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Arthropoda Chelicerata

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ARTHROPODA 
Chelicerata – Parte 1
Arthropoda= pés articulados
do grego: 
arthron = articulação +
poda = patas, pés 
Subfilo Chelicerata
• Contém os únicos artrópodos sem antenas. 
• Corpo geralmente dividido em cefalotórax anterior 
(prossomo) e um abdome posterior (opistossomo).
• Primeiros apêndices pós-orais → um par de quelíceras
para apreensão de alimento, geralmente seguido por um 
par de pedipalpos e quatro pares de pernas.
• Origem → marinha. 
• Evidenciada por uma longa história fóssil, começando na 
era Paleozóica.
• Apenas cinco espécies marinhas existem atualmente 
(límulos).
Classificação de Chelicerata
• Classe Merostomata
 Subclasse Xiphosura - límulos
 Subclasse Eurypterida (fósseis) 
• Classe Arachnida - aranhas, escorpiões, ácaros, 
carrapatos, opiliões.
• Classe Pycnogonida - pantópodos.
Classe Merostomata –
Subclasse Xiphosura
• Habitat: marinhos, de água rasa e substrato mole. 
• Prossomo coberto por uma grande carapaça em forma de 
ferradura.
• Segmentos abdominais fundidos.
• Pedipalpos das patas posteriores sem diferenciação, salvo nos 
machos maduros, no qual são usados para segurar a fêmea.
• Telson posterior semelhante a um espinho → usado para 
empurrar e endireitar-se.
• Cinco pares de brânquias foliáceas no lado ventral do abdome.
• Apêndices pós-orais:
 um par de quelíceras para apreensão de alimento,
 geralmente seguido por um par de pedipalpos e 
 quatro pares de patas (pernas).
Limulus
Os límulos são normalmente encontrados do Golfo do México e ao 
longo das costas do Atlântico Norte (Baía de Delaware). Existe também 
uma espécie encontrada no Japão.
Anatomia
Desova
Durante toda a primavera esses animais sobem, aos milhares, até as 
praias para desovar, durante as marés altas, nas noites de lua nova e 
cheia. As fêmeas desovam em média 20.000 ovos por cova que cavam 
na areia da praia; as larvas eclodem após duas semanas. Podem 
atingir os 50 cm. Alimentam-se de moluscos, vermes e 
outros invertebrados. 
Classe Merostomata –
Subclasse Eurypterida
• O registro fóssil indica que algumas espécies dos 
extintos euripterídeos do Paleozóico invadiram a água 
doce e podem ter dado origem à classe Arachnida.
Adaptação à respiração aérea
• Presume-se que a vida originou-se no mar.
• A maioria dos animais – com exceção de alguns grupos 
de artrópodes) são marinhos.
• A adaptação evolutiva em larga escala à respiração aérea 
ocorre apenas entre s artrópodes e os vertebrados.
• Fácil acesso a0 oxigênio presente na atmosfera:
•  alta taxa metabólica;
•  alto grau de desenvolvimento organizacional.
• Revés da respiração aérea  evaporação da água.
Classe Arachnida
• Os aracnídeos compreendem as classes mais amplas e, do 
ponto de vista humano, as mais importantes dos 
quelicerados.
• Incluem muitas formas comuns e familiares, tais como 
aranhas, escorpiões, ácaros e carrapatos.
• História evolutiva - Constituem um grupo antigo:
 os fósseis representativos de todas as ordens datam do 
período Carbonífero;
 os escorpiões fósseis datam do período Siluriano. 
• Aracnídeos primitivos → eram aquáticos e foram 
contemporâneos dos euripterídeos, dos quais acredita-se que 
evoluíram.
• Primeiros aracnídeos terrestres → apareceram no Devoniano 
• Primeiros escorpiões terrestres → no Carbonífero.
Classe Arachnida
Para a conquista do ambiente terrestre, estes animais aquáticos 
sofreram modificações morfológicas e fisiológicas 
fundamentais: 
 a epicutícula tornou-se cerosa, reduzindo a perda de água;
 as brânquias foliáceas foram modificadas para utilizarem ar 
para respirar, dando lugar ao desenvolvimento dos pulmões 
foliáceos e das traquéias dos aracnídeos;
 os apêndices adaptaram-se melhor para a locomoção terrestre.
