS DE ELIMINAÇÃO E VIAS DE PENETRAÇÃO: 
 Trato geniturinário; 
 Trato gastrintestinal; 
 Trato respiratório; 
 Sangue; 
 Pele; 
 Mucosas. 
IMUNIZAÇÃO: 
 
FORMAS DE TRANSMISSÃO: 
 
 Transmissão horizontal: pessoa ↔ pessoa/ grupo 
 Transmissão direta: imediata, não sobrevivem ao ar e 
objetos (IST) 
 Transmissão indireta: mediata, infectado nas 
proximidades do suscetível (doenças contagiosas), 
necessitam de um suporte: 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
→ Veículo; 
→ Vetor biológico: hospedeiro necessário; 
→ Vetor mecânico: hospedeiro acidental. 
 Transmissão vertical: ocorre durante o processo de 
reprodução. 
De acordo com a Cadeia do Processo Infeccioso e 
Epidemiologia das Doenças Infecciosas, o que caracteriza a 
resistência natural? 
 É a capacidade de resistir às doenças 
independentemente de anticorpos ou de reação 
específica dos tecidos, resultante de fatores intrínsecos, 
anatômicos ou fisiológicos. 
Mão contaminada em comidas e transmitidas para outras 
pessoas: 
 Transmissão horizontal direta por contato indireto 
(mediata). 
Como é necessária alguma forma de contato, considera-se 
horizontal direta. 
Doenças transmitidas por ar, gotículas, espirros, fômites e 
mãos, são consideradas contato indireto. 
Contato direto necessita de um contato íntimo, como por 
exemplo as IST´s. 
Qual a forma de transmissão da gonorreia? 
 Transmissão horizontal direta por contado direto 
(imediata). 
Qual a forma de transmissão da cólera? 
 Transmissão horizontal indireta por veículos. 
Qual a forma de transmissão da Doença de Chagas? 
 Transmissão horizontal indireta por vetores biológicos. 
Qual a forma de transmissão da barata/mosca na comida? 
 Transmissão horizontal indireta por vetores mecânicos. 
Sobre a taxa da mortalidade geral, assinale a alternativa que 
corresponde a sua fórmula: 
 Número total de óbitos, por mil habitantes, na 
população residente em determinado espaço 
geográfico, no ano considerado. 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE DOENÇAS 
“A notificação compulsória é obrigatória para os 
médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos 
serviços públicos e privados de saúde que prestem assistência ao 
paciente, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de 
doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos na Lista 
Nacional de Notificação Compulsória, podendo ser imediata ou 
semanal. Em conformidade com o art. 8o da lei no 6.259, de 30 
de outubro de 1.975.” 
CONCEITOS: 
I – agravo: dano à integridade física ou mental; 
II – autoridades de saúde; 
III – doença: enfermidades que possam causar dano 
significativo; 
IV – epizootia com risco à saúde pública; 
V – evento de saúde pública, surto, epidemia drogas, etc.; 
VI – notificação compulsória: ocorrência ou suspeita; 
VII – notificação compulsória imediata: 24 h.; 
VIII – notificação compulsória semanal: 7 dias; 
IX – notificação compulsória negativa; 
X – vigilância sentinela: estabelecimento de saúde, morbidade 
ou agentes etiológicos de interesse. 
ONDE E COMO NOTIFICAR: no SINAN por meio da ficha 
de investigação de cada doença específica inserida na lista. 
SINAN – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE AGRAVOS 
DE NOTIFICAÇÃO: 
O SINAN tem por objetivo o registro e processamento 
dos dados sobre agravos de notificação em todo o território 
nacional, fornecendo informações para análise do perfil da 
morbidade e contribuindo, desta forma, para a tomada de 
decisões em nível municipal, estadual e federal. 
A partir da alimentação do banco de dados do SINAN, pode-se 
calcular indicadores epidemiológicos de incidência, prevalência, 
letalidade e mortalidade. 
Sífilis em gestantes é uma doença... 
 De notificação compulsória SEMANAL; 
 Sífilis adquirida, sífilis vertical e até mesmo s sífilis em 
gestante, são todas de notificação semanal. 
São considerados critérios para usar os algoritmos de 
notificações de doenças, exceto: 
 Presença de febre ou pelo menos 1 sinal de sintoma 
respiratório. 
HISTÓRICO DE VACINAÇÕES NO BRASIL 
1796 - A primeira vacina foi descoberta por Edward Jenner - 
Vacina contra a varíola; 
1804 - Chegada da vacina contra a varíola ao Brasil; 
 A varíola (também conhecida como bexiga) assolou o 
mundo por muitos séculos, doença viral exclusiva de 
humanos e com transmissão por gotículas e aerossóis; 
 Múmias, como a de Ramsés V, que data o período de 
1157 a.C, apresentam sinais típicos da varíola; 
 Último caso registrado 26/10/1977 na Somália; no 
Brasil em 04/1971; 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
 Não possui tratamento, apenas prevenção - 
VACINAÇÃO!!! 
 Em 1980 a vacinação foi interrompida. 
1885 - Descoberta da vacina contra a raiva por Pasteur (doença 
100% LETAL!). 
1892 - Criação do Instituto Adolpho Lutz; 
 Lidera as ações de vigilância sanitária, epidemiológica 
e ambiental em SP. Atua, ainda, desenvolvendo 
projetos científicos multidisciplinares, com 
colaboração internacional, nas áreas de Ciências 
Biomédicas, Bromatológicas e Químicas. 
1930 - Início da produção de vacinas pelo Instituto Butantã; 
 Importante produtor de imunobiológicos que, ademais, 
desempenha um papel significativo nas pesquisas em 
saúde. Para tal, uma ampla coleção zoológica é mantida 
pelo Instituto, e empregada também em atividades 
educacionais diversas. 
1953- Criação do Ministério da Saúde (MS) 
1978 - Definição do calendário de vacinação, com a inclusão de 
cinco vacinas obrigatórias: 
 Contra a varíola; 
 As vacinas do primeiro ano de vida: contra poliomielite 
(três doses); 
 Sarampo, difteria, tétano e coqueluche (duas doses); 
 Tuberculose BCG intradérmicoque também deve-se 
vacinar os comunicantes de casos de hanseníase com 
duas doses de BCG, administradas com intervalo 
mínimo de seis meses, devendo-se considerar a 
presença de cicatriz vacinal como primeira dose; 
 Estabelecimento da estratégia dos dias nacionais de 
vacinação contra a poliomielite (tipos 1, 2 e 3). 
1986- Introdução da vacina contra hepatite B; 
1995- Alteração no calendário de vacinação, com substituição 
da vacina monovalente contra sarampo pela vacina tríplice viral 
(aos 12 meses); 
1996- Redefinição da estratégia de vacinação contra hepatite, 
estendendo-a para todo o Brasil para menores de um ano; 
1998- Substituição, na rotina dos serviços de saúde, da vacina 
isolada contra tétano (toxoide tetânico) pela vacina dupla 
bacteriana, tipo adulto (dT); 
1999 - Iniciada a realização das campanhas nacionais de 
vacinação contra a gripe para a população a partir dos 65 anos; 
1999 - Introdução, no calendário básico de vacinação, da vacina 
contra o Haemophilus influenzae b (Hib) para menores de dois 
anos de idade; 
2002 - Introdução da vacina tetravalente no calendário básico de 
vacinação (Difteria, Tétano, Coqueluche e Meningite, causadas 
por Haemophilus); 
2004 - Instituição: 
 Calendário Básico de Vacinação da Criança 
 Calendário de Vacinação do Adolescente e 
 Calendário de Vacinação do Adulto e Idoso 
2005- Inclusão de eventos adversos pós-vacinação, como o 
agravo de notificação compulsória; 
2005 - Focalização das áreas indígenas do Brasil na 
continuidade da Semana Ibero-Americana de Imunizações; 
2006- Atualização e adequação do Calendário Básico de 
Vacinação da Criança; 
 Introdução da vacina oral contra o rotavírus humano 
(VORH); 
 Principal causador Doença Diarreica Aguda. 
2008 - Realização da Campanha Nacional de Vacinação para 
Eliminação da Rubéola; 
2010 - Atualização e adequação do Calendário Básico de 
Vacinação da Criança: 
 Introdução da vacina meningocócica C e da 
pneumocócica 10-valente (conjugada). 
2011- Inclusão de gestantes, indígenas, crianças com idades de 
seis meses a dois anos incompletos e trabalhadores da Saúde 
como população-alvo da Campanha Nacional de Vacinação 
contra Influenza; 
2012 - Introdução da vacina pentavalente no calendário de 
vacinação da criança (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e 
contra a bactéria haemophilus influenza tipo b); 
2012 - Introdução da vacina contra a poliomielite de vírus 
inativados (VIP); 
2013 -Inclusão da vacina contra varicela, compondo a vacina 
tetra-viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela); 
2013 -Inclusão, como população-alvo da Campanha Nacional de 
Vacinação contra Influenza, pessoas portadoras de doenças 
crônicas não-transmissíveis; 
2014 - Inclusão da vacina contra Hepatite A, no calendário da 
criança; 
2015 - Inclusão da vacina HPV para meninas entre 9-13 anos; 
2017 - Inclusão da vacina HPV para meninos entre 11-13 anos; 
2018 - 2a dose da vacina varicela (atenuada) para crianças de 4 
até 6 anos de idade (6 anos, 11 meses e 29 dias); 
2018 - A 1a dose da varicela é ofertada aos 15 meses com a 
vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela); 
2018 - Febre amarela -vacinação para os residentes ou viajantes, 
de nove meses a 59 anos de idade; 
 A oferta ampliada para crianças aos nove meses de 
idade, nascidas a partir do ano de 2017. 
2018 - A vacina meningocócica C conjugada para adolescentes 
de 11 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias). Para este grupo, 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
administrar 01 reforços ou dose única, conforme situação 
vacinal encontrada. 
Quais os tipos de vacinas existentes? 
 Vírus atenuado, vírus inativado, À base de RNA 
mensageiro, Vetores virais. 
PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO E 
CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAS 
 
