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RESUMO-PINESC

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RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 1 
 
 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 2 
 
COMPE NDIO – PINESC II 
 
Conteúdo programático 
1. Vigilância em saúde: aspectos conceituais. Vigilância epidemiológica: definição de tipos de caso, listas de 
doenças de notificação compulsória (Nacional e Estadual), formas de notificação das doenças, as fichas de 
notificação compulsória, as informações produzidas e a divulgação no Sistema de Informação de Agravos de 
Notificação (SINAN) e análise atualizada e contínua da distribuição e tendência da incidência de doenças de 
notificação compulsória e sua utilização pela ESF para o planejamento das ações em saúde. 
 
2. Normas de Biossegurança: conceito e normas previstas pelo Ministério da Saúde na atenção básica. 
 
3. Organização dos diferentes setores da UBSF. 
4. Abordagem familiar: os fundamentos teóricos da realização do genograma, do ecomapa e dos estágios no 
ciclo de vida familiar e sua importância para a proposta de cuidado integral ao paciente e sua família. 
 
5. Controle social: bases legais que regulamentam a participação social organização, 
representatividade e gestão participativa. 
 
6. Estratégia Saúde da Família: fundamentação teórica referente ao trabalho em equipe na ESF, as 
habilidades interpessoais e as atribuições dos membros equipes de saúde da Família. 
 
7. Acolhimento: definição, seus aspectos históricos, como estratégia de organização e 
humanização e tecnologia de promoção à saúde. 
 
8. Planejamento em saúde: principais conceitos e planejamento estratégico situacional e elaboração do 
plano de ação. 
 
1- VIGILANCIA EM SAUDE E VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA 
Durante muitos anos, o conceito de vigilância ficou preso à noção de fiscalização de ambientes e 
alimentos. 
A dimensão das ações de saúde no SUS ampliaram este conceito para a noção de Vigilância em 
Saúde que abrange as questões ligadas ao ambiente e suas ações no adoecimento e preservação, 
nas informações epidemiológicas de agravos facilitando o monitoramento e planejamento, bem 
como o permanente controle de espaços sociais, serviços e alimentos que podem interferir na 
saúde da população. 
 
3. A notificação só deve ser realizada em: 
a. doenças transmissíveis. b. doenças infecto-contagiosas. c. doenças não transmissíveis. 
d. doenças, agravos e eventos de notificação compulsória. 
 
4. A notificação compulsória é obrigatória para: 
a. somente médicos. b. profissionais de saúde. c. todos os profissionais de saúde no 
exercício da profissão, responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de 
saúde e ensino. d. médicos e enfermeiros do serviço público. 
 
A área de vigilância em saúde abrange as ações de vigilância, promoção, prevenção e 
controle de doenças e agravos à saúde, devendo constituir espaço de articulação de conhecimentos 
e técnicas. 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 3 
 
Os componentes são: a vigilância e controle das doenças transmissíveis; a vigilância das 
doenças e agravos não transmissíveis; a vigilância da situação de saúde, vigilância ambiental em 
saúde, vigilância da saúde do trabalhador e a vigilância Sanitária. 
 
Desenvolvimento das ações de vigilância em saúde: 
A vigilância em saúde deve estar cotidianamente inserida em todos os níveis de atenção da saúde. A 
partir de saberes e práticas da epidemiologia, da análise de situação de saúde e dos determinantes 
e condicionantes sociais da saúde, as equipes de saúde da atenção primária podem programar e 
planejar ações, de maneira a organizar os serviços, aumentando o acesso da população a diferentes 
atividades e ações de saúde. 
 
AÇOES DE CADA COMPONENTE NA VIG. EM SAUDE 
 
A vigilância epidemiológica ; ações que proporcionam conhecimento, a detecção ou prevenção de 
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com 
a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. 
(BRASIL, 1990). 
Seu propósito é fornecer orientação técnica permanente para os que têm a 
responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos. 
Tem como funções, dentre outras: coleta e processamento de dados; análise e interpretação 
dos dados processados, divulgação das informações, investigação epidemiológica de casos e surtos; 
análise dos resultados obtidos e recomendações e promoção das medidas de controle indicadas. 
 
