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Alterações Posturais

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Trabalho de O.P.C.S: Exercícios para correção postural e fortalecimento muscular para pacientes com dor lombar
Introdução
Esse trabalho tem como objetivo introduzir as diferentes alterações posturais que são observadas no cotidiano de idosos, praticantes de atividades físicas e sedentários. Definições de Força, Fortalecimento Muscular, Alongamento, Processos Dolorosos da Posição Lombar e Exercícios de correção postural também serão abordados nesse trabalho acadêmico.
 Desvios Posturais 
Também chamada de espinha dorsal, a coluna vertebral se articula superiormente com o crânio e inferiormente com o osso do quadril (ilíaco) e é dividida em quatro regiões: cervical (com 7 vértebras); torácica (com 12 vértebras); lombar (com 5 vértebras) e sacrococcígea (com 4 vértebras).
Vista de frente, a coluna saudável tem aparência reta. Quando vista lateralmente, ela tem uma forma que lembra a letra “S”. As vértebras que constituem a coluna estão ligadas umas às outras através dos discos intervertebrais que protegem a região dos impactos (funcionam como amortecedores). Dessa forma, a mobilidade da coluna se torna possível sem o risco de danos. A mobilidade também é viabilizada pela ação de músculos e ligamentos associados à região. É assim que a coluna vertebral funciona de maneira harmônica, mas diversas estruturas estão – e devem estar – envolvidas.
Se você não adota uma postura correta no dia a dia, quer seja em casa, no trabalho, no lazer ou durante a prática de atividades como dirigir é bem provável que o mau hábito seja responsável pelo surgimento de desvios anormais na coluna: acentuando as curvas (normais) já existentes, gerando Escoliose, Hiperlordose ou a Hipercifose , por exemplo ou tornando as curvaturas pouco evidenciadas, neste caso a coluna é reta).
Os desvios posturais, por sua vez, podem levar ao uso incorreto de outras articulações, como ombros, braços, quadris, joelhos e pés. Isso ocorre porque diante do desequilíbrio postural o corpo buscará, naturalmente, compensações a fim de manter o indivíduo em equilíbrio (o que, normalmente, também pode causar enrijecimento e encurtamento dos músculos). Além disso, os desvios posturais poderão acarretar, com o passar do tempo, pressão entre as vértebras, gerando as famosas dores nas costas.
Hiperlordose
A hiperlordose lombar está associada a uma anteversão pélvica e consequentemente um realinhamento de todas as outras curvas da coluna para uma compensação. A anteversão pélvica pode estar associada a um desequilíbrio dos músculos abdominal e glúteos, que estão enfraquecidos, e na musculatura lombar que se apresenta encurtada. Já a retificação da lordose lombar, está associada à retroversão da pelve, originando uma costa plana, com diminuição da mobilidade.
A hiperlordose cervical é caracterizada por uma proeminência da cabeça. A retificação da lordose cervical se caracteriza pela diminuição da lordose e consequentemente um pescoço reto, com diminuição de mobilidade.
Sintomas da hiperlordose
Modificação da postura do corpo e Limitação da mobilidade da coluna.
Causas da hiperlordose
Atitude assumida (má postura), Fadiga, Fraqueza Muscular, Gravidez, Obesidade
Diagnóstico e exames
Quanto mais precocemente for realizado o diagnóstico das deformidades da coluna melhor será o prognóstico. Para isso, o examinador realiza exames físicos, com uma detalhada observação do paciente com as costas desnudas e nas vistas frente, costas e perfil. Este exame é complementado por outro de fundamental importância diagnóstica que é a radiografia. O Raio X é o exame de escolha para todo paciente com exame clínico sugestivo de deformidade da coluna vertebral. Deve ser realizado com o paciente em pé, nas incidências anteroposterior e perfil e de preferência incluindo toda a coluna no mesmo filme. As deformidades são mensuradas em ângulos pela radiografia.
A coluna vertebral é formada por três tipos de curvas: cifóticas, lordóticas e escolióticas. As curvas cifóticas se referem à curva feita para fora da coluna torácica, enquanto as curvas lordóticas se referem à curva feita para dentro da coluna lombar ou cervical, bem acima das nádegas. Essas duas curvas são normais, exceto em graus aumentados. Já as curvas escolióticas são sempre anormais.