VACINAS: estimulam as defesas naturais do corpo, combatem 
o agente agressor diante de um novo contato fornecendo uma 
resposta mais certeira e precisa. 
 NÃO previnem o contágio, mas podem diminuir as 
cargas virais; 
 Previnem as manifestações mais graves; 
 Promovem a imunidade coletiva ou efeito rebanho. 
 
VÍRUS OU BACTÉRIAS INATIVADOS: 
 Tecnologia antiga; 
 Utiliza-se microrganismo “selvagem”, em estado 
natural; 
 Multiplica-se e depois é inativado por processos 
químicos ou por calor; 
 Estando “morto” o microrganismo não causa a doença 
porém suas proteínas são capazes de gerar uma resposta 
imunológica; 
 Altamente seguras; 
 Comumente dependem de mais de uma dose. 
Exemplos: vacinas com componentes inativados – 
difteria, tétano e coqueluche (dupla adulto, tríplice 
bacteriana, pentavalente e hexavalente), hepatite B, 
hepatite A, pneumocócica, meningocócica, 
Haemophilus influenzae, HPV, poliomielite injetável, 
covid-19 (CoronaVac®). 
 VÍRUS OU BACTÉRIAS ATENUADOS: 
 Mutações virais em ambiente controlado 
(biossegurança); 
 Quanto mais ele vai sendo cultivado, mais enfraquece 
até chegar à condição de não causar a doença; 
 Ainda vivo, porém sem capacidade de manifestar 
doença; 
 Alta resposta imunológica; 
 Contraindicado para paciente imunodeprimidos. 
Exemplos: BCG, febre amarela, tríplice viral (sarampo 
+ caxumba + rubéola), varicela, tetra viral (sarampo + 
caxumba + rubéola + varicela), rotavírus, poliomielite 
oral e dengue. 
À BASE DE RNA MENSAGEIRO: 
 Tecnologia recente; 
 RNA do microrganismo, modificado geneticamente 
(um tipo de “receita” para produção de proteínas); 
 Fração do material genético daquele determinado vírus, 
criada a partir da replicação de sequências genéticas; 
 O RNA mensageiro fica envelopado em uma 
micropartícula de gordura, que entra nas células 
musculares e as “ensina” a produzir uma proteína 
específica – que irá estimular a produção de anticorpos. 
Exemplos: Tecnologia usada nas vacinas contra a 
covid-19 da Pfizer e da Moderna. Não há exemplo de 
nenhuma utilizada em crianças. 
VETOR VIRAL: 
 Tecnologia recente; 
 Semelhante ao RNA mensageiro; 
 Vírus previamente manipulados geneticamente; 
 Estimulam a produção de proteínas capazes de gerar 
uma resposta imune. 
Exemplos: Tecnologia usada nas vacinas contra a 
covid-19 da AstraZeneca, Janssen e Sputnik V. Não há 
exemplo de nenhuma utilizada em crianças. 
VACINA IDEAL: 
 
 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
 
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS 
DCNT 
 57 milhões de mortes em 2008; 
 63% - DCNT; 
 Aparelho circulatório; 
 Diabetes e Câncer; 
 Doença respiratória crônicas; 
 80% - países de baixa/média renda; 
 29% < 60 anos; 
 Países de alta renda: 13% precoces; 
 72% de todas as mortes; 
 31,3% aparelho circulatório; 
 16,3% câncer; 
 5,2% diabetes. 
CARACTERÍSTICA DAS DCNT: 
 Etiologia múltipla; 
 Muitos fatores de risco; 
 Longo período de latência; 
 Origem não infecciosa; 
 Associação com incapacidades; 
 História natural prolongada; 
 Longo curso assintomático. 
Conjunto de doenças crônicas que compartilham os mesmos 
fatores de risco, possibilitando uma abordagem em comum: 
1. Circulatório (cerebrovasculares e cardiovasculares; 
2. Neoplasias; 
3. Respiratórias crônicas; 
4. Diabetes mellitus. 
Conjunto de doenças que diferem das demais DCNT por não 
compartilharem os mesmos fatores de risco: 
1. Desordens mentais e neurológicas; 
2. Doenças ósseas e articulares; 
3. Osteoporose; 
4. Desordens genéticas; 
5. Doenças bucais; 
6. Doenças autoimunes; 
7. Patologias oculares e auditivas. 
DPOC: 
 Prevenível e tratável; 
 Limitação ao fluxo do ar, predominantemente 
irreversível, geralmente progressiva, associada a 
resposta inflamatória do pulmão e agentes agressores; 
 Prevalência: 7,8% – 19,7%; 
 EUA: entre as 6 causas de morte; 
 Europa: mortalidade vem diminuindo; 
 Brasil: primeiro lugar (40%); 
 Fatores de risco: genética,sexo, idade, fumo, 
ocupacional, poluição, infecções resp, asma, entre 
outros. 
ASMA: 
 Hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e 
limitação ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente 
ou com tratamento. 
 Asma atual na adolescência: 13,8% (Projeto ISAAC) – 
mundo 
 Brasil: mortalidade 2,29 p/100 mil hab. 
FATORES DE RISCO: genéticos, sexo, socioeconômicos, 
ambientais, infecções, nutricionais. 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES: DCV 
 Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 
 Outras doenças hipertensivas 
 Doença isquêmica do coração 
 Doenças cerebrovasculares 
 Doença vascular periférica 
FATORES DE RISCO: 
a) biológicos (sexo, idade, raça/etnia/cor da pele, história 
familiar); 
b) estilo de vida / comportamentais (tabagismo, excesso de 
álcool, comportamento alimentar inadequado); 
c) exposição ambiental (trabalho, ruído, estresse, trânsito); 
d) fatores sociais (escolaridade, classe social). 
VIOLÊNCIA: 
a) violência dirigida contra si mesmo (autoinflingidas): suicídio, 
ideação suicida, tentativa de suicídio e auto abuso; 
b) violência interpessoal: familiar ou comunitária; 
c) violência coletiva: atos violentos, âmbitos macrossociais, 
políticos, etc. 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
 