Inovações de alguns grupos:
 glândulas produtoras de seda nas aranhas, pseudo-escorpiões e 
alguns ácaros;
 glândulas produtoras de veneno em escorpiões, aranhas e 
pseudo-escorpiões.
Classe Arachnida - Anatomia
• Divisão do corpo: prossomo (cefalotórax) e abdome.
 Prossomo - não segmentado, coberto por uma 
carapaça sólida; superfície ventral com uma ou mais 
placas esternais ou coberta pelas coxas dos apêndices.
 Abdome – segmentado, se divide em um pré-abdome e 
um pós-abdome. 
 Na maioria dos aracnídeos, menos nos escorpiões →
desapareceu a tendência para a segmentação em virtude 
da fusão. 
 Nos ácaros → abdome fundiu-se com o prossomo para 
formar uma única região do corpo.
Classe Arachnida - Anatomia
Apêndices - têm origem no prossomo → um par de 
quelíceras, um par de pedipalpos e quatro pares de 
patas.
• Quelíceras utilizadas para a alimentação.
• Pedipalpos  realizam várias funções e estão 
diversamente modificados.
Quelíceras
Fisiologia - Nutrição
• Maioria carnívora.
• Digestão ocorre parcialmente fora do corpo. 
• Presas (pequenos artrópodos) são capturadas e mortas 
pelos pedipalpos e quelíceras. 
• Enzimas secretadas pelo intestino médio são liberadas 
sobre os tecidos dilacerados da presa.
• Digestão prossegue rapidamente, dando origem a um 
caldo parcialmente digerido. 
• Este líquido chega então até a cavidade pré-bucal.
Alimentação
Fisiologia - Nutrição
• BOCA - o alimento líquido passa pela boca e chega até a 
faringe.
• FARINGE - é o principal órgão de bombeamento, 
levando o líquido alimentar até o intestino anterior.
• ESÔFAGO - em alguns aracnídeos o esôfago está 
dilatado e forma uma bomba adicional. 
• Esôfago leva o alimento ao intestino médio ou 
mesêntero. 
• INTESTINO - dividido em três regiões:
 Intestino anterior - pouca absorção, recebe o líquido 
alimentar bombeado pela faringe.
Fisiologia - Nutrição
 Intestino médio (mesêntero) - consiste de um tubo 
central com divertículos laterais, localizados no prossomo e 
no abdome e se enchem com o líquido parcialmente digerido, 
bombeado ao intestino anterior.
 A parede do intestino médio é composta de células 
secretoras e de absorção.
 Células secretoras - produzem enzimas destinadas á 
digestão externa e para completar a digestão depois que o 
alimento chega ao mesêntero.
 Células intersticiais - circundam os divertículos e têm a 
função de armazenar grande parte do alimento absorvido.
 Intestino (posterior) - curto e esclerotizado, ligado ao 
ânus.
Fisiologia - Excreção
• A guanina é o mais importante produto de excreção nitrogenada 
dos aracnídeos.
• ÓRGÃOS EXCRETORES: 
 glândulas coxais e túbulos de Malpighi;
 alguns grupos possuem ambos; 
 certos grupos, um ou outro.
• Glândulas coxais - sacos esféricos de paredes delgadas, nunca 
mais que quatro pares, situadas ao longo dos lados do prossomo, 
que coletam detritos do sangue circulante. 
• Túbulos de Malpighi - consiste de um ou dois pares de tubos 
delgados que têm origem na parte posterior do mesêntero na sua 
junção com o intestino. 
• Os detritos passam do sangue, através das delgadas paredes do 
túbulo, para o lúmen e depois para o intestino.
• Aracnídeos possuem também nefrócitos localizados em grupos, 
em certas partes do prossomo e abdome.
Fisiologia – Sistema Nervoso
• Sistema nervoso → muito concentrado, exceto nos 
escorpiões relativamente primitivos.
• CÉREBRO - composto de protocérebro e tritocérebro.
• É uma massa ganglionar anterior situado acima do 
esôfago.
• Protocérebro - contém os centros ópticos e os nervos 
ópticos.
• Tritocérebro - contém os nervos destinados às 
quelíceras.
• O resto do sistema nervoso é subjacente ao esôfago.
Fisiologia – Sistema Nervoso
• ÓRGÃOS SENSORIAIS:
• Pêlos sensoriais
 Espalhados pela superfície do corpo, mas abundam 
particularmente nos apêndices. 
 Para a maioria dos aracnídeosrepresentam os órgãos 
dos sentidos mais importantes. 
