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CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 1 CIÊNCIAS INSTRUÇÕES PARA O ESTUDO Para estudar e aprender o conteúdo do módulo, você deverá ler atentamente as explicações. Talvez seja necessário ler mais de uma vez. Veja as instruções contidas nas atividades e somente comece a resolver os exercícios após ter entendido completamente o texto. Não escreva no módulo, pois você terá de devolvê-lo ao CEESVO para que ele seja utilizado por outra pessoa. Consulte o professor se você encontrar dificuldades durante os estudos. ROTEIRO DE CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE: Módulos 1, 2 e 3. 6ª SÉRIE: Módulos 4 e 5. 7ª SÉRIE: Módulos 6 e 7. 8ª SÉRIE: Módulos 8 e 9 Bom Estudo! CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 2 8ª SÉRIE MÓDULO 8 SEXUALIDADE E REPRODUÇÃO HUMANA O INSTANTE DA FECUNDAÇÃO A reprodução em todos os seres vivos possui a função de perpetuação da espécie. A nossa espécie começa com a fertilização do óvulo, ou seja, a união do núcleo do gameta masculino, o espermatozóide, e o núcleo do gameta feminino, o óvulo. Gâmetas: células sexuais. Os gâmetas são produzidos nas gônadas. No homem, os testículos e na mulher, os ovários. Fecundação artificial Encontro dos gametas Óvulo Espermatozóide CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 3 PUBERDADE Fase na qual as glândulas sexuais (gônadas) são estimuladas pela Glândula Hipófise para “agir” mais ativamente. Nesta fase, sob a ação de hormônios, o corpo do (a) adolescente começa a sofrer mudanças. Observe o quadro abaixo: MUDANÇAS QUE OCORREM NA PUBERDADE NOS MENINOS NAS MENINAS Os pêlos faciais e corporais aumentam. O corpo fica mais musculoso e os ombros tornam-se mais largos. A laringe aumenta rapidamente de tamanho, tornando a voz mais grossa. Os seios desenvolvem-se. A camada de gordura existente embaixo da pele aumenta, o que deixa os contornos do corpo mais arredondados. Os quadris alargam-se. EM AMBOS A estatura e a massa corporal aumentam rapidamente ("estirão da puberdade"). Os órgãos genitais aumentam de tamanho. A pele que recobre esses órgãos fica mais escura. Aparecem pêlos embaixo do braço e na região púbica. Os testículos dos meninos e os ovários das meninas intensificam a produção de hormônios sexuais. Os testículos dos meninos iniciam a produção de espermatozóides- o menino ejacula pela primeira vez. Os ovários das meninas começam a produzir óvulos maduros - a menina ovula pela primeira vez. Ocorre a primeira menstruação ou menarca. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 4 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO É formado pelos seguintes órgãos: ovários (2), tubas uterinas (2), útero (1) e vagina, e outra parte externa , a vulva. . OVÁRIOS E TUBAS UTERINAS Quando a mulher nasce já possui todas as células que irão dar origem aos óvulos, denominadas folículos (+/- 500.000). Destas 500.000, apenas 500 irão se transformar em óvulos "maduros". Durante a fase da puberdade, as gônadas femininas (ovários) iniciam a produção dos hormônios: estrógêno e progesterona, os quais irão estimular o amadurecimento dos folículos. Após a liberação destes hormônios, a cada 28 dias, mais ou menos, um óvulo é liberado do ovário.Processo denominado ovulação. Representação dos folículos em vários estágios de desenvolvimento e ovulação. tuba uterina tuba uterina / ovulação vagina CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 5 Tubas Uterinas: Local da fecundação. Útero: Abriga o feto. O útero é formado interiormente por um tecido denominado endométrio, que a cada mês vai se espessando, se não houver fecundação, o endométrio desprende-se do útero e é eliminado pela vagina. Este processo é denominado menstruação Vagina: Dilata-se para a cópula e para o parto. Vulva: Parte externa e visível dos órgãos genitais. Representação dos órgãos genitais externos. EXERCÍCIOS – Responda em seu caderno: 1. Quais são as estruturas que formam o sistema reprodutor feminino? 2. Durante a gravidez, em que órgão do sistema reprodutor feminino ocorrerá o desenvolvimento do embrião? 3. Como são chamados os hormônios sexuais femininos produzidos nos ovários? 4. O óvulo, célula reprodutiva feminina, é formado no interior: a) do útero. b) da próstata. c) do ovário. d) do epidídimo. 5. Em que região do sistema reprodutor feminino o óvulo é fecundado? a) ovário. b) tubas uterinas. c) útero. d) vesícula seminal. 6. Região do aparelho reprodutor feminino que realiza a captação do óvulo: a) Útero. c) Trompas de Falópio. b) Ovário. d) Bulbo uretral. 1 - clitóris 2 - grandes lábios 3 - pequenos lábios 4 - orifício vaginal 5 - ânus CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 6 O CÂNCER DE MAMA PODE SER EVITADO COM APENAS UM TOQUE. PREVINIR É O MELHOR REMÉDIO. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 7 MENSTRUAÇÃO Na maioria das mulheres, o ciclo menstrual tem em média 28 dias, porém ciclos de 21 a 35 também são normais. O sangramento menstrual dura, dependendo da mulher, cinco dias. Ao longo de cada ciclo menstrual, um ou mais óvulos amadurecem e são liberados para posterior fecundação (ovulação) e, em um ciclo de 28 dias, a ovulação ocorre aproximadamente no 14.° dia antes da menstruação, ou seja, 14.° dia do ciclo. No caso de um ciclo de 30 dias, a ovulação ocorre no 16.° dia do ciclo. A. Nos primeiros dias do ciclo menstrual, uma parte do endométrio é expelida pelo útero: é a menstruação. B. Hormônios dos ovários estimulam alguns folículos a se desenvolver econforme estes crescem, forma-se em seu interior uma cavidade cheia de líquido. Na metade do maduro e faz uma saliência na superfície do ovário. Dia a dia o endométrio fica mais espesso. C. O folículo rompe-se, deixando sair o óvulo: é a ovulação. D. Depois da saída do óvulo, o folículo fica com cor amarelada e passa a produzir progesterona. Por causa da cor, o folículo passa a ser chamado corppo-lúteo ou corpo- amarelo. Se o óvulo for fecundado, a progesterona produzida pelo corpo-amarelo será de extrema importância para a manutenção da gravidez, pois é ela que "segura" o endométrio. E. O corpo-amarelo degenera: reduz-se draticamente a produção de progesterona. Uma parte do endométrio desloca-se da cavidade uterina. Ocorre a menstruação e o ciclo recomeça. Se a fecundação ocorre: F. O embrião implanta-se na parede do útero por volta do 21º dia do ciclo menstrual. G. O corpo-lúteo persiste e produz progesterona, que mantém o endométrio. A menstruação não ocorre e o ciclo normal pára enquanto o embrião se desenvolve. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 8 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO É formado pelos testículos, pelos epidídimos, pelo pênis, pela glândula próstata, pelas vesículas seminais e por canais que levam os espermatozóides dos testículos até o pênis para posterior ejaculação. Os testículos são glândulas sexuais que produzem os espermatozóides (gametas) e o hormônio testosterona. A cada dia são produzidos +/- 200 milhões de espermatozóides, os quais amadurecem nos epidídimos. Os espermatozóides saem dos epidídimos pelos canais deferentes, recebendo um líquido energético composto por carboidratos e vitaminas produzidos pelas vesículas seminais. Após receberem esse líquido, atravessam pela próstata, a qual produz um líquido incolor e viscoso. Os espermatozóides + líquido da próstata + líquido da vesícula seminal, recebem o nome de esperma ou sémen. O sémen é conduzido para o exterior pela uretra. Pênis: A sua ereção é realizada pelo irrigamento de sangue em seu tecido. É formado pelas seguintes partes: Glande: "cabeça do pênis", em sua ponta encontra-se a abertura da uretra. A glande é recoberta, em parte ou totalmente, por uma fina dobra de pele chamada prepúcio. Normalmente é fácil puxar o prepúcio para trás, deixando a glande descoberta. Às vezes, porém, o prepúcio tem uma abertura muito pequena ou não está totalmente solto, impedindo que a glande seja descoberta .Esta situação é denominada fimose e pode ser corrigida pela circuncisão, uma pequena cirurgia para a retirada do prepúcio. Corpos cavernosos e esponjosos: irrigados de sangue. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 9 EXERCÍCIOS – Responda em seu caderno: 7.O que é reprodução e qual a sua importância para os seres vivos? 8. Qual a função do epidídimo? 9. Do que é formado o sêmem? 10. Quais são as funções da uretra? 11. O que são células de Leydig? Assinale a alternativa correta nos exercícios abaixo: 12. Nos seres humanos, os espermatozóides são produzidos em estruturas denominadas: a) próstata. b) bexiga. c) ovário. d) testículos. 13. Como é chamada a glândula que ocorre apenas no homem com a função de produzir um líquido leitoso e alcalino que promove o aumento da mobilidade e da fertilidade dos espermatozóides: a) vesícula seminal. b) próstata. c) canal deferente. d) ovário. 14. Canal que é cortado na vasectomia: a) Uretral. b) Seminífero. c) Ejaculador. d) Deferente. 15. Glândula que produz líquido nutritivo para os espermatozóides: a) Próstata. b) Testículo. c) Vesícula seminal. d) Epidídimo. 16. Hormônio que é produzido pelo testículo: a) Progesterona. b) Estrógeno. c) Testosterona. d) Somatotrófico. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 10 MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS São medicamentos ou técnicas que impedem a fecundação. Existem diferentes tipos: Pílula Anticoncepcional Deve ser indicada pelo Ginecologista. É elaborada a base de hormônios que impedem a ovulação. Normalmente é tomada por um período de 21 dias consecutivos, iniciando-se no 5.° dia da menstruação (5.