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Ciencias 8serie

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Prévia do material em texto

CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 1
 
CIÊNCIAS
 
INSTRUÇÕES PARA O ESTUDO
 
Para estudar e aprender o conteúdo do módulo, você deverá 
ler atentamente as explicações. Talvez seja necessário ler mais de uma 
vez. 
Veja as instruções contidas nas atividades e somente comece 
a resolver os exercícios após ter entendido completamente o texto. 
Não escreva no módulo, pois você terá de devolvê-lo ao 
CEESVO para que ele seja utilizado por outra pessoa. 
Consulte o professor se você encontrar dificuldades durante 
os estudos. 
ROTEIRO DE CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 
5ª SÉRIE: Módulos 1, 2 e 3. 
6ª SÉRIE: Módulos 4 e 5. 
7ª SÉRIE: Módulos 6 e 7. 
8ª SÉRIE: Módulos 8 e 9 
Bom Estudo!
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 2
 
8ª SÉRIE
 
MÓDULO 8
 
SEXUALIDADE E REPRODUÇÃO HUMANA 
 
O INSTANTE DA FECUNDAÇÃO
 
A reprodução em todos os seres vivos possui a função de perpetuação da espécie. 
A nossa espécie começa com a fertilização do óvulo, ou seja, a união do núcleo do gameta 
masculino, o espermatozóide, e o núcleo do gameta feminino, o óvulo. 
Gâmetas: células sexuais. 
Os gâmetas são produzidos nas gônadas. No homem, os testículos e na mulher, os 
ovários. 
 
Fecundação 
artificial 
Encontro dos
 
gametas 
Óvulo 
Espermatozóide 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 3
 
PUBERDADE
 
Fase na qual as glândulas sexuais (gônadas) são estimuladas pela Glândula Hipófise para 
“agir” mais ativamente. 
Nesta fase, sob a ação de hormônios, o corpo do (a) adolescente começa a sofrer mudanças. 
Observe o quadro abaixo: 
 
MUDANÇAS QUE OCORREM NA PUBERDADE 
 
NOS MENINOS NAS MENINAS 
 
Os pêlos faciais e corporais 
aumentam. 
 
O corpo fica mais musculoso e os 
ombros tornam-se mais largos. 
 
A laringe aumenta rapidamente de 
tamanho, tornando a voz mais grossa. 
 
Os seios desenvolvem-se. 
 
A camada de gordura existente embaixo 
da pele aumenta, o que deixa os contornos 
do corpo mais arredondados. 
 
Os quadris alargam-se. 
 
EM AMBOS 
 
A estatura e a massa corporal aumentam rapidamente ("estirão da puberdade"). 
 
Os órgãos genitais aumentam de tamanho. A pele que recobre esses órgãos fica mais 
escura. 
 
Aparecem pêlos embaixo do braço e na região púbica. 
 
Os testículos dos meninos e os ovários das meninas intensificam a produção de 
hormônios sexuais. Os testículos dos meninos iniciam a produção de espermatozóides- o 
menino ejacula pela primeira vez. Os ovários das meninas começam a produzir óvulos 
maduros - a menina ovula pela primeira vez. Ocorre a primeira menstruação ou menarca. 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 4
 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
 
É formado pelos seguintes órgãos: ovários (2), tubas uterinas (2), útero (1) e vagina, e 
outra parte externa , a vulva. 
 
. 
 
OVÁRIOS E TUBAS UTERINAS
 
Quando a mulher nasce já possui todas as células que irão dar origem aos óvulos, 
denominadas folículos (+/- 500.000). Destas 500.000, apenas 500 irão se transformar em 
óvulos "maduros". 
Durante a fase da puberdade, as gônadas femininas (ovários) iniciam a produção dos 
hormônios: estrógêno e progesterona, os quais irão estimular o amadurecimento dos 
folículos. Após a liberação destes hormônios, a cada 28 dias, mais ou menos, um óvulo é 
liberado do ovário.Processo denominado ovulação. 
 
Representação dos folículos em vários estágios de desenvolvimento e ovulação. 
 
tuba uterina 
tuba uterina 
/ 
ovulação 
vagina 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 5
 
Tubas Uterinas: Local da fecundação. 
Útero: Abriga o feto. 
O útero é formado interiormente por um tecido denominado endométrio, que a cada mês 
vai se espessando, se não houver fecundação, o endométrio desprende-se do útero e é 
eliminado pela vagina. Este processo é denominado menstruação 
Vagina: Dilata-se para a cópula e para o parto. 
Vulva: Parte externa e visível dos órgãos genitais. 
 
Representação dos órgãos genitais externos. 
 
