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Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras

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Curso de Ciências Contábeis 
 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS - I 
 
APOSTILA - II 
 
 
 
 
ESTRUTURA E ANÁLISE 
D AS 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo 
 
Tópicos Especiais – I Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras Página 2 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo e-mail: mcda@terra.com.br 2012 
Í N D I C E 
1. ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
DO EXERCÍCIO .......................................................................................................................... 3 
1.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3 
2.2 LEGISLAÇÃO APLICADA AO BALANÇO PATRIMONIAL E A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
DO EXERCÍCIO .............................................................................................................................. 3 
1.3 BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................................. 4 
1.4 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL ................................................................................. 4 
1.5 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ...................................................... 7 
1.6 ESTRUTURA DA DRE ................................................................................................................ 8 
ATIVIDADE ................................................................................................................................. 9 
2 – ANÁLISE VERTICAL E ANÁLISE HORIZONTAL ........................................................11 
3 – TECNICAS DE ANÁLISES POR INDICES .......................................................................17 
4. DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS ..................................32 
5 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LIQUIDO ..............................32 
6. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA........................................................................33 
7 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO .....................................................................37 
EXERCÍCIOS .............................................................................................................................39 
 
Tópicos Especiais – I Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras Página 3 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo e-mail: mcda@terra.com.br 2012 
1. ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO DO 
RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
1.1 Introdução 
Neste capítulo iremos tratar da estrutura do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE), que dentre as demonstrações contábeis são as mais importantes, pois através das análises 
destas que se consegue evidenciar todos os componentes que provocam alterações no patrimônio das 
empresas. 
A periodicidade imposta pela lei para a sua elaboração e publicação é anual, porém poderão ser 
“levantados” a qualquer tempo, de acordo com a necessidade da empresa. 
 
2.2 Legislação Aplicada ao Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício 
 
• A obrigatoriedade da elaboração e publicação, assim como a estrutura do Balanço Patrimonial, está 
evidenciada nos arts. 178 e 179 da Lei 6.404/76 – Lei das S.A.. 
• Aprovada na NBC T.3.2 – Conceito, Conteúdo, Estrutura e Nomenclatura das Demonstrações Contábeis. 
• Lei 10.406/02 – Novo Código Civil 
• Lei 11.638/2007 - Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 
6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à 
elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. 
• Lei 11.941/2009 - Instituiu alterações na Lei 6.404/76, como detalhes que deverão ser incluídos nas 
notas explicativas e a estrutura do balanço patrimonial, além de outras alterações, já previstas na MP 
449/2008. 
• A obrigatoriedade da elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício das pessoas jurídicas 
tributadas com base no lucro real está prevista no RIR/1999, art.274, caput. 
• A elaboração e estruturação da Demonstração do Resultado do Exercício também está disciplinadas pela 
NBC T 3.3, aprovada pela resolução no 686/1990 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 
• As normas de elaboração das demonstrações financeiras constam da Lei das Sociedades Anônimas (Lei 
no 6.404/1976), contudo seus conceitos aplicam-se aos demais tipos de sociedades. De acordo com o art. 
187 da citada lei, a apresentação da demonstração do resultado do exercício deverá ser na forma 
dedutiva com os detalhamentos das receitas, despesas, custos, receitas e despesas não-operacionais, 
definindo claramente o lucro ou o prejuízo do exercício. 
 
 
Tópicos Especiais – I Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras Página 4 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo e-mail: mcda@terra.com.br 2012 
1.3 BALANÇO PATRIMONIAL 
 
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil que reflete a posição financeira e econômica da 
empresa. É como se tirássemos uma “fotografia” da posição patrimonial da entidade em determinado 
momento, onde será demonstrado apenas os saldos das contas, que podem ser positivos ou negativos, 
encontrados no livro contábil denominado Razão1. 
Esta demonstração representa um instrumento importantíssimo para a gestão de uma empresa, apesar 
de fornecer apenas os saldos das contas, como citado anteriormente, evidencia de forma clara as origens e 
aplicações dos recursos obtidos pela empresa, bem como a riqueza gerada pelo ciclo operacional da empresa. 
Os recursos são originários do Passivo e do Patrimônio Liquido, principalmente quando atribuídos a 
recursos de terceiros a curto (fornecedores, salários a pagar, impostos a recolher,...) e longo prazo 
(financiamentos, empréstimos bancários,...), assim como os recursos advindos principalmente do Capital 
Social, quando da constituição da empresa ou aumento do mesmo, e dos lucros apurados no período. As 
aplicações dos recursos são distribuídas no Ativo, tanto no circulante quanto no permanente, sendo que este 
último são normalmente oriundos dos recursos de terceiros obtidos a longo prazo. 
 
1.4 Estrutura do Balanço Patrimonial 
 
De acordo com o art.178 da Lei 6.404/76 (lei das S/A), “as contas serão classificadas segundo os 
elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da 
situação financeira da entidade.” 
Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei nº 6.404/76 e segundo os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, dividindo o Balanço 
Patrimonial em três grandes grupos de contas: o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido, assim como deverá 
demonstrar também os seus respectivos subgrupos. 
Abaixo, será demonstrado o Balanço Patrimonial de acordo com a Lei 11.638/2007 em comparação 
com as modificações feitas pela Lei 11.941/2009, afim de salientar as alterações propostas por esta última 
alteração. 
 
 
 
 
 
1 Livro Razão: livro obrigatório pela Lei 6.404/76, e consiste no agrupamento de valores em contas de mesma 
natureza individualizadas. 
 
Tópicos Especiais – I Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras Página 5 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo e-mail: mcda@terra.com.br 2012 
(Balanço Patrimonial – Lei 11.941/2009 
Vigente a partir de 31/12/2010) 
 
ATIVO 
 
PASSIVO 
Ativo CirculanteDisponível 
Caixa 
Bancos c/ Movimento 
Aplicação Financeira 
Clientes 
Duplicatas a Receber 
( - ) Duplicatas Descontadas 
Adiantamento a fornecedores 
Adiantamento a empregados 
Impostos a Recuperar 
Estoques 
Mercadorias 
Matérias Primas 
Produtos Acabados 
Despesas de Exercícios Seguintes 
Prêmios de Seguros a Apropriar 
Juros Passivos a Apropriar 
 
Circulante 
Fornecedores 
Contas a Pagar 
Obrigações Fiscais 
Obrigações Sociais 
Obrigações Trabalhistas 
Obrigações Financeiras 
Outras contas a pagar 
Ativo Não Circulante 
 
Realizável a Longo Prazo 
Empréstimos a Sócios 
Investimentos temporários a longo prazo 
Despesas Antecipadas 
Outras contas a receber 
Passivo Não Circulante 
 
Exigível a Longo Prazo 
Obrigações Comerciais 
Obrigações Financeiras 
Financiamentos 
Obrigações Diversas 
 
 
Investimentos 
Participações permanentes em outras 
 empresas 
Participação em Fundos de Investi- 
mentos 
Outros Investimentos 
Imobilizado 
Imóveis 
Móveis e Utensílios 
Maquinários 
Veículos 
Equipamentos 
Instalações 
Terrenos 
( - ) Depreciação / Amortização / 
 Exaustão Acumulada 
Intangível 
Marcas 
Patentes 
 Outros bens incorpóreos 
( - ) Amortizações acumulada 
Patrimônio Líquido 
Capital Social 
Reservas de Capital 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Reservas de Lucros 
Ações em Tesouraria 
Prejuízos Acumulados 
 
Tópicos Especiais – I Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras Página 6 
 
Prof. Marcelo Cardoso de Azevedo e-mail: mcda@terra.com.br 2012 
Obs.: Patrimônio Líquido 
O Patrimônio Líquido representa os valores contábeis que os sócios ou acionistas possuem na 
empresa em um determinado momento. Apesar de estar localizado no Passivo, caracteriza-se por não 
representar exigibilidade com terceiros, como foram os mencionados anteriormente. 
O valor contábil que representa o Patrimônio Líquido é obtido pela diferença entre os valores do 
ativo (circulante, realizável a longo prazo e permanente) e passivo (circulante, exigível a longo prazo e 
resultado de exercícios futuros). 
É parte integrante do Patrimônio Líquido as seguintes contas, que serão estudadas mais profundamente no 
capítulo 8 deste livro: 
 
- Capital Social 
- Reservas de Capital 
- * Reserva de Reavaliação 
- Ajustes de Avaliação Patrimonial 
- ** Reservas Estatutárias 
- Reservas de Lucros 
- Ações em Tesouraria 
- *** Prejuízos Acumulados 
 
* Observamos que com o advento da Lei 11.638/07, os saldos existentes na conta Reserva de 
Avaliação serão mantidos até a sua efetiva realização ou deverão ser estornados até 31 de dezembro de 
2008. 
** As Reservas Estatutárias, também fazem parte do rol de contas do Patrimônio Líquido que 
foram excluídas, seu saldo deverá ser redistribuído, pois seu saldo é decorrente dos lucros auferidos pela 
instituição. 
 *** Observa-se que a conta conhecida como Lucros ou Prejuízos Acumulados, passa a ter outra 
conotação com a nova legislação, passando a demonstrar tão somente os Prejuízos Acumulados. Isto não 
significa que a conta “Lucros Acumulados” deixou de existir, por ser uma conta de natureza transitória, 
deverá ser totalmente utilizada e distribuída como contrapartida às reversões das reservas de lucros e às 
destinações do lucro. 
 