A lordose é caracterizada, portanto, por uma curvatura lordótica alterada, gerando a hipolordose (curvatura reduzida) ou a hiperlordose (curvatura acentuada). A segunda é a mais comum. Dentre as principais causas, podem ser identificadas alterações genéticas, contraturas e fraqueza muscular, especialmente, da musculatura abdominal e dos quadris.
A lordose pode surgir em todas as faixas etárias. Quando aparece na coluna lombar, o indivíduo tende a parecer excessivamente curvado nas costas, a região das nádegas é mais proeminente e a postura exagerada e pode haver presença de dor. Em alguns casos, a lordose pode afetar ainda o movimento.
1.2 Hipercifose 
A hipercifose torácica é definida como um aumento da curvatura no plano sagital da coluna torácica. Uma cifose torácica média apresenta 37° Cobb (método de avaliação e quantificação dessa curva).  Sendo que alguns autores determinam entre 20º a 50º Cobb o limite entre o fisiológico e o patológico. Esta desenvolve-se, com maior frequência, em pessoas idosas, sendo mais acentuada nas mulheres.
As curvaturas da coluna são definidas durante o crescimento e suas amplitudes variam de indivíduo para indivíduo. Dessa forma, é necessário levar em consideração a variedade fisiológica para classificar essas curvaturas em patológicas e não patológicas. As hipercifoses patológicas podem ser divididas em dois grandes grupos, aquela em que o caráter patológico se deve a importância de sua curvatura e aquelas em que a característica patológica é inegável como nos casos de doenças congênitas ou adquiridas, as quais são responsáveis pelo desenvolvimento da curvatura acentuada. Podem ser ocasionadas, também, pela adoção de posturas inadequados e condicionamento físico insuficiente.
Hipercifose secundária a patologias
Algumas doenças podem levar a uma deformidade da coluna, como é o caso da osteoporose e da espondilite anquilosante, que através de processos degenerativos, alteram a morfologia das vértebras. A constituição da coluna vertebral pode sofrer inúmeras alterações em sua constituição a partir do enfraquecimento muscular e das alterações osteoarticulares.
Hipercifose e postura
O tipo mais comum de cifose é a postural, conhecida também pela denominação de dorso curvo postural. Na verdade não é uma patologia definida da coluna, mas a posição em que o indivíduo desempenha as suas atividades rotineiras é que pode causar essa curvatura.
O cuidado pessoal com a coluna é fundamental no tratamento e na prevenção dos problemas de coluna: atentar-se com maneira correta de sentar, de apanhar algo no chão ou de carregar um peso, de deitar ou de dirigir automóvel, constituem o primeiro passo que leva aos bons resultados terapêuticos. A boa postura não deve ser um fim em si mesmo, mas uma parte do bem estar geral do indivíduo (Kendall, 1997).
O tratamento com fisioterapia e RPG
Grande parte das hipercifoses torácicas são corrigidas pelo tratamento fisioterapêutico. Na literatura aborda-se técnicas de fortalecimento muscular dos músculos próximos da coluna, bem como os abdominais e demais estabilizadores; orientações posturais; mudanças de hábito com o uso de colchões e palmilhas.
Uma técnica muito reconhecida e difundida pelo mundo é a Reeducação Postural Global (RPG) que é um método totalmente isento de medicamentos e que consiste em ajustamentos posturais para reorganização dos segmentos do corpo humano, o que permite a reorganização e o reequilíbrio dos músculos que mantêm a postura. Identifica e alonga os músculos considerados responsáveis pela alteração postural. A RPG representa uma série de exercícios práticos para evitar e aliviar os diversos tipos
de dores com movimentos que ajudam a alongar a musculatura e contribuem para dar mais forma ao corpo.
Escoliose
Quando a coluna vertebral assume uma posição de desalinhamento, contorcendo-se em seu próprio eixo, inclinando-se para frente ou para trás e para os lados, a deformidade é conhecida como escoliose (ocorre um desvio lateral da coluna que forma uma sinuosidade em forma da letra “S”. Existem dois tipos: funcional e estrutural. No tipo funcional, a deformidade ainda não está instalada definitivamente, pois não atinge as estruturas ósseas, somente os músculos; e no tipo estrutural, a curvatura já atinge as vértebras e se fixa. Com relação às causas, a grande maioria dos casos está relacionada com fatores desconhecidos (escoliose idiopática). Outras causas da escoliose estão relacionadas à sequela de doenças neurológicas (paralisia cerebral, poliomielite etc.), má formação congênita e ainda pós-trauma. A escoliose pode se manifestar já na infância. 