Fluxo de informações 
*Unidade de Saúde - Distrito Sanitário - Vig. Epi. Municipal -Regional de Saúde-Vig. Epi. Estadual- 
Ministério da Saúde-OPAS-OMS 
 
Lista de Notificação Compulsória - LNC 
1. Acidentes por animais peçonhentos; 
2. Atendimento antirrábico; 
3. Botulismo; 
4. Carbúnculo ou Antraz; 
5. Cólera; 
6. Coqueluche; 
7. Dengue; 
8. Difteria; 
9. Doença de Creutzfeldt-Jakob; 
10. Doença Meningocócica e outras 
Meningites; 
11. Doenças de Chagas Aguda; 
12. Esquistossomose; 
13. Eventos Adversos Pós-Vacinação; 
14. Febre Amarela; 
15. Febre do Nilo Ocidental; 
16. Febre Maculosa; 
17. Febre Tifóide; 
18. Hanseníase; 
19. Hantavirose; 
20. Hepatites Virais; 
21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência 
humana – HIV em 
gestantes e crianças expostas ao risco de 
transmissão 
vertical; 
22. Influenza humana por novo subtipo; 23. 
Intoxicações Exógenas (por substâncias 
químicas, incluindo 
agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados); 
24. Leishmaniose Tegumentar Americana; 
25. Leishmaniose Visceral; 
26. Leptospirose; 
27. Malária; 
28. Paralisia Flácida Aguda; 
29. Peste; 
30. Poliomielite; 
31. Raiva Humana; 
32. Rubéola; 
33. Sarampo; 
34. Sífilis Adquirida; 
35. Sífilis Congênita; 
36. Sífilis em Gestante; 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 4 
 
37. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - 
AIDS; 
38. Síndrome da Rubéola Congênita; 
39. Síndrome do Corrimento Uretral 
Masculino; 
40. Síndrome Respiratória Aguda Grave 
associada ao 
Coronavírus (SARS-CoV); 
41. Tétano; 
42. Tuberculose; 
43. Tularemia; 
44. Varíola; e 
45. Violência doméstica, sexual e/ou outras 
violências. 
ANEXO II 
Lista de Notificação Compulsória Imediata - 
LNCI 
I. Caso suspeito ou confirmado de: 
1. Botulismo; 
2. Carbúnculo ou Antraz; 
3. Cólera; 
4. Dengue nas seguintes situações: 
- Dengue com complicações (DCC), 
- Síndrome do Choque da Dengue (SCD), 
- Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), 
- Óbito por Dengue 
- Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos estados 
sem transmissão 
endêmica desse sorotipo; 
5. Doença de Chagas Aguda; 
6. Doença conhecida sem circulação ou com 
circulação esporádica no território nacional 
que não constam no Anexo 
7. Febre Amarela; 
8. Febre do Nilo Ocidental; 
9. Hantavirose; 
10. Influenza humana por novo subtipo; 11. 
Peste; 
12. Poliomielite; 
13. Raiva Humana; 
14. Sarampo; 
15. Rubéola; 
16. Síndrome Respiratória Aguda Grave 
associada ao Coronavírus (SARS-CoV); 
17. Varíola; 
18. Tularemia; e 
19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC). 
II. Surto ou agregação de casos ou óbitos por: 
1. Difteria; 
2. Doença Meningocócica; 
3. Doença Transmitida por Alimentos (DTA) 
em embarcações 
ou aeronaves; 
4. Influenza Humana; 
5. Meningites Virais; 
6. Outros eventos de potencial relevância em 
saúde pública, 
após a avaliação de risco de acordo com o 
Anexo II do RSI 
2005, destacando-se: 
a. Alteração no padrão epidemiológico de 
doença conhecida, 
independente de constar no Anexo I desta 
Portaria; 
b. Doença de origem desconhecida; 
c. Exposição a contaminantes químicos; 
d. Exposição à água para consumo humano 
fora dos padrões 
preconizados pela SVS; 
e. Exposição ao ar contaminado, fora dos 
padrões 
preconizados pelaResolução do CONAMA; 
f. Acidentes envolvendo radiações ionizantes 
e não ionizantes 
por fontes não controladas, por fontes 
utilizadas nas 
atividades industriais ou médicas e acidentes 
de transporte 
com produtos radioativos da classe 7 da ONU. 
g. Desastres de origem natural ou 
antropogênica quando 
houver desalojados ou desabrigados; 
h. Desastres de origem natural ou 
antropogênica quando 
houver comprometimento da capacidade de 
funcionamento 
e infraestrutura das unidades de saúde locais 
em 
conseqüência evento. 
III. Doença, morte ou evidência de animais 
com agente etiológico que podem acarretar a 
ocorrência de doenças em humanos, 
destaca-se entre outras classes de animais: 
1. Primatas não humanos 
2. Eqüinos 
3. Aves 
4. Morcegos 
Raiva: Morcego morto sem causa definida ou 
encontrado em situação não usual, tais como: 
vôos diurnos, atividade alimentar 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 5 
 
