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Farmacocinética e Absorção de Fármacos

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FARMACODINÂMICA 1 
Profa Dra Halyka L. F. V. Seródio 
Farmacêutica-Bioquímica 
Especialista em assistência Farmacêutica 
Mestre em Biociências e Biotecnologia 
Doutora em Ciências 
Porque usamos fármacos? 
• Para aumentar a qualidade e tempo de vida. 
 
• Para curar, diagnosticar ou prevenir diversas 
patologias. 
Dose de 
fármaco 
administrada 
Fármaco no 
sistema 
circulatório 
Fármaco no 
sítio de ação 
Distribuição do 
fármaco nos 
tecidos 
Fármaco 
metabolizada 
e/ou excretada 
EFEITO FARMACOLÓGICO 
DISTRIBUIÇÃO 
ABSORÇÃO 
FARMACOCINÉTICA (PK) 
O QUE O ORGANISMO ESTÁ FAZENDO 
COM O FÁRMACO 
FARMACODINÂMICA (PD) 
O QUE O FÁRMACO ESTÁ FAZENDO 
COM O ORGANISMO 
METABOLISMO 
EXCREÇÃO 
4 
DROGA 
Desintegração da 
forma farmacêutica 
e dissolução do PA 
I Fase 
(Farmacêutica) 
Absorção 
Distribuição 
Metabolismo 
Excreção 
II Fase 
(Farmacocinética) 
Interação 
fármaco-
receptor no 
tecido alvo 
EFEITO 
TERAP. 
III Fase 
(Farmacodinâmica) 
PRINCÍPIOS DA FARMACOCINÉTICA 
FARMACOCINÉTICA 
Estuda quantitativamente a cronologia dos 
processos metabólicos da absorção, 
distribuição, biotransformação e eliminação. 
Absorção 
Distribuição 
Biotransformação 
Excreção 
7 
8 
9 
 
 concentração plasmática obtenção de um efeito desejado 
 
 a maneira de se administrar a droga (dose e 
 intervalo entre doses) deve ser tal que faça com 
 que a concentração plasmática esteja (pelo menos 
 durante certo tempo) dentro da faixa terapêutica 
O principal ponto de partida para estudos farmacocinéticos 
 
O que se espera dessa curva? 
 
 
 
• a curva concentração plasmática da droga X tempo 
 
Margem de sergurança!!!! 
10 
11 
 
 
 
• a curva concentração plasmática da droga X tempo 
 
Dose única Doses múltiplas 
O padrão da curva depende: 
absorção 
distribuição 
metabolismo 
excreção 
Farmacocinética 
 MODELOS FARMACOCINÉTICOS: 
 
1- Corpo é imaginado como um só 
compartimento, onde a droga penetra e 
onde é eliminada. 
 
• Mais utilizado na clínica 
• Descrito por um 
conjunto de equações 
matemáticas 
• Assume o organismo 
como um “tanque” 
• Distribuição do fármaco 
instantânea. 
Distribuição do fármaco 
não instantânea: rápida nos 
órgãos muito irrigados 
(compartimento central) e 
lenta nos pouco irrigados 
(compartimento periférico). 
2- Corpo formado por 2 compartimentos: um central – 
representado pelo sangue e o periférico – tecidos. 
REGRAS DA FARMACOCINÉTICA 
1- cinética de primeira ordem; 
2- cinética de zero ordem; 
 
Administração 
Volume 
central 
Eliminação 
Compartimento 
central 
Volume 
periférico 
Compartimento 
periférico Veloc 
droga 
 Dose -  Velocidade droga 
 
Meia-vida independe da dose 
Administração Volume 
central 
Eliminação 
Compartimento 
central 
Volume 
periférico 
Compartimento 
periférico 
Veloc. independe da concentração 
 
Veloc. constante em relação ao tempo 
Veloc 
droga 
Fatores relacionados ao paciente Estados fisiopatológicos 
Idade 
Sexo 
Tabagismo 
Consumo de Álcool 
Uso de outros Medicamentos 
Anemias 
Disfunção hepática 
Doenças renais 
Insuficiência Cardíaca 
Infecção 
Queimaduras 
Febre 
Fatores que podem influenciar os processos farmacocinéticos 
ABSORÇÃO 
ABSORÇÃO 
 É o processo pelo qual o fármaco passa 
para a circulação sistêmica (sanguínea 
ou linfática) . 
 