Quais os principais agravos cardiovasculares, oncológicos e 
respiratórios que acometem as populações atualmente? 
 HAS (hipertensão arterial sistêmica), IAM (infarto 
agudo do miocárdio), doenças cerebrovasculares, HPV, 
câncer do colo do útero, câncer de pulmão, asma e 
DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). 
Quais as principais políticas públicas brasileiras de 
acompanhamento e rastreamento das doenças não 
transmissíveis? 
 Plano de DCNT e Vigitel. 
Como manipular e interpretar dados (gráficos e tabelas) de 
acordo com indicadores demográficos e de morbimortalidade 
das condições crônicas? 
 Por meio de determinantes e condicionantes 
socioeconômicos, culturais e ambientais que estão na 
base das desigualdades do processo saúde-doença. 
Também por fatores não modificáveis, como sexo, 
idade e herança genética. Além de fatores de risco 
comportamentais modificáveis (tabagismo, inatividade 
física, etilismo, e consumo de drogas). 
Quais as causas externas que mais acometem as populações 
(Brasil e mundo)? 
 Exposição ambiental, estilo de vida e fatores sociais. 
Aponte um grupo de DCNT e um fator de risco imutável: 
 Doenças cardiovasculares e idade. 
Quais são as DCNT? 
 Hipertensão arterial; Câncer; Doenças 
Cardiovasculares; Diabetes, Asma, DPOC. 
Fumante a 50 anos, sedentarismo e hábitos de dieta rica em 
carboidratos e gorduras. Esse comportamento pode levar o 
desenvolvimento de DCNT, aponte quais as características que 
estão presentes na história do caso acima: 
 Etiologia múltipla, muitos fatores de risco, longo 
período de latência. 
As DCNT apresentam uma tendência de crescimento nos 
países em desenvolvimento, onde a mudança no padrão 
acontece de modo mais lento envolvendo a carga dupla de 
doenças transmissíveis e não transmissíveis para o sistema 
público de saúde. Identifique que mudança ocorre nesse 
cenário: 
 Transição epidemiológica. 
10 pacientes tiveram diagnóstico de doença do aparelho 
cardiovascular, manifestado pela presença de hipertensão. 
Cerca de 07 pacientes foram diagnosticados com diabetes do 
tipo II e 11 pacientes estão em acompanhamento devido 
sequela de um Acidente Vascular Cerebral. Avalie esses dados 
casos e identifique o que há em comum entre eles: 
 Esse conjunto de doenças compartilha os mesmos 
fatores de risco, possibilitando uma em abordagem 
comum. 
As doenças crônicas e agravos não transmissíveis estão 
alcançando proporções epidêmicas no mundo todo. Aponte o 
grupo de doenças que compõem as DCNT: 
 Doenças do sistema cardiocirculatório, diabetes, 
hipertensão arterial, doenças respiratórias, câncer. 
 
No mundo inteiro as pessoas estão vivendo mais, enquanto as 
doenças cardiovasculares estão em ascensão. Paralelamente 
cresce os fatores de risco na população em geral, aponte quais 
fatores influenciam o desenvolvimento dessas doenças: 
 Sobrepeso, obesidade, presença de diabetes do tipo 2 e 
hipertensão arterial. 
 
