Aula 04 - América 2

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HISTÓRIA DA AMÉRIA II
Aula 4 – A Argentina no início do século XX
Tema da Apresentação
A Argentina no inicio do século XX – Aula 4
HISTÓRIA DA AMÉRIA II
Conteúdo Programático desta aula
A Sociedade argentina, seu desenvolvimento no inicio do séc. XX.
A economia e a política argentinas na 1ª metade do século.
Tema da Apresentação
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A Argentina no século XX – Antecedentes:
 . Ao final do século XIX a Argentina passa a uma fase caracterizada pelo predomínio de Buenos Aires.
 . As elites da província impõe sua hegemonia sobre as demais províncias e segmentos sociais.
 . Após a Guerra do Paraguai e da breve Guerra-Civil de 1880 que opôs Buenos Aires ao governo nacional, uma lei passa a considerar essa cidade como capital da República (Distrito Federal – La Plata torna-se a capital provincial.
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 . Durante este período implementa-se o grande desenvolvimento econômico-social impulsionado Á partir da “Campanha do Deserto”.
 . A exportação de trigo cresce 300% entre 1892 e 1913.
 . A exportação de carne congelada, impulsionada pelo desenvolvimento tecnológico (refrigeração, navios à vapôr), faz da Argentina o maior exportador mundial (principalmente para a Inglaterra).
 
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 . Historicamente um país de imigrantes, a Argentina recebeu 6 milhões de estrangeiros entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX, a maioria deles italianos e espanhóis. 
 . Em 1869, os imigrantes já representavam 12% da população argentina, numa população de apenas 1.800.000 habitantes. Em 1914, os estrangeiros chegaram a compor 30% da população da Argentina e 60% dos habitantes de Buenos Aires.
 . Como havia uma grande concentração fundiária (como no Brasil), os imigrantes concentraram-se em Buenos Aires, empregando-se nos setores comerciais e de transporte e serviços. Isso favoreceu o “gigantismo” dessa cidade e sua hegemonia.
 
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Continuação:
 
 . O governo argentino adotou uma política econômica liberal característica, que combinava franquias e liberdades econômicas, principalmente aos investimentos estrangeiros (notadamente ingleses – que cresceram 20 vezes entre 1880 e 1930); e políticas conservadoras. 
 . Enquanto isso, os salários eram mantidos baixos no campo e na cidade e o governo reprimia fortemente o movimento dos trabalhadores.
 . Duas legislações destacam-se nesse período: A Lei de Educação Comum, que introduziu o ensino laico e controlado pelo Estado, e a Lei Eleitoral .
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 Continuação:
 . Promulgada pelo Presidente Seans Peña, esta lei determinava a identificação do eleitor e o voto secreto e obrigatório (no Brasil isso só ocorreria à partir de 1934).
 . Com isso o Partido Radical, representante das classes-médias urbanas de caráter liberal, entra na política formal e em 1916 elege Hipólito Yrigoyen Presidente da República com uma plataforma liberal com certas teses nacionalistas (como a criação de uma Companhia Petrolífera Nacional – a YPF ).
 . O governo do Partido Radical e do Presidente Yrigoyen altera o papel do Estado Argentino – de repressor (principalmente do operariado), para mediador entre os grupos sociais.
 . Isso era feito através de uma política populista e paternalista, permitindo, por exemplo a representatividade do operariado. 
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Continuação:
 . Com essa política, o Estado Argentino funcionará até 1930 e as instituições políticas de caráter democrático e “nacionalista” se consolidarão.
 . Durante o 1º governo Yrigoyen o movimento sindical e operário experimentará grande impulso com as “Federações” (dos Operários Marítimos, dos Ferroviários, etc.).
 . As convulsões sociais do fim da 1ª Guerra Mundial e da Revolução Russa, com um ápice de greves e organização sindical em 1919 levou a uma mudança de atitude do governo no sentido de reprimir o operariado.
 . A Burguesia, os grandes proprietários de terra, os conservadores reagaem com a fundação da “Liga Patriótica Argentina”.
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 . Esta “Liga” contou com o apoio do governo e mobilizou as classes-médias através do discurso nacionalista presente até hoje na cultura política argentina, bem como possibilitou a formação de “Brigadas” para-militares no campo para a repressão.
 
. A Igreja também atuou nessa “onda conservadora”, criando a 
“União Popular Católica Argentina”, cujo objetivo era combater o Socialismo e o Comunismo.
Continuação:
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A Economia Argentina pós- 1ª Guerra Mundial:
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 . A 1ª Guerra Mundial expôs as fragilidades econômicas argentinas – afetou as exportações e os transportes e limitou o afluxo de capital. Após a guerra sobreveio a queda brusca dos preços dos produtos de exportação levando à crise econômica.
 . A crise européia favoreceu o capital norte-americano (de resto em toda a América Latina), principalmente em montadoras de bens de consumo duráveis e entrando até nas exportações de carne (frigoríficos Swift-Armour).
 . A queda dos preços no pós-guerra afetou seriamente os criadores de gado do interior e o governo pouco fez.
 
 
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 . Os frigoríficos estrangeiros puderam baixar os preços de compra e o governo foi obrigado a suspender a proteção aos criadores de gado. 
 . O governo buscou atuar na expansão da fronteira agríola, nas áreas “além-pampa” – fruticultura no vale do Rio Negro, cultura da Erva-Mate em Missiones e algodão no “Chaco Argentino”. Ademais investiu na modernização da colheita através da mecanização e na melhoria dos transportes.
 . Outro campo de atuação foi a expansão industrial na área de bens de consumo, tendo o governo implantado tarifas vantajosas no governo Avelar.
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Conclusão:
 
. Os fatores que levaram ao desenvolvimento da Argentina no final do século XIX e início do XX pode ser resumidos assim:
 
. a) a crescente integração de mercados, tanto do ângulo comercial quanto de investimentos, e o rápido crescimento da produção na esfera internacional, predominantes nos 30 anos de paz que precederam a Primeira Guerra Mundial;
b) o papel de potência dominante assumido pela Inglaterra, que havia esposado os princípios do livre comércio e da especialização produtiva;
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c) a derrogação, em 1846, da Lei de Grãos pela Inglaterra, que implicou a concentração de recursos produtivos em manufaturas e a necessidade de importação de alimentos e matérias-primas;
d) a internacionalização do poder financeiro da Inglaterra, cujos investimentos no exterior aumentaram, em média, de 1,7 milhões em 1875-1879, para 185 milhões de libras anuais em 1910-1913;
e) a redução nos fretes marítimos em decorrência da introdução do navio transatlântico a vapor, que criou condições para um incremento exponencial no comércio internacional (o que deve ter contribuído para que, em 1878, a Argentina tenha exportado trigo pela primeira vez);
f) uma segunda inovação tecnológica de grande importância: o congelamento e o resfriamento de carne.
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g) o abandono, pelos EUA, no início do século XX, do mercado internacional de carne bovina (a produção daquele país voltou-se para o atendimento da demanda interna), o que permitiu à Argentina maior penetração no mercado britânico, em especial de carne resfriada.
h) uma oferta abundante de mão-de-obra imigrante no fim do século XIX e começo do século XX, em especial proveniente da Itália e da Espanha, em razão, em boa parte, da crise agrícola que assolava esses países.
i) a estabilidade geopolítica na região do Rio da Prata, depois do fim da guerra do Paraguai, em 1870;
j) a conclusão da expansão territorial.
k) a relativa estabilidade política interna da Argentina de 1890.
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