ABSORÇÃO 
 É determinada pelo local de administração e 
pela formulação do fármaco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores 
ligados ao 
Fármaco 
Concentração 
Via de 
administração 
Peso 
molecular 
Lipossolubilidade 
Forma 
Farmacêutica 
Grau de 
ionização 
pH do 
meio 
Fatores que 
influenciam na 
absorção: 
Fatores 
ligados ao 
Organismo 
Vascularização 
do tecido 
Superfície de 
contato 
Enfermidades 
Motilidade 
do TGI 
Fatores que 
influenciam na 
absorção: 
FATORES QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO E 
PASSAGEM DE FÁRMACOS 
 Barreira hematoencefálica; 
 
 Barreira placentária. 
FATORES QUE INFLUENCIAM A ABSORÇÃO DOS 
FÁRMACOS 
Fatores Maior absorção Menor absorção 
Concentração 
(Dosagem) 
Maior Menor 
Forma Farmacêutica Líquida Sólida 
Área absortiva Grande Pequena 
Circulação local Grande Pequena 
Condições patológicas Inflamação Inchaço 
Vias Absorção Vantagem Desvantagem 
Oral Mucosa 
gastrointestinal 
Maior comodidade, 
segurança e 
economia. 
Náuseas, vômitos e 
diarréias pela 
imitação da mucosa. 
Variação do grau de 
absorção. 
Sublingual Mucosa oral Absorção rápida de 
substâncias 
lipossolúveis. Não 
possui metabolismo 
de 1a passagem. 
Imprópria para 
fármacos irritantes 
ou com sabores 
desagradáveis. 
Retal Mucosa retal Administração em 
pacientes 
inconscientes. 
Absorção irregular e 
incompleta. Irritação 
da mucosa retal. 
Vias Absorção Vantagem Desvantagem 
Intravenosa Direto no sangue Obtenção rápida dos 
efeitos. 
Risco de embolias, 
infecções por 
bactérias e reações 
anafiláticas. 
Imprópria para 
substâncias oleosas 
e insolúveis. 
Intramuscular 
 
Endotélio dos 
capilares vasculares 
e linfáticos 
Absorção rápida. 
Administração em 
paciente 
inconscientes. 
 
Dor. Lesão muscular 
ou processo 
inflamatório por 
substância irritante. 
 
Subcutânea Endotélio dos 
capilares vasculares 
e linfáticos 
Absorção boa e 
constante para 
soluções. 
Dor e necrose por 
substâncias 
irritantes. 
COMO O MEDICAMENTO CHEGA A CIRCULAÇÃO 
SISTÊMICA? 
• estrutura lipoproteica 
• anfipática 
Membrana Plasmática 
PENETRAÇÃO DAS DROGAS ATRAVÉS DA 
MEMBRANA PLASMÁTICA 
Processos passivos 
• difusão simples 
• difusão por poros 
Processos especializados 
• difusão facilitada 
• por troca 
• transporte ativo 
• pinocitose 
• fagocitose 
• exocitose 
PROCESSOS PASSIVOS 
• A favor do gradiente de concentração 
 
•Não há gasto de energia 
 
•Lipossolubilidade da substância 
DIFUSÃO SIMPLES 
 Ex: fármacos 
lipossolúveis 
DIFUSÃO POR POROS 
Ex: fármacos hidrossolúveis de 
  peso molecular 
PROCESSOS ATIVOS 
Substâncias grandes e hidrofílicas 
 
Drogas estruturalmente semelhantes à substâncias 
endógenas (carboidratos e neurotransmissores) 
DIFUSÃO FACILITADA 
carreador 
gradiente de concentração ƒ 
Participação de proteínas de membrana específicas 
ƒ 
Seletiva para determinados tipos de substâncias 
ƒ 
Especificidade para determinadas substâncias 
ƒ 
Competitividade pelo transportador 
 