EXERCÍCIOS – Responda em seu caderno: 
1. Quais são as estruturas que formam o sistema reprodutor feminino? 
2. Durante a gravidez, em que órgão do sistema reprodutor feminino ocorrerá o 
desenvolvimento do embrião? 
3. Como são chamados os hormônios sexuais femininos produzidos nos ovários? 
4. O óvulo, célula reprodutiva feminina, é formado no interior: 
a) do útero. 
b) da próstata. 
c) do ovário. 
d) do epidídimo. 
5. Em que região do sistema reprodutor feminino o óvulo é fecundado? 
a) ovário. 
b) tubas uterinas. 
c) útero. 
d) vesícula seminal. 
6. Região do aparelho reprodutor feminino que realiza a captação do óvulo: 
a) Útero. c) Trompas de Falópio. 
b) Ovário. d) Bulbo uretral. 
1 - clitóris 
2 - grandes lábios 
3 - pequenos lábios 
4 - orifício vaginal 
5 
 
-
 
ânus
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 6
 
O CÂNCER DE MAMA 
PODE SER EVITADO 
COM APENAS UM 
TOQUE. PREVINIR É O 
MELHOR REMÉDIO. 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 7
 
MENSTRUAÇÃO
Na maioria das mulheres, o ciclo menstrual tem em média 28 dias, porém ciclos de 21 a 35 
também são normais. 
O sangramento menstrual dura, dependendo da mulher, cinco dias. Ao longo de cada ciclo 
menstrual, um ou mais óvulos amadurecem e são liberados para posterior fecundação 
(ovulação) e, em um ciclo de 28 dias, a ovulação ocorre aproximadamente no 14.° dia antes da 
menstruação, ou seja, 14.° dia do ciclo. 
No caso de um ciclo de 30 dias, a ovulação ocorre no 16.° dia do ciclo. 
A. Nos primeiros dias do ciclo menstrual, uma parte do endométrio é expelida pelo útero: é a 
menstruação. 
B. Hormônios dos ovários estimulam alguns folículos a se desenvolver econforme estes 
crescem, forma-se em seu interior uma cavidade cheia de líquido. Na metade do maduro e 
faz uma saliência na superfície do ovário. Dia a dia o endométrio fica mais espesso. 
C. O folículo rompe-se, deixando sair o óvulo: é a ovulação. 
D. Depois da saída do óvulo, o folículo fica com cor amarelada e passa a produzir 
progesterona. Por causa da cor, o folículo passa a ser chamado corppo-lúteo ou corpo-
amarelo. Se o óvulo for fecundado, a progesterona produzida pelo corpo-amarelo será de 
extrema importância para a manutenção da gravidez, pois é ela que "segura" o endométrio. 
E. O corpo-amarelo degenera: reduz-se draticamente a produção de progesterona. Uma 
parte do endométrio desloca-se da cavidade uterina. Ocorre a menstruação e o ciclo 
recomeça. 
Se a fecundação ocorre: 
F. O embrião implanta-se na parede do útero por volta do 21º dia do ciclo menstrual. 
G. O corpo-lúteo persiste e produz progesterona, que mantém o endométrio. A menstruação 
não ocorre e o ciclo normal pára enquanto o embrião se desenvolve. 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 8
 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
 
É formado pelos testículos, pelos epidídimos, pelo pênis, pela glândula próstata, pelas 
vesículas seminais e por canais que levam os espermatozóides dos testículos até o pênis 
para posterior ejaculação. 
Os testículos são glândulas sexuais que produzem os espermatozóides (gametas) e o 
hormônio testosterona. 
A cada dia são produzidos +/- 200 milhões de espermatozóides, os quais amadurecem nos 
epidídimos. 
 
Os espermatozóides saem dos epidídimos pelos canais deferentes, recebendo um líquido 
energético composto por carboidratos e vitaminas produzidos pelas vesículas seminais. Após 
receberem esse líquido, atravessam pela próstata, a qual produz um líquido incolor e viscoso. 
 
Os espermatozóides + líquido da próstata + líquido da vesícula seminal, recebem o nome de 
esperma ou sémen. O sémen é conduzido para o exterior pela uretra. 
 
Pênis: A sua ereção é realizada pelo irrigamento de sangue em seu tecido. É formado pelas 
seguintes partes: 
 
Glande: "cabeça do pênis", em sua ponta encontra-se a abertura da uretra. 
A glande é recoberta, em parte ou totalmente, por uma fina dobra de pele chamada prepúcio. 
Normalmente é fácil puxar o prepúcio para trás, deixando a glande descoberta. Às vezes, 
porém, o prepúcio tem uma abertura muito pequena ou não está totalmente solto, impedindo 
que a glande seja descoberta .Esta situação é denominada fimose e pode ser corrigida pela 
circuncisão, uma pequena cirurgia para a retirada do prepúcio. 
 
Corpos cavernosos e esponjosos: irrigados de sangue. 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 9
 
EXERCÍCIOS – Responda em seu caderno: 
 
7.O que é reprodução e qual a sua importância para os seres vivos? 
 
