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• Os materiais são substâncias geralmente sólidas com propriedades que as tornam utilizáveis em produtos e dispositivos desenvolvidos pelo Homem para preencher suas necessidades físicas, sociais, estéticas, de segurança, etc. São tradicionalmente classificados em: metálicos, cerâmicos, poliméricos e conjugados (ou compósitos). • A ciência dos materiais dentários envolve o estudo da composição e propriedade dos materiais e a forma que eles interagem com o ambiente no qual são colocados, suas indicações e manipulação. • Nenhum dispositivo odontológico, incluindo os materiais restauradores, é absolutamente seguro. A segurança é baseada na pressuposição de que os benefícios superam os riscos biológicos conhecidos. • Os dois principais efeitos biológicos são as reações alérgicas e as tóxicas. • Como o material comporta-se em situações reais é conhecido como mecânica. Quando um material é colocado ou faz contato com o corpo humano é, geralmente, designado como biomaterial. Por definição, é um material “não- vivo” destinado a interagir com sistemas biológicos. • Órgãos de regulamentação: - ADA - FDA - FDI - ISO • Utiliza-se as propriedades da matéria como critério de diferenciação, comparação e seleção do material. Determinam a utilização dos materiais • Estrutura da matéria - Matéria pode ser definida como um corpo que tem massa e ocupa um lugar no espaço e toda matéria pode ser concebida como sendo formada por um conjunto de pequenas partes até formar estruturas maiores. Essas unidades estruturais são os átomos. - Esses átomos estão unidos por interações atômicas 1. Primárias: iônicas, covalentes e metálicas 2. Secundárias: Ponte de hidrogênio e forças de Van Der Walls • Podem ser encontrados em 3 estados físicos: 1. Sólido ➢ Cristalinos- possuem uma configuração espacial regular - Arranjo ordenado e uniforme - Situado em uma posição semelhante - Arranjo ordenado tridimensional de longo alcance - Podem ser formados por ligações primárias, predominantemente, (são mais fortes) e secundárias - Estruturas cristalinas a) Ligas para fundição b) Amálgamas c) Ouro em folha d) Liga trabalhada e) Cerâmicas puras: alumina, zircônia f) Outras cerâmicas: porcelanas odontológicas ➢ Não cristalinos - Diferentes da forma cristalina que podem ocorrer em sólido - Ausência de padrão de cristalização - Ceras odontológicas- materiais amorfos cujas moléculas estão distribuídas aleatoriamente • Vidro- é um sólido com arranjo ordenado de curto alcance, ao invés de um arranjo ordenado de longo alcance, característico dos sólidos cristalinos 2. Líquido 3. Gasoso • Prazo de validade - Estabelece o tempo de vida útil do material, no qual ele vai desempenhar sua função - Com o passar da validade as propriedades passam a se alterar, além de apresentar risco à saúde do paciente. • Número do lote - Não pode ser rasurado - É importante para o rastreamento do produto, se houver algum problema • Temperatura e condição de armazenamento - EX: O alginato precisa ficar longe de umidade • Tempo de manipulação - Mínimo de tempo para misturar e utilizar o material. Se passar do tempo, o material pega presa. • Tempo de presa/ de trabalho: - Tempo compreendido entre o inicio da mistura até encaixar na moldeira e enrijecer na boca do paciente • O estudo das propriedades mecânicas implica no exame das relações entre materiais de restauração e o paciente, as forças que vão atuar, como a mastigação e as consequências do que pode ocorrer com essas forças. • Tensão - É a força interna que se opõe à força externa. - Quando uma força externa, a força peso, por exemplo, atua sobre um corpo, provoca uma reação de igual magnitude e de direção contrária chamada de tensão. • Conforme a magnitude da carga ou tensão correspondente, poderá a mesma superar ou não a oposição dos átomos. Se a reação à carga, por meio da tensão, for superada, teremos o aparecimento de deformações. • Deformação - É a alteração das dimensões do corpo, por unidade de dimensão - Podem ser: 1. Elásticas - Quando após a aplicação da força, o objeto volta a apresentar suas dimensões existentes antes da aplicação da força Ex: borracha 2. Plásticas - Plasticidade é a capacidade do material de se deformar quando submetido a um esforço e não manter sua forma original quando esse esforço desaparece - Desgaste de restauração pós mastigação • O ideal é que os materiais dentários resistam a todas as tensões na cavidade oral. • Tensões - Na realidade, as tensões de tração, de compressão e de cisalhamento apresentam-se geralmente em conjunto, sob a forma de tensões complexas, como é o caso das próteses fixas, quando em função na mastigação. - Flexões: são os 3 tipos de tensões ao mesmo tempo - Oclusão: compressão - Oclusão em cúspide: cisalhamento - Abrir a boca: tração - Mastigação: flexão 1. Tensões de tração: Quando as cargas são aplicadas numa mesma dimensão, porém em sentidos divergentes, tendendo a distender o corpo 2. Tensões de compressão: Cargas aplicadas de modo a tenderem comprimir o corpo, as cargas serão chamadas de compressão 3. Tensões de cisalhamento: Cargas aplicadas de modo a provocar uma torção, aplicadas em sentido contrário e em direções diversas • Tensão x deformação - É a maior tensão capaz de ser suportada por uma estrutura até a qual as tensões sejam proporcionais às deformações respectivas - As tensões são diretamente proporcionais às deformações durante as deformações elásticas. Então, quando se aplica uma carga a um material, este deverá apresentar uma deformação proporcional à carga. Porém, há um momento em que a carga atinge um nível em que a deformação deixará de ser proporcional para ser progressivamente maior. Isso ocorre quando é atingido o limite de proporcionalidade do material. • Reologia - É o conhecimento da tensão de escoamento do material e após sua manipulação - É o estudo do escoamento dos materiais não cristalinos • Viscosidade - É uma medida de consistência de um fluido e sua inabilidade para escoar - Representa uma medida de resistência ao escoamento de materiais não cristalinos - Quanto maiores forem as moléculas constituintes de fluido e mais fortes forem as uniões intermoleculares, menor será seu escoamento e, portanto, maior sua viscosidade. - A viscosidade dos líquidos diminui com o aumento da temperatura e depende da natureza da substância • Tixotropismo - Em estado estático, ele é muito viscoso e incapaz de escoar, mesmo que o frasco seja virado com o orifício para baixo. Entretanto, sob pressão, as macromoléculas se reorganizam e se orientam em uma única direção, que aumenta a sua capacidade de escoamento - É uma propriedade de redução da viscosidade apresentada por certos géis ou outros materiais, quando agitados, mexidos ou vibrados - Um material pode ter 2 características, como FLUIDO VISCOSO, a primeira característica é a que prevalece - Quanto mais um material de moldagem responder