• Exemplo da Estrutura do Balanço Patrimonial 
 
 
Tópicos Especiais – I Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras Página 7 
 
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(em milhões de R$)
ATIVO 2010 2011 PASSIVO 2010 2011
Ativo Circulante 154.500,00 208.000,00 Passivo Circulante 90.800,00 110.000,00 
Disponibilidades 35.000,00 54.000,00 Fornecedores 42.100,00 56.300,00 
 Caixa e Bancos 2.700,00 1.200,00 Impostos e Contribuições 12.300,00 22.000,00 
 Aplicações Financeiras 32.300,00 52.800,00 Impostos e Taxas 2.400,00 6.500,00 
Duplicatas a Receber - Clientes 67.200,00 98.000,00 Provisão para CSLL 2.700,00 4.000,00 
Tributos e Contribuições a Recuperar - - Provisão para Imposto de Renda 7.200,00 11.500,00 
Estoques 47.300,00 44.000,00 Salários e Encargos 10.200,00 14.500,00 
Emprestimos a Receber 5.000,00 12.000,00 Empréstimos e Financiamentos 25.000,00 15.000,00 
Dividendos a Pagar 1.200,00 2.200,00 
Ativo não Circulante 179.900,00 194.200,00 
Passivo não Circulante 37.000,00 20.400,00 
Exigivel a Longo Prazo 37.000,00 20.400,00 
Realizavel a Longo Prazo 3.500,00 13.500,00 Empréstimos e Financiamentos 37.000,00 20.400,00 
 Contas a Receber 3.500,00 7.000,00 
Patrimônio Líquido 206.600,00 271.800,00 
Investimentos 31.000,00 36.000,00 Capital Social Realizado 163.100,00 166.700,00 
 Participações Societárias 31.000,00 36.000,00 Reservas 43.500,00 105.100,00 
Imobilizado 115.400,00 122.700,00 Reservas de Capital - - 
 Máquinas 135.000,00 158.000,00 Reservas de Lucros 43.500,00 105.100,00 
 ( - ) Depreciação Acumulada (19.600,00) (35.300,00) Ações em Tesouraria - - 
Intangível 30.000,00 22.000,00 Prejuízos Acumulados - - 
 Marcas e Patentes 30.000,00 22.000,00 
Total do Ativo 334.400,00 402.200,00 Total do Passivo 334.400,00 402.200,00 
CNPJ: 11.111.111/0001-11
Período de Abrangência: 01/01 a 31/12/2011
Balanço Patrimonial
Cia. Exemplo S/A
 
 
1.5 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) tem como finalidade, além de evidenciar o 
resultado do exercício – lucro ou prejuízo, demonstrar a origem dos recursos próprios que são aplicados na 
empresa (receitas), assim como todos os gastos (custos e despesas) envolvidos na geração da riqueza da 
entidade. 
Para a elaboração desta demonstração, deve-se utilizar o Regime Contábil da Competência, que 
determina que as receitas e despesas são apropriadas ao período de apuração em função de sua incorrência 
(fato gerador), independente de terem sido recebidas (receitas) ou pagas (despesas) dentro do período de 
apuração. 
 
Tópicos Especiais – I Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras Página 8 
 
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1.6 Estrutura da DRE 
De acordo com as determinações do artigo 187 da Lei nº 6.404/76, alterada pelas leis 11.638/07 e 
11941/09, a estruturação da demonstração do resultado do exercício deverá ser: 
Demonstração do Resultado do Exercício 
Empresa Exemplo 
Exercício Financeiro de 2011 
(valores em milhões de R$) 
 31/12/2011 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
 
( - ) Deduções da Receita Bruta 
 Devoluções de Vendas 
 Abatimentos 
 Impostos sobre Vendas 
 
( = ) Receitas Operacionais Líquidas 
 
( - ) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) / Serviços Prestados (CSP) / 
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 
 
( = ) Lucro Bruto / Resultado Bruto 
 
( - ) Despesas Operacionais 
Despesas com Vendas 
Despesas Administrativas 
 
(+ / -) Resultados Financeiros Líquidos 
( + ) Receitas Financeiras 
( - ) Despesas Financeiras 
 
( + / -) Outras Receitas e Despesas Operacionais 
Resultado da Equivalência PatrimonialVenda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante 
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante 
 
( = ) Resultado Operacional Antes do Imposto de Renda e CSL (Lucro ou 
Prejuízo) 
 
( - ) Provisão para Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) 
( - ) Provisão para Contribuição Social s/ Lucro Líquido (CSLL) 
 
( = ) Resultado Líquidos Antes da Participações 
 
( - ) Participações de Administradores, empregados, Debêntures e Partes 
Beneficiadas 
 
( = ) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (Lucro ou Prejuízo) 
 
 
( = ) LUCRO POR AÇÃO 
 
 
 
Tópicos Especiais – I Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras Página 9 
 
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• Exemplo de uma Demonstração do Resultado do Exercício 
31/12/2007
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 693.300,00 
( - ) Deduções da Receita Bruta (29.000,00)
 Devoluções de Vendas (5.200,00)
 Abatimentos (1.100,00)
 Impostos sobre Vendas (22.700,00)
( = ) Receitas Operacionais Líquidas 664.300,00 
( - ) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) / Serviços Prestados (CSP) (362.000,00)
( = ) Lucro Bruto / Resultado Bruto 302.300,00 
( - ) Despesas Operacionais (244.200,00)
 Despesas com Vendas (12.000,00)
 Despesas Financeiras (deduzidas as receitas financeiras) (42.200,00)
 Despesas Administrativas (174.300,00)
 Despesa com Depreciação (15.700,00)
( + / - ) Outras Receitas e Despesas Operacionais 20.000,00 
 ( + ) Receitas 20.000,00 
( = ) Resultado Operacional Antes do Imposto de Renda e CSL (Lucro ou Prejuízo) 78.100,00 
( - ) Provisão para Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) (11.500,00) 
( - ) Provisão para Contribuição Social s/ Lucro Líquido (CSLL) (4.000,00) 
( = ) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (Lucro ou Prejuízo) 62.600,00 
Demonstração do Resultado do Exercício
Cia. XING-LING S/A
CNPJ: 11.111.111/0001-11
Período de Abrangência: 01/01 a 31/12/2011
(valores em milhões de R$)
 
 
ATIVIDADE 
A empresa Xing-Ling S/A, iniciou os seus trabalhos em 2010 e precisa elaborar o seu primeiro Balanço 
Patrimonial de acordo com os lançamentos dos fatos contábeis abaixo. 
Fatos contábeis: 
1- Abertura da empresa com capital inicial no valor de R$ 100.000,00, sendo 50% no ato, em dinheiro, 
e o restante para integralizar futuramente. 
2- Abertura de conta bancaria com depósito inicial de R$ 20.000,00. 
3- Aquisição de imóvel, através de financiamento no valor de R$ 30.000,00. 
4- Aquisição de móveis e utensílios no valor de R$ 2.000,00 pagos com cheque. 
5- Aquisição de veiculo no valor total de R$ 10.000,00, sendo pago, metade com cheque e metade 
através de Nota Promissória. 
 
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6- Saque bancário no valor de R$ 1.000,00 para fundo de caixa. 
7- Pagamento da 1º parcela do financiamento no valor de R$ 2.000,00 
8- Pagamento nota promissória no valor de R$ 1.000,00 através de cheque. 
9- Aquisição de apólice de seguros pelo valor de R$ 1.200,00, com vigência para 12 meses, a contar de 
outubro. 
10- Contabilização de salários referente o mês, para ser pago no mês seguintes R$ 2.000,00 
11- Pagamento aluguel referente o próprio mês, através de cheque no valor de R$ 1.000,00. 
12- Pagamento de financiamento no total de R$ 1.120,00, sabendo-se que R$ 120,00, correspondem a 
juros por motivo de atraso de pagamento. 
13- Pagamento de nota promissória no valor de R$ 1.000,00, com desconto de 5% obtido, por motivo de 
antecipação de pagamento. 
14- Aplicação financeira no valor de R$ 3.000,00 com autorização para desconto em conta corrente. 
15- Tarifas bancarias cobradas através da conta corrente no valor de R$ 80,00 
16- Vendas de serviços a vista no valor de R$ 35.000,00 
17- Compras de mercadorias a prazo, para estoque, no valor de R$ 8.000,00. 
18- Resgate de aplicação financeira no valor de R$ 1.100,00, sabendo-se que R$ 100,00, correspondem 
aos rendimentos. 
19- Vendas de mercadorias a prazo, pelo valor total de R$ 45.000,00, ao custo baixado do estoque pelo 
valor de R$ 11.700,00. 
20- Recebimento de duplicatas no valor de R$ 2.200,00, acrescidas de juros no valor de R$ 50,00 por 
atraso. 
21- Recebimento de duplicatas no valor de R$ 3.200,00, com descondo de R$ 50,00, por motivo de 
antecipação pagamento. 
22- Apropriação das 3 primeiras parcelas da apólice de seguro, referente aos meses de outubro,novembro 
e dezembro no valor de R$ 100,00 cada.. 
As contas utilizadas para a elaboração do resultado (plano de contas) foram as seguintes: 
Capital social, capital a integralizar, caixa, bancos, imóveis, financiamentos, moveis e utensílios, 
veículos, notas promissórias a pagar, seguros a vencer, salários a pagar, aplicações financeiras, mercadorias, 
fornecedores, duplicatas a receber, salários, alugueis passivos, juros passivos, descontos obtidos, tarifas 
bancarias, vendas de serviços, rendimentos, venda de mercadorias, custo mercadoria vendida, juros ativos, 
descontos concedidos, seguros. 
PEDE-SE: 
1 – elaborar os lançamentos acima nos razonetes. 
 
