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Introdução à Bioquímica

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Introdução à Bioquímica
Profª . Eliane Merklein
 Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente – IEAA
Campus Vale do Rio Madeira
Disciplina: Bioquímica
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O que é Bioquímica ?
Ciência que estuda a química dos seres vivos, isto é, estuda a composição e as propriedades químicas dos seres vivos.
A bioquímica estuda as estruturas moleculares, os mecanismos e os processos químicos responsáveis pela vida. 
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História 
Séc. XIX - cientistas da época procuravam entender as conversões químicas que aconteciam em plantas e animais e incluímos também os seres humanos - com a conversão da uréia a partir da amônia (composto inorgânico produzindo um composto orgânico, oriundo de seres vivos).
Carl Neuberg – propôs o termo Bioquímica (processos de fermentação, isto é, produção de energia sem o consumo de oxigênio), criando postulados “princípios da bioquímica”.
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Tópicos de estudo 
Estrutura e função das (macro) moléculas
	* Bom funcionamento e estrutura dos seres vivos
Bioenergética
	* A maneira como o organismo se mantém, como cataliza e utiliza energia química para manter e proliferar a vida?
Enzimas
	* Proteínas catalizadoras de reações químicas
Metabolismo
	* Produção e utilização de energia/quebra de moléculas ( lipídeos, aminoácidos, carboidratos, etc.)
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Organização das células e moléculas 
Organismos vivos complexos formam-se a partir de elementos simples:
	* C, H e O – Biomoléculas (carboidratos) + N e S – aminoácidos que se combinam pra formar proteínas + P ocorre a formação de DNA e RNA.
	* Logo, um conjunto de moléculas interativas, envolvidas por uma membrana adequada, torna-se uma célula.
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Organização das células e moléculas 
	* Assim, as células contém material hereditário (DNA) necessário para a formar um organismo completo.
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Organização das células e moléculas 
	
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Organização das células e moléculas 
	
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Organização das células e moléculas 
	
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Organização das células e moléculas 
	