° dia do ciclo). Segue-se 7 dias de descanso, período que ocorre uma nova menstruação e inicia-se nova cartela. Lembre-se: A única forma de uma mulher saber a melhor pílula e o método de tomá-la, além de seus riscos e sua eficácia é através de seu ginecologista de confiança. Preservativo Conhecida como Camisinha ou Condom. A matéria-prima utilizada para a sua fabricação é a borracha (látex) e possui como função reter o esperma no seu interior. São eficazes na prevenção das DSTs. Diafragma ou Espermicidas Funciona como preservativo feminino, é também fabricado com borracha. Funciona como uma "parede", impedindo o deslocamento dos espermatozóides para o útero e posterior fecundação do óvulo nas tubas uterinas. A mulher coloca o diafragma no interior da vagina, sobre o colo do útero, um pouco antes do ato sexual. Camisa de Vénus (látex). Diafragma CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 11 Dispositivo intra-uterino (DIU) É um dispositivo metálico ou plástico que apenas o ginecologista pode colocar no interior do útero. O DIU impede que o ovo realize nidação (fixação do ovo na parede uterina). Tabelinha Cuidado, pois possui uma margem de erro de +/- 40%. Baseia-se em identificar o período fértil da mulher e evitar relações sexuais nesse período. Coito interrompido Consiste em não ejacular na vagina (pouquíssimo confiável). Esterilização Método cirúrgico que ao ser realizado torna o homem ou a mulher estéreis. Na mulher (laqueadura): é seccionada uma parte das tubas uterinas, fechando, com pontos, as partes que sobraram. Assim, nem o óvulo pode passar dos ovários para as tubas, nem os espermatozóides conseguem encontrar o óvulo para fertilizá-lo. No homem (vasectomia): é seccionado o canal deferente, assim os espermatozóides são retidos nos testículos e nos epidídimos. Assim, tanto os óvulos, quanto os espermatozóides, são reabsorvidos e eliminados. Observe a próxima figura. DIU inserido no útero Modelos de DIU CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 12 EXERCÍCIOS – Responda em seu caderno: 17. O que são métodos anticoncepcionais? 18. Qual é a melhor forma de a mulher saber qual é a melhor pílula anticoncepcional e o método de tomá-la?19. Qual a função da camisinha? 20. Como funciona o diafragma? 21. O que é o DIU e qual sua função? 22. Qual a margem de erro do uso da tabelinha como método anticoncepcional? 23. Como é feita a esterilização no homem? E na mulher? CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 13 Leituras Complementares A PÍLULA, A HIPÓFISE E A PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ O aumento do nível de estrógeno no sangue tem efeito recíproco sobre a hipófise, pois diminui a produção de FSH. Entra em ação, aí, o LH, que vai determinar a liberação do óvulo. Depois que o óvulo é liberado, o corpo lúteo se forma por ação do LTH. (Hormônio luteotrófico). (É a secreção deste último hormônio hipofisário que influi sobre a produção de progesterona pelo corpo lúteo). À medida que aumenta seu tamanho, o corpo lúteo libera mais progesterona, que vai inibir, temporariamente, a liberação de outros óvulos; isso afasta o risco de ocorrer nova gravidez antes de ser resolvido o destino do óvulo liberado. Por assim dizer, a progesterona faz parar a fila de óvulos que vai saindo, alternadamente, de um outro ovário, um a cada mês. A progesterona detém o processo por ação indireta: retroage sobre a hipófise e inibe a produção de FSH, o hormônio que mantém a "fila" de óvulos em movimento. A maturação permanece interrompida até que, caso não ocorra fecundação do óvulo liberado, os preparativos do útero se desfazem e a mucosa se desprende, no processo eliminatório da menstruação. Ao tomar a pílula, a mulher "engana" a hipófise. Com estrógeno e progesterona em altos níveis de sangue, a hipófise interrompe a secreção de gonadotrofinas. Sem o estímulo desses hormônios hipofisários, por sua vez, os ovários suspendem sua secreção normal. Com ovários e hipófise nessa inatividade, não ocorre liberação de óvulos, o que toma praticamente impossível a gravidez. UMA GRAVIDEZ SIMULADA A administração da pílula, na verdade, corresponde a uma gravidez simulada. Na gravidez real, a placenta produz estrógeno e progesterona em grandes quantidades, com igual efeito: impedir ovulação enquanto a mulher estiver grávida. É por isso que mulheres grávidas, normalmente, não menstruam nem ficam sujeitas a uma segunda gravidez antes de resolvida a anterior. Mas há outros efeitos anticoncepcionais da pílula. A influência de seus hormônios altera, levemente a constituição da mucosa uterina, que se torna inapta à nidação, que é a implantação do ovo. E mais: a progesterona torna mais espesso o muco que obtura, normalmente, o orifício do colo uterino, que dificulta o acesso dos espermatozóides ao útero. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 14 MÓDULO 9 DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTs) Os órgãos em estado normal (sadio), não possuem odor. Qualquer alteração na genitália deve-se procurar assistência médica, pois essas alterações podem ser indicativos de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e seus principais sintomas são: coceiras; mal cheiro; secreções; feridas; baixa resistência. AIDS Conceito Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causada pela infecção crónica do organismo humano pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Vírus). O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por células cancerígenas). Com a progressiva lesão do sistema imunológico, o organismo humano torna-se cada vez mais susceptível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como oportunistas, que acabam por levar o doente à morte. Sinônimos SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, HIV -doença. Agente HIV (Human Immunodeficiency Vírus), com 2 subtipos conhecidos: HIV-1 e HIV-2. Complicações I Conseqüências Doenças oportunistas, como a tuberculose miliar e determinadas pneumonias, alguns tipos de tumores, como certos linfomas e o Sarcoma de Kaposi, distúrbios neurológicos. Transmissão Sangue e líquidos grosseiramente contaminados por sangue, sêmem, secreções vaginais e leite materno. Período de Incubação De 3 a 10 anos entre a contaminação e o aparecimento de sintomas sugestivos de AIDS. Tratamento Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas ainda não se pode falar em cura da AIDS. As doenças oportunísticas são, em sua maioria, tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de medicações para o controle dessas manifestações. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 15 Prevenção Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro (abstinência, relação monogâmica com parceiro HIV negativo, uso de camisinha). Na transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV. VÍRUS DA AIDS DESAFIA O COQUETEL Êta vírus tinhoso! Enquanto médicos e pacientes comemoram os resultados dos novos coquetéis de drogas contra o HIV, que cortaram pela metade o número anual de mortes por Aids, cientistas revelam que os tratamentos têm uma eficiência menor do que a imaginada. É o que mostra um estudo divulgado por uma das revistas médicas mais importantes dos EUA, a New England Journal of Medicine. Os pesquisadores descobriram que pequenas quantidades de HIV podem ficar escondidas nos glóbulos brancos - as células de defesa do organismo - mesmo em pacientes que aparentemente ficaram livres dos vírus da Aids graças aos coquetéis de remédios. Para chegar a essa conclusão, eles trataram oito pacientes com combinações de medicamentos antivirais por pelo menos dois anos. À primeira vista, todos os vírus da Aids tinham sido erradicados. Mas, numa observação mais acurada, os pesquisadores constataram a existência de vírus, em estado latente, num certo tipo de glóbulos brancos - os linfócitos CD4 - que têm um tempo de vida maior do que o da maioria das células do sistema imunológico. "Poderão ser necessários muitos anos de tratamento com os coquetéis de remédios para eliminar todos os reservatórios em potencial do HIV no organismo", disse o coordenador da pesquisa, Linqi Zhang, do Centro de Pesquisas da Aids da Universidade Rockefeller, em Nova York.” Extraído da revista Educação, ano 27, n.° 219, pg. 52 - Abril/01 Leitura Complementar CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO16 CANCRO DURO (SÍFILIS) Conceito Doença infecto-contagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma crónica (lenta) e que têm períodos de acutização e períodos de latência. Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas características de sua evolução, a sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária. Quando transmitida da mãe para o feto, é chamada de Sífilis Congénita. O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo do paciente. Trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode também ser encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. Sinônimos Cancro duro, cancro sifilítico, Lues. Agente Treponema pallidum. Complicações/Conseqüências Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto, infecções peri e neonatal. Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular. Transmissão Relação sexual, transfusão de sangue contaminado, transplacentária (a partir do quarto mês de gestação). Período de Incubação 1 semana a 3 meses. Tratamento Medicamentoso. Com cura se tratado adequadamente. Prevenção Camisinha protege contra a contaminação genital. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 17 CANCRO MOLE Conceito Ulceração (ferida) dolorosa, com a base mole, hiperemiada (avermelhada), com fundo purulento e de forma irregular que compromete principalmente a genitália externa, mas pode comprometer também, o ânus e mais raramente os lábios, a boca, língua e garganta. Estas feridas são muito contagiosas, auto-inoculáveis e portanto, geralmente múltiplas. Em alguns pacientes, geralmente do sexo masculino, pode ocorrer infartamento ganglionar na região inguino-crural (inchação na virilha). Não é rara a associação do cancro mole e o cancro duro (sífilis primária). Sinônimos Cancróide, cancro venéreo simples, "cavalo". Agente Haemophilus ducreyi. Complicações/Conseqüências Não tem. Transmissão Relação sexual. Período de Incubação 2 a 5 dias. Tratamento Antibiótico. Prevenção Camisinha. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 18 CONDILOMA ACUMINADO (HPV) Conceito Infecção causada por um grupo de vírus (HPV - Human Papilloma Viruses) que determinam lesões papilares, as quais, ao se fundirem, formam massas vegetantes com o aspecto de couve-flor. Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher. Em ambos os sexos, pode ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado com o coito anal. Com alguma frequência, a lesão é pequena, de difícil visualização à vista desarmada. Sinônimos Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital. Agente HPV - DNA vírus. HPV é o nome de um grupo de vírus que inclui mais de 70 tipos. As verrugas genitais ou condilomas acuminados são apenas uma das manifestações da infecção pelo vírus do grupo HPV e estão relacionadas com os tipos 6,11 e 42, entre outros. Alguns tipos (2, 4, 29 e 57) causam lesões nas mãos e pés (verrugas comuns). O espectro das infecções pelos HPV é muito mais amplo do que se conhecia até poucos anos atrás e inclui também infecções subclínicas (diagnosticadas por meio de peniscopia, colpocitologia, colposcopia e biópsia) e infecções latentes (só podem ser diagnosticadas por meio de testes para detecção do vírus). Alguns trabalhos médicos referem-se à possibilidade de que 10-20% da população feminina sexualmente ativa, possa estar infectada pelos HPV. A principal importância epidemológica destas infecções deriva do fato que, do início da década de 80 para cá, foram publicados muitos trabalhos relacionando-as ao câncer genital, principalmente feminino. Complicações/Conseqüências Câncer do colo do útero e vulva e, mais raramente, câncer do pênis e também do ânus. Transmissão Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e oral). Mesmo que não ocorra penetração, o vírus pode ser transmitido. Eventualmente uma criança pode ser infectada pela mãe doente, durante o parto. Período de Incubação Semanas a anos. Tratamento Local (cáusticos, quimioterápicos, cauterização). As recidivas (retorno da doença) são frequentes, mesmo com o tratamento adequado. Eventualmente, as lesões desaparecem espontaneamente. Prevenção Camisinha usada adequadamente, do início ao fim da relação, pode proporcionar alguma proteção. Exame preventivo mais freqüente. Avaliação do(a) parceiro(a). Abstinência sexual durante o tratamento. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 19 GONORRÉIA Conceito Doença infecto-contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção (corrimento) purulenta pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Este quadro freqüentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). Em alguns casos, podem ocorrer sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres, os sintomas são mais brandos ou podem estar ausentes (maioria dos casos). Sinônimos Uretrite Gonocócica, Blenorragia, Fogagem. Agente Neisseria gonorrhoeae. Complicações/Conseqüências Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Doença Inflamatória Pélvica.Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite. Meningite. Miocardite. Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção ocular, Pneumonia e Otite média do recém-nascido. Artrite aguda etc. Transmissão Relação sexual. O risco de transmissão é superior a 90%, isto é, ao se ter um relacionamento sexual com um(a) parceiro(a) doente, o risco de contaminar-se é de cerca de 90%. O fato de não haver sintomas (caso da maioria das mulheres contaminadas), não afeta a transmissibilidade da doença. Período de Incubação 2 a 10 dias. Tratamento Antibióticos. Prevenção Camisinha. Higiene pós-coito. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 20 GRANULOMA INGUINAL Conceito Doença bacteriana de evolução crónica que se caracteriza pelo aparecimento de lesões granulomatosas (grânulos, caroços), ulceradas (feridas), indolores e auto-inoculáveis. Tais lesões localizam-se na região genital, perianal e inguinal, podendo,eventualmente, ocorrer em outras regiões do organismo, inclusive órgãos internos. Sinônimos Danovanose, Granuloma Venéreo, Granuloma Tropical, Granuloma Contagioso, Úlcera Venérea Crónica, etc. Agente Donovania granulomatis (Calymmatobacterium granulomatis). Complicações/Conseqüências Deformidades genitais, elefantíase, tumores. Transmissão Usualmente pela relação sexual. Período de Incubação Variável. De 3 dias a 6 meses. Tratamento Sistêmico, através de antibióticos. Tratamento local, eventualmente cirúrgico. Prevenção Camisinha. Higienização após o coito. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 21 HEPATITE B Conceito Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Virus) que se exterioriza por um espectro de síndromes que vão desde a infecção inaparente e subclínica até a rapidamente progressiva e fatal. Os sintomas são: falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, diarreia, dores articulares, icterícia (amarelamento da pele e mucosas) entre os mais comuns. Sinônimos Hepatite sérica. Agente HBV (Hepatitis B Vírus), que é um vírus DNA (hepadna-vírus). Complicações/Conseqüências Hepatite crônica, Cirrose hepática, Câncer do fígado (Hepatocarcinoma), além de formas agudas severas com coma hepático e óbito. Transmissão Pelos seguintes líquidos corpóreos: sangue e líquidos grosseiramente contaminados por sangue, sêmem e secreções vaginais e, menos comumente, a saliva. Período de Incubação 30 a 180 dias (em média 75 dias). Tratamento Não há medicamento para combater diretamente o agente da doença, trata-se apenas os sintomas e as complicações. Prevenção Vacina, obtida por engenharia genética, com grande eficácia no desenvolvimento de níveis protetores de anticorpos (3 doses). Recomenda-se os mesmos cuidados descritos na prevenção da AIDS, ou seja, sexo seguro e cuidados com a manipulação do sangue. Fígado com hepatite virótica aguda na sua forma fulminante. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 22 HERPES SIMPLES GENITAL Conceito Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização expontânea do tecido afetado. As lesões com freqüência são muito dolorosas e precedidas poreritema (vermelhidão) local. Sinônimos Herpes Genital. Agente DNA vírus. Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatais. Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações genitais. Proctite, etc. Transmissão Freqüentemente pela relação sexual. Período de Incubação Indeterminado. Tratamento Não existe ainda tratamento eficaz quanto à cura da doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises. Prevenção Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 23 INFECÇÃO POR CLAMÍDIA Conceito Doença infecto-contagiosa dos órgãos genitais masculinos ou femininos. Caracteriza-se pela presença (pode não ocorrer) de secreção (corrimento) uretral escassa, translúcida e geralmente matinal. Um ardor uretral ou vaginal pode ser a única manifestação. Raramente a secreção pode ser purulenta e abundante. Se não tratada, pode permanecer durante anos contaminando as vias genitais dos pacientes. É importante saber que mesmo a pessoa assintomática (portadora da doença mas sem sintomas) pode transmiti-la. Sinônimos Uretrite ou cervicite inespecífica; Uretrite não gonocócica (UNG). Agente Chlamidia trachomatis. Complicações/Conseqüências Epididimite, proctite, salpingite e sua seqüela (infertilidade), conjuntivite de inclusão, otite média, tracoma, linfogranuloma venéreo, bartolinite, Doença Inflamatória Pélvica, etc. Transmissão Relação sexual. Período de Incubação: 1-2 semanas a 1 mês ou mais. Tratamento: Antibiótico oral e local (na mulher). Prevenção: Camisinha. Higiene pós-coito. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 24 INFECÇÃO POR UREAPLASMA Conceito Doença infecto-contagiosa dos órgãos genitais e urinários masculinos ou femininos. Caracteriza-se pela presença (pode não ocorrer) de secreção (corrimento) uretral escassa, translúcida e geralmente matinal. Um ardor uretral ou vaginal pode ser a única manifestação. Quando não tratada, pode permanecer durante anos contaminando as vias genitais dos pacientes. É importante saber que mesmo a pessoa assintomática (portadora da doença mas sem sintomas) pode transmiti-la. Sinônimos Uretrite inespecífica, Uretrite não gonocócica (UNG). Agente Ureaplasma urealyticum. Complicações/Conseqüências Corioamnioite, baixo peso ao nascer. Transmissão Relação sexual. Período de Incubação 10 a 60 dias. Tratamento Antibiótico oral. Prevenção Camisinha, tratamento simultâneo do(a) parceiro(a). CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 25 LINFOGRANULOMA VENÉREO Conceito O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital (lesão primária) que tem curta duração e que se apresenta como uma ulceração (ferida) ou como uma pápula (elevação da pele). Esta lesão é passageira (3 a 5 dias) e freqüentemente não é identificada pelos pacientes, especialmente do sexo feminino. Após a cura desta lesão primária, em geral depois de duas a seis semanas, surge o bubão inguinal que é uma inchação dolorosa dos gânglios de uma das virilhas (70% das vezes é de um lado só). Se este bubão não for tratado adequadamente, ele evolui para o rompimento expontâneo e formação de fístulas que drenam secreção purulenta. Sinônimos Doença de Nicolas-Favre, Linfogranuloma Inguinal, Mula, Bubão. Agente Chlamydia trachomatis. Complicações/Conseqüências Elefantíase do pênis, escroto, vulva. Proctite (inflamação do reto) crónica. Estreitamento do reto. Transmissão Relação sexual é a via mais freqüente de transmissão. O reto de pessoas cronicamente infectadas é reservatório de infecção. Período de Incubação 7 a 60 dias. Tratamento Sistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão inguinal. Tratamento das fístulas. Prevenção Camisinha. Higienização após o coito.CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 26 INFECÇÃO POR TRICHOMONAS Conceito Doença infecto-contagiosa do sistema gênito-urinário do homem e da mulher. No homem causa uma uretrite de manifestações em