Tópicos Especiais – I Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras Página 11 
 
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2 – Transferir as contas de resultados, para a conta transitória chamada apuração do resultado, e apurar o 
saldo da mesma. 
3 – Separar 30% do valor encontrado para contribuição social e imposto de renda. 
4 – Do saldo remanescente, calcular as participações nos lucros para empregados e administradores em 10% 
para cada participante (lembrando que a base de calculo para cada participante é o saldo remanescente 
após o calculo da participação anterior). 
5 – O saldo final da apuração de resultado (lucro liquido do exercício) deve ser transferido para a conta de 
lucros ou prejuízos acumulados. 
6 – Na conta lucros ou prejuízos acumulados efetuar as reservas: 
 a) legal. 
 b) contingências ( conforme estatuto estabelece 20% do lucro liquido do exercício. 
7 – Contabilizar os dividendos aos acionistas. (obs.: o estatuto é omisso em relação aos dividendos) 
8 – Transferir o saldo final de lucros acumulados para a reserva de lucros em expansão, pois com a alteração 
da lei das S.A., a partir de 2008, a empresa não poderá apresentar lucros acumulados no balanço, mas 
apenas prejuízos acumulados, se houver (lei 11.638/2007). 
8 – Constituir balancete de verificação. 
9 – Elaborar balanço patrimonial com base na lei das S.A.. 
 
 
2 – ANÁLISE VERTICAL E ANÁLISE HORIZONTAL 
2.1 – Introdução 
 As principais características da analise vertical e horizontal e a comparação de valores de 
um determinado período com os valores apresentados em períodos anteriores e o relacionamento entre eles. 
Podemos afirmar que a base destas análises é a comparação entre períodos. 
2.2 – Análise Vertical 
 A análise vertical, também denominada analise da estrutura, facilita a avaliação da estrutura 
das demonstrações financeiras (Balanço Patrimonial e Demonstrativo de resultado) e a representatividade 
de cada conta em relação ao total do Ativo e Passivo, bem como a participação de cada conta do 
Demonstrativo de resultado na formação do lucro ou prejuízo do período analisado. 
• Aplicação da Técnica de Análise Vertical: 
Análise vertical do Ativo do Balanço Patrimonial da Cia. Exemplo 
 
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ATIVO 2010 AV 2011 AV
Ativo Circulante 154.500,00 46,2% 208.000,00 51,7%
Disponibilidades 35.000,00 10,5% 54.000,00 13,4%
 Caixa e Bancos 2.700,00 0,8% 1.200,00 0,3%
 Aplicações Financeiras 32.300,00 9,7% 52.800,00 13,1%
Duplicatas a Receber - Clientes 67.200,00 20,1% 98.000,00 24,4%
Tributos e Contribuições a Recuperar - 0,0% - 0,0%
Estoques 47.300,00 14,1% 44.000,00 10,9%
Emprestimos a Receber 5.000,00 1,5% 12.000,00 3,0%
Ativo não Circulante 179.900,00 53,8% 194.200,00 48,3%
Realizavel a Longo Prazo 3.500,00 1,0% 13.500,00 3,4%
 Contas a Receber 3.500,00 1,0% 7.000,00 1,7%
Investimentos 31.000,00 9,3% 36.000,00 9,0%
 Participações Societárias 31.000,00 9,3% 36.000,00 9,0%
Imobilizado 115.400,00 34,5% 122.700,00 30,5%
 Máquinas 135.000,00 40,4% 158.000,00 39,3%
 ( - ) Depreciação Acumulada (19.600,00) -5,9% (35.300,00) -8,8%
Intangível 30.000,00 9,0% 22.000,00 5,5%
 Marcas e Patentes 30.000,00 9,0% 22.000,00 5,5%
Total do Ativo 334.400,00 100,0% 402.200,00 100,0% 
 Podem-se extrair como exemplo, algumas conclusões dos percentuais apurados na análise 
vertical: 
Verifica-se que o ativo circulante aumentou sua representatividade sobre o total do ativo de 46,2% 
em 2010 para 51,7% em 2011, principalmente pelo aumento da conta de duplicatas a receber – clientes, que 
em 2010 representava 20,1% sobre o ativo passou para 24,4% em 2011. 
 
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Análise Vertical do Passivo do Balanço Patrimonial da Cia. Exemplo. 
PASSIVO 2010 AV 2011 AV
Passivo Circulante 90.800,00 27,2% 110.000,00 27,3%
 Fornecedores 42.100,00 12,6% 56.300,00 14,0%
 Impostos e Contribuições 12.300,00 3,7% 22.000,00 5,5%
 Impostos e Taxas 2.400,00 0,7% 6.500,00 1,6%
 Provisão para CSLL 2.700,00 0,8% 4.000,00 1,0%
 Provisão para Imposto de Renda 7.200,00 2,2% 11.500,00 2,9%
Salários e Encargos 10.200,00 3,1% 14.500,00 3,6%
Empréstimos e Financiamentos 25.000,00 7,5% 15.000,00 3,7%
Dividendos a Pagar 1.200,00 0,4% 2.200,00 0,5%
Passivo não Circulante 37.000,00 11,1% 20.400,00 5,1%
Exigivel a Longo Prazo 37.000,00 11,1% 20.400,00 5,1%
Empréstimos e Financiamentos 37.000,00 11,1% 20.400,00 5,1%
Patrimônio Líquido 206.600,00 61,8% 271.800,00 67,6%
Capital Social Realizado 163.100,00 48,8% 166.700,00 41,4%
Reservas 43.500,00 13,0% 105.100,00 26,1%
 Reservas de Capital - - 
 Reservas de Lucros 43.500,00 13,0% 105.100,00 26,1%
Ações em Tesouraria - 0,0% - 0,0%
Prejuízos Acumulados - 0,0% - 0,0%
Total do Passivo 334.400,00 100,0% 402.200,00 100,0%
 
• Análise Vertical da DRE: 
A conta Empréstimos e Financiamentos reduziu sua participação no total do passivo de 11,1% em 
2010 para 5,1% em 2011, demonstrando que o endividamento no longo prazo caiu em relação ao total das 
obrigações. 
Para o cálculo do percentual da participação relativo das contas ou grupo de contas da Demonstração 
de Resultado e feito dividindo-se cada conta ou grupo de conta pelo valor da Receita Liquida. 
 
 
Análise Vertical da Demonstração do Resultado do Exercício da Cia. Exemplo. 
 
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 R$ AV R$ AV 
Receitas Operacionais Líquidas 597.200,00 100% 664.300,00 100%
( - ) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) / Serviços Prestados (CSP) (333.040,00) 55,8% (362.000,00) 54,5%
( = ) Lucro Bruto / Resultado Bruto 264.160,00 44,2% 302.300,00 45,5%
( - ) Despesas Operacionais (208.544,00) 34,9% (244.200,00) 36,8%
 Despesas com Vendas (11.400,00) 1,9% (12.000,00) 1,8%
 Despesas Financeiras (deduzidas as receitas financeiras) (33.760,00) 5,7% (42.200,00) 6,4%
 Despesas Administrativas (148.155,00) 24,8% (174.300,00) 26,2%
 Despesa com Depreciação (15.229,00) 2,6% (15.700,00) 2,4%
( + / - ) Outras Receitas e Despesas Operacionais 17.200,00 2,9% 20.000,00 3,0%
 ( + ) Receitas
( = ) Resultado Operacional Antes do Imposto de Renda e CSL (Lucro ou Prejuízo) (135.728,00) 22,7% (166.100,00) 25,0%
( - ) Provisão para Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) (10.580,00) 1,8% (11.500,00) 1,7%
( - ) Provisão para Contribuição Social s/ Lucro Líquido (CSLL) (3.720,00) 0,6% (4.000,00) 0,6%
( = ) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (Lucro ou Prejuízo) 58.516,00 9,8% 62.600,00 9,4%
 
• Exemplo de Conclusão das Análises: 
Constata-se que a margem de lucro de 9,8% em 2010 caiu para 9,4% em 2011, apesar da redução da 
representatividade do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) de 55,8% em 2010 para 54,5% em 2011, isto 
se deve principalmente ao aumento das despesas administrativas que aumentaram de 24,8% de 2010 para a 
representatividade da receita liquida de 26,2%em 2011. 
2.3 – Análise horizontal 
 A análise horizontal consiste em se verificar a evolução dos elementos do Balanço 
Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício durante um determinado período. Esta verificação 
se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, evidencia a evolução da conta ou do grupo de 
conta por períodos. 
 A relação existente entre o valor de uma conta contábil (ou grupo de contas) em 
determinada data e seu valor obtido na data-base (ou ano-base), chamamos de Número-índice. 
 