No Brasil na década de 30, as doenças infecciosas respondiam 
a 46% das mortes nas capitais; em 2003 essas mesmas doenças 
foram responsáveis por aproximadamente 5% dos óbitos. Em 
contrapartida as doenças cardiovasculares que respondiam a 
13% dos óbitos na década de 30, hoje constituem a principal 
causa de mortalidade em todas as regiões brasileiras, 
respondendo por quase um terço dos nossos óbitos, seguidos 
pelo câncer e violência urbana (acidentes e crime). Aponte o 
impacto que essa transição epidemiológica causou no Brasil: 
 Financiamento do SUS. 
Aponte uma ação de educação para o controle de Doenças 
Crônicas não Transmissíveis (DCNT): 
 Fazer palestras e realizar grupos com os usuarios do 
SUS. 
Indique uma ação desenvolvida para prevenção das Doenças 
Crônicas não Transmissíveis (DCNT): 
 Alimentação Saudável, incentivo a prática de 
exercícios físicos e fazer exames periódicos à saúde. 
Redução de incidência de tabagismo. 
Indique uma ação de educação para o controle de Doenças 
Transmissíveis (DT): 
 Implantação de programa de imunização. 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
Indique uma ação para a prevenção das Doenças 
Transmissíveis (DT): 
 Realização de campanha relacionado ao controle e 
combate a agentes transmissores de doenças. 
Aponte os fatores de riscos presentes para o desenvolvimento 
das doenças cardiovasculares no Brasil: 
 Tabagismo, sedentarismo, uso excessivo de álcool e 
dieta rica em gorduras. 
Aponte um dos motivos responsáveis pelo aumento das 
doenças cardiovasculares nos países em desenvolvimento: 
 Mudança no estilo de vida. 
Aponte 03 doenças que compõem o grupo de doenças que 
acometem coração e vasos: 
 Doenças coronarianas, Hipertensão arterial, doenças 
cérebro-vasculares. 
Cite 02 ações implantadas com o intuito de controlar o grupo 
de doenças cardiovasculares: 
 Criação do grupo hiperdia e grupo de controle de 
tabagismo, controle de atividades físicas. 
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 
O processo de difusão das DIP depende de características, como: 
 Reservatório; 
 Via de transmissão; 
 Proporção de suscetíveis. 
As epidemias podem se difundir por 3 fatores: 
1. EXPANSÃO: a partir de um ponto focal, a doença se expande 
em diferentes pontos o espaço e tempo. 
2. REALOCAÇÃO: o foco é originado em eu uma área e 
movido para outras, onde novos focos se estabelecem 
(migração). 
3. EXPANSÃO/ REALOCAÇÃO: combinação dos dois tipos. 
DOENÇAS EMERGENTES: 
Doença que existia antes de ser identificada, mas não havia sido 
conceituada; 
Doença existia, mas sem ocorrência de surtos ou aumento da 
letalidade; 
Doença que não existia em determinada área e foi introduzida de 
outra região; 
Doença que nunca existiu na população humana, mas existia em 
animal; 
Doença completamente nova, agente causal e/ou condições 
ambientais necessárias não existiam antes das primeiras 
manifestações clínicas. 
DOENÇAS REEMERGENTES: 
Reaparecimento de doenças já eliminadas em algumas regiões 
do mundo com importantes mudanças observadas no padrão de 
ocorrência das doenças infecciosas, estimulando intensa 
reflexão sobre os fatores envolvidos. 
DINÂMICA DAS DIP NO BRASIL: 
MALÁRIA: 
 Doença infecciosa aguda; 
 Protozoários do gênero Plasmodium (falciparum, 
vivax, malariae e ovale); 
 Década de 40: interrupção extra-amazônica; 
 Amazônia: endêmica – Anopheles darling; 
 Região malarígena: Acre, Amazonas, Amapá, 
Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, 
Tocantins. 
LEISHMANIOSE: 
 Agente etiológico: Leishmania chagasi; 
 Vetor: mosquito Lutzomyia longipalis; 
 Reservatórios:cães; 
 Incidência anual: 1,9 p/100.000 hab.; 
 Início anos 80: áreas rurais precárias – houve expansão; 
 Maior incidência: Nordeste; 
 Letalidade: 5,15%; 
 Sexo masculino (60%); 
 Menores de 10 anos. 
TUBERCULOSE: 
 Agente etiológico: Leishmania chagasi; 
 Vetor: mosquito Lutzomyia longipalis; 
 Reservatórios: cães; 
 Incidência anual: 1,9 p/100.000 hab.; 
 Início anos 80: áreas rurais precárias – houve expansão; 
 Maior incidência: Nordeste; 
 Letalidade: 5,15%; 
 Sexo masculino (60%); 
 Menores de 10 anos. 
HANSENÍASE: 
 Mycobacterium leprae; 
 Incubação: 5 anos; 
 Comprometimento dermatológico e neurológico; 
 Homem: único reservatório; 
 Diagnóstico: doença já instalada; 
 Incidência: 7,01 p/ 100.000 hab. 
 Idade precoce. 
DIARREIA INFANTIL AGUDA: 
 Vírus, bactérias, parasitos, toxinas; 
 Relação com infraestrutura; 
 Melhores condições: redução de 23%; 
 Educação, higiene, aleitamento materno; 
 1980: 18% - 2007: 2,5% (mortalidade); 
 A morbidade apresentou queda menos expressiva (17,8 
para 14,8%). 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
DIP IMUNOPREVENÍVEIS 
SARAMPO: 
 Grande potencial de disseminação; 
 Vulneráveis (menores de 1 ano) – letalidade elevada; 
 1986: 100 p/100.000 hab.; 
 1992: campanha com redução; 
 2007: erradicado; 
 2018: Brasil perde certificado de erradicação. 
DIFTERIA: 
 Reservatório: nasofaringe homem; 
 Alta proporção de assintomáticos; 
 Transmissão pessoa a pessoa; 
 Secreções oronasais; 
 Tratamento adequado: baixa letalidade; 
 1980: 3,9 p/ 100.000 hab.; 
 1992: 0,2 p/ 100.000 hab.; 
 2008: 7 casos confirmados. 
TÉTANO NEONATAL: 
 Doença infecciosa não contagiosa; 
 Clostridium tetani; 
 Esporos em galhos, terra, fezes, poeira; 
 Coto umbilical: alta letalidade – material contaminado; 
 Vacinação de mulheres em idade fértil: passa 
imunidade para o feto; 
 Redução significativa no Brasil. 
DOENÇA MENINGOCÓCICA: 
 Neisseria meningitidis (A, B, C, W, Y); 
 Pessoa a pessoa; 
 Meningites e septicemias; 
 Epidemias países desenvolvidos; 
 Incidência subestimada pela subnotificação; 
 1970 – 1974: 179,4 p/ 100.000 hab.; 
 Sorogrupo A e C, depois B mais frequente; 
 Variação comas localidades. 
As doenças reemergentes são doenças que podem se tornar 
resistentes aos antibióticos ou estão se expandindo 
rapidamente em incidência. 
A febre negra, quando descrita em 1347 - 1350, que matou 
cerca de 34 milhões de pessoas na Europa e 16 milhões na 
Ásia, provavelmente originária da China, na ocasião... 
 Era uma doença emergente com alta letalidade. 
A Febre Amarela é uma DIP que causou (e causa) sérios 
problemas de saúde pública. Sobre esse assunto: 
 Atualmente, a doença que causa problema é a FAS. 
Sobre as doenças emergentes e reemergentes, é correto 
afirmar que: 
 Uma das doenças emergentes de mais impacto nos 
últimos anos foi a Aids. 
A dengue é uma enfermidade viral aguda que se caracteriza 
por início súbito com febre alta que dura entre 3 e 5 dias. Sobre 
a dengue é correto afirmar que: 
 O mosquito torna-se infectante de 8 a 12 dias depois de 
alimentar-se com sangue contaminado. 
A capacidade do vírus de se replicar no novo hospedeiro e de 
produzir novas partículas que possam ser transmitidas a outro 
indivíduo suscetível é essencial para que ocorra uma nova 
infecção. Este parágrafo trata-se de que tipo de doença? 
 Doença emergente. 
Foram acompanhadas 800 crianças vacinadas contra 
sarampo, e no quinto mês de vida, 38 desenvolveram a doença 
citada. Que tipo de medida é essa? 
 Incidência. 
 
 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
DENGUE 
DESCRIÇÃO: doença endêmica febril aguda considerada um 
problema de saúde pública, a qual possui etiologia viral. 
 Endêmica; 
 Notificação compulsória imediata: óbitos; 
 Notificação compulsória semanal: casos. 
AGENTE ETIOLÓGICO: ARBOVÍRUS. 
Família: flaviviridae; 
Gênero: flavivírus; 
Vírus de RNA+; 
4 sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. 
TRANSMISSÃO: PICADA DA FÊMEA Aedes aegypti. 
Via vetorial; 
Via vertical; 
Via transfusional. 
VETORES: AEDES AEGYPTI. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
EXTRÍNSECO/VETOR: 8 – 12 dias; 
INTRÍNSECO/HUMANO: 5 – 6 dias. 
VIREMIA: 1 dia ante da febre 
IMUNIDADADE: 
Adquirida: permanente; 
Cruzada: temporária. 
CARACTERÍSTICAS E SINTOMAS: 
 Ciclos epidêmicos; 
 Maior epidemia já registrada - 2015; 
 Redução de casos em 2021 em relação a 2020; 
Dengue clássica: 
 
 
Dengue hemorrágica: 
 
CICLO: LARVA → PUPA → ADULTO → OVO. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
FASE FEBRIL: acima de 38 graus (início repentino), 2-7 dias; 
FASE CRÍTICA: febre começa diminuir, posso ter uma 
primeira piora (gerando sinais de alerta) ou uma segunda piora 
(gerando choque). 
FASE DE RECUPERAÇÃO: 1-2 dias após fase crítica. 
PROFILAXIA; 
Vacina tetravalente do tipo viva atenuada recombinante. 
Considerando a Cadeia do Processo Infeccioso da dengue, 
qual a porta de entrada, modo de transmissão e porta de saída 
da dengue? (respectivamente) 
 PORTA DE ENTRADA: Percutânea (furo na pele do 
suscetível); 
 MODO DE TRANSMISSÃO: Picada do inseto 
infectado; 
 PORTA DE SAÍDA: sangue do homem infectado ou 
saliva do mosquito infectado. 
 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
CHIKUNGUNYA 
DESCRIÇÃO: pode apresentar forma típica ou grave. 
 Emergente; 
 Notificação compulsória imediata: óbitos; 
 Notificação compulsória semanal: casos. 
AGENTE ETIOLÓGICO: ARBOVÍRUS; 
Família: Togaviridae; 
Gênero: Alphavírus; 
Possui 4 genótipos, no Brasil são encontradas: 
 Linhagem asiática; 
 ECSA 
TRANSMISSÃO: PICADA DA FÊMEA Aedes aegypti. 
Via vetorial; 
Via vertical (rara); 
Via transfusional (rara). 
VETORES: AEDES AEGYPTI 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
EXTRÍNSECO/VETOR: 10 dias; 
INTRÍNSECO/HUMANO: 3-7 dias; 
VIREMIA: 10 dias, inicia-se 2 dias antes dos sintomas. 
IMUNIDADADE: 
Duradoura e protetora contra novas infecções, mesmo que 
produzida por genótipos diferentes. 
CARACTERÍSTICAS E SINTOMAS: 
 Homem como hospedeiro definitivo; 
 Confirmado no Brasil em 2014. 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
ASSINTOMÁTICA 
FASE FEBRIL/ AGUDA: febre alta de início súbito com 
duração de 5 – 10 dias. 
FASE PÓS-AGUDA: sintomas persistentes < 3 meses; 
FASE CRÔNICA: sintomas persistentes > 3 meses, tendo 
fatores como idade acima de 45 anos e artropatias preexistentes 
PROFILAXIA: 
Não há vacinas, segue os níveis de prevenção: 
Primária: 
Proteção específica. 
- Imunização; 
- Controle de vetores. 
Promoção em saúde. 
- Saneamento básico; 
- Educação em saúde. 
Secundária: 
Diagnóstico precoce e tratamento imediato. 
- Limitação dos danos (diminuir riscos de complicações). 
Terciária: 
Prevenção da incapacidade. 
- Reabilitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
ZIKA VÍRUS 
DESCRIÇÃO: enfermidade aguda 
 Emergente; 
 Notificação compulsória imediata: óbitos; 
 Notificação compulsória semanal: casos. 
AGENTE ETIOLÓGICO: ARBOVÍRUS 
Vírus Zika 
TRANSMISSÃO: INDIRETA POR Aedes aegypti 
Via vetorial; 
Via horizontal; 
Via vertical; 
Via transfusional; 
Via sexual. 
VETORES: AEDES AEGYPTI 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
EXTRÍNSECO/VETOR: 8-14 dias; 
INTRÍNSECO/HUMANO: 2-7 dias; 
VIREMIA: até o 5ª dia do início dos sintomas. 
IMUNIDADADE: 
Não possui evidências de tempo de duração. 
CARACTERÍSTICAS: 
 Hospedeiros, como: gestantes, fetos em 
desenvolvimento e imunossuprimidos; 
 Reservatórios: humanos e primatas; 
 Febre, dor muscular, exantema, dor de cabeça, coceira 
 
 
 
 
CICLO: 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
ASSINTOMÁTICA; 
SINTOMÁTICA: febre baixa de 4-7 dias,podendo ocasionar 
complicações neurológicas e mal formação congênita. 
PROFILAXIA: 
Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus Zika. 
O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado 
no uso de analgésicos para o controle da febre e o manejo da dor 
com o uso de paracetamol ou dipirona. 
Sobre o zika vírus, “precisamos conscientizar a população e 
informar sobre os perigos causados pelo mosquito. Juntos, 
iremos combater os focos e manter o mosquito bem longe de 
nossa cidade”, podemos afirmar que: 
 A atuação sobre focos do mosquito gera redução da 
necessidade de prevenção terciária das doenças citadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
FEBRE AMARELA 
DESCRIÇÃO: doença infecciosa aguda, imunoprevinível com 
evolução rápida e alta letalidade quando graves. 
 Reemergente; 
 Notificação compulsória imediata. 
AGENTE ETIOLÓGICO: ARBOVÍRUS. 
Família: flaviviridae; 
Gênero: flavivírus. 
TRANSMISSÃO: 
Não há transmissão de pessoa ↔ pessoa; 
Picada da fêmea dos mosquitos transmissores infectados; 
Via vetorial; 
Via vertical. 
VETORES: 
Ciclo urbano/ FAU: Aedes aegypti infectados; 
Ciclo silvestre/ FAS: Haemagogus e Sabethes infectados. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
EXTRÍNSECO/VETOR: 8-12 dias; 
INTRÍNSECO/HUMANO: 3-6 dias; 
VIREMIA: 7 dias, inicia-se 24-48h antes dos sintomas. 
IMUNIDADADE: 
Duradoura, podendo se estender por toda a vida. Os filhos de 
mães imunes podem apresentar imunidade passiva e transitória 
durante os 6 primeiros meses de vida. 
CARACTERÍSTICAS: 
 Hospedeiro é o mosquito, uma vez infectados 
permanecem assim durante toda a vida; 
 Febre Amarela Urbana (FAU): mais graves problemas 
de saúde pública; 
 Aedes aegypti: 1881; 
 Emilio Ribas: 1901; 
 Osvaldo Cruz: 1903 (eliminação em 1909); 
 FAU: erradicado em 1942; 
 Síndrome íctero-hemorrágico; 
 Letalidade 51,3%; 
 Atualmente o ciclo é SILVESTRE; 
 FAS é sazonal (abril /maio); 
 Atinge mais homens (agricultores, pescadores). 
 
CICLO: 
Silvestre: 
 
Urbano: 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
PERÍODO DE INFECÇÃO: sintomas inespecíficos de início 
súbito durando cerca de 3 dias; 
PERÍODO DE REMISSÃO: declínio da temperatura com 
sensação de melhora; 
PERÍODO TOXÊMICO: febre reaparece, diarreia e vômito 
com aspecto de borra de café. 
PROFILAXIA: 
Vacina atenuada e com dose aos 9 meses e reforço aos 4 anos. 
 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
SARAMPO 
DESCRIÇÃO: doença infecciosa aguda, altamente contagiosa, 
um VÍRUS de RNA. 
- ↑ PATOGENICIDADE; 
- ↑ INFECTIVIDADE; 
- ↓ VIRULÊNCIA. 
 Doença endêmica reemergente; 
 Notificação compulsória imediata. 
AGENTE ETIOLÓGICO: VÍRUS RNA 
- Família: Paramyxoviridae; 
- Gênero: Morbillivirus 
TRANSMISSÃO: 
- transmissão horizontal direta; 
- secreções nasofaríngeas expelidas, dispersão de aerossóis e 
gotículas. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
- geralmente 10 dias, podendo variar de 7-18 dias, desde a data 
de exposição até o aparecimento da febre e cerca de 14 dias até 
o início do exantema. 
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: 
- de 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema e até 4 dias 
após. 
- período de maior transmissibilidade ocorre 2 dias antes e 2 dias 
após o início do exantema; 
- o vírus vacinal não é transmissível. 
CARACTERÍSTICAS: 
- Manchas de Koplik (manchas vermelhas geralmente com um 
ponto branco-azulado no centro na mucosa bucal eritematosa); 
- progressão da erupção cutânea da cabeça ao tronco e membros 
e remissão da febre logo após o surgimento da erupção cutânea, 
erupções na pele (exantemas) de cor avermelhada; 
- febre com exantema eritematoso de início agudo após sintoma 
prodrômico de 2 a 4 dias com tosse; 
- dor de cabeça; mal-estar e inflamação das vias respiratórias, 
com presença de catarro, coriza e conjuntivite. 
VACINAS CONTRA O SARAMPO: Vírus vivo atenuado 
-Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola); 
-Tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). 
Quem não deve tomar a vacina contra Sarampo? 
 Gestantes; 
 Crianças abaixo dos 6 meses; 
 Pessoas com imunossupressão; 
CICLO: 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
PERÍODO PRODRÔMICO OU CATARRAL: Tem 
duração de 6 dias: no início da doença, surge febre, 
acompanhada de tosse produtiva, corrimento seromucoso do 
nariz, conjuntivite e fotofobia. Nas últimas 24 horas deste 
período, surge, na altura dos pré-molares, o sinal de Koplik – 
pequenas manchas brancas com halo eritematoso, consideradas 
sinal patognomônico do Sarampo. 
PERÍODO EXANTEMÁTICO: Ocorre acentuação 
de todos os sintomas anteriormente descritos, com prostração 
importante do paciente e surgimento do exantema característico: 
maculopapular, de cor avermelhada, com distribuição em 
sentido céfalo-caudal, que surge na região retro-articular e face. 
De 2 a 3 dias depois, estende-se ao tronco e às extremidades, 
persistindo por 5 - 6 dias. 
PERÍODO DE CONVALESCENÇA OU DE 
DESCAMAÇÃO FURFURÁCEA: As manchas tornam-se 
escurecidas e surge descamação fina, lembrando farinha. 
PROFILAXIA: 
Prevenção primária: Imunização ativa: vacinação. 
Prevenção secundária: 
- Isolamento dos pacientes suscetíveis; 
- Imunização dos indivíduos com possível exposição; 
- Reforçar os programas de imunização em áreas com ocorrência 
de casos 
 
1 dose tríplice vira aos 12 meses + 1 dose tetra viral aos 15 meses 
→ AS VACINAS SÃO PRODUZIDAS COM O VÍRUS DO 
SARAMPO VIVO, APESAR DE ATENUADO; 
→ Não possui tratamento antiviral específico. 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
SÍFILIS 
DESCRIÇÃO: Infecção Sexualmente Transmissível (IST), 
curável, exclusiva do ser humano, podendo ser: 
- ADQUIRIDA e CONGÊNITA. 
 Reemergente; 
 Notificação compulsória semanal (ambas). 
AGENTE ETIOLÓGICO: Treponema pallidum, espiroqueta 
de alta patogenicidade. 
TRANSMISSÃO: 
- transmissão horizontal direta por contato direto (sexual); 
- transmissão vertical (mãe/feto); 
- contato com a lesão; 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
SÍFILIS PRIMÁRIA: em média 3 semanas; 
SÍFILIS SECUNDÁRIA: em média, 30-40 dias; 
SÍFILIS TERCIÁRIA: em média, 5-10 anos. 
IMUNIDADADE: em seu estágio inicial, mesmo que tratada 
adequadamente, não gera memória imunológica. As várias 
respostas imunológicas geralmente não conseguem erradicar a 
infecção ou deter sua evolução. 
CARACTERÍSTICAS: 
SÍFILIS PRIMÁRIA: cancro duro, úlcera indolor com bordas 
elevadas e base lisa, altamente infecciosa; 
SÍFILIS SECUNDÁRIA: roséola sifilítica, principalmente na 
palma das mãos e na planta dos pés; 
SÍFILIS TERCIÁRIA: goma sifilítica. 
CICLO: 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
SÍFILIS PRIMÁRIA: depende do número de 
treponemas inoculados e do estado imunológico do paciente, 
caracteriza-se pelo surgimento do cancro duro, após um 
intervalo de 10-90 dias da infecção (média 21 dias); 
- corresponde a uma lesão ulcerada, geralmente única e indolor, 
medindo 1-2cm, com bordas bem delimitadas, endurecidas e 
elevadas, geralmente acompanhada de linfadenopatia inguinal, 
móvel, indolor, sem sinais flogísticos; esse estágio pode durar 
de 2-6 semanas e desaparecer de forma espontânea, 
independente do tratamento. 
SÍFILIS SECUNDÁRIA: quadro clínico geralmente 
surge entre 6 semanas e 6 meses após a infecção e duram, em 
média, entre 4-12 semanas; 
- podem ocorrer erupções cutâneas em forma de máculas 
(roséolas) e/ou pápulas, principalmente no tronco, lesões 
eritemato-escamosas palmo-plantares (forte indicação de sífilis 
secundária), placas eritematosas branco-acinzentadas nas 
mucosas, lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas 
cutâneas (condiloma plano ou lata), alopecia em clareira, 
madarose, febre, mal-estar, adinamia e mal-estar generalizado, 
nesse estágio, há presença significativade resposta imune, com 
intensa produção de anticorpos contra o treponema. 
SÍFILIS LATENTE: caracteriza-se pela ausência de 
manifestações clínicas e pode durar de 3 a 20 anos; 
- diagnóstico só pode ser feito por testes sorológicos; 
- é dividida em recente (evolução < 1ano) e tardia (evolução > 
1ano). 
SÍFILIS TERCIÁRIA: ocorre em 30% das infecções 
não tratadas, após um longo período de latência, podendo surgir 
entre 2-40 anos depois do início da infecção; 
- nesse estágio se manifesta na forma de inflamação e 
destruição tecidual. As principais lesões são as seguintes: 
 ➢ Cutâneas: gomosas e nodulares, de caráter 
destrutivo. 
 ➢ Ósseas: periostite, osteíte gomosa ou esclerosante, 
artrites, sinovites e nódulos justa-articulares. 
 ➢ Cardiovasculares: aortite sifilítica, aneurisma e 
estenosa de coronárias. 
 ➢ Neurológicas: meningite aguda, goma do cérebro ou 
da medula, atrofia do nervo óptico, lesão do VII par, 
paralisia geral, tabes dorsalis (degeneração lenta dos 
neurônios sensitivos) e demência. *gomas sifilíticas: 
tumorações com tendência a liquefação. 
PROFILAXIA: não há vacinas. 
SÍFILIS 1*, 2*, 3*: tratamento com penicilina G benzatina, 
doxiciclina, tetraciclina, tendo como a prevenção o sexo seguro 
e tratamento dos parceiros. 
 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
HIV/AIDS 
DESCRIÇÃO: os infectados pelo vírus da imunodeficiência 
humana (HIV) evoluem para uma grave disfunção do sistema 
imunológico, à medida que vão sendo destruídos os linfócitos T 
CD4+, uma das principais células alvo do vírus. 
 Emergente; 
 Notificação compulsória semanal 
AGENTE ETIOLÓGICO: HIV-1 e HIV-2 
- retrovírus da família Lentiviridae. 
TRANSMISSÃO: 
- transmissão horizontal direta por contato direto; 
- transmissão vertical. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Compreendido entre a infecção 
pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda, 
podendo variar de 5 a 30 dias. 
PERÍODO DE LATÊNCIA: É o período após a fase de 
infecção aguda, até o desenvolvimento da imunodeficiência). 
Esse período varia entre 5 e 10 anos, média de seis anos. 
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: O indivíduo 
infectado pelo HIV pode transmiti-lo em todas as fases da 
infecção, risco esse proporcional à magnitude da viremia. 
CICLO: 
 
Inicialmente, o vírus HIV adere e penetra sua célula 
alvo. O HIV libera RNA, que constitui o código genético do 
vírus, no interior da célula. Para o vírus replicar, seu RNA deve 
ser convertido para DNA. O RNA é convertido por uma enzima 
chamada transcriptase reversa (produzida pelo HIV). O vírus 
HIV sofre uma mutação fácil nesse ponto, porque a transcriptase 
reversa tende a cometer erros durante a conversão do RNA viral 
em DNA. O DNA viral entra no núcleo da célula. Com a ajuda 
de uma enzima chamada integrase (igualmente produzida pelo 
HIV), o DNA viral funde-se com o DNA da célula. O DNA da 
célula infectada agora produz RNA viral assim como proteínas 
que são necessárias para formar um novo HIV. Forma-se um 
novo vírus a partir do RNA e de segmentos curtos de proteína. 
O vírus é liberado (germina) através da membrana da célula, 
envolvendo-se em um fragmento desta e apertando a célula 
infectada. Para ser capaz de infectar outras células, o vírus 
recém-formado tem de amadurecer. Ele amadurece quando outra 
enzima do HIV (a protease do HIV) corta as proteínas estruturais 
dentro do vírus, fazendo com que estas se reorganizem. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
DIAGNÓSTICO: A doença pode ou não ter expressão 
clínica logo após a infecção. É importante o entendimento da 
dinâmica da variação viral ou seus marcadores e o curso 
temporal em indivíduos depois da exposição ao HIV. Além 
disso, é imprescindível reconhecer a diferença entre a janela 
imunológica e a soroconversão. 
 Enquanto a janela imunológica é o período de tempo 
entre a exposição ao vírus até que a detecção por 
marcadores virais ou antivirais se tornem detectáveis, a 
soroconversão é o período que denota no processo de 
desenvolvimento de anticorpos contra um patógeno 
específico. 
Considera-se adequado considerar o período médio de janela 
imunológica de 30 dias. Período esse em que a maioria dos 
indivíduos apresentará resultados positivos nos conjuntos de 
testes diagnósticos para a detecção da infecção pelo HIV. Deve-
se considerar, entretanto, que uma variedade muito grande de 
fatores pode contribuir para que esse tempo não seja 
estabelecido para todos os indivíduos, pois a soroconversão é 
individualizada, existindo, ainda, os soroconversores lentos. 
Caso não ocorra a soroconversão no intervalo de 30 dias, o 
indivíduo deve ser considerado como não infectado a menos que 
os antecedentes epidemiológicos e/ou os sinais clínicos sugiram 
a presença da infecção pelo HIV. As manifestações clínicas são 
aquelas compreendidas nas seguintes fases: 
INFECÇÃO AGUDA: Caracterizando-se por viremia 
elevada, resposta imune intensa e rápida queda na contagem de 
linfócitos CD4+ de caráter transitório. As manifestações clínicas 
variam desde quadro gripal até uma síndrome que se assemelha 
à mononucleose, sintomas duram, em média, 14 dias, podendo 
o quadro clínico ser autolimitado. 
FASE ASSINTOMÁTICA: Pode durar de alguns 
meses a alguns anos, e os sintomas clínicos são mínimos ou 
inexistentes. Os exames sorológicos para o HIV são reagentes e 
a contagem de linfócitos T CD4+ pode estar estável ou em 
declínio. 
FASE SINTOMÁTICA INICIAL: O portador da 
infecção pelo HIV pode apresentar sinais e sintomas 
inespecíficos de intensidade variável, além de processos 
oportunistas de menor gravidade, conhecidos como ARC - 
complexo relacionado à Aids. 
AIDS/ DOENÇAS OPORTUNISTAS: Uma vez 
agravada a imunodepressão, o portador da infecção pelo HIV 
apresenta infecções oportunistas (IO). As doenças oportunistas 
associadas à Aids são várias, podendo ser causadas por vírus, 
bactérias, protozoários, fungos e certas neoplasias. 
PROFILAXIA: PreP, PEP, coquetéis, TARV. 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
PNPS 
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA 
SAÚDE 
PORTARIA MS/GM No 687 – 30/03/2006 
A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) 
baseia-se no conceito ampliado de saúde e apresenta sua 
promoção como um conjunto de estratégias e formas de produzir 
saúde, no âmbito individual e coletivo com responsabilidades 
para os três entes federados. 
 
OBJETIVO GERAL: 
Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade 
e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e 
condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, 
habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e 
serviços sociais. 
OBJTIVOS ESPECÍFICOS: 
 
RESPONSABILIDADES DAS ESFERAS DE GESTÃO: 
 
AÇÕES ESPECÍFICAS: 
1. Divulgação e implementação da PNPS; 
2. Promover alimentação saudável; 
3. Prática corporal e atividade física; 
4. Prevenção e controle do tabagismo; 
5. Redução da morbimortalidade em decorrência do uso 
abusivo de álcool e outras drogas; 
6. Redução da morbimortalidade por acidentes de 
trânsito; 
7. Prevenção da violência e estímulo da cultura de paz por 
meio da implantação de serviços sentinela, ficha de 
notificação de violência interpessoal; 
8. Promoção do desenvolvimento sustentável 
PNSTT 
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO 
TRABALHADOR E TRABALHADORA 
PORTARIA No 1.823 - 23/08/2012 
Qual a finalidade da PNSTT? 
Definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a 
serem observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único 
de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção integral à 
saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a 
promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução 
da morbimortalidade decorrente dos modelos de 
desenvolvimento e dos processos produtivos. 
Quais os princípios da PNSTT? 
I- universalidade; 
II - integralidade; 
III - participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle 
social; 
IV - descentralização; 
V - hierarquização; 
VI - equidade; 
VII - precaução. 
Quais os objetivos da PNSTT? 
I - fortalecer a Vigilância em Saúde do Trabalhador 
(VISAT) e a integração com os demais componentes da 
Vigilância em Saúde; 
II - promover a saúde e ambientes e processos de trabalhos 
saudáveis 
III - garantir a integralidade na atenção à saúde do 
trabalhador, que pressupõe a inserção de ações de saúde do 
trabalhador em todas as instâncias e pontos da Rede de 
Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e construção 
conjunta de protocolos, linhas de cuidado e matriciamento da 
saúde do trabalhador na assistência e nas estratégias e 
dispositivos de organização e fluxos da rede, considerando os 
seguintes componentes: 
 atenção primária em saúde; 
 atenção especializada, incluindo serviços de 
reabilitação; 
 atenção pré-hospitalar, de urgência e emergência, e 
hospitalar; 
 rede de laboratórios e de serviços de apoio diagnóstico; 
 assistência farmacêutica; 
 sistemas de informações em saúde; 
 sistema de regulação do acesso; 
 sistema de planejamento, monitoramento e avaliação 
das ações; 
 sistema de auditoria; 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
 promoção e vigilância à saúde, incluindo a vigilância à 
saúde do trabalhador. 
IV - ampliar o entendimento de que de que a saúde do 
trabalhador deve ser concebida como uma ação transversal, 
devendo a relação saúde-trabalho ser identificada em todos os 
pontos e instâncias da rede de atenção; 
V - incorporar a categoria trabalho como determinante do 
processo saúde-doença dos indivíduos e da coletividade, 
incluindo-a nas análises de situação de saúde e nas ações de 
promoção em saúde; 
VI - assegurar que a identificação da situação do trabalho dos 
usuários seja considerada nas ações e serviços de saúde do SUS 
e que a atividade de trabalho realizada pelas pessoas, com as 
suas possíveis consequências para a saúde, seja considerada 
no momento de cada intervenção em saúde; 
VII - assegurar a qualidade da atenção à saúde do 
trabalhador usuário do SUS. 
Conceitue RENAST e CEREST: 
RENAST-19/09/2002 Rede Nacional de Atenção 
Integral à Saúde do Trabalhador: 
→ é uma rede desenvolvida de forma articulada entre o MS e as 
Secretarias de Saúde, tem como objetivo articular ações de 
prevenção, promoção e recuperação da saúde dos trabalhadores 
urbanos e rurais independentemente do vínculo empregatício e 
tipo de inserção no mercado de trabalho. 
CEREST-PORTARIA Centro de Referência em 
Saúde do Trabalhador: 
→ centro articulador e organizador no seu território de 
abrangência que vai dar subsídios técnico para o SUS nas ações 
de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação 
da saúde dos trabalhadores urbanos e rurais; 
→ trata-se de um local de atendimento especializado em ST; 
→ existem os regionais e os nacionais. 
Quais os principais tipos de trabalhadores? 
 