elasticamente às forças de remoção, maior será a precisão do molde produzido - Durante a remoção desse material da boca, ele deve se deformar ao passar pelas bossas dentais e, a seguir, retornar a posição original tão logo seja totalmente removido • Creep ou fluência - Deformação plástica dependente do tempo de um material sob carga estática ou tensão constante - Quando um metal é mantido à temperatura próxima a sua temperatura de fusão e fica submetido a uma carga constante, e deformação resultante aumenta com o tempo • Nenhuma substância pura é capaz de reunir todas as propriedades que se deseja em um material restaurador • Limite de elasticidade- Tensão máxima capaz de e ser suportada por uma substância de modo que, removida a carga, o material retorne às suas dimensões originais. - Se a tensão passar desse limite de proporcionalidade, o material não recupera seu estado original quando a força é removida • Elasticidade - Substância elástica é, pois, aquela capaz de resistir à ação de tensões de considerável magnitude, sem deformar-se permanentemente. -Que seria mais elástico: o aço ou a borracha? O aço. Sim, pois o limite de elasticidade do aço é maior que o da borracha. • Módulo de elasticidade - Apresenta p grau de rigidez relativa de um sólido dentro da fase elástica • Flexibilidade - Facilidade que o material tem de sofrer deformação - Enquanto a flexibilidade é uma vantagem para materiais de moldagem, é imprescindível que materiais restauradores apresentem característica oposta, ou seja, sejam rígidos (alto módulo de elasticidade) - Todos os materiais restauradores devem suportar forças durante a mastigação • Resiliência - É a resistência do material até a deformação permanente - É a quantidade de energia absorvida por uma estrutura quando sofre a ação de tensões não superiores ao seu limite de proporcionalidade. • Fragilidade/friabilidade - É uma propriedade que caracteriza a incapacidade relativa do material de suportar uma deformação plástica, antes de ocorrer a fratura - Fratura em tensões muito próximas ao seu limite de proporcionalidade - Geralmente o material tem a deformação elástica, depois a plástica e depois há a fratura • Ductibilidade - É a capacidade de um material resistir a força de tração sem sofrer rupturas. - Esta é a propriedade que apresentam certas substâncias de resistir a grandes deformações plásticas, quando sob tensões de tração. Substância dúctil é, pois, aquela capaz de sofrer deformações permanentes, relativamente grandes, quando sob tensões de tração, sem fraturar-se (fios). - É utilizada na fabricação de fios elétricos • Maleabilidade - É a capacidade do material de resistir a forças de compressão sem fraturas. - É a propriedade de certos corpos resistirem a grandes deformações, quando sob a ação de tensões de compressão, sem que ocorra ruptura. - Substância maleável é, pois, aquela capaz de apresentar grandes deformações permanentes, sob tensões de compressão, sem fraturar- se. • Tenacidade - É a quantidade de energia de deformação elástica e plástica necessária para fraturar o material - É a propriedade de ser difícil de quebrar • Dureza - Pode ser interpretada como a resistência à deformação permanente, ou a resistência à penetração, a resistência ao corte ou a ser riscado, ou ainda resistência ao desgaste. - Indicativo indireto ✓ Resistência do material ao desgaste na cavidade bucal ✓ Sofrer riscos ✓ Resistência do material à abrasão - Outros fatores que influenciam no desgaste ✓ Força de mordida e frequência da mastigação ✓ Abrasividade da dieta e composição dos líquidos intra-orais ✓ Variações da temperatura e irregularidades superficiais OBS: O desgaste excessivo do esmalte por prótese fixa unitária de cerâmica antagonista, ocorre comumente na presença de forças mastigatórias excessivas e de superfície cerâmica com grandes rugosidades • Papel do dentista - Distribuir as forças mastigatórias para áreas mais amplas - Reduzir tensões localizadas - Polir as superfícies da cerâmica e reduzir os desgastes destrutivos • Atrito - Resistência entre 2 corpos quando um se move em direção ao outro - O atrito surge em superfícies com microrrugosidades que apresentam pequena área de contato • Desgaste - Perda de material resultante da remoção e recolocação de 2 ou mais materiais • Calor específico - Representa a quantidade de calor necessária para aumentar em 1ºC um grama de substância - Substâncias com menor calor específico, aquece com mais facilidade • Condutividade térmica - Constitui uma medida da transferência de calor através de um material por meio de condução - Metais (como a amálgama) são bons condutores térmicos e os polímeros são bons isolantes OBS: Próximo a polpa é melhor colocar um bom isolante, se colocar um bom condutor, vai passar calor ou frio, provocando sensibilidade OBS: Por isso, antes de aplicar a amálgama, utiliza-se uma base - A condutibilidade do material precisa estar entre o do esmalte (2,23) e o da dentina (1,36) • Molde - Reprodução negativa • Moldagem - Ato de moldar para a obtenção do molde • Modelo - É p vazamento do gesso sob o molde - Precisa ser preciso • Moldagem - Moldeira de estoque: uso coletivo (usamos essa) - Moldeira unitária: é feita para cada paciente. Geralmente é usada em paciente edêntulo - Requisitos para uma boa moldagem ✓ Ser fluido para adaptar aos tecidos bucais ✓ Viscosidade para ficar contido nas moldeiras ✓ Ser tóxico ✓ Tempo de trabalho satisfatório ✓ Ser hidrofílico (apenas os hidrocoloides irreversíveis são totalmente) ✓ Após a reação de presa, o material não deve distorcer ou rasgar quando removido da boca ✓ Moldagens devem manter-se dimensionalmente estáveis até que o modelo seja vazado ✓ Apresentar estabilidade dimensional diante de variações de umidade e temperatura ✓ Não se deformar ao ser removido da boca. Nenhum material recupera totalmente sua elasticidade • Classificação - Se implica a reações químicas que ocorrem, podem ser: 1. Irreversíveis 2. Reversíveis Elásticos - Materiais que amolecem sob o calor e solidificam quando resfriados, com nenhuma mudança química Anelásticos - Materiais que não são capazes de sofrer deformações elásticas no momento da moldagem e em qualquer retenção podem ser fraturados Mecanismo de presa ➢ Materiais irreversíveis: endurecem por reação química - Alginato, pasta de OZE, gesso e elastômeros - Uma vez misturados, esses materiais não voltam ao normal ➢ Materiais reversíveis: amolecem sob o calor e se solidificam quando resfriados - Ágar e godivas (não são mais utilizados) - Propriedades elásticas do material após a presa Anelásticos - São friáveis - Apresentam quantidade significante de deformação elástica, quando submetidos às forças de tração ou de dobramento - Tendem a fraturar, sem exibir qualquer deformação plástica se as tensões aplicadas excederem sua resistência à tração, cisalhamento ou compressão - O fator que une estes materiais é a incapacidade