 A base do pêlo contém um processo de uma célula 
nervosa sensorial da hipoderme e é estimulado por leves 
vibrações ou correntes de ar.
Fisiologia – Sistema Nervoso
• ÓRGÃOS SENSORIAIS:
• Olhos
 São formados por uma combinação de córnea e 
cristalino, que se continuam com a cutícula. 
 Abaixo do cristalino existe uma camada retiniana, que 
contém as células fotorreceptoras.
 Número de receptores → diretamente relacionado com a 
capacidade do olho para formar uma imagem, um 
fenômeno conseguido por um número muito pequeno 
de aracnídeos.
Fisiologia – Sistema Nervoso
• ÓRGÃOS SENSORIAIS:
• Órgãos sensoriais em fenda
 Consiste de uma depressão em forma de ranhura na 
cutícula, coberta por uma membrana muito delgada, 
que se abaula para dentro. 
 A superfície inferior da membrana está em contato com 
um processo em forma de pêlo, que se projeta para cima 
a partir de uma célula sensorial. 
 Podem estar presente em grandes números, isolados ou 
em grupos, nos apêndices e no corpo da maioria dos 
aracnídeos. 
 Percebem ligeiras mudanças na tensão do exoesqueleto 
e detectam vibrações sonoras. 
Fisiologia – Trocas Gasosas
• Aracnídeos possuem pulmões foliáceos, traquéias ou ambos. 
• Pulmões foliáceos - são primitivos e provavelmente uma 
modificação das brânquias foliáceas, uma adaptação 
associada com a migração dos aracnídeos para o ambiente 
terrestre. 
 Pulmões foliáceos são internos, ocorrem aos pares e estão 
localizados na parte ventral do abdome.
• Traquéias - o sistema traqueal dos aracnídeos é análogo ao 
dos insetos e, em alguns casos parece ser derivado dos 
pulmões foliáceos. 
• Traquéias tendem a ser mais desenvolvidas nos arcanídeos
pequenos que, de outra maneira, estariam sujeitos a uma 
perda maior de água com pulmões foliáceos.
• Pigmento respiratório - hemocianina (em escorpiões e 
muitas aranhas com pulmões foliáceos).
Fisiologia – Transporte Interno
• O coração está localizado na metade anterior do abdome. Em 
alguns ácaros o coração está ausente.
• CORAÇÃO:
 GRANDE AORTA ANTERIOR  supre o prossomo.
 PEQUENA AORTA POSTERIOR metade posterior do abdome. 
 PEQUENAS ARTÉRIAS ABDOMINAIS  de cada segmento 
cardíaco parte um par dessas artérias, que lançam o sangue nos 
espaços tissulares e em um grande seio ventral que banha os 
pulmões foliáceos. 
• CANAIS VENOSOS - um ou mais pares de canais venosos levam o 
sangue desde o seio ventral ou os pulmões foliáceos, para trás, até a 
câmara pericárdica.
Fisiologia – Reprodução
• ORIFÍCIO GENITAL - em ambos os sexos é geralmente encontrado 
no lado ventral do segundo segmento abdominal ou oitavo do 
corpo.
• GÔNADAS - encontram-se no abdome e podem ser únicas ou 
pares. 
• ESPERMATÓFORO - modo de transferência indireta de 
espermatozóides.
• O macho se encarrega de atrair a fêmea até o espermatóforo. 
• Não há cópula.
• CORTE - freqüentemente há uma corte.
• Os sexos, especialmente a fêmea, de diferentes grupos respondem a 
determinados estímulos químicos, táteis ou visuais.
A, espermatóforo de T. brazilae; B, fêmea de T. mattogrossensis com filhotes 
após realizarem a primeira muda; C, escorpião partenogenético T. serrulatus
com filhotes no dorso; D, T. kuryi comendo uma aranha da família Lycosidae; E, 
corte de T. neglectus (Fotos: Tiago Jordão Porto).
ORDEM SCORPIONES -
escorpiões
ORDEM SCORPIONES 
• Mais antigos dos artrópodos terrestres conhecidos e 
provavelmente os primeiros a conquistar a terra. 
• Registro fóssil data do Siluriano e do Devoniano. 
• Eram aquáticos, possuíam brânquias e não tinham 
quelas tarsais. 
• Escorpiões terrestres apareceram no Carbonífero.