 Número-índice=___Valor ano seguinte ___ x 100 
 Valor ano-base 
 
• Aplicação da Técnica de Análise Horizontal 
 
 
Análise Horizontal do Ativo da Cia. Exemplo. 
 
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ATIVO 2010 AH 2011 AH
Ativo Circulante 154.500,00 100% 208.000,00 134,6%
Disponibilidades 35.000,00 100% 54.000,00 154,3%
 Caixa e Bancos 2.700,00 100% 1.200,00 44,4%
 Aplicações Financeiras 32.300,00 100% 52.800,00 163,5%
Duplicatas a Receber - Clientes 67.200,00 100% 98.000,00 145,8%
Tributos e Contribuições a Recuperar - 100% - 0,0%
Estoques 47.300,00 100% 44.000,00 93,0%
Despesas Antecipadas 5.000,00 100% 12.000,00 240,0%
Ativo não Circulante 179.900,00 100% 194.200,00 107,9%
Realizavel a Longo Prazo 3.500,00 100% 13.500,00 385,7%
 Contas a Receber 3.500,00 100% 7.000,00 200,0%
Investimentos 31.000,00 100% 36.000,00 116,1%
 Participações Societárias 31.000,00 100% 36.000,00 116,1%
Imobilizado 115.400,00 100% 122.700,00 106,3%
 Máquinas 135.000,00 100% 158.000,00 117,0%
 ( - ) Depreciação Acumulada (19.600,00) 100% (35.300,00) 180,1%
Intangível 30.000,00 100% 22.000,00 73,3%
 Marcas e Patentes 30.000,00 100% 22.000,00 73,3%
Total do Ativo 334.400,00 100% 402.200,00 120,3% 
Podem-se extrair como exemplo, algumas conclusões dos percentuais apurados na análisehorizontal: 
Pela análise acima, podemos verificar que o ativo cresceu de 2010 para 2011 (120,3 - 100) 20,3%, 
isto se deve em parte ao crescimento da conta aplicações financeiras que cresceu em (163,5 – 100) 63,5% de 
2010 para 2011. 
Análise Horizontal do Passivo da Cia. Exemplo. 
 
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PASSIVO 2010 AH 2011 AH
Passivo Circulante 90.800,00 100% 110.000,00 121,1%
 Fornecedores 42.100,00 100% 56.300,00 133,7%
 Impostos e Contribuições 12.300,00 100% 22.000,00 178,9%
 Impostos e Taxas 2.400,00 100% 6.500,00 270,8%
 Provisão para CSLL 2.700,00 100% 4.000,00 148,1%
 Provisão para Imposto de Renda 7.200,00 100% 11.500,00 159,7%
Salários e Encargos 10.200,00 100% 14.500,00 142,2%
Empréstimos e Financiamentos 25.000,00 100% 15.000,00 60,0%
Dividendos a Pagar 1.200,00 100% 2.200,00 183,3%
Passivo não Circulante 37.000,00 100% 20.400,00 55,1%
Exigivel a Longo Prazo 37.000,00 100% 20.400,00 55,1%
Empréstimos e Financiamentos 37.000,00 100% 20.400,00 55,1%
Patrimônio Líquido 206.600,00 100% 271.800,00 131,6%
Capital Social Realizado 163.100,00 100% 166.700,00 102,2%
Reservas 43.500,00 100% 105.100,00 241,6%
 Reservas de Capital - 100% - 
 Reservas de Lucros 43.500,00 100% 105.100,00 241,6%
Ações em Tesouraria - 100% - 0,0%
Prejuízos Acumulados - 100% - 0,0%
Total do Passivo 334.400,00 100% 402.200,00 120,3% 
Na Análise acima, podemos verificamos que o passivo circulante aumento em (121,1 – 100,0) 21,1% 
de 2010 para 2011, o que contribui em parte foi o aumento da conta de impostos e contribuições (178,9 – 
100,0) 78,9% de 2010 para 2011. 
Análise Horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício da Cia. Exemplo. 
 R$ AH R$ AH 
Receitas Operacionais Líquidas 597.200,00 100% 664.300,00 111,2%
( - ) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) / Serviços Prestados (CSP) (333.040,00) 100% (362.000,00) 108,7%
( = ) Lucro Bruto / Resultado Bruto 264.160,00 100% 302.300,00 114,4%
( - ) Despesas Operacionais (208.544,00) 100% (244.200,00) 117,1%
 Despesas com Vendas (11.400,00) 100% (12.000,00) 105,3%
 Despesas Financeiras (deduzidas as receitas financeiras) (33.760,00) 100% (42.200,00) 125,0%
 Despesas Administrativas (148.155,00) 100% (174.300,00) 117,6%
 Despesa com Depreciação (15.229,00) 100% (15.700,00) 103,1%
( + / - ) Outras Receitas e Despesas Operacionais 17.200,00 100% 20.000,00 116,3%
 ( + ) Receitas
( = ) Resultado Operacional Antes do Imposto de Renda e CSL (Lucro ou Prejuízo) (135.728,00) 100% (166.100,00) 122,4%
( - ) Provisão para Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) (10.580,00) 100% (11.500,00) 108,7%
( - ) Provisão para Contribuição Social s/ Lucro Líquido (CSLL) (3.720,00) 100% (4.000,00) 107,5%
( = ) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (Lucro ou Prejuízo) 58.516,00 100% 62.600,00 107,0% 
 
 
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Na Análise acima, constatamos que apesar do aumento da receita liquida de (111,2 – 100,0) 11,2% 
de 2010 para 2011, o resultado somente aumento (107,0 – 100,0) 7% no mesmo período, isto se deve ao fato 
das despesas operacionais aumentarem (117,1 – 100,0) 17,1%. 
2.4 – Resumo 
Recomenda-se sempre a utilização em conjunto das duas analises (vertical e horizontal), pois 
ambas se completam, podemos estar analisando uma conta ou grupo de conta através da analise horizontal 
aumento expressivamente de um ano para outro, mas não tem uma grande representatividade. 
 Exemplo: 
A conta “despesas antecipadas” analisando através das analise horizontal aumentou em 140,0% do 
ano de 2008 para o ano de 2009, mas em compensação esta mesma conta representa na analise vertical no 
ano de 2009 somente 3,0% do ativo, mostrando ser um item de pouca importância dentro do contexto. 
A análise vertical e analise horizontal completam as analises feita através dos índices financeiros 
(cap. 4), pois as mesmas fornecem uma visão mais detalhada das contas ou grupo de contas, facilitando na 
identificação de pontos frágeis, enquanto os índices financeiros fornecem dados genéricos sobre a empresa. 
Outro ponto forte, principalmente da analise vertical é quando analisamos a Demonstração de 
Resultado, pois como todas as despesas têm como referencia a receita da empresa, fica bem transparente a 
relação despesas/Receita, ajudando no controle de gastos. 
 
 
3 – TECNICAS DE ANÁLISES POR INDICES 
3.1 – INTRODUÇÃO 
 Este capítulo dedica-se a mensuração e interpretação dos principais índices financeiros e 
econômicos utilizados para analisar as demonstrações financeiras elaboradas pelas empresas. Será 
demonstrada a função de cada um deles, como calculá-los através de fórmulas, bem como a interpretação dos 
resultados obtidos para um preciso mapeamento da “saúde” financeira e econômica da empresa. 
3.2 – Legislação 
Não existe em especial uma legislação para definir a utilização e as formas de apurar os 
indicadores. O que existe são metodologias conhecidas, amplamente estudas e aprovadas pelo mercado 
financeiro mundial. 
3.3 – Função dos Índices Financeiros 
 Os índices financeiros envolvem métodos de cálculos que consiste em relacionar contas ou 
grupo de contas para analisar e monitorar o desempenho econômico-financeiro de uma empresa. 
 Os índices financeiros se constituem como o primeiro passo para uma analise financeira da 
empresa, destinam-se a mostrar as relações entre as contas das demonstrações financeiras, sua principal 
característica e apresentar uma ampla visão da situação econômico-financeira da empresa. 
 