Sem gasto de energia 
 
Força de transferência: gradiente de concentração 
DIFUSÃO POR TROCA 
TRANSPORTE ATIVO 
Movimentação contra 
um gradiente de concentração 
HIDRÓLISE 
ATP 
ƒ 
Participação de proteínas de membrana específicas 
ƒ 
Seletiva para determinados tipos de substâncias 
ƒ 
Específica para determinadas substâncias 
ƒ 
A favor ou contra um gradiente de concentração A favor ou contra um 
gradiente de concentração 
ƒ 
Competitividade pelo transportador 
Força de transferência: gastoenergético (ATP) 
PINOCITOSE, FAGOCITOSE E EXOCITOSE 
ABSORÇÃO ORAL 
Suco 
gástrico 
Esvaziamento 
gástrico 
Duodeno Circulação 
porta 
Circulação 
hepática 
Circulação 
sistêmica 
APÓS ABSORÇÃO O FÁRMACO PODE FICAR: 
• Forma livre no sangue; 
 
•Ligar-se a proteínas plasmáticas, principalmente 
albumina; 
 
 
 
 
 
•Sequestrado em depósitos (tecido adiposo e 
ósseo) no organismo. 
BIODISPONIBILIDADE 
 É a fração do fármaco administrado que tem acesso a 
circulação sistêmica na forma quimicamente inalterada. 
 
Quantidade de fármaco disponível no organismo para utilização. 
 
 
 Absorção adequada não garante biodisponibilidade, devido 
alguns fármacos serem biotransformados, no fígado, antes de 
atingirem a circulação geral. (Metabolismo de primeira 
passagem). 
 
Influencia: Resposta clínica, escolha de doses e vias de 
administração. 
BIODISPONIBILIDADE 
% 
da dose 
Sítio 
de ação 
41 
 
 
Droga dispon. ligação depuração vol. de meia conc. conc. . 
 oral plasm. (L/h/70 distrib. vida eficaz tóxica . (F) 
(%) (%) kg) (L/70kg) (h) 
acetaminofen 88 0 21 67 2 10-20 mg/L > 0,3 g/L 
ac. Salicílico 100 85 0,84 12 13 200 mg/mL > 200 mg/mL 
carbamazepina 70 74 5,34 98 15 6 mg/mL > 9 mg/mL 
ciclosporina 23 93 24,6 85 5,6 200 ng/mL > 400 ng/L 
cloroquina 89 61 45 13000 214 20 ng/m l > 250 ng/mL 
digoxina 70 25 7 500 50 1 ng/mL > 2 ng/mL 
imipramina 40 90 63 1600 18 0,2 g/mL > 1 mg/L 
indometacina 98 90 8,4 18 2,4 1 mg/L > 5 mg/L 
lidocaína 35 70 38,4 77 1,8 3 mg/L > 6 mg/L 
nortriptilina 51 92 30 1200 31 100 ng/mL > 500 ng/mL 
Parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos de algumas drogas 
FATORES QUE INTERFEREM NA 
BIODISPONIBILIDADE 
 Metabolismo hepático de primeira 
passagem; 
 Solubilidade do fármaco; 
 Instabilidade química; 
 Natureza da formulação do medicamento. 
BIOEQUIVALÊNCIA 
 Dois fármacos correlatos (com mesmos 
ingredientes ativos) são considerados 
bioequivalentes se apresentam 
biodisponibilidades comparáveis e tempos para 
alcançar picos de concentração sanguínea 
semelhantes. 
 Quando ocorre diferença significativa na 
biodisponibilidade são chamados de não-
bioequivalentes. 
 
CURIOSIDADE!!! 
Medicamento genérico não basta que a 
fórmula seja similar, é preciso que haja uma 
bioequivalência. 
DISTRIBUIÇÃO 
DISTRIBUIÇÃO 
Processo pelo qual o fármaco 
reversivelmente abandona a corrente 
circulatória e passa para o interstício 
e/ou células dos tecidos. 
DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS 
 Fármaco livre (forma ativa) produz o efeito biológico. 
 
 Fármacos lipossolúveis acumulam-se no tecido adiposo. 
 
