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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
nome do curso
nome do(s) autor(es) em ordem alfabética
Sobral CE
2018
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
Sobral CE
2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................04
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................05
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................15
4. REFERÊNCIAS...............................................................................................16
1 - INTRODUÇÃO
 Os movimentos sociais assumiram ao longo da história o papel de representação popular na organização e mobilização para a conquista de direitos. As conquistas, a partir na pressão, tem importante significado para a vida e trabalho dos brasileiros. 
A história dos movimentos sociais no Brasil pode ser dividida em três momentos, sendo o primeiro até a metade do século XIX, o segundo a segunda metade do século XIX e o terceiro as duas décadas do século XX. 
A história dos movimentos sociais no Brasil, na primeira metade do século XIX, portanto, mesmo que “não organizada”, foi expressiva e de resistência. Avançando na linha do tempo, verificaremos que as lutas sociais, na segunda parte do século XIX, foram absorvidas pelo movimento abolicionista, porém, mesmo assim, ganham no início do século novas roupagens e ressignificações, por conta do contexto social, político e econômico que se estabelecia no Brasil. 
A partir dessa contextualização, o presente trabalho objetiva compreender a questão histórica dos movimentos sociais no Brasil; Compreender a construção do arcabouço legal das políticas sociais no Brasil e identificar a relação entre os movimentos sociais e a construção das políticas sociais no Brasil.
2 - DESENVOLVIMENTO
Contextualização dos Movimentos Sociais e Políticas Sociais
De acordo com Montaño e Duriguetto (2010) os movimentos sociais são expressões do processo de organização da classe trabalhadora, da luta de classes e lutas sociais. 
Na proposta de analisar o papel dos movimentos sociais no âmbito da configuração das políticas sociais, aborda-se brevemente a historicidade destes movimentos no cenário brasileiro do século XX e início do século XXI.
A política social é um termo que se refere à política de ação que visa, mediante esforço organizado, atender necessidades sociais cuja resolução ultrapassa a iniciativa privada, individual e espontânea, requerendo deliberada decisão coletiva regida por princípios de justiça social, que, por sua vez, devem ser amparados por leis que efetivem direitos. 
O caráter público da política não é dado apenas pela sua vinculação com o Estado, mas pelo fato de significar um conjunto de decisões e ações que resulta ao mesmo tempo de ingerências do Estado e da sociedade, sendo de responsabilidade de uma autoridade também pública e visa concretizar direitos sociais conquistados pela sociedade e incorporados nas leis. 
Pereira (2008) ressalta que as políticas públicas mudam e variam de acordo com o contexto histórico e geográfico, sendo produzida numa arena de conflito associada à forma de regulação. 
Pensar a interface entre o Estado e a Sociedade Civil no processo de configuração das políticas públicas implica perceber que essas interações estão inseridas em um processo histórico complexo, onde ambos têm particularidades e interesses próprios, apesar de serem interdependentes e autônomos. Ou seja, um tem implicações e influências com relação ao outro. Dentro dessa interface entre o Estado e a Sociedade civil, destacamos a seguir o debate sobre os movimentos sociais como um dos sujeitos sociais, no âmbito da sociedade civil, que em sua interface com o Estado interferem no desenho as políticas públicas. 
Raízes Históricas dos Movimentos Sociais e Políticas Sociais no Brasil
De acordo com Montaño e Duriguetto (2010) os movimentos sociais são expressões do processo de organização da classe trabalhadora, da luta de classes e lutas sociais. Na proposta de analisar o papel dos movimentos sociais no âmbito da configuração das políticas sociais, iremos abordar brevemente a historicidade destes movimentos no cenário brasileiro do século XX e início do século XXI.
No Brasil, o movimento operário é influenciado pelas idéias anarquistas trazidas pelos imigrantes europeus. Na luta pela emancipação, a classe operária começou a organizar sindicatos nos primeiros anos do século XX, sendo este período caracterizado por mobilizações sociais e greves por melhores salários e condições de trabalho.