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 Quando usamos os índices, estamos utilizando tipos de medidas para apurar a situação 
econômica e financeira da empresa, estas medidas nós fornecem parâmetros para que possamos analisar 
avaliar e elaborar um diagnostico preciso da situação que se encontra a empresa. 
 Devemos ter em mente que não adiante sair utilizando indiscriminadamente todos os 
índices, mas saber qual ou quais utilizar, uma boa analise não depende da quantidade de índices, mas da 
capacidade de saber escolher os necessários, saber identificar o objetivo da analise. 
 Para facilitar a utilização dos índices, vamos dividi-los em duas categorias, os que mostram 
a situação financeira e os que mostram a situação econômica. 
 
• Categorias dos índices. 
Situação financeira 
Estrutura de capital 
Liquidez 
Situação econômica Rentabilidade 
 
3.3 – FÓRMULA DOS ÍNDICES 
 O quadro abaixo está representando as fórmulas para a obtenção dos 11 (onze) principais 
índices utilizados para se obter dados necessários para a análise da situação financeira e econômica de uma 
empresa. 
Quadro Demonstrativo: Índice x Fórmula 
 Índice Fórmula 
 ESTRUTURA DE CAPITAL 
 Capitais de terceiros 
F Participação de Capitais de 
Terceiros 
---------------------------------- x 100 
I (Endividamento) Passivo Total 
N 
A Passivo CirculanteN Composição do Endividamento ---------------------------------- x 100 
C Capitais de terceiros 
E 
I Ativo Permanente 
R Imobilização do Patrimônio Liquido ---------------------------------- x 100 
O Patrimônio Liquido 
 
 Ativo Permanente 
 Imobilização dos Recursos Não 
Correntes 
------------------------------------------------------------ x 100 
 Patrimônio Liquido + Exigível a Longo Prazo 
 
 
 LIQUIDEZ 
 
 
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F Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo 
I Liquidez Geral ------------------------------------------------------------- 
N Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 
A 
N Ativo Circulante 
C Liquidez Corrente --------------------------------- 
E Passivo Circulante 
I 
R Ativo Circulante - estoques 
O Liquidez Seca ----------------------------------------------------------- 
 Passivo Circulante 
 
 
 RENTABILIDADE 
 
 Vendas Liquidas 
 Giro do Ativo --------------------------- 
E Ativo Total 
C 
O Lucro Liquido 
N Margem Liquida ----------------------------- x 100 
Ô Vendas Liquidas 
M 
I Lucro Liquido 
C Rentabilidade do Ativo ----------------------------- x 100 
O Ativo 
 
 Lucro Liquido 
 Rentabilidade do Patrimônio 
Liquido 
------------------------------------ x 100 
 Patrimônio Liquido Médio 
 
 
3.5 – USANDO OS ÍNDICES FINANCEIROS 
• Estrutura de Capital 
O 1º grupo de índices analisa a estrutura de capital, estes índices são calculados relacionando-se as 
origens de capitais (fonte de recursos) entre si e com o Ativo Permanente. O resultado obtido demonstra o 
grau de dependência da empresa com capital de terceiros e o grau de imobilização. 
Neste grupo de índices, como ele mostra a participação de capital de terceiro e a imobilização deste 
capital e do capital próprio, o resultado obtido com esses índices é quanto menor melhor, pois indica menos 
capital de terceiro e uma menor imobilização destes capitais. 
 O Capital de terceiro pode ser obtido no balanço patrimonial através da seguinte formula: 
 
 
• Participação de Capitais de Terceiros (endividamento) 
Capital de terceiro = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo 
 
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Fórmula: 
 
 Este índice mostra qual a participação de capital de terceiros no total dos recursos obtidos 
para o financiamento do ativo, isto é, indica o quanto o capital de terceiros está financiando o ativo da 
empresa, quanto menor melhor. 
Exemplo: 
Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 3. 
 
 
 
 
 
 Índice 2010: 127.800,00 
 ---------------- X 100 = 38,22% 
 334.400,00 
 
 Índice 2011: 130.400,00 
 ---------------- X 100 = 32,42% 
 402.200,00 
 
Estes índices mostram que em 2010 o capital de terceiros representou 38,22% do total dos recursos 
investidos na empresa, e em 2011 este percentual caiu para 32,42% do total dos recursos. 
Este índice faz uma analise estritamente do ponto de vista financeiro (dinheiro), mostrando o grau 
de dependência da empresa com capitais de terceiros, do ponto de vista econômico (lucro), pode ser vantajoso 
para a empresa utilizar do capital de terceiros, se os juros pagos por este capital forem menores do que os 
recebidos pelas aplicações financeiras. 
 
• Composição do endividamento 
 
Fórmula: 
 
Este índice, mostra do total de capital de terceiros qual é o percentual das dividas de curto prazo, 
que estão representadas pelo passivo circulante, em outras palavras, do total que a empresa tomou de capital 
de terceiros, qual o percentual de dividas que vencem em curto prazo, quanto menor melhor. 
 Capital de terceiros 
 ---------------------------- x 100 
 Passivo Total 
 2010 2011 
Capitais de Terceiros 127.800,00 130.400,00 
Passivo Circulante 90.800,00 110.000,00 
Exigível a longo prazo 37.000,00 20.400,00 
 
Passivo Total 334.400,00 402.200,00 
 Passivo Circulante 
 -------------------------- x 
100 
 Capitais de terceiros 
 
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 Exemplo: 
 Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 3. 
 
 
 
 
 Índice 2010: 90.800,00 
 ---------------- X 100 = 71,05% 
 127.800,00 
 
 Índice 2011: 110.000,00 
 ---------------- X 100 = 84,36% 
 130.400,00 
Estes índices demonstram que dos valores de capitais de terceiros que a empresa havia tomado em 
2010, a divida de curto prazo representava 71,05%, e no ano de 2011, este percentual subiu para 84,36%, 
mostram que houve uma maior concentração da divida no curto prazo. 
Quando este índice está elevado, dependendo do tipo de divida do curto prazo, poderá deixar e 
empresa em sinal de alerta, para que a mesma verifique se terá condições de honrar tais dividas no prazo 
acordado. 
 
• Imobilização do Patrimônio Líquido 
 
Fórmula: 
 
 Este índice mostra qual o percentual de comprometimento do capital próprio no ativo 
permanente. O capital próprio corresponde o valor que o acionista investiu na empresa, valor este 
representado pelo Patrimônio Líquido, este indicador quanto menor melhor. 
 Exemplo: 
 Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 3. 
 
 
 
 Índice 2010: 176.400,00 
 ---------------- X 100 = 85,38% 
 206.600,00 
 
 2010 2011 
Capitais de Terceiros 127.800,00 130.400,00 
Passivo Circulante 90.800,00 110.000,00 
Exigível a longo prazo 37.000,00 20.400,00 
 Ativo Permanente 
-------------------------- x 100 
 Patrimônio Líquido 
 2010 2011 
Ativo Permanente 176.400,00 180.700,00 
Patrimônio Liquido 206.600,00 271.800,00 
 
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 Índice 2011: 180.700,00 
 ---------------- X 100 = 66,48% 
 271.800,00 
Estes índices demonstram que em 2010 a empresa havia investido 85,38% do Patrimônio Líquido 
no Ativo Permanente, ficando pouco mais de 14% investido no Ativo Circulante, já no ano de 2011, este 
percentual caiu para 66,48%, mostrando uma mudança na política da empresa. 
Quando a empresa direciona uma grande parte dos recursos do Patrimônio Líquido para o Ativo 
Permanente em detrimento do Ativo Circulante, a conseqüência é a necessidade de Capital de Terceiros para 
financiar o Ativo Circulante, que compreende as operações de compra e venda da empresa. O recomendável 
seria estes valores estarem balanceados, evitando que a empresa corra em bancos para o financiamento o 
Ativo Circulante. 
• Imobilização dos Recursos Não Correntes 
 
 Fórmula: 
 
 
 
 
 
 
Este índice mostra a utilização de recursos não correntes na aquisição de ativo permanente, 
recursos não correntes são recursos de longos prazos, quer através do CapitalPróprio (Patrimônio Líquido), 
quer através do Capital de Terceiros (Exigível a Longo Prazo), este índice quanto menor melhor. 
 Recursos correntes são as contas do ativo circulante e passivo circulante, são recursos 
utilizados no dia a dia da empresa, já os recursos não correntes fazem parte das contas de longo prazo 
(Realizável a Longo Prazo, Ativo Permanente, Exigível a Longo Prazo e Patrimônio Liquido). 
Exemplo: 
 Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 3. 
 
