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KULTIVI www.kultivi.com PRINCÍPIOS PENAIS DIREITO PENAL baixe e salve em seu aparelho digital WWW.KULTIVI.COM Os ebooks interativos da Kultivi são uma boa ferramenta para aprofundar seus estudos com comodidade e garantia de conteúdo gratuito de qualidade. Nos preocupamos em separar os melhores materiais para complementar o assunto tratado no ebook e, por isso, você terá indicação de artigos, vídeos, cursos e livros. Bastará clicar na área indicada para ter acesso. Aproveite para estudar gratuitamente com os cursos online da Kultivi. Basta acessar www.kultivi.com e se cadastrar. Compartilhe o ebook com seus amigos e #boraestudar :) a kultivi direitos de uso tempo de leitura facilitando 8 min indicações de livros A Kultivi é um projeto que produz conteúdo educacional gratuito com rigoroso controle de qualidade nas mais variadas áreas. Todas as aulas, dicas, reportagens, entrevistas, materiais de apoio, etc, postados na Kultivi são 100% gratuitos e não há qualquer surpresa para o usuário durante o período de uso. Material para distribuição gratuita. É expressamente proibida sua comercialização. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida integral ou parcialmente por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Kultivi. A violação dos direitos autorais é crime, de acordo com o previsto no Código Penal e na Lei 9.610/98. Princípios Penais | Direito Penal WWW.KULTIVI.COM O direito regulamenta os mais variados fatos da vida social através de suas normas ju- rídicas, das quais são espécies as regras e os princípios. Enquanto as regras se prestam a positivar e disciplinar uma determinada situação essen- cialmente objetiva, os princípios expressam os valores fundamentais do ordenamento, informando materialmente seu conteúdo. Ou seja, os princípios devem ser encarados como pilares que sustentam e orientam determinado ramo do saber jurídico. É importante anotar que nem todos os princípios que regem o Direito Penal estão ex- pressos na própria Constituição, embora todos eles possam ser extraídos de suas prem- issas inspiradoras. Dito isso, destacam-se alguns princípios a seguir. para aproveitar melhor o conteúdo desse ebook, se inscreva no curso 100% gratuito para Concursos da Kultivi :) O que são princípios ? WWW.KULTIVI.COM legalidade estrita Consagra a premissa maior de que a lei é fonte formal e imediata do Direito Penal, razão pela qual só ela pode criar figuras delitivas e respectivas sanções (traduzindo a idéia de “reserva legal”). Daí deriva a máxima latina: “Nullum crimen, nulla poena sine lege”, pre- visto no art. 1º do CP e também no art. 5º, inciso XXXIX da CF/88. Por outro lado, para que este princípio seja cumprido em sua totalidade, não basta que se observe a simples reserva de lei, fazendo-se também necessário o respeito à outra facetas da legalidade, sendo elas: “Lex praevia, scripta, scricta e certa”. Com isso, quer-se dizer que a lei Penal deve ser anterior aos fatos, pois ninguém pode ser punido por fato que só foi incriminado em norma posterior (é a ideia da anteriori- dade da lei Penal, prevista no art. 5º, XL da CF/88 e art. 2º, § único do CP – “Lex praevia”). Igualmente, verifica-se que a norma Penal incriminadora deve ser escrita, formalmente perfeita e emanada de autoridade legislativa competente (conforme institui o art. 22, I e art. 59, III c/c art. 61 da CF/88) – é a ideia da “Lex scripta”. Ademais, tem-se que ao Juiz somente é conferido o poder de aplicar sanções mediante uma interpretação restritiva da lei Penal – é a “Lex scricta”. Uma interpretação extensiva, ou mesmo o emprego da analogia (supressão de lacunas jurídicas com o emprego de casos semelhantes), somente será lícito quando for para beneficiar o acusado. Por fim, o último desdobramento da legalidade (“Lex certa”) proclama que as normas pe- nais sejam formuladas da maneira clara, inequívoca e com o maior grau de objetividade possível, de maneira que se dê a conhecer por inteiro a seus destinatários: o cidadão e o Juiz. WWW.KULTIVI.COM intervenção mínima e fragmentariedade A intervenção mínima leva em conta o binômio necessidade-utilidade da intervenção Penal, pois sendo o Direito Penal o mais rigoroso de todos os ramos do ordenamento jurídico, deve ser reduzido