No início do século XX a questão social no Brasil mudou com o advento da República e com a substituição da mão de obra escrava pela assalariada, composta massivamente pelos imigrantes. O mode de produção se altera com a incipiente industrialização e a formação de um proletariado urbano. Com ele, surgem organizações de luta e resistência dos trabalhadores expressas em ligas, uniões, associações de auxílio mútuo, etc.
A Revista Mediações (2000) versa que nas duas primeiras décadas do século ocorreram revoltas da população reivindicando serviços urbanos, ou protestando contra as políticas locais como a Revolta da Vacina (1905 Rio de Janeiro), Revolta da Chibata (1910 Rio de Janeiro), Revolta do Contestado (1912 Paraná), Ligas contra o analfabetismo em 1915, Ligas nacionalistas pelo voto e expansão da educação (1917), atos contra o desemprego e carestia em São Paulo e no Rio de Janeiro, dentre outras revoltas.
Nos anos 20 surgem várias lutas e movimentos das camadas médias da população e revoltas militares, bem como movimentos messiânicos e de cangaceiros no sertão nordestino do país, como o liderado por Padre Cícero no Ceará (1926) e por Lampião na Bahia (1925-1938). 
O movimento articulado pelas elites que ficou conhecido como Revolução de 30 demarca um novo tempo no país, em termos de consolidação de novas regras que buscavam inseri-lo no cenário internacional, não apenas como produtor de produtos agrícolas, mas também como produtor de bens de consumo industrializados (têxtil e mobiliário) e gêneros alimentícios de primeira necessidade. Surge daí, condições para criação de uma classe burguesa industrial.
Vários movimentos sociais ocorreram de 1930-1937, entre os quais o Movimento dos Pioneiros da Educação (1931), a Marcha Contra a Fome (1931), Revolução Constitucionalista de São Paulo (1932), Revolta do Caldeirão no Ceará (1935), a criação da Aliança Libertadora Nacional (1935), o Movimento Pau de Colher (1935), etc. O golpe do Estado Novo em 1937, impetrado pelo ex-presidente Getúlio Vargas, amorteceu os conflitos sociais pelo controle via repressão. A partir de 1942 são criadas várias sociedades frutos da expansão do processo de urbanização nas primeiras capitais do país (GOHN, 2000).
O período entre 1945 a 1964 entrou para a história do país como a fase do regime político populista; foi um período bastante fértil em termos de lutas e movimentos sociais. Nesse cenário temos também a construção de Brasília e inauguram-se as primeiras fábricas de automóveis. Um novo setor de classe operária surge no ABCD Paulista: os metalúrgicos. Setores da burguesia industrial brasileira fizeram alianças com capitalistas internacionais 
GOHN, 2000 diz que entre 1961-1964 eclodiram centenas de greves no país. Criaram-se, no campo, dois que são considerados como os antecessores dos atuais Sem-Terra: as Ligas Camponesas do Nordeste e o Movimento dos Agricultores Sem-Terra (MASTER), no sul do país. Na área da educação criou-se o Movimento de Educação de Base (MEB). Setores da área da educação e da cultura aliaram-se aos grupos que lutavam por um projeto de desenvolvimento educacional autônomo e criaram os Círculos Populares de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE).O golpe militar de 1964 pôs fim a um ciclo de mobilização e organização popular. Entre 1964-1969 os movimentos de resistência foram poucos. O estado redefiniu suas leis e criou novos aparelhos burocráticos de controle. O Ato Institucional nº 5 de dezembro de 1968, foi o ponto culminante de uma era de medo, repressão e violação dos direitos humanos, comandada por regimes militares que se espalhariam por toda a América Latina. Criou-se nessa mesma época um banco para financiar a casa própria: o Banco Nacional da Habitação.