 Fármacos ligados à proteínas, principalmente albumina (esta ligação é 
reversível) e hidrossolúveis ficam principalmente no compartimento 
plasmático. 
 
 
 
ALBUMINA: proteína plasmática mais importante, se liga a drogas ácidas 
(ex. varfarina-anticoagulante, AINE, sulfonamidas-antibiótico) e menos a 
drogas básicas (ex. antidepressivos tricíclicos, clorpromazina-anti-
psicótico). 
 
DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS 
 A quantidade de fármaco que se liga a proteínas plasmáticas 
depende de três fatores: 
 A concentração de fármaco livre; 
 Sua afinidade pelos sítios de ligação; 
 A concentração da proteína. 
 
 A quantidade de fármaco livre aumenta com: 
 Hipoalbuminemia ( cirrose- diminui a concentração de albumina, 
com isso uma dose menor do fármaco faz efeito, síndrome 
nefrótica, desnutrição grave e uremia). 
 Velhice (menor capacidade de ligação a fármacos). 
 Gestação (hemodiluição). 
 Competição entre fármacos. 
 
DISTRIBUIÇÃO 
 Ligação as principais proteínas 
plasmáticas: 
 
 Albumina: principal proteína ligadora. 
 
 Alfa-1-glicoproteína: proteína com caráter ácido. 
 
 Lipoproteínas circulantes: ligação aos fármacos 
lipossolúveis. 
 
 Tranferrina: proteína de membrana de células 
sanguíneas. 
 
DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS 
 
 Quando a FORMA LIVRE for MENOR que 0,1, 
a intensidade de efeito será MENOR e a 
duração MAIOR. 
FORMA LIGADA FORMA LIVRE + = 1 
DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS 
 O início da distribuição depende do fluxo 
sanguíneo regional e débito cardíaco. Então 
órgãos bem perfundidos recebem grandes 
quantidades de fármacos nos momentos 
iniciais. E a pele, gordura, músculos e algumas 
visceras recebem o fármaco de forma mais 
lenta. 
 Suscetíveis: aqueles que sofrem ação 
farmacológica, onde fica o sítio ativo. 
 Ativos: aqueles que metabolizam o fármaco 
(fígado, intestino, rim). 
 Indiferentes: funcionam como reservatório 
temporário (tecido adiposo e ósseo). 
 Emunctórios: aqueles que excretam/eliminam o 
fármaco (rim e pulmões) 
Tecidos de distribuição 
DISTRIBUIÇÃO EM TECIDOS 
ESPECIAIS. 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
Passagem seletiva de 
fármacos. 
 
Barreira Hemato-encefálica 
Células do endotélio unidas 
por zonas de oclusão. 
Bainha dos astrócitos. 
DISTRIBUIÇÃO EM TECIDOS 
ESPECIAIS. 
GESTAÇÃO 
Passagem da maioria dos fármacos. 
 
Barreira Placentária 
Vasos sanguíneos do feto. 
 
Características 
Pequena velocidade de 
transferência. 
Difusão passiva. 
Equilíbrio mãe-feto: 10 a 15 min. 
DISTRIBUIÇÃO EM TECIDOS 
ESPECIAIS. GESTAÇÃO 
 
Fármacos que atravessam a barreira 
placentária: 
Drogas lipossolúveis; 
Drogas de baixo peso molecular; 
Álcool, Sedativos, Hipnóticos, Heroína, 
Nicotina. 
FATORES QUE INTERFEREM A DISTRIBUIÇÃO 
 Dose e nível sanguíneo da droga 
 
 Características do fármaco 
 
 Débito cardíaco 
 
 Permeabilidade capilar 
 
 Conteúdo de lipídeo no tecido 
 
 Ligação à proteínas plasmáticas 
 
 Barreiras orgânicas. 
 
 Velocidade e extensão da distribuição é 
influenciada por: 
 Fluxo sanguíneo tecidual; 
 Propriedades físico-químicas do fármaco; 
 Características da membrana de transporte; 
 Ligação a proteínas plasmáticas. 
59 
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO 
 Quantifica a distribuição do fármaco após 
administração. 
 