diurna, incoordenação de movimentos, 
agressividade, 
contrações musculares, paralisias, encontrado 
durante o dia no 
chão ou em paredes. 
5. Canídeos 
Raiva: canídeos domésticos ou silvestres que 
apresentaram 
doença com sintomatologia neurológica e 
evoluíram para morte 
num período de até 10 dias ou confirmado 
laboratorialmente 
para raiva. Leishmaniose visceral: primeiro 
registro de canídeo 
doméstico em área indene, confirmado por 
meio da 
identificação laboratorial da espécie 
Leishmania chagasi. 
6. Roedores silvestres 
Peste: Roedores silvestres mortos em áreas 
de focos naturais de 
peste. 
ANEXO III 
Lista de Notificação Compulsória em 
Unidades Sentinelas - LNCS 
1. Acidente com exposição a material 
biológico relacionado 
ao trabalho; 
2. Acidente de trabalho com mutilações; 
3. Acidente de trabalho em crianças e 
adolescentes; 
4. Acidente de trabalho fatal; 
5. Câncer Relacionado ao Trabalho; 
6. Dermatoses ocupacionais; 
7. Distúrbios Ostemusculares Relacionados ao 
Trabalho 
(DORT) 
8. Influenza humana; 
9. Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR 
relacionada ao 
trabalho; 
10. Pneumoconioses relacionadas ao 
trabalho; 
11. Pneumonias; 
12. Rotavírus; 
13. Oxoplasmose adquirida na gestação e 
congênita; e 
14. Transtornos Mentais Relacionados ao 
Trabalho; 
 
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 
 
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan é alimentado, principalmente, pela 
notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças 
de notificação compulsória (Portaria GM/MS Nº 2325 de 08 de dezembro de 2003), mas é facultado 
a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, como varicela 
no estado de Minas Gerais ou difilobotríase no município de São Paulo. 
 
Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na 
população; podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação 
compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, 
para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. 
 
O seu uso sistemático, de forma descentralizada, contribui para a democratização da informação, 
permitindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso à informação e as tornem 
disponíveis para a comunidade. É, portanto, um instrumento relevante para auxiliar o planejamento 
da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto das 
intervenções. 
 
A vigilância da situação de saúde desenvolve ações de monitoramento contínuo do 
país/estado/região/município/equipes, por meio de estudos que revelem o comportamento dos 
principais indicadores de saúde, priorizando e contribuindo para um planejamento de saúde mais 
abrangente. 
 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 6 
 
A vigilância em saúde ambiental ; fatores não biológicos do meio ambiente que possam promover 
riscos à saúde humana: água para consumo humano, ar, solo, desastres naturais, substâncias 
químicas, acidentes com produtos perigosos, fatores físicos e ambiente de trabalho. 
 
A vigilância da saúde do trabalhador; conjunto de atividades destinadas à promoção e proteção, 
recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos a riscos e agravos das condições 
de trabalho. 
 
A vigilância sanitária ; ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir 
nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, produção e circulação de bens e prestação 
de serviços de interesse da saúde. Abrange o controle de bens de consumo que direta ou 
indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da 
produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que direta ou indiretamente se 
relacionam com a saúde. 
Outro aspecto fundamental da vigilância em saúde é o cuidado integral à saúde das pessoas 
por meio da promoção da saúde 
As ações específicas são voltadas para: alimentação saudável, prática corporal/atividade 
física, prevenção e controle do tabagismo, redução da morbimortalidade em decorrência do uso de 
álcool e outras drogas, redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da 
violência e estímulo à cultura da paz, além da promoção do desenvolvimento sustentável. 
 
