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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES 
ODONTOLOGIA 
JONATHAN CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE DE 
MOGI DAS CRUZES 
Jonathan Cardoso 2 
PALAVRAS CHAVE 
ACELERADOR: composto que acelera a reação; também se refere ao catalisador na 
reação de matérias de moldagem. 
REAÇÃO DE ADIÇÃO: reação de polimerização na qual cada cadeia polimérica cresce 
sequencialmente até o comprimento máximo. 
PASTA-BASE (MASSA-BASE): componente que forma a estrutura tridimensional principal 
de um molde. 
MODELO: reprodução dimensionalmente precisa de parte da cavidade oral ou estruturas 
faciais extraorais, produzida em um material duro e durável; réplica em positivo em escala 
natural de dentes, tecidos moles e estruturas restauradas, utilizada como recurso 
diagnóstico, para construção de dispositivos ortodônticos e protéticos. 
PASTA CATALIZADORA: componente da reação de polimerização que diminui a energia 
necessária para a reação e normalmente não se torna parte do produto final; entretanto, o 
termo catalisador tem sido utilizado para se referir ao componente estrutural de materiais 
dentários que inicia a reação de polimerização. 
COLOIDE: substância solida, líquida ou gasosa composta por moléculas grandes ou 
massas de moléculas menores que permanecem em suspensão em um meio circundante 
contínuo de uma matéria. 
REAÇÃO DE CONDENSAÇÃO: processo de polimerização no qual monômeros 
bifuncionais ou multifuncionais reagem para formar dímeros, em seguida trímeros e 
eventualmente polímeros de cadeia longa. 
ELASTÔMERO: qualquer um dos diversos polímeros que apresentam as propriedades 
elásticas da borracha natural. 
MICELA: agregado de moléculas surfactantes ou íons em solução 
PSEUDOPLASTICIDADE: tendência de um material se tornar menos viscoso. 
PRESA: estado suficientemente rígido ou elástico que permite a remoção de um molde da 
boca sem deformação plástica. 
TEMPO DE PRESA: tempo decorrido do início da manipulação até o ponto no qual o 
material perde seu potencial de escoamento ou sua plasticidade. 
SINÉRESE: saída de fluído para superfície de géis 
TIXOTROPIA: propriedades de certos géis ou fluídos se tornarem menos viscosos 
quando energia suficiente, na forma de força de impacto ou vibração, é aplicada para 
superar sua tensão de escoamento, em repouso; eles necessitam de um tempo específico 
para retornar ao estado viscoso inicial. 
VISCOELASTICIDADE: capacidade de um material se deformar instantaneamente como 
um sólido elástico durante um esticamento rápido ou resistir ao escoamento por 
cisalhamento e se deformar linearmente ao longo do tempo, quando submetido a uma 
carga aplicada lentamente. 
CALCINAÇÃO: processo de aquecimento de um material sólido para eliminar 
componentes quimicamente combinados voláteis, tais como água e dióxido de carbono. 
TROQUEL: reprodução de um dente preparado feito com gesso, resina epóxi, metal ou 
material refratário. 
EXPANSÃO HIGROSCÓPICA: expansão que ocorre quando o gesso ou um revestimento 
aglutinado por gesso toma presa imerso em água (geralmente aquecida a 
aproximadamente 38º). 
 
PROPRIEDADES FÍSICAS 
 
VISCOSIDADE: representa uma medida de resistência ao escoamento de materiais não-
cristalinos. Quanto maiores forem as moléculas constituintes de um fluido e mais fortes 
forem as uniões intermoleculares, menor será seu escoamento e, portanto, maior sua 
viscosidade. Em Engenharia de materiais, essa grandeza representa a razão entre a 
UNIVERSIDADE DE 
MOGI DAS CRUZES 
Jonathan Cardoso 3 
tensão de cisalhamento aplicada e a alteração na velocidade em função da distância. 
Essa propriedade é bastante relevante no estudo dos materiais de moldagem. Todos os 
materiais de moldagem são parcialmente viscoelásticos em sua natureza e podem sofrer 
deformação permanente quando removidos de áreas retentivas. 
RELAXAMENTO DAS TENSÕES: redução das tensões para materiais submetidos a 
deformações constantes. 
CREEP OU FLUÊNCIA : este termo é constantemente confundido com escoamento. O 
termo creep implica uma pequena deformação produzida por altas tensões relativas 
durante um longo período, enquanto o escoamento se refere a uma grande deformação 
produzida de forma mais rápida e sob tensões aplicadas de menor magnitude. 
 
PROPRIEDADES TÉRMICAS 
 
COEFICIENTE DE EXPANSÃO TÉRMICA LINEAR: é definido como a alteração de 
comprimento por unidade de comprimento de um material, quando a sua temperatura é 
aumentada ou reduzida em 1ºC. É importante que os materiais restauradores diretos e 
indiretos tenham coeficientes de expansão térmica linear semelhantes aos das estruturas 
dentais para que se expandam ou se contraiam de forma semelhante. 
 
PROPRIEDADES ÓPTICAS 
 
LUZ: tecnicamente chamada de iluminante, pode variar imensamente conforme o 
ambiente em que se está. 
AS TRÊS DIMENSÕES DA COR: 
 MATIZ: descreve a cor predominante de um objeto, por exemplo, verde, amarelo 
ou azul. Classicamente, os matizes dentais foram identificados e classificados por 
letras pela Vita Zahnfabrik (Alemanha) da seguinte maneira: A = Marrom-
avermelhado; B = amarelo-alaranjado; C = cinza-esverdeado; D = cinza-rosado. 
 CROMA: é o grau de saturação ou a intensidade do matiz. Na classificação de 
cores Vita, o croma é identificado por números. Dessa forma, o matiz A vai de A1 
até A4. À medida que número aumenta, vai havendo maior saturação do matiz. 
OPCACIDADE, TRANSLUCIDEZ E TRANSPARÊNCIA: a diferença entre materiais 
opacos, transparentes e translúcidos é o grau de transmissão de luz que é possível em 
cada um. Os corpos opacos contêm pigmentos que impedem a passagem de luz e, 
assim, a energia incidente é absorvida ou refletida. No lado extremo, estão os objetos 
transparentes. Nesse caso, grande parte da luz incidente é refratada, ou seja, atravessa 
toda a extensão do corpo seguindo seu curso até atingir estruturas capazes de refleti-la 
ou absorve-la. Entre esses dois extremos estão os corpos translúcidos, nas quais a luz é 
parcialmente transmitida, devido à dispersão dentro do material. 
 
PROPRIEDADES MECÂNICAS 
 
TENSÃO E DEFORMAÇÃO: Quando uma força atua sobre um corpo, uma reação a essa 
carga é desenvolvida internamente. Essa reação tem a mesma magnitude e direção, 
contudo sentido oposto ao da força externa, sendo denominada tensão. As tensões 
tendem a deslocar átomos até encontrarem uma nova posição de equilíbrio sob ação da 
força. As tensões podem ser de: 
• tração (o corpo resiste ao alongamento; 
• compressão (o corpo resiste ao encurtamento); 
• cisalhamento (o corpo resiste ao deslizamento de planos); 
• flexão (onde aparecem os três tipos de tensões). 
UNIVERSIDADE DE 
MOGI DAS CRUZES 
Jonathan Cardoso 4 
Ainda existem dois tipos de deformação: elástica ( após remoção da força o corpo volta a 
apresentar suas dimensões originais) e plástica (após a aplicação de uma força, o corpo 
se deforma permanentemente). 
 