 
 Volume de água no organismo: 
 Plasma sanguíneo: 4 L (fármacos com alto PM e muito ligado a 
proteínas) 
 Líquido extracelular (água plasmática + líquido intersticial): 14 L 
(fármacos com baixo peso molecular e hidrofílico) 
 Líquido intracelular: 28 L (fármacos com baixíssimo PM) 
 
 
Aproximadamente 42 litros de água no organismo (indivíduo com 70kg). 
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO APARENTE 
(VD)  HIPOTÉTICO 
É o volume no qual a droga teria que se 
dissolver, a fim de atingir a mesma 
concentraçãoque ela se encontra no plasma. 
 Calcula-se para adultos com 70 kg; 
 É expresso em litros em relação ao peso corporal. 
 
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO APARENTE (VD) 
Vd elevado  fármaco altamente localizado nos 
tecidos. 
Vd reduzido  fármaco amplamente contido no 
espaço vascular. 
 
 
 Obs1: se encontra elevado na gravidez, 
insuficiência renal e hepática. 
 
 Obs 2: se encontra diminuído na desidratação. 
 
 Obs3: drogas como o tiopental (anestésico) 
que é armazenado na tecido adiposo 
apresentam VD elevado. 
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO APARENTE (VD) 
INTERPRETAÇÃO DO VD 
Os fármacos com VD alto possuem 
concentrações muito maiores no tecido 
extravascular do que no compartimento 
vascular, isto é, não são distribuídos 
homogeneamente. 
os fármacos completamente retidos no 
compartimento vascular possuem VD mínimo, 
igual ao componente sanguíneo. São fármacos 
com alta ligação com proteínas plasmáticas. 
EXERCÍCIOS 
1. Um fármaco é administrado na dose de 0,5 mg e 
possui Cp de 18,7 mcg. Calcule o volume de 
distribuição e interprete o resultado. 
 
2. Um paciente precisa receber um antibiótico X para 
tratamento de uma infecção. Sabe-se que a 
concentração mínima para prevenir o crescimento 
bacteriano é de 200mg/L. o volume de distribuição 
da droga é de 40L. Qual deve ser a dose V.O. 
administrada a este paciente? 
 
3. Qual o VD em L do antibiótico Y, que logo após a 
injeção intravenosa de 600mg provoca ema 
concentração plasmática de 12mg/dL? 
BIOTRANSFORMAÇÃO 
 
METABOLISMO 
METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO) 
 Refere-se ao processo metabólico das drogas, sua 
modificação bioquímica ou degradação, geralmente 
através de sistemas enzimáticos especializados. 
 
 O metabolismo geralmente converte compostos 
químicos lipofílicos em produtos mais prontamente 
excretados (hidrofílicos). 
 
 O metabolismo pode resultar em intoxicação ou 
desintoxicação: a ativação ou desativação do composto 
químico. 
 Principal órgão: Fígado. 
 
 Demais órgãos: rins, pulmões, intestino e pele. 
 
 Etapas: 
 Reação de Fase I: Oxidação, Redução ou Hidrólise. 
 Reação de Fase II: Conjugação. 
METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO) 
BIOTRANSFORMAÇÃO 
 Alguns fármacos são compostos 
químicos lipolífilicos que, se não fossem 
biotransformados, não poderiam ser 
eliminados e seriam acumulados no 
organismo e produziriam efeitos tóxicos. 
Composto hidrofóbico Composto hidrofílico Eliminação 
Biotransformação 
A biotransformação determina a eficácia e segurança do fármaco. 
BIOTRANSFORMAÇÃO 
 Objetivos: 
 Tornar a molécula mais polar. 
 Aumentar o tamanho e peso molecular. 
 Facilitar a excreção. 
 
 Consequências: 
 Diminuição da meia vida do fármaco. 
 Redução do tempo de exposição. 
 Redução da possibilidade de acumulação. 
 Provável alteração na atividade biológica. 
 Bioativação. 
FASES DA BIOTRANSFORMAÇÃO 
 Fase 1: reações de oxidação, redução ou reações hidrolíticas, essas 
reações incluem os grupos funcionais OH, COOH, SH-O, NH2 no composto 
original. Essas reações acrescenta ou expõe um grupo funcional que 
funcione como substrato para as enzimas da fase 2. 
 São catalizadas pelas superfamílias do CYP (citocromo P- oxidação do Ce O), 
FMO (monoxigenases que contém favina – oxidação do N, S e P) e EH (epóxido-
hidrolases- hidrólise dos epóxidos) 
 
 Oxidação: Perda de H+ . 
 