8. Qual a função do epidídimo? 
 
9. Do que é formado o sêmem? 
 
10. Quais são as funções da uretra? 
 
11. O que são células de Leydig? 
Assinale a alternativa correta nos exercícios abaixo: 
12. Nos seres humanos, os espermatozóides são produzidos em estruturas denominadas: 
a) próstata. 
b) bexiga. 
c) ovário. 
d) testículos. 
13. Como é chamada a glândula que ocorre apenas no homem com a função de produzir um 
líquido leitoso e alcalino que promove o aumento da mobilidade e da fertilidade dos 
espermatozóides: 
a) vesícula seminal. 
b) próstata. 
c) canal deferente. 
d) ovário. 
14. Canal que é cortado na vasectomia: 
a) Uretral. 
b) Seminífero. 
c) Ejaculador. 
d) Deferente. 
15. Glândula que produz líquido nutritivo para os espermatozóides: 
a) Próstata. 
b) Testículo. 
c) Vesícula seminal. 
d) Epidídimo. 
16. Hormônio que é produzido pelo testículo: 
a) Progesterona. 
b) Estrógeno. 
c) Testosterona. 
d) Somatotrófico. 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 10
 
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS
 
São medicamentos ou técnicas que impedem a fecundação. Existem diferentes tipos: 
 
Pílula Anticoncepcional
 
Deve ser indicada pelo Ginecologista. É elaborada a base de hormônios que impedem a 
ovulação. Normalmente é tomada por um período de 21 dias consecutivos, iniciando-se no 5.° 
dia da menstruação (5.° dia do ciclo). Segue-se 7 dias de descanso, período que ocorre uma 
nova menstruação e inicia-se nova cartela. 
 
Lembre-se: 
A única forma de uma mulher saber a melhor pílula e o método de tomá-la, além de seus riscos 
e sua eficácia é através de seu ginecologista de confiança. 
Preservativo
 
Conhecida como Camisinha ou Condom. A matéria-prima utilizada para a sua fabricação é a 
borracha (látex) e possui como função reter o esperma no seu interior. São eficazes na 
prevenção das DSTs. 
 
Diafragma ou Espermicidas
 
Funciona como preservativo feminino, é também fabricado com borracha. Funciona como 
uma "parede", impedindo o deslocamento dos espermatozóides para o útero e posterior 
fecundação do óvulo nas tubas uterinas. 
 
A mulher coloca o diafragma no interior da vagina, sobre o colo do útero, um pouco antes 
do ato sexual. 
 
Camisa de Vénus (látex).
 
Diafragma
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 11
 
Dispositivo intra-uterino (DIU)
 
É um dispositivo metálico ou plástico que apenas o ginecologista pode colocar no interior do 
útero. O DIU impede que o ovo realize nidação (fixação do ovo na parede uterina). 
 
Tabelinha 
Cuidado, pois possui uma margem de erro de +/- 40%. Baseia-se em identificar o período 
fértil da mulher e evitar relações sexuais nesse período. 
 
Coito interrompido 
 
Consiste em não ejacular na vagina (pouquíssimo confiável). 
 
Esterilização
 
Método cirúrgico que ao ser realizado torna o homem ou a mulher estéreis. 
 
Na mulher (laqueadura): é seccionada uma parte das tubas uterinas, fechando, com pontos, 
as partes que sobraram. Assim, nem o óvulo pode passar dos ovários para as tubas, nem os 
espermatozóides conseguem encontrar o óvulo para fertilizá-lo. 
No homem (vasectomia): é seccionado o canal deferente, assim os espermatozóides são 
retidos nos testículos e nos epidídimos. 
Assim, tanto os óvulos, quanto os espermatozóides, são reabsorvidos e eliminados. 
Observe a próxima figura. 
DIU inserido no útero
 
Modelos de DIU 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 12
 
EXERCÍCIOS – Responda em seu caderno: 
 
17. O que são métodos anticoncepcionais? 
 
18. Qual é a melhor forma de a mulher saber qual é a melhor pílula 
anticoncepcional e o método de tomá-la?19. Qual a função da camisinha? 
 
20. Como funciona o diafragma? 
 
21. O que é o DIU e qual sua função? 
 
22. Qual a margem de erro do uso da tabelinha como método 
anticoncepcional? 
 
23. Como é feita a esterilização no homem? E na mulher? 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 13
 
Leituras 
Complementares
 
A PÍLULA, A HIPÓFISE E A PREVENÇÃO DA 
GRAVIDEZ
 
O aumento do nível de estrógeno no 
sangue tem efeito recíproco sobre a 
hipófise, pois diminui a produção de FSH. 
Entra em ação, aí, o LH, que vai 
determinar a liberação do óvulo. Depois 
que o óvulo é liberado, o corpo lúteo se 
forma por ação do LTH. (Hormônio 
luteotrófico). (É a secreção deste último 
hormônio hipofisário que influi sobre a 
produção de progesterona pelo corpo 
lúteo). À medida que aumenta seu 
tamanho, o corpo lúteo libera mais 
progesterona, que vai inibir, 
temporariamente, a liberação de outros 
óvulos; isso afasta o risco de ocorrer nova 
gravidez antes de ser resolvido o destino 
do óvulo liberado. Por assim dizer, a 
progesterona faz parar a fila de óvulos 
que vai saindo, alternadamente, de um 
outro ovário, 
 