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Referências 
	
CAMPBELL, M. K. Bioquímica. 3ª ed. Porto Alegre, 2000.
CHAMPE, P. C; HARVEY, R. A; FERRIER, D. R. Bioquímica ilustrada. 3ª ed. Porto Alegre, 2006.
BETTELHEM, F. A; BROWN, W.H; CAMPBEL, M. K; FARRELL, S. O. Introdução à Bioquímica. São Paulo, 2012.
Imagens Google disponível em www.google.com.br
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 Química de Aminoácidos e Peptídeos
Universidade Federal do Amazonas - UFAM Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - IAA Campus Vale do Rio Madeira 
Profª: Eliane Merklein
2014/01
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São ácidos orgânicos formados por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio; 
Um aminoácido é uma molécula orgânica que contém um grupo amina, um grupo carboxila e uma cadeia lateral que é específica para cada aminoácido e um hidrogênio ligados ao carbono α (o primeiro depois do grupo carboxila). Alguns aminoácidos também podem conter enxofre;
São as unidades fundamentais das PROTEÍNAS; 
Todos os aminoácidos apresentam um centro quiral (carbono α), exceto na Glicina (2 átomos de H ligados ao C α), logo esta é aquiral.
	{Centro quiral: carbono com 4 ligantes diferentes}
Definição 
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Estrutura 
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A maioria dos aminoácidos são denominados quirais em razão da não superposição de sua imagem especular, isto é, são moléculas que não apresentam uma simetria. São os chamados estereoisômeros, cujos átomos são ligados na mesma sequência (a mesma constituição), mas diferem no arranjo de seus átomos no espaço. 
Estrutura 
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Um objeto quiral é aquele que não pode ser colocado sobre a sua imagem especular de forma que todas as partes coincidam. Em outras palavras, não é superponível à sua imagem especular. 
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Os aminoácidos que ocorrem em proteínas são todos de designação L. Embora os aminoácidos D ocorram na natureza (paredes de células bacteriana e alguns antibióticos), não são encontrados em proteínas.
Estrutura 
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Os átomos de carbono da cadeia lateral (R) são designados como letras do alfabeto grego contando a partir do carbono α. São elas, β- beta; γ- gama; δ- delta e ε- épsilon. Um átomo de carbono terminal é denominado carbono ω- ômega.
Classificação dos aminoácidos 
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Os aminoácidos são representados por meio do uso de abreviaturas, de três letras, ou de uma letra dos seus nomes.
Classificação dos aminoácidos 
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		A
		Ala
		Alanina
		B
		Asx
		Asparagina ou Aspartato
		C
		Cis ouCys
		Cisteína
		D
		Asp
		Aspartato (Ácido aspartico)
		E
		Glu
		Glutamato (Ácido glutâmico)
		F
		Fen ou Phe
		Fenilalanina
		G
		Gli ou Gly
		Glicina
		H
		His
		Histidina
		I
		Ile
		Isoleucina
		K
		Lis ou Lys
		Lisina
		L
		Leu
		Leucina
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Os aminoácidos são representados por meio do uso de abreviaturas, de três letras, ou de uma letra dos seus nomes.
Classificação dos aminoácidos 
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		M
		Met
		Metionina
		N
		Asn
		Asparagina
		P
		Pro
		Prolina
		Q
		Gln
		Glutamina (Glutamida)
		R
		Arg
		Arginina
		S
		Ser
		Serina
		T
		Tre ou Thr
		Treonina
		V
		Val
		Valina
		W
		Trp
		Triptofano (Triptofana)
		Y
		Tir ou Tyr
		Tirosina
		Z
		Glx
		Glutamina ou Glutamato
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São classificados de acordo com alguns critérios da cadeia lateral (grupos R).
	* Natureza polar ou apolar;
	* Presença de um grupo ácido ou básico;
	* Presença de grupos funcionais e a natureza destes.
O aminoácido mais simples é a glicina, onde a cadeia lateral é um átomo de hidrogênio. Em todos os outros aminoácidos a cadeia lateral é maior e mais complexa.
Classificação dos aminoácidos 
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Grupo I – Aminoácidos com Cadeias Laterais Apolares
São aminoácidos que possuem uma cadeia lateral que não apresenta capacidade de receber ou doar prótons (podem ser pensadas como oleosas ou semelhantes a lipídeos) nº de 8. 
Isto é, suas cadeias laterais são hidrocarbonetos apolares, ou modificados, ou hidrofóbicos, com exceção da glicina que as vezes é colocada nesse grupo em razão de não ter uma cadeia lateral polar.
Classificação dos aminoácidos 
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Grupo 2 – Aminoácidos com Cadeias Laterais Polares
São aminoácidos que possuem cadeias laterais polares eletricamente neutras (sem carga). Possuem radicais que apresentam hidroxilas (-OH), sulfidrilas (-SH, tiol) e grupamentos amidas (-NH2). Nº 7. tendem a formar ligações de hidrogênio.
Classificação dos aminoácidos 
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Grupo 3 – Aminoácidos com Cadeias Laterais Ácidas
São aminoácidos que possuem cadeias laterais com presença de grupos carboxila, além daquele presente em todos os aminoácidos. Em razão da presença do grupo carboxila suas cadeias laterais são carregadas negativamente.
Classificação dos aminoácidos 
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Grupo 4 – Aminoácidos com Cadeias Laterais Básicas