 
A análise da situação de saúde permite a identificação, descrição, priorização e explicação 
dos problemas de saúde da população, por intermédio da: 
• caracterização da população: variáveis demográficas (número de habitantes com 
distribuição por sexo, idade, local de residência, fluxos de migração, etc.); variáveissocioeconômicas 
(renda, inserção no mercado de trabalho, ocupação, condições de vida, etc.); variáveis culturais 
(grau de instrução, hábitos, comportamentos, etc.); 
• caracterização das condições de vida: ambientais (abastecimento de água, coleta de lixo e 
dejetos, esgotamento sanitário, condições de habitação, acesso a transporte, segurança e lazer); 
características dos sujeitos (nível educacional, inserção no mercado de trabalho, tipo de ocupação, 
nível de renda, formas de organização social, religiosa e política); 
• caracterização do perfil epidemiológico: indicadores de morbidade; indicadores de 
mortalidade; 
• descrição dos problemas: O quê? (problema); Quando? (atual ou potencial); Onde? 
(territorialização); Quem? (que indivíduos ou grupos sociais). 
 
 
2 – BIOSSEGURANÇA NA ATENÇAO BASICA E (3) ORGANIZAÇAO DOS SETORES DA UBSF. 
 
Segundo, BOLETIM INFORMATIVO – ANVISA, A IMPORTANCIA DO CONTROLE DE RISCOS. 
Biossegurança se define como a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações 
destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam 
comprometer a saúde humana, animal e vegetal e o meio ambiente. 
Ou seja, refere-se a manutenção de condições seguras nas atividades de âmbito biológico, 
de modo a impedir danos aos trabalhadores, aos usuários a unidade de saúde e ao ambiente, se 
compararmos as definições com o nosso cotidiano na UBSF. 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 7 
 
Ao definirmos os tipos de risco, utilizamos os parâmetros pré-estabelecidos; (Portaria do 
Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78) 
1. Riscos de Acidentes 
2. Riscos Ergonômicos 
3. Riscos Físicos 
4. Riscos Químicos 
5. Riscos Biológicos 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI 
São empregados para proteger o pessoal da área de saúde do contato com agentes 
infecciosos, tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo e outros perigos. A roupa e o 
equipamento servem também para evitar a contaminação do material em experimento ou em 
produção. 
 São exemplos:LUVAS: As luvas são usadas como barreira de proteção prevenindo contra 
contaminação das mãos ao manipular material contaminado, reduzindo a probabilidade de 
que microrganismos presentes nas mãos sejam transmitidos durante procedimentos. O uso de luvas 
não substitui a necessidade da LAVAGEM DAS MÃOS porque elas podem ter pequenos orifícios 
inaparentes ou danificar-se durante o uso, podendo contaminar as mãos quando removidas. 
 Usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE CONTATO com sangue,fluídos do corpo, 
dejetos, trabalho com microrganismos e animais de laboratório. 
 Usar luvas de PVC para manuseio de citostáticos (mais resistentes, porém menos 
sensibilidade). 
 Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas. 
 NÃO usar luvas fora da área de trabalho, NÃO abrir portas, NÃO atender telefone. 
 Luvas (de borracha) usadas para limpeza devem permanecer 12 horas em solução de 
 Hipoclorito de Sódio a 0,1% (1g/l de cloro livre = 1000 ppm). Verificar a integridade 
das luvas após a desinfecção. 
 NUNCA reutilizar as luvas, DESCARTÁ-LAS de forma segura. 
JALECO:Os vários tipos de jalecos são usados para fornecer uma barreira de proteção e 
reduzir a oportunidade de transmissão de microrganismos. Previnem a contaminação das roupas 
do pessoal, protegendo a pele da exposição a sangue e fluidos corpóreos, salpicos e 
derramamentos de material infectado. 
Como EPC (equipamento de proteção coletiva), e valido ressaltar a presença de: 
 FLUXO LAMINAR DE AR(Massa de ar dentro de uma área confinada movendo-se com 
velocidade uniforme aolongo de linhas paralelas) 
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE CO2 EM PÓ; Utiliza o CO2 em pó como base. A força de seu 
jato é capaz de disseminar os materiais incendiados. É usado em líquidos e gases inflamáveis, 
fogo de origem elétrica. Não usar em metais alcalinos e papel. 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 8 
 
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE PÓ SECO: Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo 
dos álcalis, fogo de origem elétrica. 
 1. RISCOS DE ACIDENTES 
Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situação 
de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. São exemplos de risco de 
acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, 
arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc. 
2. RISCOS ERGONÔMICOS 
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características 
psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. São 
exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo 
excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva, a 
postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos, etc. 
3. RISCOS FÍSICOS 
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam 
estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, 
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, materiais 
cortantes e ponteagudos, etc. 
4. RISCOS QUÍMICOS 
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos que 
possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, 
neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter 
contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. 
5. RISCOS BIOLÓGICOS 
Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre 
outros. 
Classificação de risco biológico: 
Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por 
ordem crescente de risco, classificados segundo os seguintes critérios: 
• Patogenicidade para o homem. 
• Virulência. 
• Modos de transmissão 
• Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes. 
• Disponibilidade de tratamento eficaz. 
• Endemicidade. 
 
