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GLÂNDULAS ADRENAIS Hormônios Córtex: glicocorticoides (cortisol), mineralocorticoides (aldosterona) e esteroides (testosterona). Médula: epinefrina e norepinefrina. O hipotálamo libera o CRH (hormônio liberador da corticotrofina), que estimula a hipófise a liberar o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) que vai atuar estimulando a adrenal a produzir os glicocorticoides. Distúrbios Hiperadrenocorticismo Síndrome de Cushing Endocrinopatia que cursa com o excesso de glicocorticoides endógenos (espontâneo, excesso de produção) ou exógenos (iatrogênico). Hiperadrenocorticismo hipófise dependente – HHD (80-85%) Não tem feedback negativo, porque o ACTH está sendo produzido em excesso pelo tumor na hipófise. Origem hipofisária. Hiperadrenocorticismo adrenal dependente – HAD (15-20%) O excesso de cortisol suprime a hipófise, porém o tumor em uma ou nas duas adrenais continuam a secretar cortisol. Hiperadrenocorticismo de origem iatrogênica O glicocorticoide exógeno suprime o eixo hipotálamo-hipófise e provoca a atrofia da adrenal. A retirada do uso do medicamento precisa ser gradativo, para que o organismo volte a produzir o cortisol em quantidades normais. Predisposição: Idade: 10 a 11 anos Sexo: 60 a 65% das fêmeas são acometidas Raças: Poodle, Dachshund, Beagles, Terries e Boxer. Sinais e achados clínicos Metabólicos: Poliúria e polidipsia (compensatória): cortisol inibe a ação do ADH nos túbulos renais. Polifagia e obesidade: atua no hipotálamo inibindo o centro da saciedade. Abdômen penduloso: fragilidade nos tecidos musculares Hepatomegalia: (acúmulo de gordura e carboidrato): interfere no metabolismo. Menor tolerância ao exercício. Intolerância ao calor. Respiração ofegante excessiva. Debilidade muscular. Anestro prolongado, baixa libido. Atrofia testicular: altera os hormônios reprodutivos. Dermatológicos Alopecia bilateral simétrica Ausência de prurido Hiperpigmentação: depende da cronicidade da doença. Calcinose cutânea: deposição de cálcio, por influência do cortisol. Comedões (cravos na pele) e estrias. Pele fina hipotônica (abdome) e mapeamento vascular (percepção dos vasos sanguíneos pela pele do animal). Diagnóstico Anamnese (iatrogênico): relato de aumento de ingestão de água, aumento de urina, uso de corticoides. Exame clínico. Exames complementares Hemograma Eritrograma: normal e leve policitemia Leucograma: de “stress” Leucocitose por neutrofilia com desvio a direita Linfopenia Eosinopenia Monocitose (cães) Perfil bioquímico Aumento de ALT (90%), devido ao aumento do fígado por acúmulo de gordura. Aumento de FA (95%), devido a isoenzima induzida pelo cortisol. Aumento colesterol, levando a lipemia (90%). Aumento de glicose (45%), pois o cortisol é antagonista da insulina, diminuindo sua ação. Diminuição de T3 e T4, devido a diminuição de TSH. Urinálise (85%) Densidade baixa: < 1015 (devido a poliúria) Glicosúria que leva a proteinúria e infecção urinária. Exames histopatológicos Exames específicos Teste de estimulação com ACTH (iatrogênico/monitorar tratamento) Teste de supressão com baixa dose de dexametasona (confirma) Combinação [ ] basal de ACTH endógeno: se tiver aumentada é HHD Teste de supressão com alta dose de dexametasona (Diferencia HHD de HAD) Colher uma amostra de sangue antes (dosar cortisol) Administrar 0,1mg/kg de dexametasona I.V. (não interfere com radioimunoensaio para dosagem de cortisol) Colher novas amostras de sangue 4 e 8 horas após Dosar cortisol nas 3 amostras. Interpretação Normal = diminui o cortisol pra menos da metade da 1ª amostra 4 e 8h HHD = diminui o cortisol pra menos da metade da 1ª amostra após 4h e volta a subir após 8h HAD: cortisol não é suprimido Hipoadrenocorticismo Produção adrenal deficiente de mineralocorticóide e/ou glicocorticóide Primário (doença de Addison) Causa mais comum em cães Destruição do córtex adrenal (auto-imune ou idiopático) Deficiência aldosterona e cortisol Secundário(raro) Secreção hipofisária deficiente do ACTH Deficiência cortisol Alterações eletrolíticas Hiponatremia e Hipercalemia Diminui a relação Na:K: clássico de hipoadrenocorticismo primário, devido a diminuição da produção de aldosterona. Bioquímica sérica: Azotemia pré-renal, devido à deficiência de aldosterona em que perde muito líquido. Urinálise Densidade urinária baixa (<1030), devido a poliúria. Diagnóstico Teste de estimulação com ACTH Cortisol plasmático <2 µg/dL pós-estimulação: hipoadrenocorticismo Primário x secundário