um a cada mês. A progesterona detém o 
processo por ação indireta: retroage 
sobre a hipófise e inibe a produção de 
FSH, o hormônio que mantém a "fila" de 
óvulos em movimento. A maturação 
permanece interrompida até que, caso 
não ocorra fecundação do óvulo liberado, 
os preparativos do útero se desfazem e a 
mucosa se desprende, no processo 
eliminatório da menstruação. Ao tomar a 
pílula, a mulher "engana" a hipófise. Com 
estrógeno e progesterona em altos níveis 
de sangue, a hipófise interrompe a 
secreção de gonadotrofinas. Sem o 
estímulo desses hormônios hipofisários, 
por sua vez, os ovários suspendem sua 
secreção normal. 
Com ovários e hipófise nessa inatividade, 
não ocorre liberação de óvulos, o que 
toma praticamente impossível a gravidez. 
 
UMA GRAVIDEZ SIMULADA
 
A administração da pílula, na verdade, 
corresponde a uma gravidez simulada. 
Na gravidez real, a placenta produz 
estrógeno e progesterona em grandes 
quantidades, com igual efeito: impedir 
ovulação enquanto a mulher estiver 
grávida. É por isso que mulheres 
grávidas, normalmente, não menstruam 
nem ficam sujeitas a uma segunda 
gravidez antes de resolvida a anterior. 
 
Mas há outros efeitos anticoncepcionais da 
pílula. A influência de seus hormônios altera, 
levemente a constituição da mucosa uterina, 
que se torna inapta à nidação, que é a 
implantação do ovo. E mais: a progesterona 
torna mais espesso o muco que obtura, 
normalmente, o orifício do colo uterino, que 
dificulta o acesso dos espermatozóides ao 
útero. 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 14
 
MÓDULO 9
 
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTs) 
 
Os órgãos em estado normal (sadio), não possuem odor. Qualquer alteração na genitália 
deve-se procurar assistência médica, pois essas alterações podem ser indicativos de DSTs 
(Doenças Sexualmente Transmissíveis) e seus principais sintomas são: 
 
coceiras; 
 
mal cheiro; 
 
secreções; 
 
feridas; 
 
baixa resistência. 
 
AIDS
 
Conceito 
Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causada pela infecção crónica do 
organismo humano pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Vírus). O vírus compromete o 
funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa 
adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros 
vírus, parasitas e mesmo por células cancerígenas). Com a progressiva lesão do sistema 
imunológico, o organismo humano torna-se cada vez mais susceptível a determinadas 
infecções e tumores, conhecidas como oportunistas, que acabam por levar o doente à 
morte. 
Sinônimos 
SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, HIV -doença. 
 
Agente 
HIV (Human Immunodeficiency Vírus), com 2 subtipos conhecidos: HIV-1 e HIV-2. 
Complicações I Conseqüências 
Doenças oportunistas, como a tuberculose miliar e determinadas pneumonias, alguns tipos 
de tumores, como certos linfomas e o Sarcoma de Kaposi, distúrbios neurológicos. 
Transmissão 
Sangue e líquidos grosseiramente contaminados por sangue, sêmem, secreções vaginais e 
leite materno. 
Período de Incubação 
De 3 a 10 anos entre a contaminação e o aparecimento de sintomas sugestivos de AIDS. 
 
Tratamento 
Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas 
ainda não se pode falar em cura da AIDS. As doenças oportunísticas são, em sua maioria, 
tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de medicações para o controle dessas 
manifestações. 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 15
 
Prevenção 
Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro (abstinência, relação monogâmica com 
parceiro HIV negativo, uso de camisinha). Na transmissão pelo sangue recomenda-se 
cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser 
transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver 
manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina 
efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV. 
 
VÍRUS DA AIDS DESAFIA O COQUETEL
 
Êta vírus tinhoso! Enquanto médicos e pacientes comemoram os resultados dos novos 
coquetéis de drogas contra o HIV, que cortaram pela metade o número anual de mortes por 
Aids, cientistas revelam que os tratamentos têm uma eficiência menor do que a imaginada. É 
o que mostra um estudo divulgado por uma das revistas médicas mais importantes dos EUA, 
a New England Journal of Medicine. 
Os pesquisadores descobriram que pequenas quantidades de HIV podem ficar escondidas 
nos glóbulos brancos - as células de defesa do organismo - mesmo em pacientes que 
aparentemente ficaram livres dos vírus da Aids graças aos coquetéis de remédios. Para 
chegar a essa conclusão, eles trataram oito pacientes com combinações de medicamentos 
antivirais por pelo menos dois anos. À primeira vista, todos os vírus da Aids tinham sido 
erradicados. Mas, numa observação mais acurada, os pesquisadores constataram a 
existência de vírus, em estado latente, num certo tipo de glóbulos brancos - os linfócitos CD4 
- que têm um tempo de vida maior do que o da maioria das células do sistema imunológico. 
"Poderão ser necessários muitos anos de tratamento com os coquetéis de remédios para 
eliminar todos os reservatórios em potencial do HIV no organismo", disse o coordenador da 
pesquisa, Linqi Zhang, do Centro de Pesquisas da Aids da Universidade Rockefeller, em 
Nova York.” 
Extraído da revista Educação, ano 27, n.° 219, pg. 52 - Abril/01 
 