 Redução: retirada do O2 ou ganho H
+ 
 
 Hidrólise: dissociação de eletrólitos presentes na H2O. 
 
 Conjugação: p.ex. ácido glicurônico. 
 
 
73 
enzimas de oxidação, redução e 
hidrólise 
CYP (CITOCROMO P450) 
 A biotransformação feita por essas enzimas consomem uma molécula de O2 e gera 
um substrato oxidado + H2O. 
 
 Existem 57 genes de CYP nos serem humanos. 
 
 Se encontram em maior quantidade no fígado, mas também se encontram em todo 
TGI, pulmão e rim. 
 
 Principal tipo de CYP é o CYP3A4, que está envolvido na biotransformação de 50% 
dos fármacos usados clinicamente. 
 
 Quando 2 fármacos administrados simultaneamente são metabolizados pelo 
mesmo CYP competem pela ligação, o que pode resultar em inibição de um ou 
ambos os fármacos, causando elevações dos seus níveis plasmáticos (ex: estatina e 
antifúngico). 
 
 Cetoconazol inibe, erva de são-joão induz. Também pode ser alterado pela dieta. 
77 
CYP (CITOCROMO P450) 
78 
BIOTRANSFORMAÇÃO 
 A maioria das interações medicamentosas que ocorrem na 
biotransformação está relacionadas com a estimulação (indução) 
ou inibição do sistema citocromo P-450 hepático. 
 
Exemplo1: fármaco fenobarbital (Gardenal- anticonvulsivante) é um 
potente indutor das enzimas do CYP hepático, o que provoca 
interações medicamentosas levando à redução das 
concentrações plasmáticas e aumento da eliminação de vários 
medicamentos, como do cloranfenicol (antibiótico), da fenitoína 
(anticonvulsivante), e, de outros como os anticoncepcionais orais, 
e, dos corticosteróides, assim, consequentemente, pode reduzir 
os efeitos terapêuticos destes fármacos. 
BIOTRANSFORMAÇÃO 
Exemplo 2: Enquanto a cimetidina 
(medicamento que reduz a secreção do 
ácido clorídrico no estômago) inibe 
enzimas (inibição do metabolismo) do CYP 
diminuindo a biotransformação, e, 
consequentemente, a eliminação de 
outros fármacos, o que pode provocar a 
toxicidade destes medicamentos sendo 
necessário o reajuste da dosagem (nestes 
casos, diminuir a dose), como por 
exemplo, do propranolol, diltiazem (anti-
hipertensivos), e, de medicamentos 
anticoagulantes. 
NOMENCLATURA DA CYP 
CYP3A4 
Família 
Subfamília 
Número do gene 
FMO (MONOXIGENASE MICROSSOMAL 
CONTENDO FLAVINA) 
 Encontradas no retículo endoplasmático dos 
hepatócitos. 
 Principal FMO3. 
 Contribuem pouco para a biotrasnformação de 
fármacos. 
 Geralmente, geram metabólitos inofensivos. 
EH (HIDROLASE DE EPÓXIDO) 
 Participam da desativação dos derivados 
potencialmente tóxicos gerados pelo CYP. 
 
Ex: carbamazepina (antiepilético) é uma pró-droga 
convertida em seu derivado farmacologicamente 
ativo pelo CYP3A4. Esse metabólito é hidrolizado 
por mEH, resultando na inativação do fármaco. 
Valnoctamida (tranquilizante) e ácido valpróico (anticonvulsivante) 
inibem mEH, resultando em interação com a carbamazepina 
(↑derivado ativo de carbamazepina). Isso levou ao desenvolvimento 
de novos antiepiléticos como gabapentina e levetiracem, que são 
metabolizados pelo CYP, mas não por EH. 
METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO) 
 REAÇÃO DE FASE II: conjugação 
 
 Adição de um substrato endógeno como ácido 
glicurônico, ácido acético, ácido sulfúrico, ou 
aminoácidos para a formação de compostos 
polares. 
 