São aminoácidos que possuem cadeias laterais carregadas positivamente e presença do grupo amino na cadeia lateral.
Classificação dos aminoácidos 
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Essenciais:
São aqueles que não podem ser sintetizados pelos animais. são somente adquiridos pela ingestão de alimentos vegetais ou animais. 
Não essenciais:
 São aqueles que podem ser sintetizados pelos animais. São de 10 a 12 AAs encontrados em suas proteínas. 
Classificação dos aminoácidos 
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É importante ressaltar que, para os vegetais, todos os aminoácidos são não essenciais. Os vegetais são capazes de sintetizar todos. 
Fica claro que classificar um aminoácido em não essencial ou essencial depende da espécie estudada; assim um certo aminoácido pode ser essencial para um animal e não essencial para outro. 
Classificação dos aminoácidos 
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Classificação dos
aminoácidos 
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Em pH baixo a alanina tem um grupo carboxilado protonado (sem carga) e um grupo amina carregado positivamente, também protonado. Sob essas condições a alanina tem carga líquida positiva = 1.
Com adição de base, aumenta-se o pH fazendo com que o grupo carboxila perde seus prótons, e a alanina não possui nenhuma carga líquida.
A medida que vai aumentando o pH, o grupo amina protonado perde seus prótons, e a molécula de alanina tem uma carga negativa = 1. 
Curva de Titulação de um Aminoácido
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Curva de Titulação de um Aminoácido
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Importância:
Unidades estruturais de peptídios e proteínas e funcionam como tampão, atuando no controle de pH das células.
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É a ligação que acontece entre aminoácidos. Essa ocorre por meio de ligações covalentes. É formada entre o grupo α-carboxila de um aminoácido e o grupo α-amina do próximo aminoácido. Neste processo, água é eliminada.
Ligação Peptídica
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Ligação Peptídica
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Peptídeos são formados pela junção de aminoácidos através da desidratação na formação da ligação peptídica.
Moléculas formadas por muitos aminoácidos, os polipeptídios formam uma proteína.
Para romper uma ligação peptídica é preciso que ocorra uma hidrólise (quebra da ligação pela adição de água). Ao adicionar uma molécula de água a cadeia protéica uma ligação peptídica é rompida.
Ligação Peptídica
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Estrutura da célula.
Hormônios.
Receptores de proteínas e hormônios.
Transporte de metabólitos e ions.
Atividade enzimática.
Imunidade.
Funções biológicas
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Referências
COMPBELL, M. K. Bioquímica- 3ª ed. Porto Alegre, 2000.
Imagens Google. Disponível em: www.googleimagens.com.br
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 Proteínas e Lipídios
Universidade Federal do Amazonas - UFAM Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - IAA Campus Vale do Rio Madeira 
Profª: Eliane Merklein
2014/01
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 Proteínas
2014/01
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Macromoléculas (monômeros) constituídas por unidades chamadas de aminoácidos.
São compostos orgânicos de estrutura complexa e massa molecular elevada (de 5.000 a 1.000.000 ou mais unidades de massa atómica).
Sintetizadas pelos organismos vivos através da condensação de um grande número de moléculas de alfa-aminoácidos, através de ligações denominadas ligações peptídicas
Uma proteína é um conjunto de 100 ou mais aminoácidos, sendo os conjuntos menores denominados Polipeptídeos.
Proteínas/Definição 
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As proteínas diferem uma das outras pela:
Ordem dos aminoácidos
Tipo dos aminoácidos
Número do aminoácidos
São classificadas em:
Proteínas simples
	* Somente aminoácidos
Proteínas conjugadas (proteínas ligadas a outras substâncias)
	* Nucleoproteínas (presente na cromatina/núcleo da célula)
	* Glicoproteínas (combinada com carboidrato/tendões,cartilagem, etc)
	* Metaloproteínas (combinada com íons metálicos/transporte de íons para outras proteínas)
	* Lipoproteínas (combinada com lipídios/leite, sangue, gema, etc)
Proteínas 
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Importância:
Proteínas 
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Função:
Estrutural ou plástica/Reserva – São aquelas que participam dos tecidos dando-lhes rigidez, consistência e elasticidade. São proteínas estruturais: colágeno (constituínte das cartilagens), actina e miosina (presentes na formação das fibras musculares), queratina (principal proteína do cabelo), fibrinogênio (presente no sangue), albumina (encontrada em ovos, leite e no sangue. Usada por praticantes de musculação como fonte protéica) e outras.
Proteínas 
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Função:
Hormonal – Exercem alguma função específica sobre algum órgão ou estrutura de um organismo como, por exemplo, a insulina, responsável pela redução de taxa de glicose no sangue (embora tecnicamente a insulina seja considerada apenas um polipeptídeo, devido a seu pequeno tamanho).