ao mínimo possível. Traduz então, a ideia de “ultima ratio”. Já o princípio da fragmentariedade consagra a ideia de que o Direito Penal serve para a proteção apenas dos bens jurídicos mais relevantes de uma sociedade (ex: a vida, a hon- ra, a liberdade, etc.). Ou seja, somente as agressões mais intoleráveis aos bens mais relevantes serão objeto da tutela Penal. E note-se que tal perspectiva acaba consagrando verdadeira função sele- tiva ao Direito Penal (de escolha dos bens mais relevantes). lesividade Também conhecida como ofensividade, traduz a ideia de que não se incrimina ou sancio- na uma conduta que não seja lesiva a bens jurídicos de outrem. Inclusive, é por isso que a “autolesão” é tida como um indiferente Penal. Por isso, alguns doutrinadores o batizam de princípio da alteridade ou transcedentali- dade. E aqui, vale observar que até mesmo os “crimes de perigo” (seja de perigo abstrato ou concreto – ex: crimes contra relação do consumo) respeitam este postulado, visto que existe neles a efetiva possibilidade de gerar um dano futuro à bem jurídico de outrem. WWW.KULTIVI.COM culpabilidade Este princípio consagra não apenas o fundamento, como também o limite da pena crim- inal. Por este, também se entende que não há punição sem a efetiva comprovação de responsabilidade do agente, o que o consagra como corolário da presunção constitucion- al de inocência prevista no art. 5º, LXVII da CF/88. Isso acarreta uma dupla consequência de grande relevância: primeiramente, não há que se falar em responsabilização Penal sem efetiva prova de dolo ou de culpa na conduta do agente (elementos subjetivos do tipo de injusto – art. 18 do CP); por isso, descabe falar, em termos penais, em uma responsabilidade Penal meramente objetiva. Uma segunda consequência, diz respeito à adoção de um “direito Penal do fato” (em detrimento a um direito Penal do autor/ do inimigo), pois somente será cabível a apli- cação de uma pena se restar comprovada a reprovação na conduta do agente (pune-se o agente, em termos penais, não por aquilo que ele é ou por suas características pessoais, mas sim por aquilo que de errado que ele fez). insignificância O princípio da insignificância (originariamente nominado de “bagatela”) consagra que as condutas devem ser consideradas atípicas se não gerarem efetiva lesão a determinado e relevante bem jurídico tutelado. Tal princípio tem como premissa a ideia de que a irrelevância da lesão em alguns casos não justifica a utilização da máquina punitiva estatal. A insignificância tem a missão de ajustar a aplicação da lei Penal perante os casos con- cretos, evitando a desnecessária atuação criminal para a proteção de certos bens que, por inexpressivos, não merecem a atenção do legislador Penal. Mas vale uma observação: é somente no caso concreto que se poderá verificar a possibil- idade ou não da incidência deste princípio. WWW.KULTIVI.COM E para balizar o aplicador do direito nesta análise o Supremo Tribunal Federal acabou assentando jurisprudência delimitando os requisitos necessários para o reconhecimento da insignificância: 1º Mínima ofensividade da conduta 2º Ausência de periculosidade social da ação 3º Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento 4º Inexpressividade da lesão jurídica provocada Ademais, de acordo com a jurisprudência dominante, não é cabível o princípio da insig- nificância nos seguintes casos: em crimes praticados com violência contra pessoa (ex: roubo, estupro, latrocínio, etc.); noscasos de tráfico de entorpecentes; no crime de furto qualificado (em face do desvalor da conduta); e nos casos em que o bem tutelado possui valor significante para a vítima (embora tal não seja pacífico). Por outro lado, a jurisprudência entende que é possível sua aplicação em alguns crimes ambientais (os de pequena lesão); em casos de ato infracional (a depender do ato infra- cional praticado pelo adolescente infrator); bem como no crime descaminho (a depender do montante do tributo sonegado). Nota: segundo entendimento doutrinário, o Delegado não é o responsável por verificar o cabimento (ou não) do princípio da insignificância diante de um caso concreto. Tal missão compete ao Juiz e ao Ministério Público (que é quem detém a opinio delicti). WWW.KULTIVI.COM adequação social Ao seu turno, o