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FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI ROBERTO MANGE CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS QUÍMICOS COMPONENTE CURRICULAR: CINÉTICA DAS REAÇÕES PROF. FERNANDO AFONSO Aula No 05 Volume Molar Parcial Acadêmicos: Adriana Alves Jéssica Fernanda Jordanna Marques Leidiane Porto Nayara Vieira Raquel de Fátima Anápolis, de 2019 Introdução O conceito de propriedade parcial molar é muito importante no estudo de sistemas homogêneos, uma vez que traduz a variação duma determinada propriedade com a temperatura, pressão e a composição de outros componentes da mistura constantes. (LOUCKS e ATKINS). O volume molar parcial de uma substância em uma mistura é a quantidade parcial molar mais fácil de ser visualizada e é definido como a variação do volume total da mistura quando se adiciona 1 mol desta substância à um grande excesso da mistura. (LOUCKS e ATKINS). Deve-se acentuar o seguinte: embora o volume parcial molar do componente i, Vi, se refira a um só dos componentes da mistura, Vi reflete a influência das interações entre i e os demais componentes da mistura. (LOUCKS e ATKINS). Isto é, Vi depende não só das variáveis termodinâmicas comuns mas também da natureza de todos os componentes presentes na mistura. Isso se aplica para as outras propriedades parciais molares. (LOUCKS e ATKINS) O volume total de uma mistura binária é dado por: V = n1V1 + n2V2 (1) Onde e Sendo V1 e V2 os volumes parciais molares dos componentes da mistura. Os volumes parciais molares dependem da composição da solução e seus valores podem ser significativamente diferentes dos volumes molares dos componentes puros. A divisão da eq. (1) por (n1 + n2), resulta em: = x1V1 + x2V2 Onde é o volume molar da solução. A eq. (3) pode ser reescrita na forma = V1 + (V2 – V1)x2 Em um gráfico de versus x2, onde representa a tangente a esta curva em uma dada concentração. Esta tangente tem uma interseção igual a V1 em x2 = 0 e igual a V2 em x2 = 1. Sendo que em x2 = 0 tem-se apenas o componente 1 e em x1 = 0 tem-se apenas o componente 2. (LOUCKS e ATKINS). Na prática, os volumes molares de misturas binárias, , são facilmente obtidos a partir de medidas de densidades. (LOUCKS e ATKINS). = Onde, ρsol = ρágua x msol/mágua As propriedades volumétricas de misturas binárias são propriedades complexas, pois elas dependem não somente de interações soluto-soluto, solvente-solvente e soluto-solvente, mas também de efeitos estruturais resultantes das acomodações intersticiais, devido a diferenças no volume molar e no volume livre entre os componentes presentes na solução. O conhecimento de várias propriedades, incluindo densidades a diferentes temperaturas, é necessário no projeto de engenharia, e para operações subsequentes. Além do mais há interesse em usar dados volumétricos para testar teorias moleculares de solução, ou modelos de solução para ampliar o entendimento sobre interações entre componentes. (SMITH & VAN NESS, 2000). Muitas aplicações da termodinâmica tratam de processos que envolvem misturas de vários componentes, sejam gasosos ou líquidos. Em virtude da composição destes sistemas se modificarem em decorrência da transferência de massa, ou da reação química, a descrição termodinâmica do sistema deve levar em conta a influência da composição nas suas propriedades assim como a temperatura e a pressão (SMITH & VAN NESS, 2000). Há uma classe de propriedades termodinâmicas conhecidas como propriedades parciais que trazem uma relação fundamental entre propriedade para soluções homogêneas com composição variável. A definição matemática destas grandezas confere a elas todas as características das propriedades das espécies individuais, quando elas estão em solução. Em uma solução líquida de etanol e água, tem-se o volume parcial molar do etanol e o volume parcial da água na solução, e seus valores, em geral, são diferentes dos volumes molares do etanol puro e da água pura, nas mesmas condições de temperatura e pressão (SMITH & VAN NESS, 2000). Uma propriedade parcial de fundamental importância, por causa de sua utilização nos