Eletrólitos: diminuição de sódio no primário. Menor concentração plasmática de ACTH endógeno: Secundário Menor concentração plasmática de aldosterona: primário GLÂNDULA TIREÓIDE Hormônios secretados pela tireóide T3 : triiodotironina (10%) T4 : tiroxina (90%) Calcitonina Funções: Aumentar o consumo de O2 e a produção de calor. Elevar a frequência respiratória (+ CO2 ) Aumentar o débito cardíaco Auxiliar na maturação dos centros de crescimento ósseo e remodelação em adultos Ciclo do crescimento e maturação da epiderme, folículos pilosos e unhas Desenvolvimento do SNC Acentua estado de vigília e alerta Aumentar o consumo de O2 e a produção de calor Aumentar a síntese surfactante pneumócitos - maturação pulmonar Estimular a produção de eritropoietina Acelerar a absorção de glicose Aumentar função renal Aumentar receptores LDL fígado – diminui colesterol circulante Aumentar a lipólise Estimular cortisol, hormônio do crescimento/PTH Distúrbios Hipotireoidismo Deficiente produção e secreção de hormônio da tireóide: tiroxina (T4 ) e triiodotironina (T3 ) Redução das funções metabólicas Distúrbio multissistêmico Sinais clínicos generalizados Idade, porte: mais comum em raças grandes/animais velhos. Hipotireoidismo primário (95%): perda da função da tireóide. Tireoidite linfocítica (infiltração linfócitos, imunomediada –Ac) Atrofia idiopática Destruição neoplásica Hipotireoidismo secundário (5%): diminuição da produção e liberação de TSH. Tumores e malformações pituitárias Hipotireoidismo terciário: diminuição da secreção TRH, alteração no hipotálamo. Sinais clínicos: (imita outras enfermidades) Diminuição do metabolismo Letargia, apatia, cansaço, desinteresse. (70%) Ganho de peso sem consumo alimentar aumentado (60%) Intolerância ao frio (15%) Bradicardia e pulso fraco (10%): a diminuição de T3 e T4 aumenta o débito cardíaco. Expressão facial “trágica” (20%): deposição de peptideoglicanos na região superior dos olhos (mixedema). Dermatológicos (80%) Alopecia: Não pruriginosa Bilateralmente simétrica no tronco “Cauda de rato” Piodermites secundárias: a própria flora bacteriana pode levar a piodermites. Hiperpigmentação Metabolização de hormônios melanotróficos. Diagnóstico Sinais clínicos Achados hematológicos Alterações bioquímicas Testes de função tireóidea [T4 ] e [fT4 ] séricas Estimulação pela TSH e TRH [TSH] sérica Análise laboratorial Testes bioquímicos Hipercolesterolemia – 80% dos casos Aumento de HDL e LDL Diminuição da expressão de receptores de LDL no fígado, acaba levando ao aumento na circulação. Hemograma Anemia arregenerativa branda (25 a 50% dos casos) Normocítica e normocrômica: deficiência na síntese de eritrócitos e eritropoietina (estimulada por T3 e T4). Acúmulo de gordura nas hemácias. Testes específicos da função tireoidiana Concentração sérica de T4 T4 total: 2 a 4 µg/dl no cão T4 livre: > 1 ng/dl Interpretação Hipotireoidismo felino Ocorrência espontânea: raro Hipotireoidismo iatrogênico primário: devido ao tratamento do hipertireoidismo, como a retirada cirúrgica da hipófise. Hipotireoidismo congênito Hipertireoidismo Sinônimos: bócio tóxico, tireotoxicose e Doença de Graves. Gatos X Cães Aumenta a taxa metabólica. Causas: Hiperplasia nodular adenomatosa (gatos) Adenoma Carcinoma (cães) Diagnóstico Histórico, idade Sinais (hiperatividade) Exame clínico: Palpação: aumento de volume Auscultação cardíaca: aumento de batimentos Exames Laboratoriais Testes específicos (T4) Sinais clínicos: Perda de peso, polifagia, hiperatividade. Vômito, diarreia, aumento da frequência, volume fecal e bócio. Exames laboratoriais Hemograma Leucograma de estresse (20%): resposta de tensão ao excesso de hormônio. Leucocitose matura Eosinopenia Linfopenia Policitemia leve (50%): efeito dos hormônios sobre a medula e aumento na eritropoietina. Hematócrito elevado Macrocitose Eritrocitose Perfil bioquímico Alanina Amino Transferase (ALT) Aspartato Aminino Transferase (AST) Fosfatase Alcalina (FA) Desidrogenase Lática (LDH) Aumento de bilirrubina T, uréia, creatinina e fósforo Causas: desnutrição, ICC, hipóxia hepática e efeitos tóxicos diretos. Testes de função tireoidiana Determinação de T3 e T4 Maioria dos casos T4 elevado De 2 a 10% dos casos valores Teste de supressão 7 administrações de T3 (lotironina) 25 mg.Kg-1 a cada 8 h durante 3 dias = T3 e T4 (2-4h após) Alta concentração de T3 inibe a liberação de TSH pela pituitária em gatos normais (<1,5 μg/dl) Hipertireóideos: >2 μg/dl
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