PROPRIEDADES DE RESISTÊNCIA 
 
 Resistência a tração 
 Resistência a compressão 
 Resistência a flexão 
 Resistência a fadiga 
 Resistência ao desgaste 
 Dureza 
 
MATERIAIS DE MOLDAGEM 
 
Podem ser classificados em; 
ANELÁSTICOS: 
 Godiva, Pasta de OZE e Gesso. 
ELÁSTICOS: 
 Hidrocolóides e Elastômeros. 
 
ANELÁSTICOS 
 
GESSO ODONTOLÓGICO: 
Tipo I: gesso para moldagem 
Tipo II: gesso comum (modelos de estudo e documentação) 
Tipo III: gesso pedra (modelos finais) 
Tipo IV: gesso pedra de alta resistência mecânica (troqueis e modelos de precisão) 
Tipo V: gesso pedra de alta resistência mecânica e expansão de presa modificada 
(troqueis e ligas com contração de solidificação elevada) 
Tempo de trabalho: 1 minuto para espatular + 3 minutos para utilizar 
Tempo de presa: inicial (depois da perda de brilho) e final(após o aquecimento e 
resfriamento) 
 
PASTA DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL OU EUGENÓLICA (LYSANDA): 
 Material rígido 
 Pasta base + pasta catalisadora 
 Indicada para o reembasamento, moldagem funcional de desdentado, pós 
gengivectomia para retenção de medicamentos, registro de mordida em PT. 
 Reação acelerada na presença de água, umidade elevada e calor 
 Manipulação: folha de papel impermeável ou placa de vidro + espátula 36 
 Espatulação: 1” – mistura uniforme de coloração rósea 
 Tempo de trabalho: 3 a 6 minutos 
 Tempo de presa: 10 a 15 minutos 
 Comprimentos iguais das duas pastas 
 Alta fluidez – baixa viscosidade 
 Densinfecção: com Glutaraldeído 2% 
 
GODIVA: 
 Material rígido 
 Placa ou bastão 
 Tipo I: baixa fusão, indicado para moldagem 
UNIVERSIDADE DE 
MOGI DAS CRUZES 
Jonathan Cardoso 5 
 Tipo II: alta fusão, indicado para moldeira 
 Boa condutibilidade térmica 
 Indicado para moldagem de endentados, selamento periférico e montagem em 
articulador 
 Modelo precisa ser obtido na primeira hora 
 Baixa reprodutibilidade de detalhes 
 Infecção cruzada 
 Limpeza e desinfecção: Glutaraldeído 2% ou Clorexidina 4% - aspersão por 10’ 
 
ELASTÔMEROS (ELÁSTICOS) 
 
POLISSULFETO : 
 Média viscosidade 
 Pasta base + pasta catalisadora 
 Cheira enxofre (pasta base), é marrom (pasta catalizadora: dióxido de chumbo) 
 Pasta catalisadora viscosa, difícil manipulação 
 Subproduto: água (evapora e altera as dimensões do molde) 
 Precisa ser vazado rapidamente 
 Pseudoplasticidade (aumento na força de espatulação = menos viscoso) 
 Tempo de espatulação: 45’’ a 60’’ 
 Manipulação: placa de vidro ou bloco de papel impermeável 
 Tempo de trabalho prolongado 
 Alta resistência ao rasgamento 
 Custo moderado 
o Necessita de moldeira individual 
o Esticamento causa distorção 
o Mancha as roupas 
o Odor repugnante 
o Vazamento dentro de uma hora 
 
SILICONE POLIMERIZADO POR ADIÇÃO (vinil polisiloxano): 
 Consistências: ultraleve, leve, regular, pesado e denso 
 Pasta base + pasta catalisadora ou sistema de automistura 
 Subproduto: hidrogênio (esperar até que o gás evapore, pois pode formar bolhas) 
 Compostos sulfurosos inibem a polimerização do material 
 Vazamento em até 15 dias 
 Material pesado para individualização de moldeira 
 Dispensador de automistura 
 Limpo e agradável 
 Margens facilmente visualizáveis 
 Idealmente elástico 
 Permite vazamentos repetidos ou adiar o vazamento 
o Mesmo tendo mais afinidade com a água do que o silicone de condensação, ele 
ainda é hidrofóbico 
o Não flui se o sulco gengival estiver úmido 
o Baixa resistência ao rasgamento 
o Material pesado desloca o leve 
o Material leve apresenta baixa resistência ao rasgamento 
o Material pesado é muito rígido 
o Vazamento difícil 
 
 
UNIVERSIDADE DE 
MOGI DAS CRUZES 
Jonathan Cardoso 6 
POLIÉTER: 
 Consistências: leve, regular e pesado 
 Pasta base + pasta catalisadora ou sistema de automistura 
 Espatulação manual: 30’’ a 45’’ 
 Manipulação: comprimentos iguais das pastas 
 Vazamento em 1 semana 
 Permite vários vazamentos em um molde 
 Altamente rígido, curto tempo de trabalho e presa 
 Não pode ser imerso por longo tempo em soluções desinfetantes 
 Presa rápida 
 Limpo 
 Dispensador de automistura 
 Menos hidrofóbico dos elastômeros 
 Margens facilmente visualizáveis 
 Boa estabilidade 
 Vazamento não precisa ser imediato 
o Rígido, alto módulo de elasticidade 
o Gosto amargo 
o Necessidade de aliviar áreas retentivas 
o Absorve água 
o Libera componentes 
o Custo elevado 
 
SILICONE POLIMERIZADO POR CONDENSAÇÃO: 
 Consistências: leve, regular, pesado e denso 
 Pasta base + pasta catalisadora ou massa 
 Subproduto: álcool (o modelo precisa ser vazado rapidamente) 
 Tempo de manipulação: 30’’ a 40’’ 
 Proporcionar através de conchas dosadoras 
 Tempo de trabalho: 1’30’’ 
 Indicado para moldagens preliminares 
 Material pesado para individualizar a moldeira 
 Limpo e agradável 
 Bom tempo de trabalho 
 Margens facilmente visualizáveis 
o Alta contração de polimerização 
o Subproduto volátil 
o Baixa resistência ao rasgamento 
o Hidrofóbico 
o Vazamento imediato 
 
HIDROCOLÓIDES: 
Os hidrocolóides são materiais que tomam presa de um estado fluido para um estado 
sólido. Esta mudança de estado é chamada de sol-gel. Existe dois principais hidrocolóides 
que são; 
 Ágar: hidrocolóide reversível. A mudança de estado é promovida através do calor. 
 Alginato: hidrocolóide irreversível. A presa é um processo de reticulação de ácidos 
algínicos com íons cálcio. 
 