Leitura Complementar
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO16
 
CANCRO DURO (SÍFILIS)
 
Conceito 
Doença infecto-contagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma 
crónica (lenta) e que têm períodos de acutização e períodos de latência. Pode comprometer 
múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo 
com algumas características de sua evolução, a sífilis divide-se em Primária, Secundária, 
Latente e Terciária. Quando transmitida da mãe para o feto, é chamada de Sífilis Congénita. 
O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro de 
inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo do paciente. 
Trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, 
com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção serosa (líquida, 
transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e colo 
do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode também ser 
encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. 
 
Sinônimos 
Cancro duro, cancro sifilítico, Lues. 
 
Agente Treponema pallidum. 
 
Complicações/Conseqüências 
Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto, infecções 
peri e neonatal. Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular. 
 
Transmissão 
Relação sexual, transfusão de sangue contaminado, transplacentária (a partir do quarto mês 
de gestação). 
Período de Incubação 
1 semana a 3 meses. 
Tratamento 
Medicamentoso. Com cura se tratado adequadamente. 
Prevenção 
Camisinha protege contra a contaminação genital. 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 17
 
CANCRO MOLE
 
Conceito 
Ulceração (ferida) dolorosa, com a base mole, hiperemiada (avermelhada), com fundo 
purulento e de forma irregular que compromete principalmente a genitália externa, mas 
pode comprometer também, o ânus e mais raramente os lábios, a boca, língua e garganta. 
Estas feridas são muito contagiosas, auto-inoculáveis e portanto, geralmente múltiplas. Em 
alguns pacientes, geralmente do sexo masculino, pode ocorrer infartamento ganglionar na 
região inguino-crural (inchação na virilha). Não é rara a associação do cancro mole e o 
cancro duro (sífilis primária). 
 
Sinônimos 
Cancróide, cancro venéreo simples, "cavalo". 
 
Agente Haemophilus ducreyi. 
Complicações/Conseqüências 
Não tem. 
Transmissão 
 
Relação sexual. 
 
Período de Incubação 
2 a 5 dias. 
Tratamento 
Antibiótico. 
 
Prevenção 
Camisinha. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual. 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 18
 
CONDILOMA ACUMINADO (HPV)
 
Conceito 
Infecção causada por um grupo de vírus (HPV - Human 
Papilloma Viruses) que determinam lesões papilares, as quais, 
ao se fundirem, formam massas vegetantes com o aspecto de 
couve-flor. Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões 
são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o 
períneo, a vagina e o colo do útero na mulher. Em ambos os sexos, 
pode ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado 
com o coito anal. Com alguma frequência, a lesão é pequena, de difícil visualização à vista 
desarmada. 
 
Sinônimos 
Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital. 
 
Agente 
HPV - DNA vírus. HPV é o nome de um grupo de vírus que inclui mais de 70 tipos. As 
verrugas genitais ou condilomas acuminados são apenas uma das manifestações da 
infecção pelo vírus do grupo HPV e estão relacionadas com os tipos 6,11 e 42, entre outros. 
Alguns tipos (2, 4, 29 e 57) causam lesões nas mãos e pés (verrugas comuns). O espectro 
das infecções pelos HPV é muito mais amplo do que se conhecia até poucos anos atrás e 
inclui também infecções subclínicas (diagnosticadas por meio de peniscopia, colpocitologia, 
colposcopia e biópsia) e infecções latentes (só podem ser diagnosticadas por meio de testes 
para detecção do vírus). Alguns trabalhos médicos referem-se à possibilidade de que 10-20% 
da população feminina sexualmente ativa, possa estar infectada pelos HPV. A principal 
importância epidemológica destas infecções deriva do fato que, do início da década de 80 para 
cá, foram publicados muitos trabalhos relacionando-as ao câncer genital, principalmente 
feminino. 
Complicações/Conseqüências 
Câncer do colo do útero e vulva e, mais raramente, câncer do pênis e também do ânus. 
Transmissão 
Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e oral). Mesmo que não ocorra penetração, o vírus 
pode ser transmitido. Eventualmente uma criança pode ser infectada pela mãe doente, 
durante o parto. 
Período de Incubação 
Semanas a anos. 
Tratamento 
Local (cáusticos, quimioterápicos, cauterização). As recidivas (retorno da doença) são 
frequentes, mesmo com o tratamento adequado. Eventualmente, as lesões desaparecem 
espontaneamente. 
 
