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* * Análise dos Movimentos Articulares dos Segmentos Superiores e Inferiores * * ANÁLISE DOS MOVIMENTOS ARTICULARES DOS SEGMENTOS INFERIORES COMPLEXO INFERIOR É constituído a partir das articulações da cintura pélvica, quadril, joelho, tornozelo e pé. A cintura pélvica incluindo a articulação do quadril exerce um papel integral no suporte do peso do corpo e ao mesmo tempo, oferece mobilidade, aumentando a amplitude de movimento dos membros inferiores. A cintura pélvica é constituída por pares ósseos – ílio, ísquio e púbis – e serve como local para inserção de vinte e oito músculos do tronco e coxa, e nenhum deles é posicionado para agir somente sobre a cintura. * * Atenção: A cintura pélvica e a articulação do quadril fazem parte de um sistema de cadeia cinética fechada, no qual as forças sobem pelo quadril e pelve indo para o tronco ou descem do tronco para pelve e quadril até joelho, pé e solo. Finalmente, os movimentos da cintura pélvica e do quadril contribuem significativamente para manter o equilíbrio e postura em pé empregando a ação muscular contínua para ajustes finos assegurando o equilíbrio. * * Movimento da cintura pélvica: Movimento no plano sagital – eixo látero/lateral: Báscula anterior, inclinação anterior, desvio anterior ou anteversão – é o deslocamento da pelve para frente a partir da acentuação da lordose lombar. Grau de amplitude de movimento: 70o a 75o. Báscula posterior, inclinação posterior, desvio posterior ou retroversão – é o movimento da pelve para trás a partir da retificação da lordose lombar. Grau de amplitude de movimento: 50o a 55o . * * Movimento no plano frontal – eixo ântero/posterior: Inclinação lateral: movimento da pelve tendo como base o desnivelamento de uma das cristas ilíacas. O movimento tem como referência a crista mais alta. O grau de amplitude de movimento não é especificado, pois esse movimento apresenta como caráter funcional devido aos pequenos ajustes no movimento de flexão lateral da coluna vertebral, porção lombar. * * Plano transverso – eixo longitudinal: Rotação pélvica: a pelve gira em torno do eixo longitudinal da coluna vertebral a partir da coluna lombar. Embora os músculos facilitem os movimentos da pelve, não existe um grupo muscular que haja sobre a pelve especificamente, assim os movimentos pélvicos ocorrem como conseqüência dos movimentos da coxa ou das vértebras. Obs:Aproximadamente 70% da cabeça do fêmur articula-se com o acetábulo, em comparação com os 20 a 25% da cabeça do úmero com a cavidade glenóide. * * ARTICULAÇÃO DO QUADRIL É a articulação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, é classificada como diartrose, esferoidal permitindo o movimento nos três planos ortogonais. * * Movimentos na articulação do quadril: Plano sagital – eixo látero/lateral: Flexão (aproximação da face anterior da coxa com a face anterior do tronco) Grau de amplitude articular: 0o a 140o. Extensão: retorno da flexão. Grau de amplitude articular: 70o a 140o. “Hiperextensão”: segmento coxa desloca-se para trás. Grau de amplitude articular: 4o a 15o. * * = O ligamento ílio-femoral ou ligamento Y é forte e suporta a articulação do quadril anteriormente na postura em pé e resiste aos movimentos de extensão, rotação interna e alguma rotação externa. = O movimento de hiperextensão pode ser tão limitado por esse ligamento que pode deixar de ocorrer na articulação do quadril, propriamente dita, mas ocorre como consequência da inclinação pélvica anterior. * * Plano frontal eixo ântero/posterior: Movimento de abdução: (o segmento coxa desloca-se lateralmente ou para fora). Movimento de adução: movimento contrário ao de abdução – retorno da abdução O grau de amplitude de movimento é igual para abdução e adução: mais ou menos 30o . * * Plano transverso eixo longitudinal: Rotação interna: desloca-se o segmento pé medialmente. Grau de amplitude de movimento: mais ou menos 70o. Rotação externa: deslocamento do segmento pé lateralmente. Grau de amplitude de movimento: mais ou menos 90o . A cápsula articular da articulação do quadril é mais densa da parte da frente e de cima da articulação, em que as sobrecargas são maiores, e é bem mais fina no lado de trás e de baixo da articulação. * * Os ligamentos pubofemoral, ísquifemoral e íliofemoral não resistem ao movimento de flexão, ficando todos eles frouxos durante esse movimento. A contribuição do ligamento ísquifemoral para a força de extensão do quadril é favorecida pela extensão do joelho. (músculos bi e poli articulares – musculatura estirada tem maior capacidade de gerar tensão). * * * * Os músculos que cercam a articulação do quadril recebem alguma forma de condicionamento ao andarmos, levantarmos ou ao subirmos uma escada, porém, a musculatura do quadril precisa ser equilibrada para que os extensores não sobrepujam os flexores, os abdutores e os adutores; isso irá assegurar controle suficiente sobre a pelve. Existem muitos músculos bi-articulares agindo na articulação do quadril, desse modo, deve ser dada muita atenção as articulações adjacentes, para maximizar um exercício de alongamento ou fortalecimento. * * POTENCIAL DE LESÃO DA CINTURA PÉLVICA E QUADRIL: Cerca de 60% de todas as lesões de quadril acorrem nos tecidos moles. Dessas lesões, 62% vão ocorrer durante a corrida, 62% também estão associadas com o alinhamento em varo do membro inferior e 30% estão associados com diferença no comprimento das pernas. Essas lesões são geralmente distensões musculares, tendinites e bursites.
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