ALGINATO: 
 Hidrocolóide irreversível 
 Presa rápida (entre 1 e 2 minutos) 
UNIVERSIDADE DE 
MOGI DAS CRUZES 
Jonathan Cardoso 7 
 Presa normal (4 minutos) 
 Apresentações comerciais: refil, Dustless, presa normal, presa rápida, cromático e 
alginato para ortodontia 
 Agente de carga: terra diatomácea – melhora a superfície e elasticidade 
 Sofre sinérese e embebição (perda e ganho de água) 
 Para diminuir a velocidade de reação: água gelada 
 Manipulação: gral + espátula de plástico + medidores fornecidos pelo fabricante – 
Nunca alterar proporção pó/líquido 
 Homogeneizar as partículas agitando o pote antes de utilizar 
 Tempo de espatulação: 45 segundos a 1 minuto 
 Desinfecção: hipoclorito de sódio 1% ou glutaraldeído 2% - ASPERSÃO 
 Bom em campo úmido 
 Limpo e agradável 
 Hidrofílico 
 Baixo custo 
 Prazo de validade longo 
o Pouco preciso/ rugoso 
o Rasga com facilidade 
o Vazamento imediato 
o Pode atrasar a presa do gesso 
 
AGENTES PARA PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR 
 
O complexo dentino-pulpar é a estrutura formada pelo conjunto da dentina e da 
polpa dentária (a estrutura interna do dente, ela é formada por tecido conjuntivo frouxo 
ricamente vascularizado e inervado). 
 O conjunto calcificado esmalte/dentina é a estrutura responsável pela proteção 
biológica da polpa, ao mesmo tempo em que se protegem mutuamente. O esmalte é duro, 
resistente ao desgaste, impermeável e bom isolante elétrico. O esmalte protege a dentina 
que é permeável, pouco resistente ao desgaste e boa condutora de eletricidade. A 
dentina, graças à sua resiliência, protege o esmalte que pela sua dureza e alto grau de 
mineralização, é extremamente friável. 
 A polpa dentária é um tecido conjuntivo altamente diferenciado, ricamente 
inervado, vascularizado e, conseqüentemente, responsável pela vitalidade do dente; está 
diretamente conjugada ao sistema circulatório e tecidos periapicais através do feixe 
vásculo/nervoso que entra e sai pelos forames apicais. 
A principal característica da polpa dentária é produzir dentina, além de possuir outras 
funções, como nutritiva, sensitiva e defensiva. 
 A polpa proporciona nutrição á dentina através dos prolongamentos odontoblásticos, os 
quais conduzem os elementos nutritivos encontrados no líquido tecidual. Quando ela é sujeita a 
injuria ou irritações mecânicas, térmicas, químicas ou bacterianas, desencadeia uma reação 
efetiva de defesa. Essa reação defensiva é caracterizada pela formação de dentina reparadora, se 
a irritação é ligeira, ou por uma reação inflamatória se a irritação é mais severa. 
 Sempre que houver perda de substância, quer seja por cárie e sua remoção, 
fraturas, erosões ou abrasões e conseqüentemente, o dente deve ser restaurado, é 
necessário que a vitalidade do complexo dentino/pulpar seja preservada por meio de 
adequada proteção. 
 As proteções do complexo dentino/pulpar consistem da aplicação de um ou mais 
agentes protetores, tanto em tecido dentinário quanto sobre a polpa que sofreu exposição, 
a fim de manter ou recuperar a vitalidade desses órgãos. 
UNIVERSIDADE DE 
MOGIDAS CRUZES 
Jonathan Cardoso 8 
 Idade do paciente, condição pulpar e profundidade da cavidade são aspectos que 
deveram ser considerados juntamente com o tipo de material restaurador para que 
possamos obter o real objetivo dessa proteção. 
Existem duas técnicas distintas que podem ser utilizadas na proteção do complexo 
dentino/pulpar: proteções indiretas e proteções 
diretas. 
 As proteções diretas caracterizam-se 
pela aplicação de um agente protetor 
diretamente sobre o tecido pulpar exposto, com 
a finalidade de manter sua vitalidade e 
conseqüentemente promover o 
restabelecimento da polpa; estimular o 
desenvolvimento de nova dentina e proteger a 
polpa de irritações adicionais posteriores. Para 
proteções diretas, usamos o capeamento 
pulpar direto ou indireto. 
As proteções pulpares indiretas 
representam a aplicação de agentes seladores, 
forradores e/ou bases protetoras nas paredes 
cavitárias com o objetivo de proteger o 
complexo dentino/pulpar das diferentes tipos 
de injúrias; manter a vitalidade pulpar; inibir o processo carioso; reduzir a microinfiltração 
e estimular a formação de dentina esclerosada, reacional e/ou reparadora. 
Quando falamos em selamento, base, forramento ou capeamento, temos que levar 
em conta a profundidade da cavidade. 
 
REQUISITOS DOS AGENTES DE PROTEÇÃO: 
 Ser bom isolante térmico e elétrico 
 Ter propriedades bactericidas e/ou bacteriostáticas 
 Apresentar adesão às estruturas dentais 
 Estimular a recuperação das funções biológicas da polpa, favorecendo a formação 
de uma barreira mineralizada 
 Favorecer a formação de dentina terciária ou esclerosada, particularmente 
remineralizando a dentina desmineralizada no fundo cavitário 
 Ser inócuo à polpa, ou seja, não provocar injúrias pulpares 
 Ser biologicamente compatível com o complexo dentinopulpar, mantendo a 
vitalidade do dente 
 Apresentar resistência mecânica sificiente aos esforços de condensação dos 
materiais restauradores 
 Inibir a penetração de ions metálicos no dente, diminuindo a descoloração ao longo 
do tempo, causada por restaurações metálicas 
 Evitar ou diminuir a infiltração de bactérias ou toxinas bacterianas na dentina e 
polpa 
 Ser insolúvel no ambiente bucal 
Obs.: Não existe um material com todas estas características. Mas através delas, 
pode-se se inspirar ou ter por base, requisitos para melhor escolher ou fabricar materiais, 
que se adequem a cada caso clínico específico. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
Tradicionalmente os materiais protetores podem ser classificados em: 
 
UNIVERSIDADE DE 
MOGI DAS CRUZES 
Jonathan Cardoso 9 
AGENTES DE SELAMENTO: 
São líquidos, produzem uma película protetora extremamente fina e revestem a estrutura 
dentária recém-cortada ou desgastada durante o preparo cavitário. Podem ser utilizados 
em todas as cavidades, independentemente da profundidade cavitária. 
 
AGENTES PARA FORRAMENTO OU CAPEAMENTO: 
São em geral materiais que se apresentam na forma de pó e líquido, ou pastas. A sua 
função é proteger a polpa das agressões externas ou estimular a formação de barreira de 
dentina mineralizada quando a polpa foi exposta. Indicado para cavidades profundas. 
Tem propriedades biológicas que favorecem a cicatrização da polpa, reduzem os efeitos 
tóxicos e deletérios dos materiais definitivos. 
 
