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A3 - AVALIAÇÃO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
	CURSO:a
	DIREITO
	
	
	
	
	
	TURMA:
	 JUR0701M – BS - MANHÃ
	VISTO DO COORDENADOR
	PROVA
	TRAB.
	GRAU
	RUBRICA DO PROFESSOR
	DISCIPLINA:
	Pratica trabalhista
	AVLIAÇÃO REFERENTE:
	A3
	PROFESSOR:
	ELÁDIO SANTAMARIA GOMEZ
	MATRÍCULA:
	Nº NA ATA:
	DATA:
	15.12.20
	NOME DO ALUNO:
A avaliação: Estrutura da peça: peça processual adequada aos fatos apresentados; competência; preenchimento dos pressupostos legais da peça apresentada, rito, pedidos e requerimentos finais. Pontos: até 2,0.
Argumentos legais: a peça processual deverá trazer todos os direitos pertinentes ao caso, com a devida fundamentação (Fundamentar é justificar, dizer os motivos que venham formar o convencimento do julgador) e apresentar as normas legais (lei; súmula; princípios e etc.), Obs.: A indicação de apenas artigos ou sua transcrição será considerada, na avaliação, como fundamentação diminuta. Pontos: até 8,0.
1. OBS.: Avaliação deverá ser entregue atraves do sistema: CLASSROOM, apenas se ocorrer alguma dificuldade pelo aluno esse poderá enviar para o e.mail: eladiogomez@souunisuam.com.br, e devendo informar: nome completo; turma (campus e turno).
2. OBS2.: Não será recebida avaliação após a data acima. 
AVALIAÇÃO – A3 – TURMA – BS – NOITE
Você foi procurado pelo Banco DINHEIRO BOM S/A, em razão de ação trabalhista, distribuída para a 50ª Vara do Trabalho/SP, processo nº 171.171.171-71, em 13.07.2020, com pedidos certos, determinado e líquidos, ajuizada pela ex-funcionária KARLA, que foi gerente-geral, que tinha plenos poderes de gestão, numa agência de pequeno porte por 7 anos (início da atividade 10.01.2013), período total em que trabalhou para o Banco. Sua agência atendia apenas clientes pessoa física. KARLA era responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada dos funcionários da agência, além do desempenho comercial desta. 
Na ação, KARLA aduziu que ganhava R$ 6.000,00 mensais, além da gratificação de função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo. Todavia, informa que sua remunaração era menor que o de ANTONIO PÉ GRANDE, que percebia R$ 8.000,00, sendo gerente de agência de grande porte atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. Requer as diferenças salariais e reflexos. KARLA afirma que trabalhava das 08:00 às 21:00, de segunda a sexta-feira, com intervalo de 1:00 hora.
Por tal motivo, requer horas extras e reflexos. KARLA foi transferida do Rio de janeiro para São Paulo ( 10.01.2016), após 2 (dois) anos de serviço, fixou residência em definitivo com sua família. Por tal fato, ela requer o pagamento de adicional de transferência até a data de sua demissão banco e que a ajuda de custa, pela mudança de sua mobilia, integre o seu salário. KARLA requer também a devolução dos descontos relativos ao plano de saúde, que, segundo ela, foi forçada a assinar no ato da admissão, tendo indicado dependentes. Requer, ainda multa prevista no art. 477 da CLT, já que foi notificada da dispensa em 13.11.2020, uma sexta-feira, e a empresa só pagou as verbas rescisórias em 25.11.20. Por fim, requer ainda a integração do pagamento da participação nos lucros da empresa, uma vez que a cada semestre percebia essa, segundo ela, faz parte do seu salário. 
Nesta linha, você foi contratado(a) pelo Banco para realizar a peça processual considerando os fatos e direitos acima apresentados, sem criar/inventar dados ou fatos não informados.