Índice 2010: 176.400,00 
 -------------------------------- X 100 = 72,41% 
 37.000,00 + 206.600,00 
 
Índice 2011: 180.700,00 
 -------------------------------- X 100 = 61,84% 
 20.400,00 + 271.800,00 
 
 
 Ativo Permanente 
 ----------------------------------------------------------- x 100 
 Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo 
 2010 2011 
 
Ativo Permanente 176.400,00 180.700,00 
Exigível a Longo Prazo 37.000,00 20.400,00 
Patrimônio Liquido 206.600,00 271.800,00 
 
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 O cálculo destes índices, mostram quem em 2010 a empresa utiliza 72,41% dos recursos não 
correntes no financiamento do Ativo Permanente, este percentual caiu para 61,84% em 2011, demonstrando 
que a empresa optou em direcionar menos destes recursos para o Ativo Permanente e uma maior parcela para 
o Ativo Circulante. 
 Os bens que compõem o Ativo Permanente tem vida útil longa, pode seu um computador 
com 2 anos de vida útil ou um prédio 25 anos, assim este índice informa se a empresa está financiando o 
Ativo Permanente com recursos de longo prazo, compatíveis com a duração do imobilizado ou prazo 
suficiente para que a empresa tenha capacidade de através dos lucros de suas operações gerar recursos para 
liquidar estes financiamentos. 
 Em regra, este índice não deve ser maior que 100%, ocorrendo isto, a empresa está 
financiamento o Ativo Permanente também com capital de terceiro de curto prazo, neste caso com o Passivo 
Circulante, quando isto ocorre, a empresa esta em desequilíbrio entre o prazo de financiamento e o prazo 
necessário para a geração de recursos para o pagamento do financiamento, existindo assim, grande 
possibilidade da empresa ter problema futuro com saldo de caixa se não conseguir compatibilizar a geração de 
recursos com o desembolso. 
 
• Liquidez 
 Os índices de liquidez mostram a condição financeira da empresa, no curto (liquidez Seca), 
médio (Liquidez Corrente) e longo prazo (liquidez Geral), não devemos confundir com capacidade de 
pagamento, pois estes índices somente indicam a solidez da situação financeira da empresa, sem levar em 
considerações variáveis que também influenciam nos pagamentos das dividas, tais como prazo, renovação da 
divida, recebimentos e etc. 
 Estes índices são vistos como bons indicadores de problemas de fluxo de caixa, sinalizando 
a administração da empresa sobre possíveis pressões de falta de caixa. 
 
� Liquidez Seca 
 Fórmula: 
 
 A Liquidez Seca, leva em consideração todas as contas que podem ser convertidas em 
dinheiro com relativa facilidade antes do prazo normal, se for necessário, mesmo que isto tenha um custo 
financeiro. 
Exemplo: Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 2. 
 
 
 
 
 
 Ativo Circulante – estoques 
 ------------------------------------- 
 Passivo Circulante 
 2010 2011 
 
Ativo Circulante 154.500,00 208.000,00 
Estoques 47.300,00 44.000,00 
Passivo Circulante 90.800,00 110.000,00 
 
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Índice 2010: 154.500,00 – 47.300,00 
 --------------------------------- = 1,18 
 90.800,00 
 
 Índice 2011: 208.000,00 – 44.000,00 
 --------------------------------- = 1,49 
 110.000,00 
 
 A empresa em 2010 tinha de recursos no curto prazo no valor de R$ 1,18 para cada R$ 1,00 
de divida, consegui pagar todas as suas dividas somente com os recursos de rápida conversibilidade, em 2011 
houve uma considerável melhora no índice, mostrando independente de padrões aceitáveis, houve uma boa 
gestão de caixa, este indicador quanto maior melhor. 
 Tirar do cálculo de liquidez o valor de estoque elimina algumas variáveis que podem 
comprometer analise, que são os itens obsoletos e de baixa rotativa. Não é o caso da Liquidez Corrente que 
embute o estoque no cálculo. 
• Liquidez Corrente. 
 Fórmula: 
 
 Este índice e considerado por muitos autores como o melhor indicador da capacidade e 
pagamento da empresa, pois indica a capacidade de satisfazer suas obrigações no médio prazo de vencimento. 
 Exemplo: Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 3. 
 2010 2011 
 
Ativo Circulante 154.500,00 208.000,00 
Passivo Circulante 90.800,00 110.000,00 
 
Índice 2010: 154.500,00 
 ---------------- = 1,70 
 90.800,00 
 
 Índice 2011: 208.000,00 
 ---------------- = 1,89 
 110.000,00 
 
 No resultado apresentando no índice de Liquidez Corrente, podemos analisar que em 2010 a 
empresa possuía R$ 1,70 de recursos para cada R$ 1,00 de dívida, ocorrendo uma melhora no indicador em 
2011, subindo para R$ 1,89 de recursos para cada R$ 1,00 de dívida, mostrando que a empresa melhorou sua 
gestão de caixa, este indicador quanto maior melhor. 
 Aceitar o índice como bom, depende muito do setor em que a empresa opera um índice de 
liquidez em uma empresa de presta serviços de utilidade publica é aceitável um índice baixo, mas já em uma 
fabrica não seria aceitável, por que o fluxo de caixa da empresa de serviços de utilizada publica e mais 
 Ativo Circulante 
 ------------------------------- 
 Passivo Circulante 
 
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previsível, sofre menos impacto da econômica do que uma fabrica. Quanto mais previsíveis forem os fluxos 
de caixa de uma empresa, menor será o índice de liquidez de curto prazo. 
 Quanto mais alto for o índice, mais folga a empresa possuirá para gerenciar o fluxo de caixa, 
podendo com esta folga equilibrar as entradas e saídas, dando maior segurança e fortalecendo a situação 
financeira. 
 
• Liquidez Geral 
O índice de Liquidez Geral indica a capacidade de pagamento dos financiamentos e dívidas no 
longo prazo, o resultado apurado significa quanto á empresa tem de bens e direitos para cada R$ 1,00 (um 
real) de dívida. Este indicador quanto maior melhor. 
 
 Fórmula: 
 
Exemplo: Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 3. 
Índice 2010: 154.500,00 + 3.500,00 
 ------------------------------- = 1,24 
 90.800,00 + 37.000,00 
 
Índice 2011: 208.000,00 + 13.500,00 
 --------------------------------- = 1,70 
 110.000,00 + 20.400,00 
 
Nos Índices apresentados podemos interpretar que em 2010 a empresa possuía para cada R$ 1,00 
de divida R$ 1,24 de recursos disponíveis para pagamento no curto e longo prazo, já em 2011 a empresa 
aumentou sua Liquidez Geral, tendo para cada R$ 1,00 de divida R$ 1,70 derecursos disponíveis. 
Mas este índice não é válido para o curto prazo, pois o seu principal problema é que os diversos 
valores correntes de diferentes datas se misturam, limitando a analise do curto prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo 
----------------------------------------------------------------- 
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 
 2010 2011 
 
Ativo Circulante 154.500,00 208.000,00 
Realizável a Longo Prazo 3.500,00 13.500,00 
 
Passivo Circulante 90.800,00 110.000,00 
Exigível a Longo Prazo 37.000,00 20.400,00 
 
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• Rentabilidade 
 Neste grupo de indicadores são apresentadas as formas de cálculos da rentabilidade dos 
capitais que foram investidos na empresa. São indicadores importantes, pois evidencia os resultados 
empresariais: sucesso ou insucesso. 
 Estes índices de rentabilidade são calculados com base na receita liquida, mas pode-se 
também, quando for o caso, calculá-los sobre a receita bruta deduzida as devoluções de vendas e os 
abatimentos. 
• Giro do Ativo 
 Fórmula: 
 
 O ativo total é considerado o total do investimento da empresa, este indicador mede a 
eficiência com a qual a empresa usa seus ativos para gerar vendas, quantas vezes o ativo total se renovou 
pelas vendas, indica se a empresa está gerando um volume suficiente de atividade, tendo em vista seu 
investimento total do ativo. 
Exemplo: Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 3. 
 
 
 
 
Índice 2010: 597.200,00 
 ---------------- = 1,79 
 334.400,00 
 
Índice 2011: 664.300,00 
 ----------------- = 1,65 
 402.200,00 
 
Pelo cálculo acima, podemos verificar que no ano de 2010, a volume de vendas renovou 1,79 vezes 
o ativo total no ano, já no ano de 2011 este índice caiu para 1,65 vezes à renovação, evidenciando que o 
desempenho da empresa não manteve o mesmo nível. 
Isto pode ter ocorrido por alguns fatores tais como: a retração do mercado, concorrência ou 
estratégia da empresa, este indicador quando maior o resultado obtido, melhor, mais eficientemente seus 
ativos tem sido usado. 
 
� Margem Liquida 
Este índice demonstra quanto à empresa obteve de lucro liquido e relação à receita líquida, indica 
também, a capacidade da empresa em gerar lucro. 
Vendas Líquidas 
---------------------------- 
Ativo Total 
 2010 2011 
 
Vendas Líquidas 597.200,00 664.300,00 
Ativo Total 334.400,00 402.200,00 
 
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Fórmula: 
 
Exemplo: Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 3. 
 2010 2011 
 
Vendas Líquidas 597.200,00 664.300,00 
Lucro Líquido 62.600,00 59.516,00 
 
Índice 2010: 62.600,00 
 ----------------- x 100 = 10,48% 
 597.200,00 
 
 Índice 2011: 59.516,00 
 ----------------- x 100 = 8,96% 
 664.300,00 
 
O índice mostra que, em 2010, depois de descontados todos os custos e despesas, sobraram 10,48% 
das vendas liquidas da empresa, já em 2011, este índice reduziu para 8,95%. Este indicador sinaliza que a 
empresa tem que rever sua estratégia de lucro, verificar a causa da redução e corrigir o que for necessário. 
Neste indicador quanto maior o resultado, melhor. 
� Rentabilidade do Ativo. 
 Este índice demonstra o quanto à empresa conseguiu rentabilizar o seu ativo, qual foi o 
lucro liquido em relação ao ativo total, é um indicador de desempenho que indica quanto à empresa foi 
rentável em relação ao total dos seus recursos (Ativo). 
Fórmula: 
 
 
 
 
Exemplo: Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 2. 
 