AGENTES PARA BASE CAVITÁRIA: 
São geralmente comercializados em pó e líquido. Possui função de; proteger o material 
de forramento, reconstruir parte da dentina perdida, adequar o preparo cavitário e diminuir 
a quantidade e necessidade de material definitivo. Possuem boa resistência mecânica. 
Devem ser utilizados em cavidades média ou com grande profundidade. 
 
USO E CLASSIFICAÇÃO DOS CIMENTOS ODONTOLÓGICOS: 
Uma das indicações dos cimentos é a restauração. Os cimentos são empregados para 
restaurações temporárias (dias a semana), intermediárias (semanas a meses), 
permanentes (anos) e também para restaurações estéticas de dentes anteriores. 
Apresentam baixa resistência quando comparados aos outros materiais restauradores. 
Pode ser usado também para proteger a polpa, como barreira térmica, química e elétrica. 
Outras aplicações importantes para os cimentos odontológicos incluem a cimentação de 
próteses e aparelhos ortodônticos e pinos ou núcleos para a retenção de restaurações. 
 
AGENTES PARA CAPEAMENTO E FORRAMENTO: 
 
Os agentes forradores são, em geral, materiais que se apresentam na forma de pó 
e líquido, ou pastas, que depois de misturados formam uma película fina. A sua função é 
basicamente proteger a polpa das agressões externas ou estimular a formação de 
barreira de dentina mineralizada quando a polpa foi exposta ( que já definimos 
capeamento pulpar). Seu uso é restrito a cavidades profundas. Devem possuir 
propriedades biológicas que favoreçam a cicatrização da polpa, reduzam os efeitos 
tóxicos e deletérios dos materiais restauradores definitivos. Devem também apresentar 
características bactericidas e/ou bacteriostáticas para reduzir penetração bacteriana. 
O capeamento consiste em uma manobra para cavidades muito profundas, ao 
quais apresentem uma das seguintes situações: exposição pulpar, microexposição, 
suspeita de exposição ou uma camada muito fina e frágil de dentina. Sua função é 
proteger diretamente a polpa, seja de produtos tóxicos, bactérias, quadro inflamatório, 
cicatrização da polpa ou até mesmo induzir a formação de uma camada de dentina por 
cima da polpa, para protege-la melhor. Os materiais utilizados para capeamento mais 
comuns são; hidróxido de cálcio PA (pró-análise) e pastas e o MTA (Agregado de trióxido 
Mineral). O cimento de hidróxido de cálcio não será utilizado para capeamento direto da 
polpa. 
Capeamento direto: Consiste em aplicar medicação diretamente sobre a polpa 
exposta, na tentativa de preservação da vitalidade dental. No capeamento direto apenas 
uma mínima porção é removida. É quando você expõe acidentalmente a polpa ou 
propositalmente para tentar a formação de ponte de dentina. Se faz hemostasia com soro 
fisiológico cerca de 10 min, coloca-se uma solução de hidróxido de cálcio PA (pó) 
somente onde houve a exposição ou pasta (capeamento), depois cimento de hidróxido de 
UNIVERSIDADE DE 
MOGI DAS CRUZES 
Jonathan Cardoso 10 
cálcio (forramento), CIV (base) e o material restaurador (amalgama ou resina). Vale 
lembrar que para o capeamento direto tem de obedecer algumas regras como: exposição 
mínima, sangramento vermelho vivo não excessivo, pacientes jovens, se não houver 
danos ao tecido pulpar, etc. 
Capeamento indireto: Em casos de fratura sem exposição pulpar ou reabsorções 
dentárias iniciais. Também em cavidades muito profundas, onde a dentina remanescente 
seja muito fina. Neste processo são estimulados os mecanismos naturais de reparo 
dentinário pela polpa. Aplica-se o cemento hidróxido de cálcio sobre o local da lesão para 
induzir o reparo dentinário seguido pela base e restauração final, recompondo a estética 
dental. 
 O forramento, é utilizado para cavidades profundas, para proteger a polpa, 
porém sem exposição pulpar nem suspeita. Se caso houver, faremos um capeamento 
para proteger melhor a polpa e depois um forro por cima, para proteger o capeameto e a 
polpa, juntos. O que difere um o forramento de capeamento, é que no capeamento, você 
tem exposição pulpar ou suspeita de exposição (microexposição), e é usado para 
cavidades muito profundas. Daí se utiliza os materiais em forma de pasta ou pó 
diretamente sobre a polpa exposta ou camada remanescente de dentina, e por cima um 
material de forramento. 
 
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO 
Material protetor da polpa que facilita a formação de dentina reparadora. O hidróxido de 
cálcio em suas diversas formas pode ser utilizado como forrador de cavidades profundas, 
para limpeza de cavidades, capeamento pulpar e para cimentaçãoprovisória. 
 Pode ser apresentado em pó ou pasta ( proteção pulpar direta e para diminuir 
sangramento), solução (utilizada para limpeza de cavidades), suspensão 
(forramento de cavidades médias e em casos de proteção pulpar direta), 
pasta/pasta (proteção pulpar indireta em cavidades médias a profundas. 
 As pastas devem ser dispensadas em pequenas quantidades, em comprimentos 
iguais. São misturados com espátula 22, até obter uma cor uniforme. Devem ser 
aplicados em pequena espessura no fundo da cavidade. O tempo de trabalho pode 
ser de 3 a 5 minutos. Na boca, a presa é rápida, mais ou menos 1 ou 2 minutos. 
 Os cimentos podem se apresentar sob duas formas; 1 pasta ou 2. Se for 1 pasta, 
significa que ele toma presa por fotoativação. Se for de 2 pastas, uma será a pasta 
base e a outra a pasta catalisadora. 
 A água de Cal pode ser utilizada para lavar a cavidade ou até estancar hemorragia 
 Possui forte ação bacteriostática. 
 Capazes de estimular a formação de dentina secundária, servindo de proteção 
ainda maior para a polpa. 
 Produz um estímulo constante a polpa capaz de produzir uma necrose superficial 
das células pulpares da camada mais próxima da junção entre a dentina e a polpa. 
Isso faz com que as células mesenquimais diferenciadas do tecido conjuntivo da 
polpa se diferenciem em odontoblatos para permitir uma reposição. Essas novas 
celulas serão capazes de formar "pontes de dentina". 
 Quando entra em contato com a polpa, o hidróxido de cálcio se dissocia em íons 
cálcio e hidroxila, ocasionando devido ao alto pH, uma cauterização qúimica 
superficial do tecido pulpar. 
 O meio alcalino que o material produz, torna propicio a deposição de mineral 
devido ao estímulo aos odontoblastos, além de inibir a proliferação bacteriana. 
o São materiais pouco resistentes e quando acontece infiltração marginal, a 
dissolução completa destes materiais podera acontecer. 
o O pH é de aproximadamente 11 e ele é um irritante ao tecido pulpar vivo. 
o Não é isolante térmico nem elétrico 
UNIVERSIDADE DE 
MOGI DAS CRUZES 
Jonathan Cardoso 11 
o Não é o material de primeira escolha para a pediatria 
 