Proteínas 
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Função:
Defesa – Os anticorpos são proteínas que realizam a defesa do organismo, especializados no reconhecimento e neutralização de vírus, bactérias e outras substâncias estranhas. O fibrinogênio e a trombina são outras proteínas responsáveis pela coagulação do sangue e prevenção de perda sanguínea em casos de cortes e machucados.
Proteínas 
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Função:
Transporte – as hemoglobinas (hemácias do sangue) transportam o oxigênio.
Proteínas 
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Função:
Enzimática – Catalisador biológico
Fatores que interferem na atividade enzimática – ocorre com a quebra das ligações secundárias e terciárias, gerlmente é irreversível, a proteína perde a forma e função. Os fatores que causa a desnaturação.
pH
Temperatura
Concentração de substrato
Proteínas 
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Estrutura:
A conformação de uma proteína é fundamental para a função que ela exerce.
	* Primária
	* Secundária
	* Terciária
	* Quaternária
Proteínas 
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Estrutura:
Essas conformações ocorrem por meio de forças atrativas entre os componentes das proteínas.
Proteínas 
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Estrutura:
Primária – nível mais simples que apresenta uma sequência de aminoácidos unidos por ligações peptídicas.
Proteínas 
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Estrutura:
Secundária – 
Proteínas 
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Estrutura:
Secundária – 
Proteínas 
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Estrutura:
Secundária – 
Proteínas 
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Estrutura:
Secundária – 
Proteínas 
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Estrutura:
Terciária – quando realmente a proteína assume uma função. 
Proteínas 
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Estrutura:
Quaternária – união de cadeias polipeptídicas. 
Proteínas 
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Estrutura:
A estrutura tridmenssional é consequência da sequência de aminoácidos. Uma sequência errada – Anemia Falciforme.
Proteínas 
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Estrutura:
Proteínas 
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 Lipídios 
2014/01
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Definição: são compostos que ocorrem com bastante frequência na natureza.
Lipídios 
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Classificação:
Lipídios 
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Classificação: Glicerídeos
Lipídios 
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Classificação: Triglicerídeos ou Triglicerol
Lipídios 
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Classificação: Cerídeos
Lipídios 
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Classificação: Lipídios complexos
Lipídios 
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Classificação: Lipídios complexos
Lipídios 
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Classificação: Esteróides
Lipídios 
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Também conhecidos simplesmente como anabolizantes, são uma classe de hormônios esteróides naturais e sintéticos que promovem o crescimento celular e a sua divisão, resultando no desenvolvimento de diversos tipos de tecidos, especialmente o muscular e ósseo. São substâncias geralmente derivadas do hormônio sexual masculino, a testosterona, e podem ser administradas principalmente por via oral ou injetável.
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Classificação: Esteróides
Lipídios 
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Colesterol 
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Colesterol 
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Referências
COMPBELL, M. K. Bioquímica- 3ª ed. Porto Alegre, 2000.
Imagens Google. Disponível em: www.googleimagens.com.br
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 Ácidos Nucléicos
Universidade Federal do Amazonas - UFAM Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - IAA Campus Vale do Rio Madeira 
Profª: Eliane Merklein
2014/01
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DNA – Ácido desoxirribonucléico.
RNA – Ácido ribonucléico.
Assim como as proteínas, apresentam estruturas primárias, secundárias e terciárias.
	* Primária – sequência polinucleotídica;
	* Secundária – conformação tridimensional do esqueleto da molécula;
	* Terciária – o superenrolamento da molécula.
Ácidos Nucléicos 
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Os ácidos nucléicos são formados a partir de nucleotídeos – estruturas formadas por 3 partes unidas por ligações covalentes:
	* Uma base nitrogenada;
	* Um açúcar;
	* Um ácido fosfórico.
Ácidos Nucléicos 
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A ordem das bases nos ácidos nucléicos especificam o código genético e estas são de dois tipos:
	* Pirimidínicas:
		- Citosina (DNA e RNA)
		- Timinia (DNA)
- Uracila (RNA)
	* Purínicas
		- Adenina (DNA e RNA)
		- Guanina (DNA e RNA)
A sequência de bases do DNA carrega a informação do código genético;
O projeto de cada organismo vivo está contido no seu DNA;
	