equilíbrios de fases e de reações químicas, é o potencial químico (SMITH & VAN NESS, 2000). O conceito de propriedade parcial molar é muito importante no estudo de sistemas homogêneos, uma vez que traduz a variação duma determinada propriedade com a temperatura, pressão e a composição de outros componentes da mistura constantes. (SMITH & VAN NESS, 2000). Objetivo Determinar o volume molar dos componentes da mistura. Determinar o volume total da solução a partir dos volumes molares dos componentes da mistura. Materiais Equipamentos Balança Analítica; Picnômetros; Densímetros; Provetas; Reagentes 100 ml água Destilada; 100ml de álcool etílico (etanol); Procedimentos Experimental e Resultado. Fizemos as soluções de água-álcool nas proporções indicadas na tabela I. Determinamos as densidades das soluções assim como água e do álcool puro. Com os dados obtidos preenchemos o restante da tabela I. Tabela 1 Sol. M etanol (g) M água (g) Nº mol etanol Nº mol água (g/ml) D solução (g/ml) V solução (ml) 01 0,0 100,0 0,0 5,55 0,9970 100 02 10,0 90,0 0,217 5 0,8742 112 03 20,0 80,0 0,434 4,44 0,8451 114 04 30,0 70,0 0,652 3,88 0,8138 106 05 50,0 50,0 1,086 2,77 0,8225 110 06 70,0 30,0 1,521 1,66 0,8138 106 07 80,0 20,0 1,739 1,11 0,6507 120 08 90,0 10,0 1,956 0,55 0,6851 126 09 100,0 0,0 2,173 0,0 0,6953 130 PIC Vazio – 37,51 PIC Cheio- 54,335 Para preencher a tabela foram calculados das seguintes formas: Pesamos pic cheio – pic vazio/ 100. Cálculos: 137,213-37,51/100=0,9970 135,428-37,51/100=0,8742 133,858-37,51/100=0,8451 123,780-37,51/100=0,8138 127,995-37,51/100=0,8225 123,780-37,51/100=0,8138 115,60-37,51/100=0,6507 118,80-37,51/100=0,6851 126,60-37,51/100=0,6953 N=m (g)/ M(g/mol) M H2O= 18 g/mol M Etanol=46 g/mol ETANOL N=0,0/46=0 N=10,0/46=0,217 N=20,0/46=0,434 N=30,0/46=0,652 N=50,0/46=1,086 N=70,0/46=1,521 N=80,0/46=1,739 N=90,0/46=1,956 N=100,0/46=2,173 ÁGUA N=100,0/18=5,55 N=90,0/18=5 N=80,0/18=4,44 N=70,0/18=3,88 N=50,0/18=2,77 N=30,0/18=1,66 N=20,0/18=1,11 N=10,0/18=0,55 N=0,0/18=0 Conclusão Com isso pode-se concluir que os resultados foram positivos e satisfatório, pois vimos uma diferença de densidade e volume do etanol e a água, podendo ter tipo um resultado para erro mas com uma diferença mínima como foi observado. Referências SMITH, J. M.; VAN NESS, H. C.; ABBOTT, M. M; Introdução a termodinâmica da Engenharia Química. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos - LTC, 2000. SCHÄFER, W; KLUNKER, J.; SCHELENZ, T.; MÉIER, T.; SYMONDS. LOUCKS, L. F., J. Chem. Educ., 76 (1999) 426. ATKINS Peter, DE PAULA Julio; Físico Química, editora LTC, vol. 1, 7ª edição, 2003. Anexo Questões para relatório: Explique o que você entendeu sobre volume molar parcial. R: O volume parcial molar é o volume que um mol de substância ocupa quando adicionada em outra em uma mistura. Em outras palavras, é a contribuição volumétrica que um componente de uma solução faz para o volume. O volume parcial molar difere do real, pois as interações existentes entre os compostos de uma mistura modificam o volume real. 2) Preencha as colunas 2,3 e 4 da tabela 2 e faça dois gráficos: Primeiro: volume molar da solução versus fração molar da Água. Segundo: volume molar da solução versus fração molar do etanol. A partir de cada gráfico encontrar a tangente em cada ponto e usar as equações:Para calcular os valores de Va e Vb em cada composição. Tabela 2 Sol. Nº total de mol Vm da solução (ml/mol) X água X etanol V molar parcial da água V molar parcial do etanol 01 5,55 18,01 0 0 02 5,21 21,49 0,959 0,041 03 4,87 23,40 0,917 0,089 04 4,53 23,39 0,856 0,143 05 3,85 28,57 0,719 0,282 06 3,18 33,33 0,522 0,478 07 2,84 42,25 0,390 0,618 08 2,50 50,4 0,220 0,782 09 2,17 59,90 0 1,001 Gráficos do volume molar vs a fração molar da água e etanol. Resolução: V solução (ml/mol) = V solução (ml)/nº total de mol Vm=100/5, 55=18, 01 Vm=112/5, 21=21, 49 Vm=114/4, 87=23, 40 Vm=106/4, 53= 23, 39 Vm=110/3, 85=28, 57 Vm=106/3, 18=33, 33 Vm=120/2, 84=42, 25 Vm=126/2, 50=50, 4 Vm= 130/2, 17= 59, 90
Eeep Maria Dolores Alcantara E Silva
Emanuel Jesus Freire
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