 2010 2011 
 
Ativo 334.400,00 402.200,00 
Lucro Líquido 62.600,00 59.516,00 
 
Índice 2010: 62.600,00 
 ---------------- x 100 = 18,72% 
 334.400,00 
 
 Índice 2011: 59.516,00 
 ---------------- x 100 = 14,80% 
Lucro Liquido 
-------------------------- x 100 
Vendas Liquidas 
 Lucro líquido 
----------------------- x 100 
 Ativo 
 
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 402.200,00 
Pode-se verificar que em 2010 a rentabilidade do ativo ficou em 18,72%, ocorrendo redução em 
2011 para 14,80%, demonstrando que a empresa não foi eficiente em rentabilizar seus recursos, não 
conseguiu gerar vendas nem lucro suficiente para tal. Neste indicador quanto maior o resultado, melhor. 
� Rentabilidade do Patrimônio Líquido. 
Fórmula: 
 
Este índice mostra a rentabilidade do capital aplicado na empresa pelos sócios (acionistas), qual a 
taxa de rendimento do Capital Próprio. 
Neste indicador verifica-se a rentabilidade do capital, não é a mesma coisa que lucratividade, pois a 
rentabilidade é quanto o capital esta sendo remunerado pelo lucro, quanto está se ganhando sobre ele, já a 
lucratividade é quanto à empresa está tendo de lucro sobre suas operações de venda. 
Exemplo: Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 2. 
 
 
 
 
Porque a utilização do Patrimônio Líquido Médio na fórmula? 
Pelos conceitos da matemática financeira, uma renda (neste caso o lucro liquido) deve ser dividido 
pelo Capital Inicial (Patrimônio Líquido do inicio do ano), mas como o Patrimônio Líquido sofre 
modificações no decorrer do ano em função de pagamentos de dividendos ou de alterações no valor do 
Capital Social, foi convencionado a utilização do Patrimônio Líquido Média, que é a somatória do 
Patrimônio Líquido inicial com a Patrimônio Líquido final, o resultado divide-se por 2, ou seja: 
 
PLM = PL 2010 + PL 2011 
2 
 
 Índice 2011: 59.516,00 
 -------------------------------------- x 100 
 (206.600,00 + 271.800,00) / 2 
 
 
 59.516,00 
 ---------------- x 100 = 24,88% 
 239.200,00 
O percentual apurado indica que a empresa rentabilizou o capital do social em 24,88% no ano de 
2011, este percentual para deverá ser comprado com as taxas de outros rendimentos do mercado, como 
aplicações financeiras, caderneta de poupança, ações entre outros. Com esta comparação os acionistas 
poderão avaliar se a empresa oferece melhor rentabilidade e tomar a decisão da continuidade do investimento. 
Neste indicador quanto maior o resultado, melhor. 
Lucro Liquido 
------------------------------------- x 100 
Patrimônio Liquido Médio 
 2010 2011 
 
Patrimônio Liquido 206.600,00 271.800,00 
Lucro Líquido 62.600,00 59.516,00 
 
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3.6 – ÍNDICES DE DEPENDENCIA BANCÁRIA. 
Neste grupo de índices, vamos analisar o nível de dependência bancária da empresa, qual ao grau 
de participação das instituições de créditos nos recursos investidos. Com base nestes indicadores pode-se ter 
uma visão do risco financeiro da empresa. 
• Financiamento deAtivo 
Este indicador informa qual a participação das instituições de créditos no total dos investimentos, 
qual o percentual dos recursos da empresa está sendo financiamento pelos bancos ou financeiras, estes 
empréstimos e financiamentos são de curto e longo prazo (Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo). 
 Fórmula: 
 
 
Exemplo: Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 3. 
 2010 2011 
 
Empréstimos e financiamentos 62.000,00 35.400,00 
Passivo Circulante 25.000,00 15.000,00 
Exigível a Longo Prazo 37.000,00 20.400,00 
 
Ativo Total 334.400,00 402.200,00 
 
Índice 2010: 62.000,00 
 ---------------- x 100 = 18,54% 
 334.400,00 
 
 Índice 2011: 35.400,00 
 ----------------- x 100 = 8,80% 
 402.200,00 
 
Os índices mostram que em 2010 as participações das instituições de créditos representavam do 
total de investimentos de 18,54%, houve uma sensível redução em 2011 para 8,80%. Isto indica que houve 
um aumento da participação de capital próprio dos sócios ou de terceiros, como fornecedores, impostos e 
outros. 
• Participação de instituições de créditos no endividamento. 
Este indicador mostra o percentual de participação das instituições de credito no total de recursos 
tomados junto a terceiros, quanto menor melhor, pois indica que a empresa está utilizando mais recursos 
operacionais (salários, fornecedores, impostos e etc), do que bancos para financiar suas operações. 
 
Empréstimos e Financiamentos 
-------------------------------------------- x 100 
Ativo Total 
 
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Fórmula: 
 
 
 
 
Exemplo: Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 3. 
 
 2010 2011 
 
Empréstimos e financiamentos 62.000,00 35.400,00 
Passivo Circulante 25.000,00 15.000,00 
Exigível a Longo Prazo 37.000,00 20.400,00 
 
Capital de terceiros 127.800,00 130.400,00 
Passivo Circulante 90.800,00 110.000,00 
Exigível a Longo Prazo 37.000,00 20.400,00 
 
Índice 2010: 62.000,00 
 -------------- x 100 = 48,51% 
 127.800,00 
 
 Índice 2011: 35.400,00 
 -------------- x 100 = 27,15% 
 130.400,00 
Através dos resultados apresentados, podemos verificar que no ano de 2010 os financiamentos 
representavam 48,51% do capital de terceiros investidos na empresa, reduzindo para 27,15% em 2011. Isto 
mostra que os recursos recebidos pela empresa, a menor parte originou-se de instituições financeiras. 
• Financiamento do Ativo Circulante por instituições financeiras. 
Fórmula: 
 
Indica quanto os financiamentos de curto prazo representam se comparados aos recursos correntes 
da empresa (Ativo Circulante). A empresa pode ter considerável valor no Ativo Circulante, mas em 
contrapartida os financiamentos de curto prazo (Passivo Circulante) correspondem a uma grande parcela 
destes recursos. 
Exemplo: Consideramos o balanço da Cia. Exemplo, apresentado no capitulo 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Financiamento 
 ------------------------------------------------ 
x 100 
Capitais de Terceiros 
Financiamento a curto prazo 
-------------------------------------- x 100 
Ativo Circulante 
 2010 2011 
 
Financiamentos de curto prazo 25.000,00 15.000,00 
Ativo Circulante 154.500,00 208.000,00 
 
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Índice 2010: 25.000,00 
 ---------------- x 100 = 16,18% 
 154.500,00 
 
 Índice 2011: 15.000,00 
 ----------------- x 100 = 7,21% 
 208.000,00 
Em 2010, os financiamentos de curto prazo (Passivo Circulante) representavam 16,18% dos 
recursos disponíveis no Ativo Circulante da empresa, em 2011 esta relação caiu para 7,21%. Mostrando que 
as atividades da empresa estão sendo financiadas na sua grande parte por recursos provenientes das contas 
operacionais (Fornecedores, Salários, Impostos e etc.), e não dos bancos. 
• Duplicatas Descontadas 
Fórmula: 
 
 
Este indicador demonstra: do total de duplicatas a receber, quanto foi utilizado em desconto, que 
em outras palavras, este desconto é considerado um financiamento bancário, pois a empresa está antecipando 
recebimento através de empréstimo bancário, do qual as duplicatas é a garantia oferecida ao Banco. 
Quando este percentual está muito elevado, este passa a ser um fator muito preocupante, afinal a 
empresa esta sendo obrigada a resgatar antecipadamente todas as suas vendas a prazo. 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
Índice 2010: 120.000.00 
 ---------------- x 100 = 96,0% 
 125.000,00 
 
 Índice 2011: 70.000,00 
 --------------- x 100 = 48,28% 
 145.000,00 
 
Em 2010 a volume de duplicatas descontadas representada 96,0% do faturamento da empresa, 
tendo ocorrido grande queda em 2011 para 48,28%, mostrando que a empresa não está comprometendo seu 
recebíveis, isto é, pode receber as duplicatas no prazo negociado com o cliente, não necessitando antecipa-las 
com banco. 
 