A Revista Mediações (2000) versa que a partir de 1974, com a crise internacional do petróleo, o chamado “milagre brasileiro” entra em crise. A resistência ao regime militar começa a se articular. Os movimentos sociais emergem das cinzas. Nas cidades, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), embaladas pela Teologia da Libertação, organizaram milhares de pessoas e deram origem a movimentos populares vigorosos. Grande parte desses movimentos serviu de base de apoio às greves que se espalharam pelo país entre 1978-1979. Formaram-se os comitês de compras de gêneros de primeira necessidade e de apoio aos operários em greve.
O ciclo de greves dos trabalhadores declina após a reforma que pôs fim ao bipartidarismo no país com a retomada do processo eleitoral em âmbito estadual. Os trabalhadores recriam suas centrais sindicais a partir da Associação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais (ANAMPOs). Surge a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) (GOHN, 2000).
O ano de 1984 foi um marco na história sociopolítica do país, com o movimento das Diretas Já. Foi à declaração da morte do regime militar. Mas as eleições diretas para Presidente da República só vieram acontecer em 1989. Entre 1984-1988 o país se mobilizou por uma nova Constituição.
A crise internacional do capitalismo globalizado atingiu o Brasil em 1990. Desemprego, reformas, reestruturação no mercado de trabalho, flexibilização dos contratos, passaram a ser a tônica do novo cenário. A luta social no campo recrudesce e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), criado nos anos 80, ganha as manchetes da mídia e torna-se o agente do principal conflito social no país (GOHN, 2000). 
Novamente as camadas médias tiveram um peso decisivo no apoio ao regime político prevalecente. O plano de estabilização econômica lastreado no Real e na quase paridade com o dólar americano, vigente de julho de 1994 a janeiro de 1999, fundamentou as expectativas de mudanças em direção à modernidade, um valor básico para aquelas camadas. Contudo, as alterações na política econômicas ocorridas em janeiro de 1999 levaram a mudanças no estilo de vida das diferentes classes e camadas sociais brasileiras; fim da era do consumo fácil de mercadorias importadas pela classe média, aprofundamento da recessão e recrudescimento das taxas de desemprego.
Novos atores entram em cena; desta vez não para lutar contra a exclusão clamando por cidadania e direitos sociais, mas lutando pela inclusão, pela integração dos excluídos que o sistema ora gera. Trata-se do contraditório terceiro setor. 
Ainda citando a Revista Mediações (2000), temos que no ano de 2000 é marcado pelo retorno dos movimentos sociais à cena política nacional. Apesar de que quase uma década de desmobilização dos movimentos populares urbanos, eles iniciam lenta retomada, em outras bases, incorporando a experiência adquirida via a participação nos conselhos, fóruns e outras formas mais ou menos institucionalizadas de participação. O MST ganha novo fôlego e se alastra por todo Brasil; Os estudantes voltaram às ruas, não mais com as “caras pintadas”, voltaram politizados em luta contra o desemprego e a corrupção. Retornam também as greves de professores nos diversos graus de ensino; Outras categorias começaram a se organizar e a também protestar, como é o caso dos caminhoneiros, reivindicando as altas taxas dos pedágios e suas péssimas condições de trabalho. 
Exemplos de Movimentos Sociais do Século XX e XXI
Revolta da Vacina – 1904: Foi um movimento de revolta popular que ocorreu no Rio de Janeiro/RJ contrário a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, sob o comando do médico Oswaldo Cruz.
Movimento Tenentista – 1922: Foi um movimento de militares nas décadas inicias do século XX, onde os tenentes se revoltaram contra o comando político das oligarquias e passaram a exigir profundas reformas republicanas. 
Revolução Constitucionalista – 1932: Foi um movimento de rebeldia do estado de São Paulo contra a ditadura de Vargas, ficando conhecida como um marco nas lutas pela democracia no Brasil. 