Prevenção 
Camisinha usada adequadamente, do início ao fim da relação, pode proporcionar alguma 
proteção. Exame preventivo mais freqüente. Avaliação do(a) parceiro(a). Abstinência sexual 
durante o tratamento. 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 19
 
GONORRÉIA
 
Conceito 
Doença infecto-contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção 
(corrimento) purulenta pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Este quadro 
freqüentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). 
Em alguns casos, podem ocorrer sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres, os sintomas 
são mais brandos ou podem estar ausentes (maioria dos casos). 
Sinônimos 
Uretrite Gonocócica, Blenorragia, Fogagem. 
Agente 
Neisseria gonorrhoeae. 
 
Complicações/Conseqüências 
Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Doença 
Inflamatória Pélvica.Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite. Meningite. Miocardite. 
Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção ocular, Pneumonia e Otite média do recém-nascido. 
Artrite aguda etc. 
Transmissão 
Relação sexual. O risco de transmissão é superior a 90%, isto é, ao se ter um 
relacionamento sexual com um(a) parceiro(a) doente, o risco de contaminar-se é de cerca de 
90%. O fato de não haver sintomas (caso da maioria das mulheres contaminadas), não 
afeta a transmissibilidade da doença. 
Período de Incubação 
2 a 10 dias. 
Tratamento 
Antibióticos. 
Prevenção 
Camisinha. Higiene pós-coito. 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 20
 
GRANULOMA INGUINAL
 
Conceito 
Doença bacteriana de evolução crónica que se caracteriza pelo aparecimento de lesões 
granulomatosas (grânulos, caroços), ulceradas (feridas), indolores e auto-inoculáveis. Tais 
lesões localizam-se na região genital, perianal e inguinal, podendo,eventualmente, ocorrer 
em outras regiões do organismo, inclusive órgãos internos. 
Sinônimos 
Danovanose, Granuloma Venéreo, Granuloma Tropical, Granuloma Contagioso, Úlcera 
Venérea Crónica, etc. 
Agente 
Donovania granulomatis (Calymmatobacterium granulomatis). 
 
Complicações/Conseqüências Deformidades genitais, elefantíase, tumores. 
Transmissão 
Usualmente pela relação sexual. 
 Período de Incubação Variável. De 3 dias a 6 meses. 
Tratamento 
Sistêmico, através de antibióticos. Tratamento local, eventualmente cirúrgico. 
Prevenção 
Camisinha. Higienização após o coito. 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 21
 
HEPATITE B
 
Conceito 
Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Virus) que se exterioriza por um 
espectro de síndromes que vão desde a infecção inaparente e subclínica até a rapidamente 
progressiva e fatal. Os sintomas são: falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, 
diarreia, dores articulares, icterícia (amarelamento da pele e mucosas) entre os mais 
comuns. 
Sinônimos Hepatite sérica. 
Agente 
HBV (Hepatitis B Vírus), que é um vírus DNA (hepadna-vírus). 
Complicações/Conseqüências 
Hepatite crônica, Cirrose hepática, Câncer do fígado (Hepatocarcinoma), além de formas 
agudas severas com coma hepático e óbito. 
Transmissão 
Pelos seguintes líquidos corpóreos: sangue e líquidos grosseiramente contaminados por 
sangue, sêmem e secreções vaginais e, menos comumente, a saliva. 
Período de Incubação 
30 a 180 dias (em média 75 dias). 
Tratamento 
Não há medicamento para combater diretamente o agente da doença, trata-se apenas os 
sintomas e as complicações. 
Prevenção 
Vacina, obtida por engenharia genética, com grande eficácia no desenvolvimento de níveis 
protetores de anticorpos (3 doses). Recomenda-se os mesmos cuidados descritos na 
prevenção da AIDS, ou seja, sexo seguro e cuidados com a manipulação do sangue. 
 
Fígado com hepatite 
virótica aguda na sua 
forma fulminante. 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
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HERPES SIMPLES GENITAL
 
Conceito 
Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que 
determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 
4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização expontânea do tecido afetado. As 
lesões com freqüência são muito dolorosas e precedidas poreritema (vermelhidão) local. 
 
Sinônimos 
 
Herpes Genital. 
 
Agente 
DNA vírus. 
Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. 
Infecções peri e neonatais. Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações genitais. Proctite, etc. 
Transmissão 
Freqüentemente pela relação sexual. 
Período de Incubação 
Indeterminado. 
Tratamento 
Não existe ainda tratamento eficaz quanto à cura da doença. O tratamento tem por objetivo 
diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises. 
Prevenção 
Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização 
genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável. 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
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INFECÇÃO POR CLAMÍDIA
 
Conceito 
Doença infecto-contagiosa dos órgãos genitais masculinos ou femininos. Caracteriza-se pela 
presença (pode não ocorrer) de secreção (corrimento) uretral escassa, translúcida e 
geralmente matinal. Um ardor uretral ou vaginal pode ser a única manifestação. Raramente a 
secreção pode ser purulenta e abundante. Se não tratada, pode permanecer durante anos 
contaminando as vias genitais dos pacientes. É importante saber que mesmo a pessoa 
assintomática (portadora da doença mas sem sintomas) pode transmiti-la. 
Sinônimos 
Uretrite ou cervicite inespecífica; Uretrite não gonocócica (UNG). 
 Agente Chlamidia trachomatis. 
 