que todos eles possuem de moldar com precisão regiões retentivas. Isso acontece por causa da sua incapacidade clínica de se deformar elasticamente sem fratura, suas indicações são limitadas - EX: Gesso, godiva, pasta de óxido de zinco e eugenol Termoplástico - Muda de forma visual com a temperatura • Principal indicação - Moldagem de rebordos edentados • Composição - Ceras - Resinas termoplásticas - Cargas - Corantes • Manipulação - Propriedades termoplásticas: quando aquecido, se plastifica e tona-se completamente rígido quando resfriado • Condutibilidade térmica - Ruim • Estabilidade dimensional - Relaxamento em curto tempo e com aumento da temperatura - Empenamento ou distorção do molde - Resfriamento total antes da remoção da boca - A confecção do modelo precisa ser feita imediatamente ou na primeira hora • Desinfecção- antes de vazar - Glutaraldeído e hipoclorito • É encontrada em forma de pasta • Indicações - Registro de mordida - Reembasamento temporário de dentaduras - Desdentados totais • Composição - Óxido de zinco - Eugenol - Resina • Estabilidade dimensional - Altamente satisfatória - O molde pode ser preservado indefinidamente sem alterações de forma ocasionadas pelaliberação de tensões ou outras causas de distorções • Manipulação - As duas pastas são dispostas na placa e misturadas com a espátula e essa espatulação continua por 1 minuto, ou pelo tempo recomendado pelo fabricante, até que a mistura apresente uma cor uniforme • Tempo de presa - 10 a 15 minutos - Rígidas (tipo I) - Macias (tipo II)- ideal, porque a substância já é friável - Temperatura e umidade (da boca) aceleram a reação • Desinfecção - Glutaraldeido e hipoclorito • Fatores responsáveis pelo seu sucesso - Fácil manipulação - Conforto para o paciente - Baixo custo - Não exige equipamentos sofisticados - Fácil limpeza, biocompatível e hidrofílico • Composição - Alginato de potássio (15%) - Sulfato de cálcio (16%): reagente da ação - Óxido de zinco (4%) - Fluoreto de potássio e titânio (3%) - Diatomita (60%) - Fosfato de sódio (2%)- retardador • Manipulação - Feito a partir do alginato de potássio ou de cálcio - O alginato de potássio e o sulfato de cálcio estão incluídos no pó e, quando misturados com água, o sulfato de cálcio é dissolvido - Quando dissolvido, o sulfato de cálcio reage com o alginato de potássio ou de sódio para produzir alginato de cálcio. O alginato de cálcio é insolúvel e sua formação causa a mudança do material para gel. - A reação é retardada com a adição de fosfato de sódio, pois o sulfato de cálcio irá reagir preferencialmente e em maior magnitude com ele. - Desta maneira, a reação entre o sulfato de cálcio e o alginato solúvel é parcialmente impedida ou retardada pelo período em que o fosfato de sódio estiver na solução. Esse elemento deve ser adicionado ao pó com cuidado, de modo a fornecer um tempo de geleificação adequado - O objetivo da diatomita na composição é agir como carga. Se adicionada em quantidade apropriada, ela aumentará a resistência e a dureza do gel de alginato, além de propiciar uma textura macia e assegurar uma superfície do gel firme e não aderente. Ela também auxilia na formação do sol, facilitando a dispersão das partículas de pó de alginato na água. Sem esta carga, o gel formado não teria firmeza e exibiria uma superfície pegajosa - O óxido de zinco também pode atuar como carga, e tem certa influência sobre as propriedades físicas e o tempo de endurecimento do gel - O fluoreto de titânio e potássio é incorporado para promover uma superfície mais densa e dura no modelo de gesso. Em concentrações apropriadas, são aceleradores de presa dos produtos de gesso - A geleificação é, de alguma maneira, um processo de solidificação. O gel é formado a partir de um sólido, em decorrência de uma reação química • A adição do retardador pelo fabricante é o que vai definir se o alginato será - Tipo I: presa rápida (1,5 – 3min) - Tipo II: presa normal (3 – 4,5min) • Dustless ou dust-free - Isentos de poeira - Existe uma doença pulmonar causada pela poeira da sílica • Tempo de presa - Observar o tempo decorrido desde o início da mistura até o momento em que o material, ao ser tocado com o dedo limpo e seco, não se apresenta pegajoso ou aderente. - O tempo de geleificação de alguns produtos comerciais pode ser alterado, modificando-se a relação água/pó e o tempo de manipulação, mas isto pode alterar determinadas características do gel. • Cuidados na manipulação - Não incorporar bolhas de ar na mistura - A espatulação vigorosa, representando a figura de um oito, é o melhor procedimento de manipulação, com a mistura sendo espremida ou amassada de encontro às paredes da cuba, executando uma rotação constante e intermitente da espátula (180 graus). • Tempo de manipulação - Deve ser de 1 minuto, sendo que esse tempo se inicia desde o momento em que a primeira porção do pó foi colocada sobre a água. • Reprodução de detalhes - Não é capaz de reproduzir minúsculos detalhes - Esta é uma das razões principais pelas quais o alginato para moldagem não é usado em casos de impressões para prótese fixa. Tais restaurações, como uma coroa, requerem um molde que reproduza detalhes com precisão. • Estabilidade dimensional - Grande parte do volume do gel é ocupada por água. Se este conteúdo de água no gel. for reduzido, ele irá contrair-se - Se ele absorver este líquido, irá expandir- se ou intumescer - Expandir= embebição - Contrair= sinérese - O gel pode perder água por evaporação da sua superfície ou através de um processo de saída de exsudatos fluidos, conhecidos como sinérese - Se o gel sofreu uma diminuição do seu conteúdo de água, irá ocorrer uma sorção por um processo conhecido como embebição • Tempo de vazamento - Imediatamente ou até 1 hora • Indicação - Modelo de estudo e antagonista - Moldagem de transferência - Confecção de aparelhos ortodônticos - Próteses parciais removíveis • Desvantagens - Baixa estabilidade dimensional quando comparado aos demais materiais elásticos - Vazar o gesso imediatamente - Sofre sinérese e embebição • Desinfecção - Rápido - Água sanitária diluída 1/10 - Borrifar sobre o molde, evitando a imersão - Embrulhar em papel toalha umedecida com o agente desinfectante e manter em saco plástico por 10min • Se assemelham a borrachas • Oferecem soluções para os dois problemas principais associados aos hidrocolóides: pouca resistência e pouca estabilidade dimensional • 4 classes de viscosidade - Material leve - Material médio ou regular - Material pesado - Massa densa • O aumento na temperatura acelera a velocidade de polimerização de todos os elastômeros, diminuindo o tempo de trabalho e de presa • Estabilidade dimensional- fatores que interferem - Contração de polimerização: as moléculas se unem, contraindo-se e deixando um espaço. Isso é ruim, pois não mantém a dimensão - Perda de subproduto - Contração térmica pela mudança de temperatura - Embebição - Recuperação