Golpe de 1964 - 1964: Foi a derrubada de João Goulart do poder em 31/03/1964 através de movimento que teve o apoio não só das classes conservadores mas também de amplos setores das classes médias, sendo que as lideranças sindicais esquerdistas levaram poderosas forças sociais a organizarem diversos movimentos que contaram com expressiva participação feminina.
Impeachment de Fernando Collor – 1992: Foi um movimento que se desenvolveu contra o então presidente do Brasil onde a população do país saiu às ruas em diversos protestos que pediam a impugnação de seu mandado. 
Protestos de 2013 – 2013: Foi um conjunto de manifestações que ocorrem em todo o país em meados de junho de 2013, principalmente nas capitais do país em contestação ao aumento nas tarifas de transporte público.
Política Setorial Contemporânea: Pessoas com Deficiência
Durante muitos anos, as pessoas com deficiência foram excluídas do mercado de trabalho e do convívio social, algumas empresas já estão tendo a visão da responsabilidade social, da melhoria do clima organizacional e da conscientização dos colaboradores quanto a essa responsabilidade, porém muitas ainda não se encontram nesse processo.
A seguir, transcrevem-se trechos do artigo intitulado: Histórico das Conquistas das Pessoas com Deficiência no Brasil, de autoria da psicóloga Leide Azevedo.
Com o fim da lepra e das pestes no decorrer do século XVI, instalou-se no século XVII, a doença venérea, que influenciou o início dos internamentos. 
Nos séculos XVII e XVIII, surgiram as casas de internamento, ocupando o lugar vazio deixado pela segregação do leproso, assim, tornou-se um lugar de internamento onde-se misturava-se aqueles que eram diferentes da ordem social, como: os loucos, as prostitutas, os pobres, os desempregados, entre outros, - utilizando o isolamento social como forma de exclusão da manifestação da diferença na sociedade. Neste momento, o médico não tinha uma função interventiva ou de cura, portanto adquire, o internamento, o caráter de uma terapia de purificação das almas (Foucault, 1979, e Silveira & Simanke, 2009). Sendo assim, Silveira & Simanke (2009) ressaltam:
“Como efeito mais direto da segregação do louco via internamento, o que tem é, principalmente a invenção social da alienação através do isolamento dos excluídos em ambiente estranho, não familiar, portanto, alienante” (p. 28).
Em 1948, foi constituído a Declaração Universal dos Direitos Humanos em que a Assembleia Geral proclamou:
“A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição” (Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948).
A Declaração reforça, no Artigo VII, que “todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contraqualquer incitamento a tal discriminação” (p.2).
Por séculos, a loucura era compreendida como perigo de Estado, as repressões eram entendidas como forma de purificação das almas e corpos (Dantas, 2006). 
No início do século XIX, as casas de internamento desaparecem por serem ineficazes e no século XX, começa a haver o processo de inserção do louco na sociedade por dispositivos legais com a participação do Estado. (Dantas, 2006). 
Em 1960, as pessoas com deficiência eram denominadas como inválidas e incapacitadas (Lobato, 2009), neste período, surgiu o modelo médico, caracterizado pela prestação de serviços de apoio ao deficiente, sendo necessário protegê-lo devido à sua incapacidade. 
No início de 1970, surgiu o paradigma da integração social, como forma de banir a exclusão social que o modelo médico caracterizou (Soares, 2006). De acordo com esse novo paradigma, a autora menciona que para o “cidadão deficiente é reconhecido o direito de estar na sociedade, por meio de implementação das políticas de integração escolar e laboral” (2006, p.7).
Em 1978, através da emenda da Constituição Brasileira, garantiu-se aos deficientes a melhoria de sua condição social e econômica sob a educação especial e gratuita (Nogueira, 2006). 
No ano de 1982, foi lançado, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o programa de Ação Mundial para Pessoas com Deficiências, que tem como proposta promover medidas para prevenção e reabilitação da deficiência, e realização da igualdade e participação das pessoas com deficiência na vida social e no desenvolvimento (Programa de Ação Mundial para Pessoas com Deficiências, 1982).