Ácidos Nucléicos 
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Ácidos Nucléicos 
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A estrutura do DNA foi determinada por meio de análises baseadas em difração de raios X e consiste de duas cadeias polinucleotídicas enroladas uma na outra para formar uma hélice;
	
Estrutura do DNA – Ácido desoxirribonucléico
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As duas cadeias de polinucleotídeos são ligadas por meio de pontes de hidrogênio entre bases de cadeias opostas determinando o alinhamento da hélice;
	
Estrutura do DNA
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O esqueleto de açúcar-fosfato é a parte externa da hélice;
As cadeias estendem-se em direções antiparalelas, uma de 3’ para 5’ e outra de 5’ para 3’.
	
Estrutura do DNA
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A combinação de evidências da difração de raios X e da análise química levou a conclusão que o pareamento de bases é complementar;
	* Adenina pareia com Timina 
	* Guanina com Citosina
	
Estrutura do DNA
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Um par de bases Adenina-Timina (A-T) possui duas pontes de hidrogênio;
Um par de bases Guanina-Citosina (G-C) possui três pontes de hidrogênio.
	
Estrutura do DNA
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A dupla hélice do DNA possui um comprimento consideravelmente maior que o seu diâmetro podendo dobrar-se sobre si mesma de uma maneira similar às proteínas formando estruturas terciárias.
	
Estrutura do DNA
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A estrutura dupla hélice do DNA é mantida por pontes de hidrogênio e pelo empilhamento das bases na conformação do DNA;
Para que essas pontes de hidrogênio e o empilhamento das bases sejam desfeitos é necessária a adição de energia, conseguido geralmente por aquecimento do DNA em solução;
Essa é uma maneira de obter-se DNA de fita simples que tem vários usos, como por exemplo, sua replicação;
A renaturação é possível com resfriamento lento. As fitas ao serem aneladas podem reassociar-se e formar o pareamento de bases disponíveis pela manutenção da dupla hélice.
	
Desnaturação do DNA
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Desnaturação do DNA
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Assim como o DNA, o RNA é formado por uma sequência de nucleotídeos, ou seja, por uma cadeia polinucleotídica;
Diferenciando-se do DNA por apresentar apenas uma fita simples de polinucleotídeos e por substituição da base nitrogenada Timina por Uracila;
Outra diferença está em relação ao açúcar:
	* DNA – desoxirribose
	* RNA - ribose
	
RNA – Ácido ribonucléico
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RNA – Ácido ribonucléico
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São de 3 tipos:
	* RNA de transferência (tRNA);
	* RNA ribossômico (rRNA);
	* RNA mensageiro (mRNA).
Esses desempenham um papel importante nos processos vitais das células;
Todos participam da síntese de proteínas, no processo de transcrição e no processo de tradução em uma série de reações controladas.
	
RNA – Ácido ribonucléico
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RNA de transferência (tRNA):
	* É o menor e mais importante dos 3 tipos;
	* Pode ser encontrado uma variedade diferentes em cada célula viva, pois existe pelo menos um que se liga especificamente a cada aminoácido que ocorrem nas proteínas;
	* Um tRNA é uma cadeia polinucleotídica de fita simples;
	* A molécula dobra-se sobre si mesma formando uma estrutura em forma de folha de trevo;
	* Auxilia na síntese protéica;
	
RNA – Ácido ribonucléico
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RNA ribossômico (rRNA):
	* São bastante grandes e de poucos tipos;
	* É constituído por duas subunidades, uma maior e uma menor;
	* Auxilia na síntese protéica;
	
RNA – Ácido ribonucléico
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RNA mensageiro (mRNA):
	* É o menos abundante dos três;
	* É o responsável pela mensagem ou código genético que vai codificar uma proteína;
	* Sintetizado a partir do DNA;
	* Auxilia na síntese protéica;
	
RNA – Ácido ribonucléico
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A sequência de bases do DNA contém o código genético;
A duplicação do DNA é a formação de uma nova molécula com a mesma sequência de bases e esta etapa ocorre toda vez que uma célula se divide.
	