elástica incompleta de deformação • Composição - Possui duas pastas, uma é a pasta base e a outra é a pasta catalisadora - A pasta catalisadora contém ✓ Dióxido de chumbo (coloração marrom) ✓ Óxido de chumbo (polimerização ✓ Dibutil ftalato - Pasta base contém: ✓ Polímero (mercaptana ou polímero de sulfeto) ✓ Plastificante (resistência) ✓ Cargas inertes (viscosidade) • Manipulação - Comprimentos iguais das pastas são espremidos sobre uma pasta de manipulação (orifício da pasta é maior) - Continua-se a mistura até que ela esteja homogênea - Na mistura das 2 pastas, o grupamento TIOL (base) pendentes nas cadeias do pré- polimero reagem com o dióxido de chumbo - Ocorre uma polimerização por condensação na reação de presa do material - Essa reação libera como subproduto a água • Flexibilidade e resistência a ruptura - Sucesso na cópia de margens de preparo gengival e subgengival • Tempo de vazamento - Imediatamente ou até 1h - Após esse tempo, o fato da reação liberar subproduto vai prejudicar a estabilidade dimensional • Reologia - Sua flexibilidade permite que o material polimerizado seja removido, mesmo de áreas retentivas, com um mínimo de esforço. Apesar da falta de rigidez, o material não- polimerizado tem um alto nível de viscosidade. • Estabilidade dimensional - O molde deve ser vazado imediatamente após a obtenção da moldagem, porque a moldagem é mais precisa tão logo seja removida da boca, pois o subproduto da reação (água) é perdido, o que causa contração; além disso, há uma recuperação incompleta da deformação, devido às propriedades viscoelásticas OBS: Embora os polissulfetos não tenham uma boa estabilidade dimensional perfeita, eles podem produzir moldes muito mais precisos do que os hidrocolóides • Aplicações - Moldagens de coras e pontes, e raramente outras aplicações • O material chamado baseé apresentado como uma pasta de consistência semelhante à dos elastômeros à base de polissulfetos. Já o catalisador é fornecido como um líquido de baixa viscosidade ou como uma pasta. • A formação do elastômero ocorre através da ligação cruzada entre os grupamentos terminais do polímero de silicona e o silicato alquímico, de modo a formar uma rede tridimensional. • Tempo de vazamento - Menor, pois libera subproduto, diminuindo a estabilidade - Imediatamente ou até 30min • Reação de presa - Reação de polimerização por condensação, liberando álcool etílico como subproduto • Estabilidade dimensional - São materiais que apresentam excessiva contração de polimerização - A instabilidade dimensional desse material também é devida à perda do produto da reação, o álcool etílico, que é uma substância muito volátil. Uma vez removido o molde da boca, a evaporação do subproduto ocorre continuamente. Assim, para que se obtenha um modelo mais preciso é necessário vazar-se o molde com gesso dentro dos primeiros 30 minutos. • Desinfecção - Rápida - Ácido paracético 0,2% por 10 min - Borrifar • Indicações - Moldagem unitária - Moldagem de mandíbulas edêntulas - Moldagens totais: PPR - Guias para provisórios • Vantagens - Pode ser manipulado com ou sem luvas - Alta resistência à deformação - Boa reprodução de detalhes - Tempos de trabalho e de presa adequados - Sabor agradável - Custo moderado - Fácil remoção em áreas retentivas, sem distorção - Resultados satisfatórios • Desvantagens - Estabilidade dimensional - Vazamento imediato - 1vazagem - Alta contração de polimerização - Baixa resistência a ruptura - Volatização de subprodutos • Possui uma excelente hidrofilia • Alto nível de precisão • Rigidez: remoção de áreas retentivas • Composição - 2 pastas - A pasta base, contém o polímero de poliéter, uma sílica coloidal como agente de carga, e um plastificador. Esta é colocada em um tubo grande. - A pasta catalisadora (éster sulfonado aromático), contendo um iniciador e os demais veículos, é colocada em um segundo tubo muito menor. - Não possui constituintes voláteis • Reação de presa - Reação por adição, não produz subprodutos • Tempo de vazamento - 30 min após ou até 15/14 dias - Pode ser vazado mais de uma vez - Vazado com gesso pedra especial • Estabilidade dimensional - Não apresentam em sua reação de polimerização a formação de subprodutos. - Portanto, o molde com poliéter pode ser vazado imediatamente, após algumas horas ou após alguns dias, e o modelo resultante terá a mesma precisão. O material é relativamente hidrofílico e absorve água sob condições de alta umidade. Isso causa a embebição do molde e a distorção. Assim o armazenamento do molde deve ser feito em ambiente seco e fresco para manter sua precisão. • Indicação - Moldagem de coroas - Moldagem de próteses e unitárias - Moldagem de mandíbulas edêntulas - Moldagem total: PPR - Moldagem de implantes - Moldagem de quadrantes • Desinfecção - Rápida - Água sanitária diluída 1/10 - Borrifar • Marca mais conhecida: impregum 3M • Armazenamento - Ambiente seco • Alta, média e baixas viscosidade • Pode ser feita com moldeira de estoque ou individual • Vantagens - Presa rápida - Precisão dimensional e rigidez - Recuperação após deformação ou a alteração dimensional - Resistência ao rasgamento - Obtenção de uma moldagem precisa de boa reprodução dos detalhes - Alto nível de confiabilidade • Reação de presa - É uma reação de adição - Essa reação não libera subproduto, o que faz com que a sua estabilidade dimensional seja boa - Uma reação secundária entre a umidade e hidretos residuais do polímero podem levar a formação e liberação de gás hidrogênio na forma gasosa - Essa liberação cria porosidades no gesso, por isso não pode ser vazado imediatamente • Estabilidade dimensional - Boa • Tempo de vazamento - até 14/15 dias - Para que não tenha porosidade no gesso, é importante aguardar uma hora ou mais antes de vazar o molde, ou o fabricante coloca platina ou paládio, que capturam hidrogênio • Possuia natureza hidrófoba, porém isso já foi corrigido - Distorção ou perdas de detalhes nas margens de moldagem é, provavelmente, causada pela presença de umidade na região a ser moldada. Requerem um campo seco. • Propriedades - Excelente estabilidade dimensional - Permitindo vazamento de mais de um modelo por moldagem - Excelente resistência à tração para evitar rasgamento • Indicações - Moldagens de prótese fixa (unitária ou vários elementos) - Moldagens para próteses parciais e totais removíveis - Overlays, inlays, onlays, facetas e lentes de contato • Vantagens - Duplo vazamento - Alta resistência à deformação - Excelente reprodução de detalhes - Moderada resistência ao rasgamento - Adequados tempo de presa e trabalho - Facilidade de manipulação • Limitações - Natureza hidrofóbica (a menos que seja adicionado um surfactante) - Qualquer tipo de distorção e/ou perda de detalhes nas margens de moldagem é, provavelmente, causada pela presença de umidade na região a ser moldada - Alto custo e vida útil curta - Baixa resistência ao rasgamento • Manipulação - Sem