• Foram descritas cerca de 800 espécies, sendo 
encontrados mais comumente em zonas tropicais e 
subtropicais.
• São geralmente de hábitos crípticos e vida noturna.
ORDEM SCORPIONES
• Seu tamanho varia de 3 a 9 cm (maioria). 
• Menor espécie é Microbuthus pusillus de 13 mm e a maior 
é Pandinus africano, que atinge 18 cm de comprimento.
• São absolutamente carnívoros e alimentam-se de 
invertebrados, especialmente insetos.
• Corpo consiste de um prossomo coberto por uma carapaça 
única e de um abdome longo que termina em um aguilhão 
pontiagudo.
• Aguilhão→ preso à parte posterior do último segmento e 
consta de uma base bulbar e uma ponta curva aguda que 
injeta o veneno.
• O veneno neurotóxico dos escorpiões, produzido por um par 
de glândulas ovais, é muito doloroso e pode causar paralisia 
dos músculos respiratórios ou parada cardíaca em casos 
fatais. 
• Dispõe-se de antídotos para o veneno das espécies que 
existem em regiões povoadas pelo homem.
Microbuthus pusillus
Pandinus
Ferrão no telson de um escorpião mostrando uma gota de veneno 
saindo. Foto: Eduardo D.V., disponível em 
http://www.mzufba.ufba.br/WEB/MZV_arquivos/artropodes_escorpioes.html
ORDEM SCORPIONES
• Trocas gasosas através de pulmões foliáceos e excreção 
através de dois túbulos de Malpighi.
• Sistema nervoso conserva um cordão nervoso definido 
com sete gânglios não fundidos. 
• Fibras gigantes integram o movimento de agarrar e o 
ataque do aguilhão. 
• Exibem pouco dimorfismo sexual; a distinção de sexo se 
faz pela presença do gancho nas placas operculares do 
macho. 
• Antes do acasalamento, os escorpiões executam um 
longo ritual de corte.
Espermatóforo
ORDEM SCORPIONES 
• O macho deposita um espermatóforo que se fixa 
ao solo; ele manobra, então, a fêmea de forma 
que sua área genital fique sobre o 
espermatóforo. 
• Todos são ovovíparos ou autenticamente 
vivíparos, isto é, incubam seus ovos no trato 
reprodutivo feminino.
• Produção de 6 a 90 indivíduos jovens de poucos 
milímetros de comprimento. 
• Alcançam a idade adulta em cerca de um ano, 
após sofreram várias mudas.
• Podem viver de 3 a 4 anos.
CICLO DE VIDA 
CARACTERIZAÇÃO DAS FASES DO 
DESENVOLVIMENTO PÓSEMBRIONÁRIO
DO ESCORPIÃO TITYUS STIGMURUS 
(THORELL, 1876) (SCORPIONES: 
BUTHIDAE).
• André Felipe de Araujo Lira1; Cleide Maria 
Ribeiro de Albuquerque2
• 1Estudante do Curso de Ciências 
Biológicas/Bacharelado - CCB – UFPE; E-mail: 
sargametal@hotmail.com,
• 2Docente/pesquisador do Depto de Zoologia – CCB 
– UFPE. E-mail: cleide.ufpe@gmail.com.
CICLO DE VIDA 
Sumário:
• O trabalho teve como objetivo analisar e caracterizar as 
fases do desenvolvimento pós-embrionário em Tityus
stigmurus, espécie de maior importância médica em 
Pernambuco. 
• Animais mantidos em laboratório foram observados 
diariamente para determinação da duração dos estágios 
imaturos e do número 
• de ecdises. 
• Medidas da carapaça, V segmento do metassoma e quela
do pedipalpo serviram de base para o cálculo de 
crescimento dos diferentes instars. 
CICLO DE VIDA 
• O ciclo de vida teve a duração de 871 dias com a 
realização de seis mudas. 
• O fator de crescimento foi constante entre os 
instares (1,21 ± 0,08). 
• Embora T. stigmurus apresente um número de 
ecdises similar a outros Tityus, seu tempo de 
maturação apresentou-se cerca de 10 meses mais 
longo que a maioria do gênero no Brasil .