 Conceito de Força 
Força é uma palavra classificada na gramática portuguesa como um substantivo feminino que tem sua origem no latim fortia e significa energia, poder e impulso. É a capacidade existente para se realizar ou cumprir alguma coisa.
Pode-se dizer que a força é também a robustez, a intensidade ou a faculdade de deslocar algo ou alguém de um lugar para outro, como por exemplo, empurrar um carro que, ao ser ligado, não consegue sair do lugar sozinho, ou carregar uma caixa muito pesada de um plano para outro com o devido cuidado e segurança.
A força é um termo empregado em diversos campos que tem o intuito de designar que algo seja feito à base de certo pressionamento, esforço ou estímulo. No campo psicológico, emocional ou espiritual é a forte energia que se obtém para superar algum tipo de desafio ou problema. Como exemplo, tem-se a seguinte frase: “Momentos difíceis como esse em que se perde alguém muito especial é importante ter muita força e fé para superar, senão a pessoa acaba sucumbindo”.
Por outro lado, há a força muscular, que consiste na capacidade de se exercer o máximo de tensão para um movimento corporal específico. O aumento da força se dá de forma gradual por meio do aumento da massa muscular. Além disso, existem outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da força muscular, a saber: agilidade, resistência, flexibilidade e velocidade.
Quando realizamos qualquer treinamento que vise melhorar a força muscular de seus executantes, não podemos deixar de destacar termos relacionados à contração muscular.
A contração pode ser definida como o encurtamento das fibras musculares como resposta normal a um estímulo nervoso. Sendo assim, quando a pessoa realiza qualquer movimento, seu corpo estará realizando as chamadas contrações musculares.
De uma forma didática, existem 3 tipos de contração
• Contração isotônica (ou dinâmica): elementos contráteis do músculo são contraídos, os elementos elásticos não modificam seu comprimento, perceptível quando realizamos um movimento. Por exemplo: a flexão do cotovelo; 
 • Contração isométrica (ou estática): há contração dos elementos contráteis do músculo, mas os elementos elásticos são estirados, onde o desenvolvimento de força ocorre sem movimento articular aparente. Tipo de contração sem movimento visível articular (embora exista encurtamento de fibras), como exemplo: a musculatura da panturrilha para manter a posição em pé; 
• Contração autotônica: representa uma combinação das solicitações isométrica com isotônica.
Conceito de Alongamento 
Alongamento é um tipo de exercício físico orientado para a manutenção ou melhora da flexibilidade. Praticá-lo é muito comum em atividades físicas esportivas como ginástica e corrida, atividades não esportivas como a Yoga e o balé, e em reabilitação como a fisioterapia. Os exercícios de alongamento devem ser realizados preferencialmente após um bom aquecimento, como corrida leve ou exercícios calistênicos, pois a temperatura muscular geral ou específica afeta a flexibilidade.
Alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu comprimento. O principal efeito é o aumento da flexibilidade.
Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por ele e, portanto, maior a flexibilidade, o que o torna uma prática fundamental para o bom funcionamento do corpo, proporcionando maior agilidade de elasticidade e prevenir lesões.
Essencial para o aquecimento e relaxamento dos músculos, deve ser uma atividade incorporada ao exercício físico, mas também pode ser praticado sozinho. Qualquer pessoa pode aprender a fazer alongamentos, independentemente da idade e da flexibilidade.
Mesmo quem apresenta algum problema específico pode fazer alongamentos, mas com menos intensidade. Quando feitos de maneira adequada, os alongamentos trazem os seguintes benefícios: reduzem as tensões musculares; relaxam o corpo; proporcionam maior consciência corporal; deixam os movimentos mais soltos e leves; previnem lesões; preparam o corpo para atividades físicas, e ativam a circulação.
A respiração é considerada fundamental, pois quando se respira profundamente, aumenta-se o relaxamento muscular. É a respiração que dá o ritmo ao exercício e por isso deve ser lenta e profunda. 