Duplicatas Descontadas 
----------------------------------- x 100 
Duplicatas a Receber 
 2010 2011 
 
Duplicatas a receber 125.000,00 145.000,00 
Duplicatas descontadas 120.000,00 70.000,00 
 
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4. DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS 
A demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados visa apresentar os elementos que 
provocaram modificação para mais ou para menos no saldo da conta lucros ou prejuízos acumulados. Visa 
ainda demonstrar de que forma foi distribuído o resultado do exercício mais o saldo de exercícios anteriores e, 
em decorrência da qual a parcela que restou para a distribuição futura. 
 
• Estrutura: 
 
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS: 
 
 Saldo no início do exercício (da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados) 
(+-) Ajustes de Exercícios Anteriores 
(=) Saldo ajustado e corrigido 
( +) Reversões de Reservas 
(+-) Lucro ou prejuízo do exercício 
( - ) Destinações durante o exercicio 
 Transferências para Reservas 
 Dividendos distribuídos 
 Aumento do Capital Social 
( = ) Saldo a destinar 
( - ) Transferencias para Reservas 
( - ) Dividendos a Distribuir 
(=) Saldo no final do exercício 
 
A companhia poderá deixar de publicar a DLPA, se publicar a Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido, que a contém, já que os Lucros ou Prejuízos Acumulados fazem parte do grupo 
Patrimônio Líquido. 
 
5 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LIQUIDO 
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido tem a finalidade de demonstrar a posição 
inicial do Patrimônio Líquido, as variações aumentativas e/ou diminutivas no decorrer do período e a posição 
final deste mesmo Patrimônio Líquido. 
 
 
 
 
 
 
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6. Demonstração de Fluxo de Caixa 
• Estrutura 
A Demonstração dos Fluxos de Caixa difere das outras demonstrações contábeis, pois ela é por 
regime de caixa e as outras é por competência. 
A DFC pode ser feita de dois métodos: Direto e Indireto, porém em ambas temos que separar as 
atividades da empresa para a elaboração: 
 
A-) Atividades operacionais: neste item deve ser incluídas as atividades rotineiras da empresa e que figuram 
na DRE. Como exemplos podem citar: recebimento de vendas, comissões e royalties; pagamentos de 
fornecedores, impostos e tributos etc. 
B-) Atividades de investimentos: neste item são inclusas tudo que não está ligado diretamente a atividade 
operacional da empresa, porém as mesmas necessitam dela. Como exemplos podem citar: pagamento de 
 
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ativo imobilizado, recebimento pela alienação do ativo imobilizado, adiantamento de caixa, empréstimos 
concedidos a terceiros etc. 
C-) Atividades de financiamento: é toda atividade que altere o valor do patrimônio liquido da empresa e dos 
empréstimos da entidade. Como exemplos podem citar: pagamento de empréstimos, pagamento de 
arrendamento mercantil, caixa recebido pela emissão de ações, pagamento para investidores para resgatar 
ações e quotas etc. 
Serão estudados a seguir os dois métodos de elaboração e apresentação da DFC. 
• Método Direto 
Está baseado no regime de caixa, sou seja, procura apresentar todos os pagamentos e recebimentos 
ocorridos no período considerado, independente dos mesmos se referirem as operações apropriáveis aos 
resultados de períodos anteriores, atuais ou posteriores. É o método mais utilizado, por apresentar 
informações mais precisas sobre a efetiva movimentação de valores numerários. Neste método as entradas e 
saidas do caixa são evidenciadas a começar pelas vendas – por seus valores efetivamente recebidos – em vez 
do lucro liquido, como no método indireto. A partir deste momento, são considerados todos os recebimentos e 
pagamentos oriundos das operações ocorridas no período. 
1º passo: obter informações adicionais que será necessária na elaboração da DFC. Exemplo: 
- valor das compras; 
- caso haja aumento de capital, como foi feito; 
- outras informações que vão interferir na DFC. 
O 1º passo geralmente é feito inúmeras vezes na montagem da DFC, conforme vai ocorrendo sua 
montagem. 
 
2º passo: obter valores que será necessário na elaboração da DFC. O roteiro está abaixo: 
 
 
I-) Determinação do valor do Recebimento de Vendas 
 
Clientes ou Duplicatas a Receber (balanço inicial) 
(-) Provisão para Devedores Duvidosos (balanço inicial) 
(-) Perdas com Clientes (resultado do período) 
(+) Reversão de P.D.D. (resultado do período) 
(+) Provisão para Devedores Duvidosos (balanço final) 
(-) Despesa Devedores Duvidosos (resultado do período) 
(+) Recuperação de prejuízos anteriores (resultado do período) 
(+) Vendas do Período (resultado do período) 
(-) Clientes ou Duplicatas a Receber (balanço final) 
(-) Adiantamentos de Clientes (inicial) 
(+) Adiantamentos de Clientes (final) 
(=) Recebimento de Vendas 
 
II-)Determinação do valor dos pagamentos de Compras 
Fornecedores (balanço inicial) 
(+) Compras do Período 
(-) Fornecedores (balanço final) 
 
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(=) Pagamento de compras 
 
III-)Determinação do valor dos pagamentos de Despesas 
Despesas do Período (resultado do período) 
(-) Despesas que não afetam o disponível (depreciação, provisões em geral etc.) 
(-) Despesas Antecipadas (balanço inicial) 
(+) Despesas Antecipadas (balanço final) 
(+) Contas a Pagar (balanço inicial) 
(-) Contas a Pagar (balanço final) 
(=) Pagamentos de Despesas 
 
 
3º passo: estrutura a DFC conforme modelo abaixo: 
 
FLUXO DE CAIXA - Método Direto 
 
Companhia:................................................................................................................... 
Exercício findo em:......./......../.......... 
 
DESCRIÇÃO x1 x2 
FLUXOS DE CAIXA ORIGINADOS DE: 
1. ATIVIDADES OPERACIONAIS 
 Valores recebidos de clientes 
 (-) Valores pagos a fornecedores e empregados 
 (-) Imposto de renda e contribuição social pagos 
 (-) Pagamento de contingências 
 Recebimentos por reembolso de seguros 
 Recebimentos de lucros e dividendos de subsidiárias 
 Outros recebimentos (pagamentos) líquidos 
 Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades operacionais 
2. ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS 
 (-) Compras de Imobilizado 
 (-) Aquisição de ações / cotas 
 Recebimento por vendas de Ativos Não-Circulantes 
 Juros recebidos de contratos de mútuos 
 Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades de investimentos 
3. ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS 
 Integralização de Capital 
 Pagamentos de lucros / dividendos 
 Juros recebidos de empréstimos 
 Juros pagos por empréstimos 
 Empréstimos tomados 
 Pagamentos de empréstimos / debêntures 
 Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades de financiamentos 
4. AUMENTO (REDUÇÃO) NAS DISPONIBILIDADES (1 +/- 2 +/- 3) 
5. DISPONIBILIDADES NO INÍCIO DO PERÍODO 
6. DISPONIBILIDADES NO FINAL DO PERÍODO (4 +/- 5) 
 
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• Método Indireto 
Na demonstração de fluxo de caixa pelo método indireto realiza-se uma reconciliação do resultado 
liquido, por meio de adições ou subtrações para chegar-se ao caixa liquido resultante das operações. São 
efetuados ajustes ao lucro liquido pelos valores de receitas ou despesas que não afetam o caixa, sendo que 
consideramos como saídas do caixa o aumento nas contas do ativo circulante e as diminuições do passivo 
circulante. Por outro lado as diminuições do Ativo circulante e aumento do passivo circulante correspondem 
às entradas de caixa. 
Assim como no método direto no indireto temos um roteiro a ser seguido. 
1º passo – definir nas operações o quê interfere diretamente no caixa da entidade. Exemplo: 
 
Transações que aumentam o Disponível: 
 - integralização de Capital em dinheiro; 
- obtenção de empréstimos; 
- venda de Ativo Permanente (à vista); 
- vendas à vista; 
- recebimento de valores a receber (duplicatas, títulos etc.), e 
- outros recebimentos em dinheiro. 
 
Transações que diminuem o Disponível: 
- pagamento de dividendos; 
- pagamento de juros; 
- compra de Ativo Permanente (à vista); 
- compras à vista; 
- pagamento de valores (fornecedores, contas a Pagar etc.), e 
- pagamento de despesas em dinheiro. 
 
2º passo – obter informações adicionais para a DFC. 
 
3º passo – estruturar a DFC pelo método indireto. 
 
FLUXO DE CAIXA - Método Indireto 
 
Companhia:................................................................................................................... 
Exercício findo em:......./......../.......... 
 
DESCRIÇÃO x1 x2 
1. FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 
 Resultado do exercício / período 
 Ajustes para conciliar o resultado às Disponibilidades geradas pelas atividades operacionais 
 Depreciação e Amortização 
 Resultado na venda de Ativos Não-Circulantes 
 Equivalência

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