Com a nova Constituição Brasileira, em 1988, garantiu-se a educação na rede de ensino regular aos portadores de deficiência (Nogueira, 2006). 
Com a Lei Federal 7.853, Portadores de Deficiência, de 1989, fica claro: “Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (...)”.
Mesmo com esta Lei Federal 7.853 de 1989, poucos foram os deficientes que conseguiram ingressar no mercado de trabalho.
Por volta de 1990, surgiu o modelo social, com intuito de que as pessoas com deficiências pudessem ter direito de acesso aos serviços e bens necessários para seu desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional, visando à inclusão no âmbito da vida, para assumirem seus papeis sociais perante a sociedade (Soares, 2006). Sendo assim, a partir do século XX, os deficientes passaram a ser vistos como cidadãos com deveres e direitos perante à sociedade.
Em 1990, na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada na Tailândia pela UNESCO, discutiu-se os temas: necessidades educacionais básicas para todos, universalização do acesso, promoção de igualdade, ampliação de conteúdos da Educação Básica e melhoria no ambiente de estudo.
No ano de 1994, com a assinatura da Declaração de Salamanca por 80 países na Espanha, proclamou-se: um meio de combater a discriminação nas escolas regulares, o acolhimento das crianças independentes de suas condições físicas, intelectuais, emocionais, linguísticas e sociais. Em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases Nº 9.394, estabeleceram-se as diretrizes e bases da educação nacional, a fim de dar preferência a portadores de deficiência na rede de ensino regular (Nogueira, 2006).
No ano de 1991, o governo implantou a Lei de Cotas (Lei 8213/91), que determinou a obrigatoriedade de todas as empresas do setor privado a terem um porcentual de suas vagas para pessoas portadoras de deficiências de acordo com a quantidade de colaboradores (Simonelli, 2009). A legislação estabeleceu que empresas com 100 ou mais colaboradores, deveriam preencher uma parcela de seus cargos com pessoas com deficiência, e este cargo deveria ser preenchido de acordo com as seguintes porcentagens: de 100 a 200 – cota de 2%; de 201 a 500 – cota de 3%; de 501 a 1000 – cota de 4%; de 1.001 ou mais deve ter a cota de 5%.
Perante a Lei de Cotas (Lei 8213/91) existem tipos de deficiências a serem consideradas:
• Deficiência Física: como amputação, paraplegia, monoplegia, paraparesia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplesia, hemiparesia, ostomia, paralisia cerebral, nanismo;
• Deficiência Auditiva: perda bilateral, parcial ou total, aferida por exame de audiometria;
• Deficiência Visual: como cegueira, baixa visão, pessoas com campo visual de ambos os olhos igual ou menor que 60º.
• Deficiência Mental: pessoas com limitações associadas ou mais áreas de habilidades adaptativas como: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização de recursos da comunidade, saúde e segurança, lazer, habilidade acadêmicas e trabalho.
• Deficiência Múltipla: pessoa com duas ou mais deficiência. A comprovação da deficiência, para a empresa, é feita através de um Laudo Médico, emitido pelo Médico do Trabalho da empresa ou de outro médico do trabalho, e em caso de reabilitação, do Certificado de Reabilitação Profissional emitido pelo INSS.
Os empregadores encontram dificuldades para cumprir a Lei, pelas dificuldades ao encontrarem pessoas desqualificadas, pela falta de escolarização ou falta de vivência profissional para preenchimento das vagas; também aparece o questionamento acerca da inflexibilidade da lei. De acordo com Lobato (2009, p.33) “a falta de preparação da pessoa com deficiência para o trabalho, associado ao preconceito social e a falta de conhecimento de seu potencial, é apontada como um dos principais motivos para a não inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho.” 