luvas, pois as luvas possuem ditiocarbamato de zinco que quando em contato com o silicone (silicona) interfere na polimerização. Isso vai fazer com que algumas áreas do silicone não terá a polimerização, não tendo presa e área copiada • Tipos - Pesados (massa/massa ou massa/pasta) - Regular (pasta/pasta) - Leve (pasta/pasta) OBS: No regular e no leve precisa de pistola para manipular, com ponta auto misturadora • Gesso • Materiais poliméricos - Resina epóxi - Resinas poliuretânicas (poliuretano) • Indicações: - Modelo de estudo: planejar casos - Modelo de trabalho: confecção de próteses, lentes, coroas - Fixação do modelo no articulador - Preenchimento de mufla: o gesso mantém o espaço que o profissional vai injetar a resina acrílica • Composição - Mineral- gipsita- principal composição da gipsita: sulfato de cálcio diidratado Gipsita - Para obter o gesso ocorre o processo de calcinação (triturar e depois aquecer), esse processo vai levar a perda de água, transformando a substância em sulfato de cálcio hemi-hidratado - Dependendo do processo de calcinação, existem diferentes tipos gesso - O tipo de calcinação altera a forma de aquecimento da gipsita. Altera partículas, que principalmente determinam a quantidade de água necessária para a manipulação ➢ Mais água- gesso menos resistente ➢ Menos água- gesso mais resistente - O tipo de calcinação vai gerar 2 tipos de partículas de cristais: alfa e beta - O tipo de calcinação também altera ➢ Tamanho dos cristais ➢ Na área de superfície ➢ Grau de perfeição das grades espaciais - cristais alfa: partículas menores e mais regulares, menor área de superfície, maior grau de perfeição; precisa de menor quantidade de água - cristais beta: partículas maiores e menos regulares, mair área de sup • Beta- gesso comum (TIPO II) - Cristais irregulares - “Esponjas” - Poros capilares • Alfa- gesso pedra (TIPO III) - Pequenas partículas - Cristalinas de formato cilíndrico e regulares • Alfa- gesso pedra modificado (TIPO IV) - Pequenas partículas mais lisas e mais densas • Alfa-hemiidratado - Mais duro e resistente - Requer uma menor quantidade de água • Beta-hemiidratado - Na caldeira, forno a céu aberto • Proporção e espatulação - Durante a espatulação do gesso, o dentista devolve ao hemihidratado a água perdida na calcinação - A proporção de água indicada para uso com gesso é sempre descrita como relação água (mL)/pó (g) (A/P) • Fatores queaceleram a presa - A/P menor (-qnt de água): núcleos de cristalização mais próximos - Tempo de espatulação: Se for maior do que o recomendado, há prejuízos, como a redução do tempo de presa. Que causam rompimentos nos cristais já formados e, assim, um aumento no número de pontos de cristalização, pois há o rompimento de moléculas - Energia de espatulação • Tixotropismo • Fatores que levam a bons resultados - Fundamental que o recipiente esteja limpo, pois se houver resíduos pode acelerar a reação de presa (se for de gesso) - Use uma espátula rígida - Coloque a água dentro da cuba - Adicione o gesso sobre água e aguarde cerca de 30 segundos. Isso minimiza a presença de bolhas - Faça a espatulação manual com a cuba posicionada sobre o vibrador de gesso ligado, seguindo o tempo recomendado pelo fabricante OBS: Existe o espatulador mecânico a vácuo • Fatores que aceleram a presa - Cloreto de sódio (até 2%) - Raspas de gesso • Fatores que retardam a presa: - Bórax - Citrato de potássio - Temperatura: pouca influência • Tipos de gesso - Gesso comum (TIPO II) ➢ Beta-hemiidrato: partícula porosa e cheia de água, por isso o gesso não vai ser muito resistente ➢ Modelo de estudo: não precisa de muita precisão ➢ Material acessório ➢ Expansão de presa: 0,3% - Gesso pedra (TIPO III) ➢ Alfa-hemiidrato: denso e prismático ➢ Material de trabalho ➢ Modelo antagonista ➢ Expansão de presa (aumento pós presa): 0,2% ➢ Não indicado para trabalhos em prótese fixa (coroa, lentes de contato, faceta), pois possui baixa resistência mecânica e uma expansão de 0,2 - Gesso pedra melhorado ou especial (TIPO IV) ➢ Alfa-hemiidrato: melhor distribuição do tamanho das partículas ➢ Material mais utilizado ➢ Precisão e resistência mecânica ➢ Superfície lisa e alta lisura ➢ Material de trabalho ➢ Tróqueis ➢ Expansão de presa: 0,1% • Desinfecção do modelo - Imersão rápida ou spray de hipoclorito 10% - O fabricante também pode fazer colocando uma solução antimicrobiana • Cuidados na manipulação - O molde deve estar limpo e seco - Obedecer a relação A/P - Evitar excesso de porosidade - Adicionar o pó à água (e não vice-versa) - Espatular contra as paredes da cuba - Vibrar a mistura - Preencher o molde sob vibração, deixando o gesso fluir nos detalhes do molde - Aguardar a presa final para separar o modelo do molde - Não deixar o pote de gesso aberto, pois o hemihidrato reage com a umidade do ar, alterando o tempo de trabalho e de presa • Vantagens - Maior estabilidade dimensional por longos períodos - Menos chance de fratura de desgaste • Desvantagens - Opções restritas - Custo • 1936: Base de próteses totais (termo- ativada) • 1945-50: Restaurações diretas (quimicamente-ativada)- apresentava um índice de desgaste e um alto índice de contração por polimerização, caiu em DESUSO • Indicações - Confecção de base de próteses parciais e totais (termo-ativada) - Dentes de estoque: dentes que encaixam na prótese total, como dentes provisórios - Placas miorrelaxantes: de bruxismo - Confesção de dentes provisórios - Ortodontia: base de aparelhos ortodônticos • Apresentações - Líquido Metacrilato de metila (monômero) Hidroquinona (inibidor) Ativador químico (amina terciária) Podem ser acrescentados agentes de ligação cruzada e plastificantes Cuidados Frasco longe de chamas e vedado: inflamável e volátil A reação de polimerização pode ser iniciada pela radiação ultravioleta (UV), por isso o frasco deve ter tonalidade escura • Plastificantes - Etil metacrilato, n-butil metacrilato e tridecilmetacrilato - Facilitar a dissolução do polímero no monômero (ação de solvente) - Para que o polímero resultante perca rigidez e fragilidade, adquirindo maior resiliência • Agente de ligação cruzada - Etilenoglicol dimetacrilato (EGDMA) - Ação antagonista ao plastificante - Resistência mecânica e diminuir a solubilidade e sorção de água da resina • Pó (polímero) - Microesferas de polimetacrilato de metila - Polimerizadas industrialmente - Rosa- simular a gengiva na prótese - Vermelho- coroa unitária - Autopolimerizável para provisórios, possuem várias cores • Manipulação - Molhar o pó com o líquido, em uma proporção de 3:1 • Classificação - RAAQ/Autopolimerizável (Resina Acrílica Ativada Quimicamente): Uma amina terciária atua como ativador da reação de polimerização- mais utilizável no dia a dia A amina terciária entra em contato com o polímero - RAAT/termopolimerizável (Resina Acrílica Ativada Termicamente): O calor (temperaturas próximas a 65º) atua como ativador da reação de polimerização - RAFA (Resina Acrílica Fotoativada): A irradiação por luz visível atua como ativador da reação • Polimerização - Processo que vai dar presa a resina acrílica 1. Ativação - O ativador químico (amina terciária), térmico (temperatura) ou foto) quebra a molécula de peróxido de benzoila no meio, formando radicais livres 2. Iniciação - Após a liberação de radicais, eles rompem a dupla ligação do metacrilato e se liga ao monômero, transferindo seu estado de excitação à novas moléculas formadas 3. Propagação - Auto-propagação: O novo radical livre rompe a dupla ligação de outro metacrilato de metila e se liga a esta. A cadeia vai aumentando e aumentando o peso molecular 4. Terminação - Quando a propagação termina: a) Ocorre o acoplamento direto: Dois macrorradicais se ligam estabilizando um ao outro b) Transferência de um átomo de hidrogênio: O radical que perde o hidrogênio refaz a ligação dupla, mas fica ainda a possibilidade de uma nova reativação por ruptura desta ligação; o radical que ganha o átomo de hidrogênio estabiliza o átomo que apresentava elétron desemparelhado - A reação de polimerização da resina é exotérmica, libera calor • Fases da mistura (termou e quimicamente ativado) 1. Fase arenosa: assim que joga o pó no líquido 2. Fase pegajosa: viscoso e aderente, aparecem inúmeros fios finos e pegajosos entre as porções resultantes ao suspender a espátula. 3. Fase plástica: A resina perde a pegajosidade e torna-se manipulável, sem aderir as mãos. Essa fase é normalmente escolhida para conformar a resina 4. Fase borrachóide: aumento da temperatura 5. Fase sólida: Quando termina o processo, ela já está pronta para ser utilizada. • A cera é um éster de baixo peso molecular, derivado de componentes de ácidos graxos naturais e sintéticos, que se plastificam (tomam presa) a uma temperatura relativamente baixa • As ceras odontológicas são materiais que mudam sua viscosidade de acordo com a temperatura a que são submentidas. • Se aplica uma força sobre ela, se torna mais fluida. Se retira a força, se torna mais viscosa • Composição 1. Natural - Fontes: mineral, vegetal e animal a) Animal: - cera da abelha - Utilizada na composição para aumentar a fluidez e a maleabilidade à temperatura ambiente b) Vegetal - São incorporadas para aumentar a dureza, rigidez, resistência e diminuir o escoamento - Carnaúba ou candelila - Obtem-se ceras mais duras - Quebradiças - Odor agradável - Ponto de fusão relativamente alto (Carnaúba) - Ponto de fusão relativamente baixo (Candelila) b) Mineral - Parafina - 40-60% do peso de ceras possuem parafinas - A parafina é derivada de frações de alto ponto de fusão de petróleo (Processos Petroquímicos) - Hidrocarbonetos + pequenas quantidades de fases amorfas e microcristalinas - Possuem excelentes propriedades termoplásticas (amolecemmediante a ação do calor, tornando-se mais manipulável e tomam presa quando esfriam) 2. Sintética - Estruturas mais uniformes do que as ceras naturais - Composição mais homogênea - São quimicamente análogas às moléculas das ceras naturais. - Normalmente são mais homogêneas e puras que as naturais • Tipos de cera ➢ Ceras para registro da oclusão - Cera de registro das superfícies de oclusão dos dentes, como ajuda a estabelecer a interrelação maxilomandibular (mordida) - Pega-se uma placa de cera tipo 7 e pede-se ao paciente que faça a mordida ➢ Ceras para placa-base/ cera para base de PT (prótese total) - Mais espessa do que a cera 7 - Usa para fazer a base da prótese total - Individualização de moldeiras - Cera 9 - Composta por 75% de parafina, cera branca de abelha, resina e essência de terebintina, assim como corantes - Em forma de lâmina, usada para estabelecer a forma do arco inicial na construção de próteses totais - É macia, pois permite que a movimentação de dentes de estoque para posicioná-los durante a montagem - A base não é diretamente de resina acrílica, pois a resina após tomar presa é muito rígida e não terá como colocar os dentes na base. ➢ Cera pegajosa - É uma mistura da cera branca de abelhas e resina procedente da seiva de algumas árvores - Apresenta uma boa adesão quando é aquecida até a condição plástica em superfícies limpas e secas - É multifuncional quando se trata de unir, colar, prender ou conectar ➢ Cera para enceramento diagnóstico - Devido as suas propriedades elásticas e plásticas, ela permite esculpir tanto por adição da cera como subtração da cera - Possui vários tons ➢ Cera para fundição - Cera odontológica especial, que pode ser aplicada nos troqueis para fabricar padrões diretos ou indiretos na técnica da cera perdida, usada na fundição de ligas metálicas ou nas cerâmicas prensadas por calor - Tipo I: Cera média, empregada na técnica direta - Tipo II: Cera macia, empregada na técnica indireta (mais utilizada) • Podemos escolher as ceras pela sua dureza: macia, média e dura. O que as diferencia basicamente é a temperatura de fusão contração e estabilidade dimensional • Propriedades desejáveis - A cor deve contrastar com a do material de troquel ou dente preparado - Após o amolecimento, quando a cera é dobrada e modelada, ela não deve descamar ou apresentar superfície rugosa - Quando amolecida a cera deve apresentar-se uniforme - O padrão de cera deve ser completamente rígido e dimensionalmente estável em todas as etapas do trabalho, até sua eliminação • Propriedades - As propriedades térmicas são as que mais apresentam interesse, principalmente a propriedade de termoplasticidade (é por meio da termoplasticidde que conseguimos manipular a cera), ou seja, a capacidade que têm as ceras de amolecer mediante a ação do calor - A condutibilidade térmica das ceras é péssima, um certo tempo é requerido tanto para que ela seja aquecida uniforme e completamente, para que se resfrie de forma homogênea - O coeficiente de expansão térmica é alto, o que é ruim para a cera, porém como não se utiliza como material restaurador, isso pode ser reversível em laboratório - Escoamento é a força e a temperatura que se manipula a cera • Complexo dentina-polpa é uma rede de polpa, dentina e estrutura da polpa e da dentina • Sempre que mexemos na dentina a polpa vai responder • O objetivo é manter o equilíbrio biológico durante o procedimento • Polpa ➢ Tecido conjuntivo ➢ Suprimento vasculonervoso do dente ➢ Cavidade inextensível ➢ Dentina reacional protege a polpa ➢ Funções - Secretar componentes que dão origem à dentina - Manter o metabolismo quando o dente estiver completamente formado • Dentina ➢ Composição - Hidroxiapatita (68%) - Matéria orgânica (22%) - Água (10%) ➢ Dentina primária - Desde o inicio do dente até a erupção ➢ Dentina secundária ➢ Dentina terciária/ reacional/ esclerótica ➢ Próximo da polpa tem uma maior quantidade de túbulos dentinários e com diâmetro maior, por isso que sentimos mais sensibilidade quando a cavidade é mais profunda; há maior permeabilidade, pelo fato do diâmetro ser maior ➢ Mais distante da polpa (próximo à junção amelo-dentinária) a dentina tem menor quantidade de túbulos dentinários e com diâmetros menores ➢ Dentina peritubular e intertubular • Quanto mais próximo da polpa estiver o preparo, mais crítica (mais cuidadosa) é a técnica • A melhor coisa pra proteger a polpa é o remanescente dentário - Se é mantido 1mm de dentina, a toxicidade do material restaurador é reduzida em 90% - Se é mantido 0,5mm de dentina, a toxicidade do material é reduzida em 90% • Dor e sensibilidade - Teoria hidrodinâmica: Nos túbulos dentinários existe um plexo nervoso, quando é aplicado calor, pressão, ar, causa-se uma movimentação dentro dos prolongamentos odontoblásticos. Dentro desses prolongamentos também existem fluidos, e a diferença de pressão nos fluidos é o que vai gerar a ativação do plexo nervoso, que vai causar dor e sensibilidade • Quando precisa-se fazer uma restauração é necessário a obtenção de um diagnóstico do paciente - Exame clínico e radiográfico - Teste de vitalidade - Profundidade biológica da polpa • O diagnóstico vai dizer qual material restaurador (cimento) precisa-se utilizar - Cavidade rasa- restauração com resina composta - Cavidade profunda- utilizar material protetor para bloquear agressões à polpa, além disso, é necessário remineralizar dentina descalcificada • Sem exposição pulpar- cimento de hidróxido de cálcio (pasta) • Com exposição pulpar- hidróxido de cálcio PA (pó) • Proteção do complexo dentino-pulpar • A resina e a amalgama são tóxicos e podem necrosar a polpa e a dentina, por isso precisamos utilizar um forramento/base primeiro • Cimentos são substâncias que tomam presa para agir como base, forrador, material restaurador ou adesivo para reter dispositivos e próteses à estrutura dentária • Indicações - Cimentação ortodôntica (prender o anel/braquete) - Restaurações definitivas ou temporárias - Agentes de proteção do complexo dentina- pulpar • Porque proteger? - Além de alguns materiais serem tóxicos (não serem biocompatíveis, alguns deles -como a amálgama- são condutores de temperatura, causando uma sensibilidade térmica. Por isso é necessário colocar um material que bloquei essa condução de temperatura. - Irritação química: cimentos com ácido fosfórico, resina composta para restaurações diretas e, em alguns casos, alguns tipos de civ PROTETORES DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR • Forradores- menos espesso, são todos os agentes protetores com camadas de menos de 0,5 mm • Base- mais espessa, de 0,5 a 2 mm de um ou mais agente protetores - Suporta a condensação e a mastigação • Cimentos à base de ácido fosfórico - Fosfato de zinco - Silicofosfato de cobre Cimento de óxido de zinco/eugenol ➢ Bastante utilizado desde 1980 ➢ Prótese ➢ Endodontia ➢ Dentística ➢ Periodontia ➢ Tipo I e II: agente cimentante ➢ Tipo III e IV: material restaurador provisório/ base ➢ Tipo IV: Forrador ➢ Geralmente utilizado com pó e líquido, mas também pode ser encontrado pasta/pasta ➢ Principal utilização: material restaurador provisório ➢ Problema: depois da manipulação e da inserção na cavidade o seu pH é 7, que é um pouco irritante ➢ O eugenol apresenta um efeito sedativo e anti-inflamatório, esse efeito se dá pela inibição da atividade sensorial das células nervosas locais ➢ O que diferencia oefeito tóxico do sedativo é a quantidade de eugenol que é colocado na mistura, deve-se colocar uma quantidade pequena. Quantidade maior- irritante ➢ Principal indicação: material restaurador provisório ➢ Tipo I: cimentação provisória (curto prazo) pasta/pasta ➢ Tipo III: cimentação definitiva (reforçado com polímero) pasta/pasta ou pó/líquido ➢ Tipo III: restauração provisória de longa duração ou bases (não colocar em restauração muito profunda) ➢ Tipo IV: cotosol- Forramento, muito utilizado na endodontia. Pasta ➢ Reação de presa - Hidrólise do óxido de zinco e eugenol, que vai formar o eugenolato de zinco. As partículas não-reativas serão envoltas por uma matriz de eugenolato de zinco - O eugenol normalmente é totalmente consumido, ao contrário do zinco - As partículas não-reagidas envoltas por uma matriz de eugenolato de zinco são responsáveis pela resistência do material - A umidade e o calor aceleram a reação de presa. Pode-se colocar um algodão úmido acima do material - O eugenol é totalmente consumido, porém possui ligações fracas, que podem ser rompidas e liberar eugenol para o meio, ai que vão ocorrer as atividades microbianas e antiinflamatórias. Quanto menos líquido (eugenol) é colocado, menos terá essa ligação. ➢ Cimento pouco resistente - Mesmo reforçados com EBA ou PMMA, esses cimentos ainda possuem as menores propriedades mecânicas, essas são bem menores do que as de fosfato de zinco e cimento de ionômero de vidro - Reforço 1. EBA (Ácido orto-etóxi-benzoico) - Líquido - Substitui o eugenol e acrescenta alumina ao pó - Pode duplicar a resistência do óxido de zinco e eugenol à compressão 2. PMMA (Polimetacrilato de metila) - Pó ➢ Possuem atividades antimicrobianas/ bactericida/ bacteriostático ➢ É um sedativo, pois faz a inibição sensorial ➢ Vantagens - Efeito sedativo da polpa - Radiopacidade ➢ Desvantagens - Não pode ser utilizado com materiais resinosos, pois interfere e inibe a polimerização da resina composta. Por isso não deve ser usado como base nesse tipo de restauração. Só pode utilizar na amálgama. - Não adere ao dente e o seu bom selamento deve ser atribuído à liberação de eugenol, que previne o trânsito de microrganismos na interface. ➢ Pode ser preparado em 2 consistências diferentes: 1. Base/ material restaurador provisório: consistência de vidraceiro, massa tipo de modelar que não gruda na mão 2. Forrador/ agente cimentante: vai formar um fio de 3 a 4 cm ➢ Tempo de trabalho - 2 a 3 min Cimento de hidróxido de cálcio • Utilizado como forrador • Indicado quando há cavidade muito próxima à polpa, risco de exposição pulpar e exposição pulpar; forramento • Sistema pasta/pasta (base/catalisador) • Ativação química, não precisa de foto ativador • Presa rápida • Propriedades - Biocompatibilidade - Bloqueio a estímulos térmicos e elétricos- pode ser utilizado com amálgama, resina e cimento de ionômero de vidro (CIV) -geralmente associado ao CIV- - Alta solubilidade: problema, não pode ser colocado em contato com a água ou com a saliva, pois se desfaz - Baixa resistência mecânica -o mais fino possível- não é a espessura que vai determinar o nível de ação, é o contato. • Devido a algumas deficiências no autoativado, foi lançado o fotoativado por luz visível ➢ Passa a ser monocomponente e fotopolimerizável ➢ Elimina a etapa de espatulação ➢ Aumentou a resistência a compressão ➢ Já não tem quase nenhuma solubilidade em ácido e água ➢ Não adere a dentina e não libera flúor, porém o fato de possuir resina polimérica como um dos componentes possibilita uma forte união com materiais restauradores fotopolimerizáveis • Amplamente utilizado na proteção do complexo