Complicações/Conseqüências 
Epididimite, proctite, salpingite e sua seqüela (infertilidade), conjuntivite de inclusão, otite 
média, tracoma, linfogranuloma venéreo, bartolinite, Doença Inflamatória Pélvica, etc. 
 
Transmissão 
Relação sexual. 
 
Período de Incubação: 1-2 semanas a 1 mês ou mais. 
 
Tratamento: Antibiótico oral e local (na mulher). 
 
Prevenção: Camisinha. Higiene pós-coito. 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
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INFECÇÃO POR UREAPLASMA
 
Conceito 
Doença infecto-contagiosa dos órgãos genitais e urinários masculinos ou femininos. 
Caracteriza-se pela presença (pode não ocorrer) de secreção (corrimento) uretral escassa, 
translúcida e geralmente matinal. Um ardor uretral ou vaginal pode ser a única manifestação. 
Quando não tratada, pode permanecer durante anos contaminando as vias genitais dos 
pacientes. É importante saber que mesmo a pessoa assintomática (portadora da doença mas 
sem sintomas) pode transmiti-la. 
Sinônimos 
Uretrite inespecífica, Uretrite não gonocócica (UNG). 
Agente 
Ureaplasma urealyticum. 
Complicações/Conseqüências 
Corioamnioite, baixo peso ao nascer. 
 
Transmissão 
 
Relação sexual. 
 
Período de Incubação 
10 a 60 dias. 
 
Tratamento 
Antibiótico oral. 
 
Prevenção 
Camisinha, tratamento simultâneo do(a) parceiro(a). 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 25
 
LINFOGRANULOMA VENÉREO
 
Conceito 
O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital (lesão 
primária) que tem curta duração e que se apresenta como uma ulceração (ferida) ou como 
uma pápula (elevação da pele). Esta lesão é passageira (3 a 5 dias) e freqüentemente não 
é identificada pelos pacientes, especialmente do sexo feminino. Após a cura desta lesão 
primária, em geral depois de duas a seis semanas, surge o bubão inguinal que é uma 
inchação dolorosa dos gânglios de uma das virilhas (70% das vezes é de um lado só). Se 
este bubão não for tratado adequadamente, ele evolui para o rompimento expontâneo e 
formação de fístulas que drenam secreção purulenta. 
Sinônimos 
Doença de Nicolas-Favre, Linfogranuloma Inguinal, Mula, Bubão. 
Agente 
Chlamydia trachomatis. 
Complicações/Conseqüências 
Elefantíase do pênis, escroto, vulva. Proctite (inflamação do reto) crónica. Estreitamento do 
reto. 
Transmissão 
Relação sexual é a via mais freqüente de transmissão. O reto de pessoas cronicamente 
infectadas é reservatório de infecção. 
Período de Incubação 
7 a 60 dias. 
Tratamento 
Sistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão inguinal. Tratamento das fístulas. 
Prevenção 
Camisinha. Higienização após o coito.CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 26
 
INFECÇÃO POR TRICHOMONAS
 
Conceito 
Doença infecto-contagiosa do sistema gênito-urinário do homem e da mulher. No homem 
causa uma uretrite de manifestações em geral discretas, podendo, eventualmente ser 
ausentes em alguns e muito intensas em outros. É uma das principais causas de 
vulvovaginite da mulher adulta, podendo, porém, cursar com pouca ou nenhuma 
manifestação clínica. 
 
Sinônimos 
Uretrite ou vaginite por Trichomonas, Uretrite não gonocócica (UNG). 
 
Agente 
Trichomonas vaginalis (protozoário). 
 
Complicações/Conseqüências 
Vaginite. 
 
 Transmissão 
 
Relação sexual. 
 
 Período de Incubação 
10 a 30 dias, em média. 
Tratamento 
Antibiótico oral e local (na mulher). 
 
Prevenção 
Camisinha, tratamento simultâneo do(a) parceiro(a). 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 27
 
PEDICULOSE DO PÚBIS
 
Conceito 
Infestação da região pubiana causada por um inseto do grupo dos piolhos e cuja única 
manifestação é o intenso prurido que causa. Por contiguidade pode acometer também os 
pêlos da região do baixo abdome, ânus e coxas. Eventualmente acometem as 
sombrancelhas e cílios (auto-inoculação). 
 
Sinônimos 
Ftiríase, Chato. 
 