Replicação/Duplicação do DNA
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Uma das mais importantes características do DNA é sua capacidade de autoduplicação, isto é, de originar cópias exatas de si mesmo;
Essa autoduplicação desencadeia o mecanismo de reprodução celular, garantindo o desenvolvimento dos organismos e a continuidade da vida, ao transferir as informações biológicas de pais para filhos;
Isso explica a grande semelhança entre as várias gerações de uma determinada espécie;
	
Replicação/Duplicação do DNA
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Primeiro ocorre a separação das fitas duplas de DNA de forma que primeiro é preciso desenrolá-las com o rompimento das pontes de hidrogênio;
A segunda tarefa é a síntese do DNA no sentido 5’-3’ de forma que as duas fitas antiparalelas sejam sintetizadas na mesma direção em moldes antiparalelos;
A replicação ocorre de duas formas:
	* Semiconservativa – cada molécula nova de DNA contém uma fita do DNA original e uma fita recém-sintetizada;
	* Bidirecional – a dupla hélice se desenrola a partir de um ponto específico chamado de origem formando uma forquilha – a nova molécula de DNA contém apenas as fitas recém-sintetizadas;
	
Replicação/Duplicação do DNA
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Replicação/Duplicação do DNA
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Duplicação do DNA
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A replicação do DNA requer a ação combinada de várias proteínas/enzimas;
Uma enzima chamada DNA-girase promove o relaxamento do estado supertorcido do DNA promovendo um ligeiro desenrolamento da hélice;
Há também uma proteína chamada helicase que promove o desenrolamento da hélice;
Durante o processo, outra proteína por nome SSB ligadora de fita simples, se liga a fita simples molde e a fita simples em formação de forma a protegê-las de serem hidrolisadas;
	
Replicação/Duplicação do DNA
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Há também as proteínas DNA-polimerases I e II:
	* III – promove a replicação alinhando a fita;
	* I – promove correção ao longo da nova fita que está sendo sintetizada com o intuito de corrigir erros;
A DNA-ligase que promove a ligação do nucleotídeos na formação da nova fita;
	
Replicação/Duplicação do DNA
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A transcrição do RNA ocorre por meio do DNA;
Nesse processo, uma fita de DNA é usada como molde na produção do mRNA;
Processo semelhante a replicação do DNA;
	
Transcrição do RNA
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Replicação do RNA
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Replicação do RNA
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Replicação do RNA
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Síntese protéica
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O código genético do DNA se expressa por trincas de bases, que foram denominadas códons. Cada códon, formado por três letras, corresponde a um certo aminoácido.
A mensagem entre o trio de bases do DNA, o trio de bases do RNA e os aminoácidos por eles especificados constitui uma mensagem em código que passou a ser conhecida como “código genético”.
	
Síntese protéica
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Síntese protéica
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*
O códon AUG, que codifica para o aminoácido metionina, também significa início de leitura, ou seja, é um códon que indica aos ribossomos que é por esse trio de bases que deve ser iniciada a leitura do RNAm.
	
Síntese protéica
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RNAm – sintetizado pelo DNA, carregando a informação;
RNAt – transporta os aminoácidos durante a síntese das proteínas;
RNAr – associado as proteínas na produção de ribossomos
	