Conceito de Exercício e Fortalecimento Muscular 
O exercício físico é qualquer atividade que mantém ou aumenta a aptidão física em geral, e tem o objetivo de alcançar a saúde e também a recreação. A razão da prática de exercícios inclui: o reforço da musculatura e do sistema cardiovascular; o aperfeiçoamento das habilidades atléticas; a perda de peso e/ou a manutenção de alguma parte do corpo. Para muitos médicos e especialistas, exercícios físicos realizados de forma regular ou frequente estimulam o sistema imunológico, ajudam a prevenir doenças (como cardiopatia, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, etc.) moderam o colesterol e até ajudam a prevenir a obesidade. Além disso, melhoram saúde mental e ajudam a prevenir a depressão. Todo exercício físico deve ser sempre realizado sob a orientação de um profissional ou centro desportivo qualificado, pois a prática de esportes somente nos permite atingir os objetivos esperados quando é devidamente orientada.
 O fortalecimento muscular se dá depois de uma rotina de exercícios que tem por objetivo maior exatamente isso. Ele deve ser apenas um complemento para atletas, isto é, para pessoas que já praticam uma atividade específica. A musculação nesse caso vai potencializar os músculos, que se fortalecerão conforme forem estimulados. A força e flexibilidade também é trabalhada no fortalecimento muscular.
Para trabalhar os músculos é preciso frequentar uma academia e ter assistência de um profissional qualificado. Os exercícios precisam aumentar de nível de acordo com resistência que o praticante vai adquirindo. Devido a musculação, as fibras musculares se fortalecem e, como são elas que revestem as articulações, elas dão mais estabilidade articular, dessa forma, há mais proteção em relação a lesões.
A quantidade de massa muscular que alguém terá não é determinada apenas por quanto ela se exercita mas também pela sua carga genética, isso significa que alguma pessoa tem chance de adquirir mais massa muscular do que outras com a mesma quantidade de exercícios. O exercício que mais contribui para o fortalecimento dos músculos é o levantamento de pesos, apesar de outros também ajudarem, em menor grau.
A musculação provoca o que se chama de hipertrofia muscular. Esse processo é causado por causa das repetições de séries de exercícios que provocam uma força de tensão sobre as fibras musculares. A tensão sofrida pelos músculos estimula o metabolismo das células, a quantidade de componentes celulares, então, aumenta, dando maior volume muscular. Isso ocorre basicamente porque quanto maior o trabalho a que é submetido as fibras que constituem os músculos, maior é a necessidade energética
das células e consequentemente a produção de glicogênio vai multiplicar, fazendo com que a massa muscular aumente.
A flexibilidade é um fator a ser melhorado quando alguém começa a fazer musculação. O processo anteriormente explicado favorece a elasticidade das fibras musculares, o que amplia as possibilidades de movimentos para quem pratica o levantamento de peso, por exemplo, pelo fato dele forçar os músculos nos constantes movimentos de contração que provocam a tensão das fibras. As repetições desses movimentos estimulam de forma direta a força muscular e sua resistência por serem movimentos localizados, ou seja, que se concentram em um grupo muscular específico. 
Quanto maior o esforço em fortalecer os músculos maior resultado se tem em relação as contrações musculares e possibilidade de movimentos. A qualidade de vida aumenta, diminui a probabilidade de problemas cardíacos e até respiratórios. Os exercícios que envolvem levantamento de peso e fortalecimento muscular são os mais recomendados para quem sofre de obesidade. 
A razão da recomendação é o fato da musculação aumentar o metabolismo e, por consequência, facilitar a perda de peso, afinal exercícios combinados com uma dieta provocam queima de calorias.
 
Os exercícios de musculação que tem o objetivo de dar força, são recomendados para pessoas de todos as idades, principalmente os idosos. Nessa faixa etária (a partir dos 55 anos), as pessoas começam a apresentar degenerações musculares que limitam sua possibilidade de movimentos e prejudicam a qualidade de vida. Quando elas começam a exercitar o corpo, principalmente com a musculação, a flexibilidade e a força podem aumentar, ajudando na movimentação do corpo e ampliando suas possibilidades de sobrevida. Porém, é preciso ter cuidado, o idoso não tem a mesma resistência de um adulto jovem, os exercícios não podem forçar além de sua capacidade para não ocorrerem lesões que nessa fase da vida demoram para serem regeneradas por causa do metabolismo mais lento.

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