princípio da adequação social indica que apesar de uma conduta se sub- sumir ao modelo legal (tipo formal), não deverá ser considerada materialmente típica se for socialmente adequada, tolerável ou reconhecida. Ou seja, se a conduta estiver de acordo com a ordem social historicamente condicion- ada, não se verifica um desvalor de resultado na conduta do agente, como ocorre, por exemplo, em casos de lesões desportivas, intervenções cirúrgicas com fins terapêuticos, circuncisão, etc. Sobre o tema, inclusive, relevante observar o teor da novel Súmula 502 do STJ (DJe 28/10/2013), na qual se confirmou a tipicidade inerente a conduta da violação de direi- tos autorais (sendo, portanto, incabível a aplicação do princípio da adequação social ao caso). Neste sentido: “Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas”. Em suma: é de se ver que os princípios da insignificância e da adequação social figuram como causas supralegais de exclusão da tipicidade (do aspecto material da tipicidade), que estão intimamente ligados ao princípio da intervenção mínima, fragmentariedade, ofensividade, e que somente poderão incidir após a análise do caso concreto. humanização Levando em consideração que Carta Magna proclama o respeito amplo e irrestrito à dignidade da pessoa humana (art. 1°, inciso III da CF/88), independente do fato concreto praticado pelo agente ou seu grau de periculosidade, é certo que a humanização no tra- to Penal não pode ser olvidada. Assim, os direitos fundamentais que são inerentes a todo cidadão não podem ser aban- donados, seja na hora da criação da lei Penal, da sua aplicação ou mesmo execução. WWW.KULTIVI.COM pessoalidade, individualização-propor- cionalidade, proibição do bis in idem e penas vedadas Com a pessoalidade, também conhecida por intranscendência das penas, tem-se que a pena não poderá passar da pessoa do acusado, consoante disposição do art. 5°, inciso XLV da CF/88. Já a individualização prega que não haverão penas padronizadas (previsão do art. 5°, XLVI da CF/88). Se cada caso é um caso, cada fato é um fato, e cada sujeito tem a sua par- ticularidade, é certo que cada um é merecedor de uma sanção única. E se a sanção deve ser dosada de acordo com o caso concreto, é dever do Juiz atentar para a gravidade e consequências do fato delitivo, pois tal importará diretamente em uma maior ou menor reprimenda ao sentenciado – é a ideia de proporcionalidade: ou seja, deve haver sempre uma medida de justo equilíbrio entre a gravidade do fato praticado e a sanção imposta. O “ne bis in idem” conforma a ideia de que ninguém pode ser duplamente punido por um mesmo fato. Tal premissa, fruto da legalidade Penal e da segurança jurídica, é extraível também dos art. 8° e art. 42 do CP, bem como do Pacto de São José da Costa Rica, ratifi- cado pelo Brasil por meio do Decreto n.º 678 de 1992. Ademais, é de se ver que esta premissa também balizará a aplicação concreta da pena, posto que o Juiz não poderá sopesar contra o réu, duas vezes, uma mesma circunstância negativa. Por fim, é de se ver que a própria Carta Magna proibiu expressamente algumas modali- dades de sanção Penal. São elas, de acordo com o art. 5º, XLVII da CF/88: pena de morte (salvo em caso de guer- ra), penas perpétuas, trabalhos forçados, banimento e penas cruéis em sentido amplo. WWW.KULTIVI.COM acompanhe a kultivi ajude a manter a kultivi no ar objetivos restrições pagar profissionais manter estrutura física manutenção do servidor serviços básicos melhorias de sistema e tecnologia nenhum valor será revertido em lucro Você pode nos ajudar a manter o projeto no ar e contribuir para a transformação na vida das pessoas através do ensino. Todos os valores arrecadados serão destinados a manutenção e melhoria do projeto. Nada será revertido como lucro. Para mais informações, clique no botão abaixo. Não deixe de nos seguir nas redes sociais. Postamos diversos conteúdos exclusivos, além de avisar sobre novos cursos e ferramentas de estudos. Compartilhe o projeto com pessoas que tenham interesse em ensino gratuito e de qualidade. Isso colabora para existência do projeto :) WWW.KULTIVI.COM Nessa seção do ebook você terá acesso aos melhores materiais indicados por nossos professores e profissionais. 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