 O conjugado resultante é, quase sempre, 
farmacologicamente inativo e altamente 
hidrossolúvel. 
 
METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO) 
 PRÓ-FÁRMACO: são fármacos que são 
administrados em forma inativa, sendo 
ativados somente após a biotransformação. 
 
 Azatioprina  Mercaptopurina 
 
 Enalapril  Enalaprilat 
 
 Codeína  Morfina 
 
METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO) 
 METABÓLITO ATIVO: compostos igualmente 
ativos ao fármaco original. 
 
 Metabólito com prolongamento da ação do 
fármaco: Benzodiazepínicos. 
 
 Metabólito tóxico: Paracetamol. 
 
 
METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO) 
 METABÓLITO DE PRIMEIRA PASSAGEM: fármacos por 
Via Oral. 
 
 Metabolização precoce de fármacos, devido ao 
transporte inicial do fármaco pelo sistema porta até 
o fígado. 
 Pode limitar a biodisponibilidade dos fármacos. Problemas: 
 É necessário dose maior do fármaco. 
 Existem variações do efeito, muitas vezes imprevisíveis. 
 
 
Afetam a 
metabolização 
Fatores 
Fisiológicos 
Idade Nutrição Sexo 
Fatores 
Farmacológicos 
Inibição 
Enzimática 
Indução 
Enzimática 
Estados 
Patológicos 
Hepatopatias 
METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO) 
FASES DA BIOTRANSFORMAÇÃO 
 REAÇÃO DE FASE II: Conjugação 
 
 Inativam compostos tóxicos gerados pela 
oxidação, tornam mais hidrossolúveis e com maior 
peso molecular, facilitando assim, a eliminação). 
 Geralmente acontecem no citosol. 
 Catalisadas por GST( glutationa S transferase), UGT 
(UDP glicoroniltransferase), SULT (sulfotransferase), 
NAT ( N acetiltransferase) e MT (metiltransferases), que 
acrescentam glutationa, ácido glicurônico, sulfato, 
grupo acetila, grupo metila, respectivamente. 
 
93 
Enzimas 
 Como os recém-nascidos são deficientes deste 
sistema de conjugação, além de suas funções 
renais que não estão completamente 
desenvolvidas, deve ser evitado o uso de alguns 
fármacos, como por exemplo, o cloranfenicol que 
pode se acumular no organismo provocando 
depressão da respiração, colapso cardiovascular, 
cianose e morte. Como provoca a cianose, 
também é denominada de Síndrome cinzenta do 
recém-nascido. 
BIOTRANSFORMAÇÃO 
 
 
 
Fase I 
Oxidação 
Redução 
Hidrólise 
 
Fase II 
 
Conjugação 
 
Fármaco ativado 
Fármaco inalterado 
Fármaco inativado 
 
Fármaco inativado 
BIOTRANSFORMAÇÃO HEPÁTICA É 
ALTERADA: 
 
•Patológicos (cirrose, hepatite, 
alcoolismo e desnutrição) 
•Genéticos 
• Idade (recém- nascido e idoso 
possuem menor capacidade 
enzimatica) 
•Sexo 
•Ambientais 
•Gestação 
 
97 
98 
99 
ELIMINAÇÃO 
 
EXCREÇÃO 
ELIMINAÇÃO 
Consiste no processo pelo qual o fármaco ou seus 
subprodutos saem do organismo. 
 
 
 
O rim é o mais importante órgão de excreção. 
EXCREÇÃO 
 Processo pelo qual os produtos residuais do 
metabolismo e outros materiais sem utilidade 
são eliminados do organismo. 
 
 Tipos de excreção: 
 Renal; 
 Biliar; 
 Pulmonar; 
 Outros fluidos: saliva, suor, leite materno. 
 
EXCREÇÃO RENAL 
 
 É a principal via de eliminação das drogas do 
organismo. 
 Os metabólitos são excretados mais rapidamente 
do que o fármaco em sua forma original. 
 