MTA (AGREGRADO TRIÓXIDO MINERAL) 
Recentemente disponível no mercado odontológico o Agregado Trióxido Mineral (MTA), 
que é um pó de cor branca ou cinza composto por óxidos minerais e íons. Sua partículas 
são menores e mais uniformes, quando comparado ao cimento Portland. Indicado para 
diferentes situações clínicas, como proteção pulpar direta, pulpotomia, apicificação, 
apicigênese, perfurações radiculares e de furca, retro-obturação, fraturas radiculares 
verticais e horizontais, obturação de canais radiculares associado à guta-percha e como 
plug coronário previamente ao clareamento dental de dentes portadores de necrose 
pulpar. 
 Excelentes resultados de biocompatibilidade 
 Indicado principalmente para capeamento pulpar direto 
 Capaz de estimular a formação de ponte de dentina e possui atividade 
antimicrobiana 
 Estudos indicam que o capeamento com MTA apresenta menos inflamação, menor 
hiperemia pulpar e necrose próxima à região do capeamento, além de ser mais 
frequente a formação da camada de odontoblastos, quando comparado com o 
hidróxido de cálcio. 
 Baixa solubilidade 
o Tem um preço elevado no Brasil 
o Não é fácil de ser inserido sobre o local que se deseja e tem um tempo de presa 
muito longo, cerca de 3-4 horas. 
o 
 
 
AGENTES PARA BASE: 
Uma base protetora é caracterizada por uma camada mais espessa (0,5 a 2mm) de um 
ou mais agentes protetores, para simultaneamente forrar e reconstruir assoalhos 
cavitários. Este material geralmente serve para preencher a cavidade e suportar forças, 
pois em cima deste irá o material restaurador. Seus principais requisitos é resistência 
mecânica, isolante térmico e elétrico, além de ter uma expansão mais similar a dentina. A 
base, deverá ser aplicada acima do material forrador. 
 
CIMENTO DE FOSFATO DE ZINCO 
É o mais antigo dos agentes cimentantes e, como tal é apresentado na forma de pó e 
líquido, em dois recipientes separados. Os principais componentes do pó são o óxido de 
zinco (90%) e óxido de magnésio (10%). O líquido é essencialmente ácido fosfórico, água, 
fosfato, de alumínio e, em alguns casos, o fosfato de zinco. 
 O tempo de trabalho varia de 5 a 9 minutos. 
 Está na categoria dos materiais friáveis. 
 Qualquer dano à polpa devido ao ataque ácido do cimento fosfato de zinco ocorre 
nas primeiras horas após a inserção. 
 Não existe nenhuma adesão do cimento com a estrutura do dente ou com qualquer 
material. Porém existe um embricamento mecânico. Quando a restauração está 
sendo assentada na cavidade preparada, o dente e a restauração fundida possuem 
irregularidades, as quais são preenchidas pelo cimento que está em estágio 
plástico e sendo forçado pela pressão de cimentação. Por esta razão, restaurações 
com superfícies muito polidas não apresentam uma retenção tão grande quando 
são cimentadas com cimento de fosfato de zinco, como acontece com aquelas 
ligeiramente rugosas. 
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Jonathan Cardoso 12 
 O pó e o líquido devem ser proporcionados de maneira correta. Deve se utilizar 
para a manipulação uma placa resfriada, que retarda a presa e permite que o 
operador incorpore uma quantidade máxima de pó. A manipulação é iniciada pela 
adição de pequenas porções do pó. Pequenas quantidades são adicionadas em 
intervalos de tempo, espatulado vigorosamente. A fundição deve ser assentada 
imediatamente antes que ocorra qualquer formação de matriz. Podem ser 
misturados facilmente e que eles formam uma massa relativamente forte. Como 
desvantagem; pode irritar a polpa, falta de ação antibacteriana, fragilidade, falta de 
adesão, e solubilidade em fluidos orais. 
 A resistência à compressão dos cimentos de fosfato de zinco para cimentação, 
quando eles são adequadamente manipulados, atinge valores altos. 
 Possui um alto módulo de elasticidade. Assim, ele é muito resistente e pode resistir 
a deformações elásticas, mesmo quando é usado como agente de cimentação de 
restaurações que estão sujeitas a altas cargas de mastigação. 
o Pode ser irritante pulpar devido a acidez produzida 
o Ele é muito menos resistente a tração. 
 
TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO: 
• Usar 1 medida de pó menor e 4 gotas do líquido. 
• Distribuir o pó sobre a placa e dar-lhe a forma retangular 
• Dividir o pó (fração) e espatular (segundos); 
i. 1/16 por 10 seg 
ii. 1/16 por 10 seg 
iii. 1/8 por 10 seg 
iv. 1/4 por 15 seg 
v. 1/4 por 15 seg 
vi. 1/4 por 15 seg 
• colocar o líquido necessário ao lado das porções menores 
• iniciar a espatulação misturando as porções de acordo com o esquema acima 
• tempo de espatulação total é de 1minuto e 30 segundos 
• a consistência final deve ser de uma massa com viscosidade de fio 
 
CIMENTO ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL 
Na forma de um pó e um líquido. Podem ser usados como restaurações temporárias e 
intermediarias, como forradores cavitários, bases para isolamento térmico e para 
cimentação temporária. Também podem ser utilizados para a obturação de canais 
radiculares e como cimentos periodontais. O óxido de zinco é lentamente molhado pelo 
eugenol, então é necessário espatulação prolongada e vigorosa. Uma relação pó/líquido 
de 3:1 ou 4:1 deve ser usada para um máximo de resistência. Em sua manipulação, a 
massa deve se apresentar como de vidraceiro. 
 Tem efeito suave sobre os tecidos da polpa 
 boa habilidade de selamento e resistência a penetração marginal. 
 Pode exercer pequena ação anti-inflamatória sobre a polpa, em pequenas 
quantidades ou pouco contato 
o Possui baixa resistência, solubilidade e desintegração em fluidos orais, e pouca 
ação anticariogênica. 
o Possui incompatibilidade com resinas compostas 
 
CIMENTOSDE IONÔMERO DE VIDRO (CIV) 
Usados para cimentação de fundições metálicas, restaurações de porcelana e bandas 
ortodônticas, forramento de cavidade ou materiais de base, materiais restauradores, 
especialmente para lesões de erosão e como materiais para a construção de núcleos de 
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preenchimento. Podem ser classificados em Convencionais (composto de pó e de 
partículas vítreas e líquido de ácidos polialcenóicos), reforçados por metais (líquido mais 
mistura convencional com partículas de liga de amalgama ou de prata) e modificados por 
resina (parte do líquido do ácido polialcenóico é substituído por hidroxietil metacrilato. 
 O tempo de presa é em torno de 6 a 9 minutos. Os materiais de forramento em 4 a 
5 minutos, e os materiais restauradores em 3 a 4 minutos. 
 Liberação de flúor ocorre com maior intensidade nas primeiras 24-48 horas. 
 O material deve ser manipulado rapidamente em no máximo 1 minuto. 
 A relação pó/líquido 3:1 em peso (1 porção de pó para 1 gota do líquido). A 
superfície do dente deve estar livre de resíduos e saliva, mas não desidratada. 
 A manipulação é fácil 
 O flúor é muito importante pois aumenta a resistência do cimento e pode ser 
liberado para o meio bucal conferindo propriedade anticariogênica ao material, 
favorecendo a remineralização do dente. 
 Alta resistência e dureza, 
 Boa resistência à dissolução ácida 
 Características potencialmente adesivas 
 Translucência 
 Material barato e altamente utilizado como base e reabilitação de meio como 
restauradores provisórios 
o Colocação inicial lenta 
o Sensibilidade á umidade 
o Pouca diversidade de cores 
o Possível sensibilidade pulpar 
CIV convencionais: 
Há três constituintes essenciais; sílica, alumina e o fluoreto de cálcio. 
CIV modificados por resina 
A principal diferença entre os cimentos convencionais e os modificados por resina é a 
adição de componentes resinosos. Podem ser foto-ativadas, sistema Duall ou sistema 
quimicamente ativado. 
 