...NA ATENÇÃO BASICA: 
 RECEPÇÃO= Limpeza diária da sala. 
 
 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 9 
 
SALA DE CURATIVOS 
 Limpeza diária da sala, maca, carrinho de materiais, escada e bancada com álcool 70%; 
 Desinfecção terminal toda sexta-feira á tarde; 
 Lavagem de pinças e preparo dos pacotes de curativos diário; 
 Preparo dos pacotes de gazes sempre que necessário; 
 Esterilização dos materiais sempre que necessário. 
 
CONSULTÓRIO MÉDICO / SALA DA ENFERMEIRA 
A sala deve estar sempre limpa e em condições de dar conforto aos pacientes. Os lençóis devem ser trocados 
a cada consulta de preferência, ou o local de exame limpo com álcool.O profissional deve estar devidamente 
vestido e com calçado fechado. Deve estar utilizando os Equipamentos de Proteção Individual necessários 
como jaleco limpo, luvas, óculos e máscara quando necessário. Deve também efetuar a lavagem das mãos 
sempre que proceder ao exame físico. É importante ter cuidado com a manipulação de fluidos corporais e 
secreções. 
Ë obrigação do médico certificar-se de que os materiais utilizados estão limpos e estéreis . Estetoscópio e 
termômetro devem ser limpos com álcool 70% e os artigos críticos devem passar pela autoclave ou serem 
esterilizados por gluteraldeído.Após o término do expediente, a sala deve ser devidamente limpa e 
desinfetada, para maior segurança de todos. 
SALA DE PRÉ (ACOLHIMENTO) E PÓS CONSULTA 
 A triagem normalmente é feita pelos enfermeiros e o que deve-se levar em consideração é : 
 Limpeza da sala onde será realizado o procedimento, desde as janelas, chão até móveis; 
 Limpeza e manutenção dos aparelhos a serem utilizados (esfigmomanômetro, estetoscópio e 
balança); 
 Lavagem das mãos pelo profissional que irá atender os pacientes, com água e sabão 
 Não usar anéis e manter unhas curtas 
 Utilização de Equipamentos de Proteção Individual para segurança do profissional e do paciente: 
 Jaleco 
 Luvas de procedimento 
 Sapato fechado 
 Calça comprida 
 Cabelo preso 
 
SALA DE VACINA 
Limpeza da Sala, Feita diariamente, no final do turno de trabalho e tem como objetivos: 
 Prevenir infecções cruzadas; 
 Proporcionar conforto e segurança à clientela e à equipe de trabalho 
 Manter um ambiente limpo e agradável. 
Uma vez por semana o chão é lavado com água e sabão e desinfetado com solução desinfetante. 
Quinzenalmente são limpos o teto, as paredes, as janelas, as luminárias, lâmpadas e as portas. 
Procedimento de limpeza: para executar a limpeza da sala de vacinação, o funcionário deve: 
 Usar roupas apropriadas e calçados fechados; 
 Lavar as mãos; 
 Calçar luvas; 
 Organizar os materiais necessários (escova, pano de chão, rodo, desinfetante, rodo, sabão, saco pra 
lixo, etc.); 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 10 
 
 Recolher o lixo com a pá, utilizando vassoura de pêlo envolvido em pano úmido; 
 Não reutilizar o saco de lixo; 
 Limpar o cesto de lixo com pano úmido em solução desinfetante; 
 Limpar as paredes com pano molhado em solução desinfetante e completar com pano úmido devido 
aos azulejos e tinta das paredes; 
 Lavar as pias e torneiras da seguinte forma: com esponja e solução desinfetante e no caso das pias de 
louça com água e sapólio; 
 Não varrer o chão para evitar disperção do pó no ambiente 
 Fazer limpeza do fundo pra saída. 
 