Tabela - Duração e idade acumulada (em dias) dos instars de Tityus
stigmurus (Thorell, 1877) em diferentes estágios de desenvolvimento 
(média ± desvio padrão) 
Estágios do
desenvolvimento 
Duração Idade
Acumulada
1º instar (n=40) 3,9 ± 0,7 3,9 ± 0,7
2º instar (n=16 64,4 ± 14,0 60,8 ± 14,19
3º instar (n=10) 103,80 ± 19,24 165,60 ± 17,37
4 º instar (n=6) 216,33 ± 94,24 382,83 ±107,22
5º instar (n=6) 261,00±78,68 672,25 ± 68,00
6º instar (n=1) 186 871
CICLO DE VIDA 
DISCUSSÃO
• T. stigmurus atingiu a maturidade quasedois anos e 
meio após o nascimento permanecendo na média para o 
grupo de escorpiões, no entanto, bastante elevada em 
relação a outras espécies do gênero Tityus cuja duração 
média é entre 1 a 1,5 anos em laboratório.
• Comparado a T. bahiensis e T. serrulatus, espécies 
que habitam a mesma região e, portanto estão expostas a 
variações ambientais similares, T. stigmurus apresenta 
um ciclo de vida mais prolongado em pelo menos dez 
meses. 
CICLO DE VIDA 
DISCUSSÃO
• Apesar do número de mudas de T. stigmurus para 
alcançar a maturidade ter sido similar ao descrito para 
outras espécies do gênero Tityus que é entre cinco e seis, 
essa espécie não seguiu o padrão de desenvolvimento de 
outros butídeos, apresentando um prolongamento na 
duração do ciclo de vida. 
•T. bahiensis apresenta um desenvolvimento pós-
embrionário de 10 a 14 meses, tendo somente 3 a 4 mudas, 
enquanto T. serrulatus apresenta um ciclo de 15 a 16 
meses, passando por cinco mudas até alcançar a idade 
adulta.
PICADA DO ESCORPIÃO 
• Dor intensa no local com irradiação pelo 
membro afetado. 
• Sensação de queimação, agulhada e latejamento. 
• Picada semelhante ao de uma vespa ou abelha -
inchaço e vermelhidão. 
• Geralmente as picadas ocorrem nos membros 
superiores, sendo mais da metade delas (65%) 
nas mãos ou antebraços.
• Principais vítimas - crianças menores de 14 
anos.
PEÇONHA DO ESCORPIÃO 
• Toxinas escorpiônicas agem estimulando a 
liberação de neurotransmissores do sistema 
nervoso autônomo. 
• Intensidade dos sinais e sintomas do 
escorpionismo - depende da dose de veneno.
• Desde que socorrida rapidamente, a maioria das 
vítimas, recupera-se com o tratamento.
• Gravidade do envenenamento - depende não só 
da dose como a espécie de escorpião.
• Veneno do escorpião amarelo (Tityus
serrulatus) é o mais potente na América do Sul 
e no Brasil.
PEÇONHA DO ESCORPIÃO 
Nos acidentes moderados e graves, após 2 ou 3 
horas surgem os seguintes sintomas:
• alteração da temperatura corporal, suor constante e 
abundante.
• náusea, vômito, salivação excessiva, dor abdominal 
e diarréia.
• arritmia do coração (aumento e redução) e alteração 
da pressão sanguínea (aumento e diminuição),
• alterações respiratórias podendo ocorrer acúmulo 
de fluidos no pulmão → principal causa dos óbitos.
• agitação, sonolência, confusão mental
ORDEM PSEUDOSCORPIONES -
pseudo-escorpiões
ORDEM PSEUDOSCORPIONES
• Aracnídeos pequenos que raras vezes atingem mais que 8 mm 
de comprimento.
• Animais raramente vistos, embora bastante comuns, diferem 
dos escorpiões por não possuírem o abdome longo e o 
aguilhão.
• São encontrados em todas as partes do mundo. 
• Foram descritas cerca de 2000 espécies.
• As quelíceras constam de dois artículos formando um par de 
pinças e possuem várias estruturas acessórias.
• Pedipalpos são similares ao dos escorpiões, mas caracterizam-
se por possuírem uma glândula produtora de veneno em um 
ou em ambos os dedos ou na mão.
• Alimentam-se de pequenos artrópodos, tais como colêmbolos
e ácaros.
• Vivem no folhiço, no solo, debaixo de cascas de árvores e 
pedras, em musgos e tipos similares de vegetação e em ninhos 
de alguns mamíferos.
ORDEM SOLIFUGAE - solífugos, 
aranhas-do-sol ou escorpiões-do-
vento.