AO DOUTO JUIZO DA 50ª VARA DO TRABALHO DE XXXXX/SP
PROCESSO Nº: 171.171.171-71
BANCO DINHEIRO BOM S.A., já qualificado nos autos do processo sob o número em epigrafe, por meio de seu advogado abaixo subscrito, nos termos do documento de outorga de mandato anexo, vem, com base no artigo 847, Parágrafo único, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o artigo 336 do Código de Processo Civil (CPC), respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, OFERECER:
CONTESTAÇÃO
na Reclamação Trabalhista que lhe move Karla, já qualificada na inicial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I. CONTRATO DE TRABALHO
Karla trabalhou por sete anos para a Reclamada na função de gerente-geral de agência, cumprindo a jornada de segunda a sexta-feira das 08:00 às 21:00 horas, com intervalo de 1 hora para o almoço. Foi dispensada sem justa causa no dia 10/01/2013, percebendo o salário de R$ 6.000,00, além da gratificação de função de 50% a mais que o cargo efetivo.
II. MÉRITO
DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
A reclamante laborou de 10/01/2013 à 13/11/20 na reclamada e ajuizou a reclamação trabalhista em 13/07/20. Preceitua o Art. 7º, XXIX, da CF/88 e Art. 11, da CLT que a pretensão quanto a créditos trabalhistas prescreve em cinco anos após a extinção do contrato de trabalho e a Súmula 308, I, do TST dispõe que respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição quinquenal conta-se da data do ajuizamento da reclamação trabalhista.
Sendo assim, suscita-se a prescrição em relação às pretensões anteriores a 13/07/15, tendo em vista que o ajuizamento da ação deu-se em 13/07/20.
DO CARGO DE CONFIANÇA/INAPLICABILIDADE DE HORAS EXTRAS
A Reclamante exercia a função de gerente-geral de agência bancária, sendo responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada dos funcionários, bem como o desempenho comercial da agência. Percebia 50% como gratificação de função. Enseja, na inicial, receber horas extras durante o período laborado.
Ocorre que são indevidas horas extraordinárias quando o empregado exerce cargo de gestão e recebe 40% ou mais como gratificação de função, enquadrando-se na situação prescrita no art. 62, II e parágrafo único, da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula 287 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao lecionar que o gerente-geral de agência bancária presume-se em cargo de gestão, aplicando-se-lhe o que prescreve o art. 62 da CLT, não cabendo, assim, o pagamento de horas extraordinárias.
Portanto, a Reclamante não faz jus ao pagamento das horas trabalhadas além da jornada normal de trabalho, por exercer cargo de confiança e perceber 50% de gratificação de função, tampouco são devidos os seus reflexos.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL/DIFERENÇAS SALARIAIS
A empregada aduziu que o seu salário era menor que o de Antônio Pé Grande, que percebia o valor de R$ 8.000,00 de salário efetivo como gerente de agência de grande porte atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. A agência de Karla era de pequeno porte e atendia somente pessoas físicas.
Verifica-se, assim, que há diferenças nas funções e tarefas desempenhadas por Antônio Pé Grande na sua agência, o que justifica a aplicação do art. 461 da CLT, e Súmula 6, III, do TST.
Diante disso, Karla não faz jus as diferenças decorrentes da equiparação salarial, nem seus respectivos reflexos.
DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
Karla foi transferida do Rio de Janeiro, após dois anos de serviço, tendo lá fixado residência com sua família, requerendo o pagamento do adicional de transferência em forma de adicional mensal.
Vale destacar que há previsão de transferência para empregados que exercem cargo de confiança no art. 469, § 1º, da CLT. Porém, a Orientação Jurisprudencial 113 da Seção de Dissídios Individuais, Subseção 1 (OJ-113-SDI-1) do TST, aduz que esta transferência está apta a legitimar a percepção do adicional de transferência, se for de forma provisória, o que não se aplica ao caso em questão.
Desta forma, requer a improcedência do pedido de adicional de transferência, pelas razões acima expostas.
DO DESCONTO SALARIAL/PLANO DE SAÚDE
A Reclamante afirma que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um documento autorizando a subtração mensal.
Ocorre que, no ato da admissão, a Reclamante assinou o documento autorizando o desconto de plano de saúde (doc. Anexo).
Sustenta a OJ 160 da SBDI-1 que é inválida a presunção de vício de consentimento resultantedo fato de ter o empregado anuído expressamente com descontos salariais na oportunidade da admissão. Vale ressaltar que é de se exigir demonstração concreta do vício de vontade.
Nesse diapasão, a Súmula 342 do TST dispõe que são válidos os descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência médico-hospitalar, o que não afronta o disposto no Art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.
Ademais, o Art. 818, I da CLT e o Art. 373, I, do CPC/15 estabelecem que o ônus da prova incumbe ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito.