dentino pulpar e em cavidades profundas e muito profundas • Mecanismo de ação ➢ Ação por contato ➢ Quando o cimento entra em contato com a dentina causa uma necrose por coagulação no local, por conta do seu pH elevado, em torno de 11. Essas áreas de necrose vão formar o carbonato de cálcio, que irá ter núcleos de calcificação, esse núcleo vai formar a diferenciação de células, que vão formar a dentina esclerosada ou reparadora. • Não pode ser aplicado em polpa exposta ou suspeita de microexposição • Tempo de trabalho - Partes iguais e próximas - 10s de mistura: coloração homogênea • Tempo de presa - 30s • Camada mais profunda- ação por contato • Jamais colocar nas paredes circundantes, pois o material é hidrossolúvel e possui baixa resistência • Autoativado- CIV como proteção, pode ser tirado apenas se é utilizado o fotoativado Hidróxido de cálcio PA (pró-análise) • Utilizado quando há polpa exposta ou suspeita de exposição sanguínea • Em contato com a polpa, o hidróxido de cálcio se dissocia em íons cálcio e hidroxila, ocasionando, devido ao alto pH uma cauterização química superficial do tecido pulpar • O alto pH produz um meio alcalino propício a deposição mineral, devido ao estímulo de odontoblastos, além de inibir a proliferação bacteriana. Isso ocasiona a formação de uma ponte de dentina na região onde houve exposição direta ou hipermineralização da dentina desmineralizada Cimento de ionômero de vidro • 1971- Wilson Kent • Uniu as boas propriedades do silicato e do policarboxilato de zinco - Silicato: liberação de flúor - Policarboxilato de zinco: boa adesão; pouca irritação pulpar • Composição básica ➢ Pó de vidro com ácidos alquenóicos ➢ Pó de vidro - Vidro de flúor (fluoreto de cálcio): reação de presa e liberação de flúor - Alumínio (alumina- Al2O3): resistência - Silicato (sílica- SiO2): resistência ➢ Líquido: ácidos alquenóicos - Aumenta vida útil e tempo de trabalho do material- ácido itacônico - ácido poliacrílico - Melhora a viscosidade e manipulação, aumenta o tempo de trabalho, reduz tepo de presa e aumenta o prazo de validade: ácido tartárico - Ionização do ácido poliacrilico: água OBS: Excesso de água deixa o material fraco e reduz a reação de presa • Originalmente planejado para restaurações de dentes anteriores, porém não apresentou uma boa resistência • Ionômero de vidro anidro ➢ Possui o tempo de trabalho estendido, porque o ácido está junto com o pó em um frasco (ácido congelado) ➢ Líquido: água ou água + ácido tartárico • Ionômero de vidro modificado por metal - Incorporação de partículas de metal para melhorar a resistência mecânica • Ionômero de vidro modificado por resina ou híbrido - Tem um longo tempo de trabalho e é menos sensível a umidade - O uso de um líquido não-aquoso que contenha um monômero poliácido no lugar do ácido poliacrílico permitiu a criação de uma resina composta modificada por poliácido, chamada compômero - Substituição de parte do ácido poliacrílico por monômeros hidrófilos resultando em um material fotoativado ou quimicamente ativado • O ionômero fotoativado foi desenvolvido para superar problemas de sensibilidade de umidade e baixa força mecânica inicial • Todos os ionômeros possuem em sua composição o cimento de fluoraluminiossilicato • Reação de presa (geleificação) ➢ Inicia com a ionização do ácido poliacrílico através da água. Essa ionização vai ativar e depois é dividida em 3 fases 1. Fase de deslocamento dos íons (alumínio) - Aglutinação do pó ao líquido, na qual o ácido reage com a superfície eterna do vidro - A inserção do material deve ser feita no início dessa fase (brilho úmido) 2. Fase da formação da matriz de hidrogel (cálcio) - Ocorre a reação dos íons cálcio com o ácido poliacrilico, formando ligações cruzadas iônicas de poliacrilato de cálcio e a matriz de gel. Essa fase ocorre de 5 a 10 min após o inicio da manipulação - Nessa fase pode ocorrer embebição 3. Fase gel de polissais (sílica) - Ocorrenas primeiras 24h - Reação de presa total lenta, apesar da inicial ser rápida. Os modificados por resina apresentam um tempo de presa maior • São versáteis e possuem uma boa durabilidade • Indicação - Base (principalmente sobre o cimento de hidróxido de cálcio) - Restauração provisória e definitiva(odontopediatria) - Agente cimentante • Reação de presa: geleificação • (reassistir os últimos 10min) AGENTE CIMENTANTE • Cimentos que tomam presa e se transformam em agentes cimentantes • Esse material é capaz de estabelecer um elo de união entre a estrutura dentária, o próprio cimento e o material restaurador (prótese) • Tipos ➢ Convencionais - Fosfato de zinco (pesquisa) - Policarboxilatos - Ionoméricos ➢ Resinosos - Fotoativados/ veneers - Duais: ionoméricos, autocondicionantes/ autoadesivos, amine free Cimentos a base de acido Cimento de fosfato de zinco • Padrão para comparações: muito usado, porém tem o uso limitado • Tempo longo de vida clínica • Encontrado pó/líquido • Composição ➢ Pó - Oxido de zinco (90%) reativo ➢ Líquido Ácido fosfórico • Reação de presa - Começa com a água ionizando o ácido fosfórico. Após isso, o ácido ataca a superfície de óxido de zinco, isso liberará ions zinco para o líquido - O alumínio reage com o zinco produzindo um gel de aluminifosfato de zinco - Após o gel, as partículas que não reagiram vão formar núcleos que serão embebidos. - Óxido de magnésio: retardador - É uma reação exotérmica - O ácido fosfórico é irritante pulpar • Não pode ser colocado próximo a polpa • Manipulação - Preparados em 2 consistencias diferentes Cimentação Forração Selamento biomecânico - O pó é facilmente incorporado ao fluido • Indicação: - cimentação definitiva especialmente de peça metálica - forramento da cavidade- amálgama (consistência de massa) • Tempo de presa - 5 a 9 min • Não são adesivos • Irritante sobre a polpa, pois o pH é de 2 a 4; após 24h- 5,5 • Devido a dor inicial e aos efeitos prejudiciais na polpa po esse cimento quando colocado em preparos cavirarios prodfundos, a colocação de uma camada protetora • Estender tempo de presa - Redução da proporção P/L- estratégia ruim - Mistura com menores incrementos- ideal - Prolongar tempo de espatulação do ultimo incrmento- ideal - Resfriamento da placa: o calor acelera a presa- ideal • Possui excelentes propriedades físicas - Resistente a tração - Resistencia - Isolante térmico e químico - Condutibilidade térmica próxima da do esmalte • Baixo custo e boa durabilidade clinica • Desvantagem: - O material endurecido é opaco - Irritação de polpa - Falta de ação anti-bacteriana - Oscilação de pH - Falta de adesão - Sem características anticariogenicas Cimentos resinosos • Resinas compostas fluidas de baixa viscosidade • Técnica mais sensível que a dos convencionais • Composição - Matriz orgânica - Partículas de cargas inorgânicas sílica e/ou partículas de vidro • Çç • Ç • Ç • Ç • Ç • Çç • Ç • Çç • Ç • Ç • Ç • Çç Ç
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