ORDEM SOLIFUGAE
• Aracnídeos grandes com até 7 cm de comprimento.
• Descritas cerca de 800 espécies tropicais e 
semitropicais.
• Nomes populares:
- aranhas-do-sol - hábitos diurnos apresentados por 
muitas espécies ou 
- escorpiões-de-vento, por causa da grande velocidade 
com que podem correr.
• Preferem um meio ambiente árido. 
• São comuns nas regiões desérticas e quentes do 
mundo. 
ORDEM SOLIFUGAE
• Se escondem sob pedras e em fendas e muitas 
espécies são cavadoras. 
• Característica marcante → enorme tamanho de 
suas quelíceras. 
• Alimentam-se de todos os tipos de pequenos 
animais, incluindo vertebrados. 
• Pedipalpos capturam as presas e passam-na 
para as quelíceras.
ORDEM SOLIFUGAE
• Quelíceras – função de matar o animal 
capturado e despedaçar seus tecidos.
• Transmissão de espermatozóides para a fêmea:
- pode ser direta ou 
- macho pode emitir um glóbulo de sêmen que é 
apanhado com as quelíceras e depositado no 
orifício genital da fêmea.
• Fêmea deposita de 50 a 200 ovos em buracos na 
terra.
ORDEM PALPIGRADI - palpígrados
ORDEM PALPIGRADI
• Descritas 50 espécies, em regiões tropicais e 
temperadas quentes. 
• Vivem debaixo de pedras e no solo ou em 
cavernas onde a umidade é alta.
• Característica mais marcante - presença de um 
flagelo terminal parecido a um chicote.
• Hábitos alimentares e comportamento sexual 
ainda não foram descritos.
• Os ovos são grandes e apenas alguns são 
depositados de cada vez.
ORDEM UROPYGI - uropígeos ou 
escorpiões-vinagre 
ORDEM UROPYGI
• Descritas cerce de 85 espécies, encontradas em 
regiões tropicais e semitropicais da América e da 
Ásia
• Hábitos noturnos e escondem-se durante o dia 
debaixo de folhas, rochas e outros objetos. 
• Algumas espécies são desérticas, mas a maior 
parte tem uma preferência distinta pelos 
ambientes úmidos.
• Característica mais marcante → presença de um 
flagelo terminal parecido a um chicote, como nos 
palpígrados.
ORDEM UROPYGI
• Metade posterior do abdome possui um par de 
grandes glândulas anais, que se abrem em cada 
lado do ânus. 
• Quando irritado o animal eleva a extremidade do 
abdome e asperge o atacante com um fluído 
secretado por essas glândulas.
• Fluído, composto de ácido acético (84%) e ácido 
caprílico (5%) em Mastigoproctus, pode 
queimar a pela humana.
• O odor repelente levou esses animais a serem 
chamados de escorpiões-vinagre.
ORDEM UROPYGI
• Transferência de espermatozóides é indireta → 
espermatóforo.
• Fêmea:
→ se isola em um abrigo ou refúgio e deposita 
cerca de 7 a 35 ovos grande.; 
→ permanecendo no abrigo com os ovos 
aderidos no seu corpo até que eclodam e 
sofram várias mudas. 
→ morre logo após jovens se dispersarem.
ORDEM SCHIZOMIDA -
esquizomídeos
ORDEM SCHIZOMIDA
• Composta de uma única família de pequenos 
aracnídeos (menos de 1 cm de comprimento).
• Tropicais, vivem debaixo de troncos ou pedras 
ou em folhas em decomposição. 
• Eram incluídos na Ordem Uropygi.
• Característica → divisão do prossomo em três 
regiões, cada uma coberta dorsalmente por 
placas separadas.
ORDEM AMBLYPYGI - amblipígios
ORDEM AMBLYPYGI
• Tamanho varia de 4 a 45 mm de comprimento .
• Corpo achatado, que se parece com o das aranhas.
• Foram descritas cerce de 85 espécies.
• Hábitos noturnos e ocultos, escondendo-se durante o 
dia debaixo de troncos, pedras, folhas e objetos 
similares. 
• Membros desse grupo preferem ambientes úmidos.
• Quelíceras semelhantes às das aranhas e arrancam 
partes da presa capturada pelos fortes pedipalpos.
• Há a deposição de espermatóforos pelo macho e o 
comportamento de corte é característico de muitas 
espécies.

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