geral discretas, podendo, eventualmente ser ausentes em alguns e muito intensas em outros. É uma das principais causas de vulvovaginite da mulher adulta, podendo, porém, cursar com pouca ou nenhuma manifestação clínica. Sinônimos Uretrite ou vaginite por Trichomonas, Uretrite não gonocócica (UNG). Agente Trichomonas vaginalis (protozoário). Complicações/Conseqüências Vaginite. Transmissão Relação sexual. Período de Incubação 10 a 30 dias, em média. Tratamento Antibiótico oral e local (na mulher). Prevenção Camisinha, tratamento simultâneo do(a) parceiro(a). CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 27 PEDICULOSE DO PÚBIS Conceito Infestação da região pubiana causada por um inseto do grupo dos piolhos e cuja única manifestação é o intenso prurido que causa. Por contiguidade pode acometer também os pêlos da região do baixo abdome, ânus e coxas. Eventualmente acometem as sombrancelhas e cílios (auto-inoculação). Sinônimos Ftiríase, Chato. Agente Phtirus Púbis. Transmissão Principalmente pelo ato sexual, porém pode ocorrer através de roupas de cama, vestimentas, uso comum de toalhas e vasos sanitários. Tratamento Local. Prevenção Escolha do(a) parceiro(a). CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 28 CANDIDÍASE Conceito A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais freqüentes de infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor ao coito) e pela eliminação de um corrimento vaginal em grumos, semelhante à nata do leite. Com freqüência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal. No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio e eventualmente por um leve edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes, avermelhadas e pruriginosas. Não é uma doença de transmissão exclusivamente sexual. Existem fatores que predispõe ao aparecimento da infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos orais, uso de antibióticos e medicamentos imunosupressivos, obesidade, uso de roupas justas, etc. Sinônimos Monilíase. Agente Cândida albicans e outros. Complicações/Conseqüências Nenhuma digna de nota. Transmissão Pode ser transmitida através da relação sexual. Período de Incubação Muito variável. Tratamento Medicamentos locais e sistêmicos. Prevenção Higienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Tratar doença predisponente. Camisinha. FUNGO CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 29 INFECÇÃO POR GARDNERELLA Conceito A gardnerella vaginalis é uma bactéria que faz parte da flora vaginal normal (ver explicação abaixo) de 20 a 80% das mulheres sexualmente ativas. Quando, por um desequilíbrio dessa flora, ocorre um predominio dessa bactéria (segundo alguns autores em associação com outros germes como bacteróides, mobiluncus, micoplasmas, etc), temos um quadro que convencionou-se chamar de vaginose bacteriana. Usa-se esse termo para diferenciá-lo da vaginite, na qual ocorre uma verdadeira infecção dos tecidos vaginais. Na vaginose, por outro lado, as lesões dos tecidos não existem ou são muito discretas, caracterizando-se apenas pelo rompimento do equilíbrio microbiano vaginal normal. A vaginose por gardnerella pode não apresentar manifestações clínicas (sinais ou sintomas). Quando ocorrem, estas manifestações caracterizam-se por um corrimento homogéneo amarelado ou acinzentado, com bolhas esparsas em sua superfície e com um odor ativo desagradável. O prurido (coceira) vaginal é citado por algumas pacientes mas não é comum. Após uma relação sexual, com a presença do esperma (de pH básico) no ambiente vaginal, costuma ocorrer a liberação de odor semelhante ao de peixe podre. No homem pode ser causa de uretrite e, eventualmente, de balanite (inflamação do prepúcio e glande). A uretrite é geralmente assintomática e raramente necessita de tratamento. Quando presentes, os sintomas restringem-se a um prurido (coceira) e a um leve ardor (queimação) miccional. Raramente causa secreção (corrimento) uretral. No homem contaminado é que podemos falar efetivamente que se trata de uma DST. Flora Microbiana Normal: Nosso organismo, a partir do nascimento, entra em contacto com germes (bactérias, vírus, fungos, etc) os quais vão se localizando na pele e cavidades (boca, vagina, uretra, intestinos, etc) caracterizando o que se chama de Flora Microbiana Normal. Normal porque é inexorável e porque estabelece um equilíbrio harmônico com o nosso organismo. Existem condições em que este equilíbrio pode se desfazer (outras infecções, uso de antibióticos, 'stresse', depressão, gravidez, etc) e determinar o predomínio de um ou mais de seus germes componentes, causando então o aparecimento de uma infecção. Sinônimos Vaginite inespecífica. Vaginose bacteriana. Agente Gardnerella vaginalis. Complicações/Conseqüências Infertilidade. Salpingite. Endometrite. Ruptura prematura de placenta. Transmissão Geralmente primária na mulher. Sexual no homem. Período de Incubação De 2 a 21 dias. Tratamento Medicamentoso: Metronidazol, Clindamicina. Prevenção Camisinha. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 30 EXERCÍCIOS – Responda em seu caderno: 1. Quais as principais complicações da AIDS? 2. Como acontece a transmissão do Cancro Duro? 3. O que é Cancro Mole? 4. Através de quê pode-se prevenir o contágio da gonorréia? 5. Hepatite B é uma infecção das células hepáticas. Qual seu agente causador? Assinale a alternativa correta nas questões abaixo: 6. Doença sexualmente transmissível também conhecida por blenorragia e que é causada por uma bactéria. a) sífilis. b) cancro mole. c) gonorréia. d) candidíase. 7. A hepatite B, doença sexualmente transmissível é causada por: a) bactérias. b) fungos. c) vírus. d) protozoários. 8. Doença que ocasiona imunodeficiência. O contágio ocorre através de relações sexuais, transfusão sanguínea e pelo uso comum de seringas contaminadas. a) Rubéola. b) Hepatite. c) AIDS. d) Sífilis. 9. Doença incurável que ocasiona formações vesiculosas que aparecemgeralmente por depressão do sistema imunológico. Na mulher, surge nos pequenos e grandes lábios e em torno do clitóris. a) Gonorréia. b) Sífilis. c) Hepatite. d) Herpes. 10..Doença que ocasiona urina escura e fezes esbranquiçadas. a) Hepatite. b) Hidrofobia. c) Tricomoníase. d) Sífilis. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 31 11. Doença que ocasiona feridas, depois queda de cabelo, febre, manchas róseas pelo corpo, dor de garganta, podendo provocar problemas cardíacos e nervosos. a) Sífilis. b) AIDS. c) Gonorréia. d) Sarampo. 12. Qual é o período de incubação do vírus da AIDS? a) 1 semana a 3 meses. b) 2 semanas a 1 ano. c) 3 dias a 6 meses. d) De 3 a 10 anos. 13. O tratamento da Granuloma Inguinal pode ser realiza do através de: a) Somente através de antibiótico oral. b) Sistêmico, através de antibióticos, local e eventualmente cirúrgico. c) Camisinha e higiene pós-coito. d) Não há medicamento para combater o agente dessa doença. CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 32 Leitura Complementar O tratamento da DSTs tem como objetivo interromper a cadeia de transmissão da doença. Sabendo que tem alguma DST, é possível evitar de contaminar outros. Além disso, é muito importante tratar, porque seu portador tem mais facilidade de adquirir outras DSTs. Atualmente, sabe-se que a presença de uma DST aumenta o risco de infecção pelo vírus HIV. As mulheres devem ser mais cuidadosas nesse aspecto porque, diferentemente do homem, em diversas DSTs, elas podem não apresentar sintomas por algum período, isso exige da mulher consultas periódicas ao ginecologista. Exames Para diagnóstico completo, deve-se fazer um exame físico, exame genital, masculino ou feminino, (coleta de secreções e de material para a realização do diagnóstico etiológico). O período da janela imunológica em todas as DSTs, com exceção da AIDS, é de, no máximo, um mês. Sendo assim, exames para detectar DSTs como sífilis e hepatite B podem ser feitos após 15 dias da relação sem proteção. Depois desse tempo, o resultado será confiável. Sexo seguro é o sexo sem o risco de ser contaminado ou contaminar o(a) seu(sua) parceiro(a) com doenças sexualmente transmissíveis. Esta segurança só poder ser atingida através do sexo monogâmico com parceiro(a) sabidamente sadio(a) ou quando o sexo é realizado sem o contacto ou troca de fluidos corpóreos como esperma, secreção vaginal, sangue e leite. A segunda situação é obtida através do uso da camisinha, camisa-de-vênus, condom (do latim condare, que significa "proteger") ou preservativo. A camisinha é um objeto de material elástico, derivado da borracha (látex), relativamente resistente que envolve os genitais masculinos (mais usado) ou femininos durante o coito, impedindo o já citado contacto entre os fluidos corpóreos das pessoas que estão praticando o relacionamento íntimo. Além da proteção contra as DSTs, os preservativos constituem um método anticoncepcional seguro, quando usados adequadamente. O mercado diversificou muito a industrialização das camisinhas. Hoje encontramos,camisinhas texturizadas, com formatos especiais, coloridas, lubrificadas, com perfume, sabor, etc. Por que tratar as DSTs? Sexo Seguro CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 33 BIBLIOGRAFIA BARROS, Carlos e PAULINO, Wilson Roberto. Ciências – O meio ambiente. Editora Ática. GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências – a vida na Terra. Editora Ática. Revista Super Interessante. Apostilas de Ciências do CEESSO. Sites: www.google.com.br www. msn.com.br Revista Educação. EJA – Apostila Unificado. Coleção “FRASE DIDÁTICA” de Ciências – Ensino Fundamental. CDs room: O corpo Humano Seres vivos CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 34 CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO SUPLETIVA DE VOTORANTIM CEESVO COLABORADOR Prof. Marcelo Alves Moraes COORDENAÇÃO Neiva Aparecida Ferraz Nunes DIREÇÂO Elisabete Marinoni Gomes Maria Isabel de Ramalho Carvalho Kupper This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF.