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Contestação trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA 99ª VARA DO TRABALHO DE BELÉM – PA, 8ª REGIÃO
Processo n°.
BANCO DINHEIRO BOM S.A., inscrito no CNPJ sob o nº..., representado por seu sócio gerente, cuja sede se localiza [endereço completo com CEP] vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado adiante assinado, procuração anexa, com escritório profissional no endereço completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no parágrafo único do artigo 847 da CLT, combinado com o artigo 336 do Código de Processo Civil (CPC ), OFERECER:
CONTESTAÇÃO
à Reclamatória Trabalhista que lhe move PAULA, já qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I. DO CONTRATO DE TRABALHO 
Paula trabalhou por quatro anos para a Reclamada na função de gerente-geral de agência, cumprindo a jornada de segunda a sexta-feira das 08:00 às 20:00 horas, com intervalo de 20(vinte) minutos para o almoço. Foi dispensada sem justa causa no dia 02/03/2015, percebendo o salário de oito mil reais, além da gratificação de função de 50% (cinquenta por cento) a mais que o cargo efetivo. 
II. DO CARGO DE CONFIANÇA/INAPLICABILIDADE DE HORAS EXTRAS
 
A Reclamante exercia a função de gerente-geral de agência bancária, sendo responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada dos funcionários, bem como o desempenho comercial da agência. Percebia 50% (cinquenta por cento) como gratificação de função. Enseja, na inicial, receber horas extras durante o período laborado. 
Ocorre que são indevidas horas extraordinárias quando o empregado exerce cargo de gestão e recebe 40% ou mais como gratificação de função, enquadrando-se na situação prescrita no art.62, II e parágrafo único, da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula 287 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao lecionar que o gerente-geral de agência bancária presume-se em cargo de gestão, aplicando-se-lhe o que prescreve o art. 62 da CLT, não cabendo, assim, o pagamento de horas extraordinárias.
Portanto, a Reclamante não faz jus ao pagamento das horas trabalhadas além da jornada normal de trabalho, por exercer cargo de confiança e perceber 50% de gratificação de função, tampouco são devidos os seus reflexos.
III. EQUIPARAÇÃO SALARIAL/DIFERENÇAS SALARIAIS 
 
A empregada aduziu que o seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia o valor de dez mil reais de salário efetivo como gerente de agência de grande porte atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. A agência de Paula era de pequeno porte e atendia somente pessoas físicas. 
Verifica-se, assim, que há diferenças nas funções e tarefas desempenhadas por João Petrônio na sua agência, o que justifica a aplicação do art.461, §1º, da CLT, corroborado pela Sumula 6, III, do TST. 
Destarte, não prospera a pretensão da Reclamante em pleitear as diferenças decorrentes da equiparação salarial nem seus respectivos reflexos.
IV. DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA 
Paula foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo lá fixado residência com sua família, requerendo o pagamento do adicional de transferência em forma de adicional mensal. 
Vale destacar que há previsão de transferência para empregados que exercem cargo de confiança no art.469, §1º, da CLT. Porém, a Orientação Jurisprudencial 113 da Seção de Dissídios Individuais, Subseção1(OJ-113-SD I-1) do TST, aduz que esta transferência está apta a legitimar a percepção do adicional de transferência, se for de forma provisória, o que não é o caso da situação em tela. 
Sendo assim, requer a improcedência do pedido de adicional de transferência, pelas razoes acima expostas. 
V. DO DESCONTO SALARIAL /PLANO DE SAÚDE 
 
A empregada assinou, em sua admissão, autorização de desconto relativo ao plano de saúde, tendo indicado dependentes. No entanto, na inicial, está requerendo a sua devolução. 
Deve-se esclarecer, entretanto, que os descontos salariais efetuados pelo empregador, autorizado pelo empregado por escrito, integrando planos de assistências médico-hospitalar, odontológicas, de seguro, de previdência privada, entre outras, aduzidas na Súmula 342 do TST, em benefício do empregado e de seus dependentes, não afrontam a disposição do art. 462 da CLT, salvo se demonstrada a coação ou outro defeito praticado pelo empregador, o que não foi o caso. 
Portanto, não pode prosperar o pedido de devolução dos descontos relativos ao plano de saúde. 
VII. DO PEDIDO 
 
De acordo com os fatos e fundamentos acima explicitados, requer a Vossa Excelência o acolhimento da presente contestação, a fim de que as pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes e a Reclamante seja condenada ao pagamento das custas processuais e demais cominações legais conferidas à presente causa.
VIII – REQUERIMENTOS FINAIS
Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, em especial o depoimento pessoal do Reclamante, sob pena de confissão.
Por fim, requer o acolhimento da preliminar de mérito para sucessivamente, o acolhimento da prejudicial de mérito e sucessivamente, no mérito, a improcedência dos pedidos formulados pelo autor, condenando-o no pagamento de custas processuais.
Nesses Termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB nº

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