2. Conservação dos imunobiológicos: 
Os imunobiológicos são sensíveis a agentes físicos como a luz e o calor, especialmente por conterem na sua 
formulação antígenos e adjuvantes. O calor é bastante prejudicial, pois acelera a inativação das substânciasque entra na composição dos produtos. 
As vacinas que contêm adjuvantes não podem ser submetidas a congelamento, ou seja, são conservadas 
entre +2ºC e +8ºC (temperatura regulada por termômetro interno e externo), da mesma forma os produtos 
derivados de plasma heterólogo e do plasma homólogo, como antitetânica e antidiftérica. 
Rede de frio é o sistema de conservação de imunobiológicos, onde se inclui o armazenamento, o transporte 
e a manipulação destes produtos em condições adequadas de refrigeração, até o momento em que são 
administrados. 
Na rede de frio identificam-se cinco instâncias: nacional, central-estadual, regional, municipal, e local. 
Organização do refrigerador: para que as condições de conservação das vacinas e soros sejam adequadas, 
deve-se organizar o refrigerador de modo a: 
 Colocar na prateleira central termômetro de máxima e mínima; 
 Arrumar os imunobiológicos em bandejas plásticas perfuradas ou em porta talher adaptado; 
 Na primeira prateleira colocar as vacinas virais que podem ser congeladas; 
 Na segunda prateleira as vacinas bacterianas e virais que não podem ser congelas; 
 Na terceira prateleira os diluentes; 
 Colocar também nas prateleiras os produtos que permanecem na embalagem original. 
 Retirar a gaveta plástica, caso exista, e em seu lugar colocar garrafas com água e corante (o que 
ajuda na estabilização da temperatura interna do refrigerador); 
 Não colocar produtos na porta do refrigerador; 
 Não colocar alimentos no mesmo ambiente das vacinas; 
 Anotar a temperatura diariamente no mapa de controle de temperatura. 
 
Limpeza do refrigerador: não jogar água, limpar com pano umedecido em solução de água e sabão neutro, 
enxugá-lo com pano seco. Enquanto o refrigerador estiver inutilizado, transferir as vacinas para caixa térmica 
com gelo. Quando religá-lo, ajustar a temperatura. 
O estoque de imunobiológicos não deve ser maior do que a quantidade prevista para 2 meses, a fim de 
reduzir os riscos de exposição de vacinas a situações que comprometam a qualidade dos produtos. 
Caixas Térmicas: 
 São utilizadas para conservação dos imunobiológicos quando: 
 Houver corte de energia por mais de seis horas 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 11 
 
 Quando houver vacinação extramuros em campanhas 
 Em casos de transporte entre um serviço e outro 
 Ao utilizar a caixa térmica é necessário: 
 Dispor de gelo reciclável ou em gelo em sacos plásticos 
 Acondicionar em caixas térmicas independentes os imunobiológicos que podem ser congelados ou 
não 
 Arrumar a caixa deixando o material ilhado pelo gelo reciclável 
 Controlar a temperatura da caixa através de termômetro de cabo extensor ou linear, mantendo 
também a temperatura entre 2°C e 8°C 
 Manter a caixa distante de fontes de calor 
 Vedar a tampa com fita adesiva e identificar a caixa externamente, indicando seu conteúdo 
 Ao ser necessário o transporte do material, preencher o impresso de recebimento de 
imunobiológicos 
 
3. Cuidados com o lixo na sala de vacinação: 
É considerado lixo perigoso; 
 Material biológico 
 Resíduos perfurantes: agulhas, ampolas de vacinas 
 Outros resíduos infectantes: seringas algodão e papel absorvente 
A separação entre o lixo perigoso e lixo comum é feita na própria sala de vacinação e tens as vantagens de: 
 Permitir o tratamento específico de acordo com as necessidades 
 Impede a contaminação do lixo comum 
 Facilita ações em caso de emergência e acidentes 
 
Acondicionamento e armazenamento do lixo: 
Acondicionamento em recipiente resistente os resíduos especiais (Descartex).Agulhas não devem ser 
reencapadas; 
 Usar o recipiente até completar dois terços de sua capacidade 
 Acondicionar em saco plástico o recipiente rígido onde todo material perigoso foi descartado 
 Fechar bem o saco plástico antes de encaminhá-los para o transporte 
 
Acondicionamento 
Lixo perigoso deve ser colocado em sacos plásticos brancos, identificados como “material contaminado”. 
Depois esse material é levado e armazenado em local apropriado do serviço de saúde, a “ casa do lixo”. 
 
CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO 
Uso obrigatório pela odontologista e pela auxiliar do consultório dentário, de luva, touca, avental, máscara e 
óculos cirúrgico. 
 Os materiais utilizados podem ser descartáveis: luva, touca, avental, máscara, gaze, algodão, sugador 
e a agulha usada na anestesia; ou esterilizados com Autoclave: brocas dentárias, seringas Cartuller, 
Hollenbeck, Bronidor, Calcadores, removedor de Tártaro, espátulas de cimento e cal, espelho bucal, pinça, 
sonda e Bureta( materiais de clínica), além de Fórceps, Sindismótomo, Osteótomo, Bureta cirúrgica, lima 
para osso e porta-agulha(materiais cirúrgicos). 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 12 
 
SALA DE INALAÇÃO 
Os profissionais de saúde não utilizam máscara nem luva. A limpeza da do chão e da pia da sala é feita com 
detergente, diariamente. 
Os equipamentos utilizados na Inalação (rabicho, copinho e máscara) são limpos com água e sabão e depois 
deixados em solução de hipoclorito, em um balde com tampa por trinta minutos. Esses equipamentos são 
reutilizados e guardados em um vasilhame de plástico. 
 
4 – ABORDAGEM DA FAMILIA 
 
 
 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 13 
 
 
5 – CONTROLE SOCIAL 
 O controle social é a ação exercida pela sociedade civil sobre o estado, acompanhamento e 
fiscalização das politicas publicas. 
Mandato de 2 anos. O conselho é de poder deliberativo. 
A Lei n.º 8.142/90, resultado da luta pela democratização dos serviços de saúde, 
representou e representa uma vitória significativa. A partir deste marco legal, foram criados os 
Conselhos e as Conferências de Saúde como espaços vitais para o exercício do controle social do 
Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
Esferas governamentais 
Compete ao Estado, nas três esferas do governo: 
 Ministério da Saúde 
 Conselho Nacional de Saúde 
 Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal 
 Conselhos de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal 
 
QUEM SÃO OS CONSELHEIROS? São pessoas escolhidas dos vários segmentos, 25% trabalhadores 
da saúde, 25% trabalhadores dos demais setores e funcionários representantes do governo e 50% 
de usuários. Sendo as decisões as mais democráticas possíveis. 
 
 
6 – ESF, HABILIDADES INTER-PESSOAIS E ATRIBUIÇOES NA EQUIPE 
Compete ao enfermeiro: 
1 - realizar assistência integral aos indivíduos e famílias na Unidade de Saúde da Família e, 
quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários; 
2- realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever 
medicações, observadas as disposições legais da profissão e, conforme Protocolos ou outras 
normativas técnicas, estabelecidas pelo Ministério da Saúde, gestores estaduais, municipais 
ou Distrito Federal. 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 14 
 
 Ao médico compete: acompanhar a execução dos Protocolos, devendo modificar a rotina 
médica, desde que existam indicações clínicas e evidências científicas para tanto; 
1 - Na eventualidade da revisão dos protocolos ou criação de novos Protocolos, os Conselhos 
Federais de Medicina e Enfermagem, e outros Conselhos, quando necessário, deverão 
participar também da sua elaboração. A Portaria 648 será republicada com esses ajustes. 
 
 
7 – ACOLHIMENTO 
 
 O Ministério da Saúde (MS) propôs por meio do programa Humaniza SUS, a humanização 
como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do Sistema Único de 
Saúde (SUS). De acordo com tal programa, humanizar é: “ofertar atendimento de qualidade 
articulando os avançostecnológicos com acolhimento, como melhoria nos ambientes de cuidado e 
das condições de trabalho dos profissionais. 
 Alguns autores consideram o acolhimento como “receber o ajudado calorosamente ao 
iniciar o encontro com ele, sendo que ao acolhê-lo deve-se transmitir receptividade e interesse, de 
modo que se sinta valorizado”. 
O acolhimento significa a humanização do atendimento, isto é, das relações entre 
trabalhadores e serviços de saúde com seus usuários. Pressupõe ainda garantia de acesso a todas as 
pessoas e a escuta de problemas de saúde do usuário, de forma qualificada, sempre com uma 
resposta positiva e com a responsabilização pela solução do seu problema. Esse arranjo busca 
organizar uma nova “porta de entrada” que acolha todas as pessoas, assegurando a boa qualidade 
no atendimento, resolvendo o máximo de problemas e garantindo o fluxo do usuário para outros 
serviços quando necessário. 
O Ministério da Saúde considera que um dos maiores problemas para o processo de 
implementação do SUS está na área dos Recursos Humanos, e se estes forem capazes de interferir 
positivamente na modificação das condições de vida e saúde da população a partir do acolhimento, 
podem ajudar a solucionar algumas questões da saúde, no que diz respeito à atenção e à 
assistência. 
contemplando os seguintes princípios: atendimento a todas as pessoas que procuram os 
serviços de saúde; reorganização do processo de trabalho com uma “equipe de acolhimento” e 
qualificação da relação trabalhador-usuário.No entanto, foram observadas também algumas 
questões limitantes à consolidação do acolhimento: a dificuldade de adesão dos médicos; o 
agendamento das consultas médicas como uma questão crítica, tendo em vista que a diretriz do 
acolhimento pressupõe agenda aberta e o desafio de conciliar o trabalho de assistência dentro da 
Unidade de Saúde com o trabalho externo. 
Portanto, a incorporação de um processo de acolhimento pode ser utilizada como estratégia 
durante todo o desenvolvimento da atenção à saúde do usuário dos serviços públicos. 
 