Como as empresas são obrigadas a contratarem pessoas com deficiência, esse processo pode ser conduzido a contragosto da empresa, sendo visto como gerador de custo, pois as empresas têm que reestruturar seu mobiliário, adequar a função para a pessoa, a infraestrutura, etc. Isso quando as empresas não contratam somente para passarem na fiscalização do Ministério do Trabalho e dispensam o empregado em seguida. Muitas empresas não sabem como receber esta pessoa e como adaptá-la ao local de trabalho, bem como, construir programas de capacitação dos profissionais para conviverem com elas. (Lobato, 2009).
Na mesma lei, também se incluiu a Reabilitação Profissional para aqueles empregados submetidos aos programas de reabilitação devido à perda da possibilidade de exercerem a atividade que tinham no trabalho. Estas pessoas devem ser atestadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou órgãos afins, sobre sua impossibilidade de continuar exercendo a mesma função. A reabilitação é considerada quando a pessoa deixa de ser capaz de desenvolver sua função ou outras diferentes da que exerceu que sejam compatíveis com sua limitação. A fiscalização do descumprimento da lei fica sob responsabilidade do Ministério do Trabalho, por meio de carta enviada à empresa, onde esta deve comprovar o cumprimento da Lei com a documentação exigida legalmente. Se houver o descumprimento da Lei, é concebido um prazo que varia de 120 a 240 dias para atender à lei, após este prazo a empresa deve comparecer ao órgão com todos os documentos legais para a sua regularização. (Lei 8213/91).
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os movimentos sociais como expressões dos movimentos de luta de classes e lutas sociais são atores políticos do processo de configuração das políticas sociais, onde as necessidades dos sujeitos transformam-se em demandas que serão reivindicadas através das mobilizações, pressões e lutas sociais. Este processo de lutas de classes e lutas sociais leva a uma instância de negociação e outorgamento.
A multiplicidade de atores sociais e a dinâmica de redes políticas evidenciam a necessidade dos mecanismos de coordenação integrada e interinstitucional, que possibilitem a consolidação de políticas públicas em ambientes institucionais democráticos, descentralizados e com a participação de agentes implementadores diversificados.4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, Leide. Histórico das Conquistas das Pessoas com Deficiência no Brasil – Disponivel em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/historico-da-conquista-dos-direitos-da-pessoa-com-deficiencia-no-brasil/47726 acessado dia 01/05/2018.
GOHN, Maria da Gloria. 500 ANOS DE LUTAS SOCIAIS NO BRASIL: Movimentos Sociais, ONGs e Terceiro Setor. Revista Mediações V. 5, N. 1 jan/jun 2000.
MONTAÑO, C. & DURIGUETTO, M. L Estado, classe e movimento social. São 
Paulo: Cortez, 2010.
PEREIRA, P. A. P. Discussões conceituais sobre política social como política pública e direito de cidadania. In: BEHRING, E. R.; BOSCHETTI, I. ; MIOTO, R. C. T.; SANTOS, S. M. de M. dos (org.). Política social no capitalismo: tendências contemporâneas. São Paulo: Cortez, 2008 p. 87.
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
MARILIA BARRETO VAZ COSTA
REGIANE MARQUES DE PAULO SOUSA
SUELEN CARLA DE PAIVA SILVA COSTA
YANKA SARAH FREIRE AGUIAR
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
Trabalho apresentado à Universidade do Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Pesquisa Social e Oficina de Formação; Instrumentalidade em Serviço Social; Políticas Setoriais e Políticas Setoriais Contemporâneas; Movimentos Sociais.
Orientador(es): Professor(es): Rosane Ap. Belieiro Malvezzi, Amanda Boza Gonçalves, Maria Lucimar Pereira, Maria Angela Santini.
MARILIA BARRETO VAZ COSTA
REGIANE MARQUES DE PAULO SOUSA
SUELEN CARLA DE PAIVA SILVA COSTA
YANKA SARAH FREIRE AGUIAR

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