 Os processos responsáveis pela excreção renal 
são: 
 Filtração glomerular; 
 Secreção e reabsorção tubulares 
 Difusão passiva. 
 
EXCREÇÃO RENAL 
 Filtração glomerular: 
 
 Permite apenas a passagem 
de pequenas moléculas. 
 
 Drogas com alta ligação à 
proteínas plasmáticas são 
pouco filtradas. 
EXCREÇÃO RENAL 
 Secreção tubular: 
 
 As drogas são transferidas para 
a luz tubular através de 
capilares peritubulares nos 
tubulos proximais. 
 
 Responsável por 
aproximadamente 80% da 
secreção de drogas nos rins. 
EXCREÇÃO RENAL 
 Difusão tubular: 
 
 Depende das características de solubilidade das 
drogas: 
 
 Fármacos lipossolúveis: Lentamente excretados. 
 Fármacos Hidrossolúveis: Rapidamente excretados. 
 
 O pH da urina interfere diretamente na excreção dos 
fármacos 
EXCREÇÃO RENAL 
 Reabsorção tubular: 
 
 É a passagem das substâncias contidas nos 
túbulos renais para a corrente sanguínea. 
EXCREÇÃO RENAL 
 Clearance (CL): 
 
 É a Taxa de eliminação da droga do 
organismo. 
 
 É um dos parâmetros mais importantes para 
o planejamento posológico racional. 
 
 É expresso, normalmente, em L/h/70kg. 
EXCREÇÃO RENAL 
 Tempo de meia-vida (T1/2): 
 
 É o tempo necessário para que a concentração 
da droga diminua pela metade no organismo. 
 
Clearance X Tempo½ 
 São grandezas inversamente proporcionais: 
 
T1/2 CL 
EXCREÇÃO BILIAR 
 Algumas substâncias conjugadas são excretadas 
na bile, caindo no intestino. 
 
ELIMINAÇÃO 
 Rins  grande maioria dos fármacos 
 Pulmões agentes voláteis ou 
gasosos 
 Trato biliar e Fezes alguns fármacos 
que são metabolizados no fígado 
ELIMINAÇÃO 
 Os fármacos diferem muito na sua velocidade 
de excreção pelos rins. 
 Penicilina: depurada quase que totalmente depois 
de uma única passagem pelos rins. 
Diazepam: depurado de modo muito lento. 
 
 Os produtos da biotransformação são sempre 
eliminados mais rápido que o fármaco original. 
1- Os fármacos são 
filtrados no glomerulos 
renais. 
2- Os fármacos são 
transferidos para a luz 
tubular . 
3- reabsorvidos a partir da luz 
tubular e transportados de 
volta ao sangue, 
4- excretados na urina. 
ESTUDO DIRIGIDO 
 Quais as etapas da farmacocinética? Explique-as. 
 Quais os fatores que influenciam nos processos farmacocinéticos? 
 Quais os principais mecanismos de transporte de membrana? 
 Quais no mínimo 5 fatores que influenciam na absorção. 
 O que é biodisponibilidade? Quais os fatores que interferem na biodisponibilidade? 
 Quais os tecidos da distribuição? 
 Quais os objetivos e consequências da biotransformação? 
 O que acontece quando 2 fármacos administrados simultaneamente são metabolizados pela mesma 
enzima? 
 Quais as vias de administração? cite as características de cada uma. 
 No metabolismo de primeira passagem ou Biotransformação de fase I, que ocorre no fígado, os 
fármacos são biotransformados, através de reações químicas, em substâncias ativas que vão agir no 
local de ação. Após a ação estes fármacos voltam ao fígado para passar por outra Biotransformação de 
fase II ou metabolismo de segunda passagem, ocorrendo agora a conjugação com o ácido glicunônico 
(glicuronização). Qual a importância da Fase II e desta conjugação? 
 Qual o órgão responsável pela excreção da maioria dos fármacos? 
 Boa parte dos fármacos lipossolúveis são armazenados em quais tecidos? 
 Qual a importância das proteínas plasmáticas, principalmente a albumina, para a distribuição dos 
fármacos?

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