8 – PLANEJAMENTO E PLANO DE AÇAO 
1. Estabeleça uma estratégia de ação para identificação e proposição de soluções de determinados problemas que 
queira sanar. Para isso pode-se utilizar de brainstorm para se chegar a um ponto comum. 
2. Tenha certeza de estar implementando ações sobre as causas do problema, e não sobre seus efeitos. 
3. É preciso propor diferentes soluções para os problemas analisados, certificando-se dos custos aplicados e da real 
eficácia de tais soluções. Estabelecendo uma meta 
4. Ao planejar determinada atividade gerencial, você deve responder às 7 perguntas citadas acima com clareza e 
objetividade. Logo após, você deverá preencher a planilha com tudo o que foi planejado. 
5. Sempre que tiver dúvidas sobre os rumos que as coisas estão tomando, lembre-se da planilha e volte a consultá-la. 
Sempre! Para que se sinta seguro para seguir em frente. Isso faz uma diferença enorme! 
6. A disciplina aqui é a palavra de ordem. Também é preciso ser verdadeiro e não mentir para você mesmo. 
 
RODRIGO SOUZA AUGUSTO | MEDICINA/UNIDERP – TURMA XVII 15 
 
PLANO DE AÇAO (MAPE) :Prev-mulher: sensibilização contra o câncer de colo de útero 
Introdução: Considerando as dificuldades da UBSF MAP, os acadêmicos do primeiro ano de 
Medicina executaram um Plano de Ação, o qual possui dois programas, o PREV-MAIS e o PREV-
FLEXÍVEL; visando aumento e a importância da realização do Preventivo. 
Objetivo: Cobertura de 50% das mulheres que devem realizar o procedimento (25-60 anos). 
Metodologia: Inicialmente computamos dados do Registro de Preventivos do primeiro 
semestre (Janeiro-Julho) e verificamos a baixa adesão das mulheres. Fizemos 360 questionários 
para serem aplicados na região de abrangência da UBSF MAP com o auxilio dos Agentes 
Comunitários de Saúde. Infelizmente apenas 189 questionários foram completados, e com os 
mesmos fizemos algumas análises. Confeccionamos também um banner informativo e 1360 
panfletos que foram utilizados pela UBSF e em uma ação de saúde na Associação dos Moradores 
para ressaltar a importância do exame Papanicolaou. 
Resultados: Analisando os resultados obtidos nos questionários, apontamos a dificuldade do 
preenchimento dos mesmos, muitos não foram preenchidos completamente. Alguns aspectos que 
julgamos influenciar na baixa adesão foram: a falta de tempo devido ao trabalho, o desconforto e o 
desconhecimento sobre a importância desse exame. Observamos que dois meses (Julho-Agosto) 
antes da divulgação do plano a adscrição a esse procedimento foi baixo, apenas 102 mulheres. A 
partir de Setembro, verificou-se uma melhora na adesão, houve a presença de 81 mulheres; e no 
ultimo mês conferido (Outubro) houve a realização de 75 preventivos. Ao analisar esses dados, 
calculou-se um aumento de 52,9% na procura. 
Conclusão: Com essa breve experiência, os estudantes observaram quanto é difícil a 
execução de um plano de ação, porque existem outros participantes, os quais muitas vezes não tem 
o mesmo interesse. Também se verificou tamanha deficiência na adesão das mulheres e o quanto é 
complicado buscar o motivo desta. Apesar de tudo, a meta foi atingida. 
Unitermos: Preventivo; Papanicolaou; Câncer de Colo Uterino.

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