 
Características do empregador: 
Todo empregado é trabalhador, mas nem todo 
trabalhador é empregado. 
→ trabalhador: presta serviço; 
→ empregado: é um trabalhador subordinado, que recebe 
ordens, em norma técnica, considera-se empregado toda pessoa 
física que prestar serviços de natureza não eventual a 
empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. 
→ empregador: é a empresa, individual ou coletiva, que 
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e 
dirige a prestação pessoal de serviço. 
Quais os principais tipos de contrato de trabalho? 
1. Contrato por tempo determinado (até 2 anos); 
2. Contrato por tempo indeterminado (período de 
experiência); 
3. Contrato por trabalho temporário (três a nove meses); 
4. Contrato de trabalho eventual (não gera vínculo 
empregatício). 
---------- 
Art. 3o (PNSTT) Todos os trabalhadores, homens e 
mulheres, independentemente de sua localização, urbana ou 
rural, de sua forma de inserção no mercado de trabalho, formal 
ou informal, de seu vínculo empregatício, público ou privado, 
assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativados, 
aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado ou desempregado 
são sujeitos desta Política. 
Art. 7o (PNSTT) A Política Nacional de Saúde do 
Trabalhador e da Trabalhadora deverá contemplar todos os 
trabalhadores priorizando, entretanto, pessoas e grupos em 
situação de maior vulnerabilidade, como aqueles inseridos em 
atividades ou em relações informais e precárias de trabalho, em 
atividades de maior risco para a saúde, submetidos a formas 
nocivas de discriminação, ou ao trabalho infantil, na 
perspectiva de superar desigualdades sociais e de saúde e de 
buscar a equidade na atenção. 
HISTÓRICO 
1884: Surgimento das primeiras leis sobre acidente de trabalho, 
na Alemanha; 
1919: criação da OIT – Organização Internacional do Trabalho. 
1930 – Ministério do Trabalho; 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
1943: Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT); 
1977: Brasil – Campeão Mundial de Acidente de Trabalho – 
Alterações na CLT (Lei 6514/77); 
1978 – Normas Regulamentadoras (NR); 
Década de 1980 – movimento dos trabalhadores (trabalho x 
saúde); 
1988 – Criação do SUS; 
2019 – Ministério do Trabalho – Extinto. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, 
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a 
redução do risco e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação. 
LEI No 8.080, DE 19/09/1990 
Art.3º: A saúde tem como fatores determinantes e 
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o 
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a 
educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços 
essenciais; os níveis de saúde da população expressam a 
organização social e econômica do País. 
 
A CNDSS adotou o modelo de Dahlgren e Whiteead 
(1991), no qual os DSS estão dispostos em camadas 
hierárquicas. 
 Centro: determinantes biológicos, os quais não podem 
ser modificados por meio de políticas públicas 
 2ª camada: podem e devem ser modificadas (estilo de 
vida); 
 3ª camada: interação entre os indivíduos; 
 4ª camada: condições de vida e trabalho; 
 5ª camada: condições socioeconômicas, culturais e 
ambientais gerais. 
Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um 
conjunto de atividades que se destina, através das ações de 
vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e 
proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à 
recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores 
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de 
trabalho, abrangendo: 
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de 
trabalho ou portador de doença profissional e do 
trabalho; 
II - participação, no âmbito de competência do Sistema 
Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, 
avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à 
saúde existentes no processo de trabalho; 
III - participação, no âmbito de competência do Sistema 
Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e 
controle das condições de produção, extração, 
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de 
substâncias, de produtos, de máquinas e de 
equipamentos que apresentam riscos à saúde do 
trabalhador; 
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam 
à saúde; 
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva 
entidade sindical e às empresas sobre os riscos de 
acidentes de trabalho, doença profissional e do 
trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, 
avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, 
periódicos e de demissão, respeitadosos preceitos da 
ética profissional; 
VI - participação na normatização, fiscalização e 
controle dos serviços de saúde do trabalhador nas 
instituições e empresas públicas e privadas; 
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças 
originadas no processo de trabalho, tendo na sua 
elaboração a colaboração das entidades sindicais; e 
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de 
requerer ao órgão competente a interdição de máquina, 
de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, 
quando houver exposição a risco iminente para a vida 
ou saúde dos trabalhadores. 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 
 Atuação contínua e sistemática, ao longo do tempo, 
no sentido de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os 
fatores determinantes e condicionantes dos agravos à saúde 
relacionados ao ambiente de trabalho em seus aspectos 
tecnológico, social, organizacional e epidemiológico, com a 
finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre 
esses aspectos, de forma a eliminá-los ou controlá-los. 
CLT – DECRETO No 5.452 01/05/1943 
 Carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia de 
serviço; 
 Exames médicos de admissão e demissão; 
 Repouso semanal remunerado (1 folga por semana); 
 Salário pago até o 5o dia útil do mês; 
 Primeira parcela do 13o salário paga até 30/11. 
Segunda parcela até 20/12; 
 Férias de 30 dias com acréscimo de 1/3 do salário; 
Gabriel Frick – Medicina UNINOVE 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES DE SAÚDE – III 
 Vale-transporte com desconto máximo de 6% do 
salário; 
 Licença-maternidade de 120 ou 180 dias, com 
garantia de emprego até 5 meses depois do parto; 
 Licença paternidade de 5 dias corridos; 
 FGTS: depósito de 8% do salário em conta bancária a 
favor do empregado; 
 Horas-extras pagas com acréscimo de 50% do valor da 
hora normal; 
 Garantia de 12 meses em casos de acidente; 
 Adicional noturno para quem trabalha de 22 as 5 horas; 
 Faltas ao trabalho nos casos de casamento (3 dias), 
doação de sangue (1 dia/ano), alistamento eleitoral (2 
dias), morte de parente próximo (2 dias), testemunho 
na Justiça do Trabalho (no dia), doença comprovada 
por atestado médico; 
 Aviso prévio de 30 dias, em caso de demissão; 
 Seguro-desemprego. 
REFORMA TRABALHISTA LEI No 13.467 – 13/07/2017 
 Alterou a CLT a fim de adequar a legislação às novas 
relações de trabalho: 
 
 
Podemos afirmar que o mercado de trabalho é constituído de: 
 Vínculo formal e vínculo informal. 
A CLT regulamenta as relações trabalhistas: 
 No vínculo e trabalho urbano e no vínculo e trabalho 
rural. 
Com o objetivo de disseminar as ações de saúde do 
trabalhador, articuladas às demais redes do SUS, refere-se: 
 Ao RENAST: que foi criado em decorrência de uma 
revisão crítica que se fazia aos centros de referência e 
programas de saúde do trabalhador que não 
estabeleciam vínculos mais sólidos com as estruturas 
orgânicas de saúde, com isso acabavam mantendo-se 
isolados e marginalizados. 
A saúde do trabalhador pode ser organizada em 3 eixos, sendo 
eles: 
 Promoção da saúde, Assistência à saúde e Vigilância 
em saúde. 
Qual o significado do termo DORT? 
 Doenças/Distúrbios Osteomusculares Relacionadas ao 
Trabalho; 
Qual o significado de LER? 
 Lesões por Esforços Repetitivos. 
Qual o significado do termo doenças laborais? 
 Doenças que são causadas por conta do trabalho 
excessivo, ou então doenças relacionadas ao trabalho, 
podendo ser classificadas como doença ocupacional, 
doença profissional e doença do trabalho. 
Cite doenças relacionadas ao trabalho: 
 Perda auditiva, depressão, insuficiência respiratória 
crônica, LER, asma ocupacional, dermatose 
ocupacional, DORT, síndrome de Burnout, tendinite. 
Descreva 1 ação de EDUCAÇÃO EM SAÚDE voltada à saúde 
do trabalhador/trabalhadora: 
 Grupos de orientação à prevenção de acidentes de 
trabalho. Grupos de tabagismo. Grupos sobre 
alimentação saudável. 
Descreva 1 ação de PROMOÇÃO DA SAÚDE voltada à saúde 
do trabalhador/trabalhadora: 
 Campanha de vacinação, atividades laborais antes, 
durante e após o expediente de trabalho. 
Descreva 1 ação de VIGILÂNCIA EM SAÚDE voltada à 
saúde do trabalhador/trabalhadora: 
 Fiscalizações periódicas sobre os agravos relacionados 
ao trabalho, vigilância epidemiológica e intervenções 
sobre fatores de risco, ambientes e processos de 
trabalho. 
Ao que se aplica o termo EPI e EPC? 
 EPI: equipamentos de proteção individual; 
 EPC: equipamentos de proteção coletiva.

Continue navegando