Sendo assim, o desconto a título de plano de saúde ocorreu dentro da legalidade, sem qualquer vício de vontade em relação à assinatura, já que é válida a autorização de desconto feita no momento da admissão, cabendo a Reclamante o ônus de provar qualquer ilegalidade nesse sentido, não devendo prosperar a sua alegação.
DA NATUREZA INDIVIDUALÍSSIMA E CONDICIONAL DO BENEFÍCIO
Falar da obrigatoriedade de se garantir o processo negocial nas datas-bases das diversas categorias profissionais, ou mesmo de se conceder reajustes salariais e outros benefícios nessas ocasiões (ainda que a atual legislação não vislumbre o repasse automático de índices inflacionários aos salários em geral, condicionando sua concessão à livre negociação) é muito diferente do que se falar de participação em lucros ou resultados.
Salário, bem sabemos, é a contrapartida ao serviço prestado pelo empregado. Já o benefício ora postulado pelo autor possui características e natureza bastante distintas.
A principal delas reside no fato de ser o salário uma obrigação efetiva da empresa para com o empregado, independentemente de quaisquer condições. É direito líquido e certo. Não se questiona. Paga-se. É incondicional.
Não se pode dizer o mesmo da PLR.
À parte seu alcance social (o que não está em discussão aqui), é benefício de natureza essencialmente voluntária, eis que condicionado a uma série de fatores internos (da empresa) e externos (da conjuntura econômica), o que torna virtualmente impossível sua instituição obrigatória através de dispositivo legal.
Não obstante, vamos valorizar a tentativa do legislador em regulamentar para aplicação em caráter facultativo, dispositivo constitucional tão controverso e complexo.
A elaboração da Lei 10.101/00, levou o legislador aos limites do possível. Com efeito, não se pode o brigar uma empresa, qualquer que seja sua atividade, a distribuir seus lucros ou resultados se esta não se prestar voluntariamente a isto, até porque lucro, em si, é condição absolutamente incerta.
Ainda assim, a despeito de tantas dificuldades em tratar de assunto tão complexo, procurou o legislador encontrar a única forma de se regulamentar o dispositivo constitucional, insistimos, para aplicação facultativa, qual seja, a negociação entre as partes, prevista com absoluta clareza e transparência no artigo2º da lei em questão. Apenas a título de argumentação, pode-se, ainda que com enormes restrições, admitir-se a possibilidade de se obrigar partes com interesses conflitantes a adotar a via negocial como solução de eventual impasse.
Ainda assim, em nenhum momento, a Lei 10.101/00 menciona apalavra "obrigação". Não foi este, o espírito do legislador.
A referida lei carece, pois, de imperatividade, não por ser falha ou imperfeita, mas em função da natureza essencialmente condicional do benefício ali previsto.
DA MULTA DO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT
Requer a Reclamante a multa do art. 477, § 8º, da CLT, tendo em vista que as verbas foram pagas dia 25/11/2020, sendo que a dispensa se deu em 13/11/2020. 
Verifica-se que o prazo de dez dias prescrito no art. 477, § 6º, b, da CLT, contado da notificação da demissão, exclui o dia da notificação e inclui o dia do vencimento. 
Diante disto, podemos dizer que o prazo para o pagamento das verbas rescisórias iniciará na segunda-feira quando a dispensa ocorrer na sexta-feira, visto que inexiste expediente aos sábados nas agências bancárias e no órgão do Ministério do Trabalho. Exegese do artigo 132 do Código Civil e incidência da Orientação Jurisprudencial nº 162 da SDI-I do TST.
Desta forma, o prazo terminou exatamente no dia 25/11/2020.
Neste sentido, a empregada não faz jus à multa do art. 477, § 8º, da CLT.
III. DO PEDIDO
De acordo com os fatos e fundamentos acima explicitados, requer a Vossa Excelência o acolhimento da presente contestação, a fim de que as pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas TOTALMENTE IMPROCEDENTES e a Reclamante seja condenada ao pagamento das custas processuais, Honorários Advocatícios de Sucumbência e demais cominações legais conferidas à presente causa.
IV. DAS PROVAS
Protesta provar o alegado mediante todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal da Reclamante, que fica desde já requerido, sob pena de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o que mais for necessário para elucidação dos fatos.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB

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