Síntese protéica
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Síntese protéica
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*
Referências
COMPBELL, M. K. Bioquímica- 3ª ed. Porto Alegre, 2000.
Imagens Google. Disponível em: www.googleimagens.com.br
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 Carboidratos, Enzimas e Cofatores
Universidade Federal do Amazonas - UFAM Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - IAA Campus Vale do Rio Madeira 
Profª: Eliane Merklein
2014/01
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*
São os compostos orgânicos mais abundantes no mundo vegetal;
Sua atribuição principal é energética (glicose, amido, glicogênio);
São componentes da estrutura de sustentação nas plantas (celulose), nas conchas dos crustáceos (quitina) e nos tecidos conectivos dos animais (polissacarídeos ácidos) e componentes essenciais dos ácidos nucléicos (D-ribose e 2-desoxi-D-ribose);
Constituem aproximadamente três quartos do peso seco das plantas;
Carboidratos 
*
*
Os animais (incluindo os humanos) obtêm os seus carboidratos comendo plantas, mas não armazenam muito – menos de 1% do peso corpo;
A palavra carboidrato significa “hidrato de carbono” e são formados por C, H e O, podendo aparecer N, P ou S;
São classificados de acordo com seu tamanho em monossacarídeos, dissacarídeos, trissacarídeos, oligossacarídeos, polissacarídeos, o que vai depender do número de açúcares que eles contêm. 
Os membros mais simples da família dos carboidratos são designados de sacarídeos por causa do seu gosto doce.
Carboidratos 
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Estrutura e nomenclatura dos monossacarídeos
Os monossacarídeos têm fórmula geral CnH2nOn (n≥ 3), com um dos carbonos sendo de um grupo carbonila de um aldeído ou de uma cetona; 
Os mais comuns – de 3 a 9 C;
O sufixo –ose indica que a molécula é um carboidrato;
Os prefixos tri, tetr, pent, etc. – indicam o número de carbonos na cadeia;
Carboidratos 
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Estrutura e nomenclatura dos monossacarídeos
Monossacarídeos que contêm um grupo aldeído são classificados como aldoses e aquele com grupo cetona são classificados como cetoses;
Existem apenas duas trioses: o gliceraldeído (uma aldotriose) e a di-hidroxiacetona (uma cetotriose), frequentemente as designações aldo- e ceto- são omitidas e suas moléculas aparecem apenas como trioses, tetroses, etc..
Carboidratos 
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Fórmulas e projeções(configuração) de Fisher dos monossacarídeos
Esta projeção de Fisher serve para mostrar a configuração dos carboidratos;
Para elaborar uma projeção de Fisher, desenhe uma apresentação tridimensional da molécula de forma que as ligações verticais do estereocentro sejam direcionadas em sentidos contrários a você (entrando no plano do papel) e as horizontais na sua direção(saindo do plano do papel). Escreva a molécula como uma cruz com o estereocentro no cruzamento dos eixos da cruz. O único átomo no plano do papel é o estereocentro.
(obs: página 476 – desenhar projeção de Fisher)
Carboidratos 
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Configuração D e L (Fisher) nos monossacarídeos
Fisher observou que os enantiômeros do gliceraldeído apresentavam rotações contrárias (sentido horário e anti-horário) – propôs então designações D e L;
D para a rotação sentido horário e L para rotação sentido Anti-horário – ele não tinha condições de provar experimentalmente sua proposta e poderia estar errado, mas para sua sorte, mais tarde cientistas provaram que as configurações estavam corretas.
Carboidratos 
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Configuração D e L (Fisher) nos monossacarídeos
Assim, da mesma forma, para outros açúcares, aqueles que apresentarem maior número de hidroxilas para a direita são classificados como D e aqueles que apresentarem maior número de hidroxilas para a esquerda são classificados como L.
O ponto de referência é o penúltimo carbono da cadeia (estereocentro), se seu grupo OH está a direita – configuração D e a esquerda – configuração L.
Carboidratos 
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Configuração D e L (Fisher) nos monossacarídeos
Exemplo pág. 478. 
	* Desenhe as projeções de Fisher para as quatro aldotetroses. Quais são D-monossacarídeos, L-monossacarídeos e enantiômeros? Use a tabela e escreva o nome de cada aldotetrose.
Carboidratos 
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Carboidratos 
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Configuração D e L (Fisher) nos monossacarídeos
Exercício pág. 478.
	* desenhe projeções de Fisher para todas as 2-cetopentoses. Quais são D-2-cetopentoses, L-2-cetopentoses e enantiômeros? Utilize a tabela a seguir e escreva o nome de cada 2-cetopentose.
Carboidratos 
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Carboidratos 
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Aminoaçúcares 
Os aminoaçúcares contêm um grupon –NH2 no lugar de um grupo -OH.
Somente 3 comuns na natureza:
	* D-glicosamina
	* D-manosamina
	* D-galactosamina
(obs: desenhar estruturas – pág. 479)
Carboidratos 
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Derivados de D-glicosamina estão presentes em cartilagens e na quitina constituindo estruturas do exoesqueleto de lagostas, caranguejos, camarões, etc.
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Propriedades físicas dos monossacarídeos 
São sólidos, cristalinos e incolores;
São solúveis em água;
Ligeiramente solúvel em etanol;
Insolúvel em solventes apolares;
Maioria sabor doce.
Carboidratos 
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Estruturas cíclicas dos monossacarídeos 
Uma maneira comum de representar estruturas ciclícas de monossacarídeos é através das projeções de Haworth;
Os monossacarídeos apresentam grupos hidroxila e carbonila na mesma molécula, para representar a estrutura cíclica fecha o anel ligando o carbono da carbonila com o oxigênio da hidroxila do penúltimo carbono da molécula (estereocentro);
Os grupos ligados aos carbonos do anel são posicionados acima ou abaixo do plano.
O carbono do novo estereocentro é chamado carbono anomérico. 
 (obs: desenhar pág. 480)
Carboidratos 
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Estruturas cíclicas dos monossacarídeos 
O carbono anomérico de uma aldose é o carbono 1 e o das cetoses é o carbono 2 - geralmente fica do lado direito do O;
A designação β significa que o grupo –OH no carbono anomérico está no mesmo lado do anel que o grupo terminal –CH2OH, contrariamente a designação α significa que os dois grupos estão em lados opostos no carbono anomérico do anel. 
Um monossacarídeo cíclico com anel de seis membros é indicado por -piran e o de cinco membros por –furan. Os termos furanose e piranose são usados porque os monossacarídeos correspondem a compostos heterocíclicos furano e pirano.
 (obs: desenhar estruturas pág. 481)
Carboidratos 
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Dissacarídeos e oligossacarídeos 
A maioria dos carboidratos na natureza contêm mais de uma unidade de monossacarídeo;
Aqueles que contêm duas unidades são chamados dissacarídeos, com três trissacarídeos e assim por diante;
Oligossacarídeos descreve carboidratos que contêm de seis a dez unidades de monossacarídeos;
Carboidratos com um número maior de unidades de monossacarídeos que os oligossacarídeos são denomindados polissacarídeos;
Carboidratos 
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Dissacarídeos e oligossacarídeos 
Em um dissacarídeo,
dois monossacarídeos são unidos por uma ligação glicosídica entre o carbono anomérico de uma unidade e um grupo –OH da outra unidade;
Três dissacarídeos importantes são: sacarose, lactose e maltose.
Carboidratos 
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Dissacarídeos e oligossacarídeos 
Sacarose 
	* É o mais abundante dissacarídeo do mundo biológico;
	* obtido principalmente do caldo-da-cana e das beterrabas.
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Dissacarídeos e oligossacarídeos 
Lactose 
	* Principal açúcar presente no leite;
	* 5 % a 8% no leite humano e 4% a 6% no leite de vaca.
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Dissacarídeos e oligossacarídeos 
Maltose 
	* Está presente no malte, o extrato dos brotos da cevada e em outros cerais.
	