AGENTES PARA SELAMENTO 
Esses agentes são líquidos, produzem uma película protetora extremamente fina e 
revestem a estrutura dentária recém-cortada ou desgastada durante o preparo cavitário. 
O vedamento da embocadura dos túbulos dentinários e os microespaços que se formam 
entre o material e as paredes circundantes da cavidade são os principais objetivos desse 
tipo de material, tornando-os menos permeáveis à infiltração de fluídos e bactérias. 
 
VERNIZES CAVITÁRIOS 
Os vernizes cavitários são compostos à base de resina copal natural ou sintética, 
dissolvida em clorofôrmio, éter ou acetona. Quando aplicado em uma cavidade, o 
solvente evapora-se rapidamente, deixando uma película forradora semi-perméavel que 
veda com certa eficiência os túbulos dentinários. 
 Muito utilizado com o amálgama 
 Pequena contração de presa 
o Contra-indicados sob restaurações de resina composta 
o Comparado com os sistemas adesivos, ele possui uma falta de eficiência em 
promover o selamento em função de sua grande solubilidade 
o Possui fraca propriedade de isolante térmico 
o Pouco resistente 
 
 
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VERNIZES CAVITÁRIOS MODIFICADOS OU “LINERS” 
Apresentam composição mais complexa do que a dos vernizes convencionais e são 
geralmente compostos por hidróxido de cálcio, óxido de zinco e resina poliestirênica, 
dissolvidos em clorofórmio. Quando aplicados na cavidade o solvente evapora-se, 
deixando uma película protetora desses materiais aderida ás paredes cavitárias. 
 Possui função terapêutica ao dente 
 Diminui a infiltração marginal 
 Inibem a penetração de íons metálicos na dentina 
o Contraindicados sob restaurações de resina composta ou com CIV. 
o Comparado com os sistemas adesivos, ele possui uma falta de eficiência em 
promover o selamento em função de sua grande solubilidade 
o Possui fraca propriedade de isolante térmico 
o Pouco resistente 
 
ADESIVOS (PARA SELAMENTO) 
Os sistemas adesivos mais recentes para serem usados como selantes cavitários são 
aqueles que possuem uma demonstrada capacidade de união a múltiplos substratos para 
poder unir o material restaurador ao dente. A adesão ao esmalte através da técnica do 
condicionamento ácido já não desperta tanto interesse aos pesquisadores e clínicos, em 
faces das fortes evidências de sua efetividade. A grande questão, sempre fator de 
controvérsias, é o condicionamento da dentina e suas consequências, benéficas ou não. 
 A combinação resultante da dentina e polímero tem sido chamada de camada 
híbrida que é definida como a interpretação e impregnação de um monômero à superfície 
dentinária desmineralizada formando uma camada ácido resistente de dentina, reforçada 
por resina. 
 Além da capacidade destes novos sistemas em aderir efetivamente à superfície 
dentinária, são também extremamente importantes no tratamento fisiológico do 
processo odontoblástico porque, com a possível formação da camada híbrida na 
superfície da dentina e na dentina peritubular, esse processo fica realmente 
vedado ao fluxo de fluidos. 
 A sensibilidade pós-operatória resultante de muitos procedimentos operatórios é 
basicamente eliminada. 
 Afirma-se ainda que a camada híbrida forma uma superfície não difusível que 
impede a invasão de microrganismos para dentro dos túbulos dentinários e, 
consequentemente, para dentro da polpa. 
 Diminuem a capacidade de infiltração marginal e a recidiva de lesão de cárie 
durante o período necessário para o autovedamento do amálgama, tornando 
menos crítico o tempo para a formação dos óxidos. 
 Maior durabilidade e efetividade do que os vernizes. Portanto é mais recomendado. 
 
RESINAS ODONTOLÓGICAS 
As resinas sintéticas são compostas de várias moléculas grandes chamadas de 
polímeros. O polímero é formado por uma ou várias unidades estruturais recorrentes, que 
consistem na estrutura individual do monômero. Há três tipos de resinas odontológicas: 
Resinas acrílicas termicamente ativadas ou quimicamente ativas e Resinas compostas. 
 
RESINAS ACRÍLICAS 
O composto químico que forma o monômero da maioria das resinas acrílicas 
odontológicas é o metacrilato de metila, derivado do ácido metacrílico, que, unindo a 
outros monômeros forma o poli (metacrilato) de metila. Fornecido no sistema de pó e 
líquido. As fases da polimerização são: Fase arenosa, fibrilar, plástica, borrachóide e 
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densa. Clinicamente, a polimerização das resinas produz contrações volumétricas e 
lineares. 
Termicamente ativadas: A indicação principal é de confecção de base para dentaduras. O 
pó consiste em esferas pré-polimerizadas de polimetacrilato e uma pequena quantidade 
de peróxido de benzoíla. A proporção aceitável é de 3:1 em volume. 
Acrílica quimicamente ativada: confecção de bases de prótese totais, pela facilidade de 
trabalho seu uso também é para proteses provisórias, aparelhos ortodônticos, moldeiras 
individuais e guias cirúrgicos. 
 