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Dissacarídeos e oligossacarídeos 
Entre os dissacarídeos, a D-frutose é a mais doce, sendo mais doce que a própria sacarose;
O gosto doce é devido a presença de D-frutose e D-glicose;
A lactose não apresenta sabor doce e algumas vezes é adicionada aos alimentos pra aumentar o volume.
Carboidratos 
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Polissacarídeos 
Compostos com um grande número de unidades de monossacarídeos unidos por ligação glicosídica;
Três importantes constituídos de unidades de glicose::
	* Amido
	* Glicogênio
	* Celulose
Carboidratos 
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Polissacarídeos 
Amido: amilose e amilopectna
	* É usado nas plantas para armazenar energia;
	* Encontrado em todos os tubérculos e semente das plantas e a forma na qual a glicose é armazenada antes de ser utilizada;
	
Carboidratos 
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Polissacarídeos 
Glicogênio
	* Reserva de energia para os animais;
	* Encontrado no fígado e nos músculos.	
Carboidratos 
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Polissacarídeos 
Celulose
	* Mais amplamente distribuído na estrutura e sustentação (esqueleto) das plantas;
Carboidratos 
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Polissacarídeos ácidos 
Contêm grupos carboxilas ou grupos de ésteres sulfúricos;
Desempenham um papel importante na estrutura e função dos tecidos conjuntivos;
Por conterem aminoaçúcares um nome mais apropriado é glicosaminoglicanos;
 
Carboidratos 
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Referências
COMPBELL, M. K. Bioquímica- 3ª ed. Porto Alegre, 2000.
Imagens Google. Disponível em: www.googleimagens.com.br
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