MATERIAIS RESTAURADORES 
 
AMÁLGAMA 
É indicado para restaurações de dentes posteriores decíduos e permanentes, estando 
contraindicados em dentes anteriores ou com cavidades extensas e de paredes frágeis. É 
um tipo de liga na qual o mercúrio é um de seus elementos. O amalgama dentário é a 
combinação do mercúrio com uma liga contendo prata, estanho, cobre e algumas vezes o 
zinco ou outros metais em baixa concentração. Uma das razões que explicam seu grande 
sucesso clínico é a tendência em diminuir consideravelmente, com o tempo, a penetração 
marginal, um dos maiores problemas com que se defronta o dentista e ainda não 
resolvido satisfatoriamente mesmo com os novos materiais e técnicas utilizadas. 
Numerosos estudos têm demonstrado que a corrosão do amalgama libera estanho quereage com o oxigênio e sais de cloro provenientes da saliva e dos alimentos, formando 
sais ou óxido de estanho, liberando mercúrio que a ele estava previamente associado. 
Esses produtos da corrosão também podem ser responsáveis pela diminuição da 
infiltração. 
Condensação 
É ajuntar intimamente as partículas de liga e adaptar o material a todas as partes da 
cavidade preparada, removendo, tanto quanto possível, o excesso de mercúrio da 
mistura. Após o término da trituração, a condensação deve ser iniciada imediatamente 
com pressão suficiente para remover os vazios e melhor adaptar o material na cavidade. 
Escultura 
Antes, fazer uma brunidura pré-escultura usando pouca força. A escultura deverá ser 
realizada na fase de “grito do amalgama", onde o amalgama exerce um som semelhante 
a um grito agudo quando se passa o esculpidor nele. Após a condensação, a superfície 
da restauração deverá ser esculpida com o emprego de instrumentos adequados, de 
maneira que se reproduzam os detalhes anatômicos da parte perdida do dente, durante o 
preparo da cavidade. 
Brunidura 
Após a escultura, a superfície da restauração deve ser alisada, através de um instrumento 
brunidor, que se caracteriza por possuir ponta rômbica ou arredondada. Este 
procedimento facilita o polimento e proporciona lisura. 
Polimento 
O polimento deve ser dado após se fazer a brunidura. O polimento elimina irregularidades 
na superfície, e deixa a mesma também brilhante. O polimento final não deve ser feito 
antes de 48 horas. Preferivelmente um período de uma semana após. Deverá ser feito 
com movimentos intermitentes e sob refrigeração para evitar que haja um aumento 
exagerado de temperatura, que pode provocar o afloramento de mercúrio para as 
camadas mais superficiais da restauração. 
Vantagens 
• adaptabilidade às paredes cavitárias 
• resistência aos esforços mastigatórios 
• insolubilidade no meio bucal 
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• alterações dimensionais toleradas pelo dente 
• condutibilidade térmica menor do que a dos metais puros 
• superficie brilhante 
• fácil manipulação 
• não produz alterações de importância nos tecidos dentários 
• escultura fácile imediata 
• polimento final perfeito 
• tolerância pelo tecido gengival 
• eliminação fácil se precisar 
Desvantagens 
• modificação volumétrica 
• condutibilidade térmica 
• falta de resistência nas bordas 
• cor não harmoniosa 
 
SISTEMA ADESIVO 
É composto por 3 elementos, Acido, Primes e adesivo. Este sistema é utilizado para 
condicionar o dente à receber a resina composta. Ou seja, ele é usado anterior a 
restauração com resina composta. Pode ser classificado em 1 passo (Tudo junto ou “all in 
one”), 2 passos ( Ataque ácido, depois o primer com adesivo que estão no mesmo frasco) 
e 3 passos (Ataque ácido, primer e adesivo, todos separados). 
Camada híbrida 
É a infiltração de resina no esmalte, na dentina ou no cemento. Ela é uma mistura em 
nível molecular de colágeno e polímeros resinosos. Ela é preparada na subsuperfície da 
dentina condicionada pela polimerização de monômeros resinosos impregnados na matriz 
da dentina desmineralizada 
Smear Layer 
Significa "lama dentinária". É criada durante o preparo cavitário e sua presença complica 
a adesão da resina. Ela serve como uma barreira que protege a polpa de estímulos 
nocivos, mas sua função é temporária porque ela pode se dissolver em fluídos orais. 
Condicionamento ácido do esmalte 
Os objetivos do condicionamento ácido do esmalte são limpar o esmalte, remover a lama 
do esmalte, aumentar microscopicamente a rugosidade pela remoção dos cristais 
prismáticos e interprismáticos, e aumentar a energia livre de superfície do esmalte para 
produzir suficiente infiltração do monômero, selar a superfície do esmalte com resina e 
contribuir para a retenção das restaurações de resina composta. 
Condicionamento ácido da dentina 
Envolve a remoção ou modificação da lama dentinária para permitir a difusão dos 
monômeros na matriz de colágeno desmineralizada. O ataque ácido da dentina é 
necessário para aumentar a porosidade intertubular para permitir a infiltração do 
monômero. Utiliza-se o ácido fosfórico a 37%. 
Aplicação do primer 
A sua função é manter ou resgatar a porosidade da dentina desmineralizada. Outra 
função é conservar a dentina desmineralizada úmida, prevenindo seu colapso. Os Primers 
são substâncias que contêm monômeros bifuncionais hidrofílicos e hidrofóbicos e, são 
comumente dissolvidos em água, álcool ou acetona. São ideais para carrear e espalhar 
os monômeros sobre a superfície. O seu extremo hidrofílico é capaz de umedecer ou 
molhar eficientemente a dentina úmida, enquanto sua parte hidrofóbica oferece pontos de 
ligação suficientes para uma copolimerização de uma subsequente camada de resina 
adesiva. O componente hidrofóbico da fórmula química dos adesivos pode difundir-se na 
dentina desmineralizada e se ligar à resina restauradora, tornando a dentina hibridizada 
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obtendo-se, assim, uma ligação coesiva entre a resina restauradora e o adesivo 
dentinário. 
 
Sitema adesivo de 2 passos (mais usado) 
 Aplicar sobre o esmalte de 20 a 30 segundos e sobre a dentina de 10 a 15 
segundos 
 Lavar com água abundante e tirar o excesso de água, mas nunca secar totalmente 
o dente, pois poderá causar colapso nas fibrilas 
 Aplicar o Primer, e depois um jato de ar por 5 segundos (para volatilizar) à uma 
distância de 10 cm. Aplicar uma segunda camada e depois fotopolimerizar (de 10 
20 segundos de acordo com fabricante) 
 Realizar restauração com pequenos incrementos de resina, buscando o contato 
deste com o mínimo de paredes possíveis (técnica de incremento). 
 
RESINA COMPOSTA 
As resinas compostas para aplicação direta possuem 4 componentes básicos: Uma matriz 
resinosa, iniciadores de polimerização, uma fase dispersa de cargas e corantes e um 
agente de cobertura das partículas de carga conhecido como silano. A classificação das 
resinas segundo o tamanho das partículas são; macropartículas, micropartículas e 
híbridas. 
O processo de polimerização é por reação de adição, que é iniciado pelos radicais 
livres. Esses radicais podem ser gerados por ativação térmica, química ou luz. O mais 
usado é a luz. O processo ocorre a partir de um componente (canforoquinona), que uma 
vez ativado reage com um agente redutor para libertar os radicais livres, que dão inicio à 
polimerização dos grupos metacrilatos e formam uma matriz polimérica de reação 
cruzada. 
A contração de polimerização está na ordem de 2 a 4%. O ideal é não aplicar a 
resina de forma que não tenha contato com mais de duas paredes da cavidade 
simultaneamente. As resinas fotoativadas tem uma tendência em se tornar amareladas 
com o tempo devido à presença, em sua composição, de uma amina como acelerador. 
Precisam ser polidas para terem a superfície lisa e impedir o favorecimento de adesão de 
biofilme ou pigmentações. 
São mais caras do que amálgama, porém não exigem um preparo cavitário. 
Possuem estética melhor e são recomendados para quase todos os tipos de 
restaurações. Uma de suas poucas indicações é para cavidades muitos extensas em 
dentes posteriores, pois ela poderá fraturar e não suportar as forças mastigatórias. Podem 
ser usados tambem como agentes cimentantes. 
 
PROCESSO DE FUNDIÇÃO 
 
Algumas restaurações odontológicas são realizadas fora da boca do paciente, utilizando 
metais para sua elaboração. A obtenção desse tipo de restauração metálica fundida é 
conseguida através de um processo chamado processo da cera perdida. 
 
CERAS ODONTOLÓGICAS PARA FUNDIÇÃO 
As ceras para fundição odontológica são materiais termoplásticos que são normalmente 
sólidos à temperatura ambiente, mas plastificam, sem decomposição, para formar 
líquidos. As cerassão pobres condutores térmicos. 
 
REVESTIMENTOS ODONTOLÓGICOS 
Pode ser descrito como um material cerâmico adequado para a construção de um modelo 
que será preenchido por um metal ou uma liga metálica, apropriadamente fundida. Esse 
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Jonathan Cardoso 18 
material tem que apresentar, necessariamente, três características: Expansão, 
Porosidade e Resistência. O material refratário é adicionado para que haja um refratário 
durante o aquecimento do revestimento tornando-o capaz de resistir as altas 
temperaturas, além de servir para regular a expansão térmica. A finalidade da expansão 
de presa é auxiliar no aumento da cavidade que constitui o molde, com o fim de 
compensar parcialmente a contração de fundição da liga. 
 
DESCRIÇÃO RESUMIDA DO PROCESSO 
Essencialmente, a técnica de fundição consiste na fabricação de um padrão de cera, 
correspondente a porção do dente que necessita ser substituída. O modelo preparado 
deve ser uma reprodução precisa da estrutura perdida do dente. Se o modelo é 
construído no dente, diz-se que é confeccionado pela técnica direta. Se, por outro lado, 
ele é confeccionado no troquel, o procedimento é chamado de técnica indireta. 
Após a obtenção do modelo de cera, um conduto de alimentação é aprisionado àquele 
modelo e este conjunto é incluído em revestimento. O propósito do conduto de 
alimentação ou do pino é formar uma via de acesso, através da qual a liga fundida pode 
chegar ao molde existente no anel de revestimento, o qual é formado após a remoção da 
cera. O pino não deve ser fixado em ângulo reto com uma superfície plana. O ideal é que 
o pino seja colocado em uma posição formando um ângulo de 45º com a parede proximal. 
 Os modelos podem receber pinos de maneira direta ou indireta. Na colocação 
direta, o pino formador de canal de alimentação conecta-se diretamente ao modelo e à 
base do anel. Na colocação indireta, um conector, ou câmara de reserva, é posicionado 
entre o modelo e a base do cadinho. Essa câmara é adicionada para evitar a porosidade 
por contração localizada. 
Quando a liga fundida preenche o molde de revestimento aquecido, esta área 
correspondente ao antigo modelo de cera deve solidificar primeiro para, em seguida, 
haver a solidificação da câmara de reserva ou de compensação. A técnica mais 
comumente usada para permitir a expansão do revestimento é a de forrar as paredes 
internas do anel com um forro para anel. 
Obtido o endurecimento do revestimento, o pino formador de conduto de 
alimentação é removido, bem como a cera do modelo. A seguir a liga fundida é forçada 
por pressão para a cavidade do molde deixada pela cera de revestimento. O caminho 
percorrido pela liga fundida é através do canal de alimentação existente. A seguir, ele é 
vazado num revestimento refratário. 
O padrão de cera é então eliminado em temperaturas elevadas, formando-se uma 
câmara (molde) no interior do revestimento, a qual é preenchida pela liga fundida injetada 
por pressão ou centrifugação. Os anéis vazados devem ser colocados no forno à 
temperatura ambiente e aquecidos gradativamente até a temperatura máxima 
recomendada pelos fabricantes dos revestimentos. A liga é fundida em um cadinho à 
parte e o metal líquido é pressionado para o interior do moldo por força centrifuga. O 
metal é fundido com um maçarico em um cadinho cerâmico. 
1. Molde com silicone 
2. Gesso tipo 4 para preencher e fazer modelo 
3. Obter troquel para trabalho 
4. Isolar troquel (com vaselina ou isolante de gesso) 
5. Gotejar cera em excesso até preencher 
6. Fazer escutura com hollemback 
7. Colocar ducto de alimentação (clips) 
8. Confecção da bolinha (câmara de reserva) 
9. Fixação na base do anel de fundição 
10. Passar anti-bolhas 
11. Fazer boneca em volta do padrão de cera 
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12. Encaixar anel de silicone em cima da base 
13. Acabar de preencher com revestimento 
 
POSSÍVEIS PROBLEMAS OU ERROS DURANTE PROCESSO DE FUNDIÇÃO 
• A manutenção de uma alta temperatura por qualquer período de tempo 
considerável pode provocar a contaminação da fundição por enxofre e também 
provocar uma superfície rugosa da restauração fundida, devido à desintegração do 
revestimento. 
• distorções no padrão de cera poderão afetar a fundição. 
• A rugosidade de superfície é definida como irregularidades discretas e espaçadas 
e cuja altura, largura e direção estabelecem um modelo predominante e que se 
repete sobre toda a superfície. 
• Bolhas de ar aprisionados no modelo poderá causar nódulos. Um agente 
umectante é útil para evitar o aprisionamento de bolhas de ar na superfície do 
modelo, mas isoladamente, ele não é a solução 
• O aquecimento muito rápido provoca a formação de cristas ou rebarbas na 
fundição. Ele causa ainda o aparecimento de rugosidades de superficie 
características e que se evidenciam devido ao desmoronamento do revestimento 
quando a água ou o seu vapor passam pelo molde. 
• Devem se levar pelo menos 60 minutos para o aquecimento do anel preenchido 
com revestimento, desde a temperatura ambiente até 700ºC. Quanto maior for o 
volume do revestimento, mais lento deve ser o aquecimento 
• Baixo aquecimento pode causar a eliminação incompleta de residuos de cera, 
levando assim a uma superficie rugosa. 
• O aquecimento prolongado pode causar a desintegração do revestimento. Como 
consequência, as paredes do molde se tornarão rugosas. O molde deve ser 
aquecido até a temperatura de fundição atingir no máximo 700º, e a fundição deve 
ser feita imediatamente. 
• O ar ocluido na superfície interna da fundição algumas vezes determina a chamada 
porosidade por pressão de retorno. Ela pode produzir defeitos. Isto é provocado 
pela impossibilidade de o ar existente no molde escapar através dos poros do 
revestimento, ou devido ao gradiente de pressão que empurra a bolha de ar para 
fora da liga fundida através do canal de alimentação e do botão de fundição. 
• Fundição incompleta acontece quando a liga fundida, de alguma maneira, for 
impedida de preencher completamente o molde. Se o ar não pode escapar com 
rapidez suficiente, a liga fundida não preencherá o molde antes de sua 
solidificação. outra possibilidade tambem é se não ocorrer a total eliminação da 
cera no interior do molde. Se muitos produtos de combustão permanecerem no 
molde, os poros do revestimento ficarão preenchidos, e desta maneira o ar não 
poderá escapar. Uma fundição incompleta tambem pode ser resultada da 
viscosidade do metal fundido, e isto pode ser atribuído a um aquecimento 
insuficiente.

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