 
Agente 
 
Phtirus Púbis. 
Transmissão 
Principalmente pelo ato sexual, porém pode ocorrer através de roupas de cama, vestimentas, 
uso comum de toalhas e vasos sanitários. 
Tratamento 
Local. 
Prevenção 
Escolha do(a) parceiro(a). 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 28
 
CANDIDÍASE
 
Conceito 
A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais freqüentes de 
infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor ao coito) e pela 
eliminação de um corrimento vaginal em grumos, semelhante à nata do leite. Com freqüência, 
a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As 
lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal. No homem apresenta-se 
com hiperemia da glande e prepúcio e eventualmente por um leve edema e pela presença de 
pequenas lesões puntiformes, avermelhadas e pruriginosas. Não é uma doença de 
transmissão exclusivamente sexual. Existem fatores que predispõe ao aparecimento da 
infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos orais, uso de antibióticos e 
medicamentos imunosupressivos, obesidade, uso de roupas justas, etc. 
Sinônimos 
Monilíase. 
Agente 
Cândida albicans e outros. 
Complicações/Conseqüências 
Nenhuma digna de nota. 
Transmissão 
Pode ser transmitida através da relação sexual. 
Período de Incubação 
Muito variável. 
Tratamento 
Medicamentos locais e sistêmicos. 
Prevenção 
Higienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Tratar doença predisponente. 
Camisinha. 
FUNGO 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 29
 
INFECÇÃO POR GARDNERELLA
 
Conceito 
A gardnerella vaginalis é uma bactéria que faz parte da flora 
vaginal normal (ver explicação abaixo) de 20 a 80% das mulheres 
sexualmente ativas. Quando, por um desequilíbrio dessa flora, 
ocorre um predominio dessa bactéria (segundo alguns autores em 
associação com outros germes como bacteróides, mobiluncus, 
micoplasmas, etc), temos um quadro que convencionou-se chamar 
de vaginose bacteriana. 
Usa-se esse termo para diferenciá-lo da vaginite, na qual ocorre uma verdadeira infecção dos 
tecidos vaginais. Na vaginose, por outro lado, as lesões dos tecidos não existem ou são muito 
discretas, caracterizando-se apenas pelo rompimento do equilíbrio microbiano vaginal normal. 
A vaginose por gardnerella pode não apresentar manifestações clínicas (sinais ou sintomas). 
Quando ocorrem, estas manifestações caracterizam-se por um corrimento homogéneo 
amarelado ou acinzentado, com bolhas esparsas em sua superfície e com um odor ativo 
desagradável. O prurido (coceira) vaginal é citado por algumas pacientes mas não é comum. 
Após uma relação sexual, com a presença do esperma (de pH básico) no ambiente vaginal, 
costuma ocorrer a liberação de odor semelhante ao de peixe podre. 
No homem pode ser causa de uretrite e, eventualmente, de balanite (inflamação do prepúcio e 
glande). A uretrite é geralmente assintomática e raramente necessita de tratamento. Quando 
presentes, os sintomas restringem-se a um prurido (coceira) e a um leve ardor (queimação) 
miccional. Raramente causa secreção (corrimento) uretral. No homem contaminado é que 
podemos falar efetivamente que se trata de uma DST. 
Flora Microbiana Normal: Nosso organismo, a partir do nascimento, entra em contacto com 
germes (bactérias, vírus, fungos, etc) os quais vão se localizando na pele e cavidades (boca, 
vagina, uretra, intestinos, etc) caracterizando o que se chama de Flora Microbiana Normal. 
Normal porque é inexorável e porque estabelece um equilíbrio harmônico com o nosso 
organismo. 
Existem condições em que este equilíbrio pode se desfazer (outras infecções, uso de 
antibióticos, 'stresse', depressão, gravidez, etc) e determinar o predomínio de um ou mais de 
seus germes componentes, causando então o aparecimento de uma infecção. 
Sinônimos 
Vaginite inespecífica. Vaginose bacteriana. 
Agente 
Gardnerella vaginalis. 
Complicações/Conseqüências 
Infertilidade. Salpingite. Endometrite. Ruptura prematura de placenta. 
Transmissão 
Geralmente primária na mulher. Sexual no homem. 
Período de Incubação 
De 2 a 21 dias. 
Tratamento 
Medicamentoso: Metronidazol, Clindamicina. 
 Prevenção Camisinha. 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 30
 
EXERCÍCIOS – Responda em seu caderno: 
 
1. Quais as principais complicações da AIDS? 
 
2. Como acontece a transmissão do Cancro Duro? 
 
3. O que é Cancro Mole? 
 
4. Através de quê pode-se prevenir o contágio da gonorréia? 
 
5. Hepatite B é uma infecção das células hepáticas. Qual seu agente causador? 
Assinale a alternativa correta nas questões abaixo: 
6. Doença sexualmente transmissível também conhecida por blenorragia e que é causada 
por uma bactéria. 
a) sífilis. 
b) cancro mole. 
c) gonorréia. 
d) candidíase. 
7. A hepatite B, doença sexualmente transmissível é causada por: 
a) bactérias. 
b) fungos. 
c) vírus. 
d) protozoários. 
8. Doença que ocasiona imunodeficiência. O contágio ocorre através de relações sexuais, 
transfusão sanguínea e pelo uso comum de seringas contaminadas. 
a) Rubéola. 
b) Hepatite. 
c) AIDS. 
d) Sífilis. 
9. Doença incurável que ocasiona formações vesiculosas que aparecemgeralmente por 
depressão do sistema imunológico. Na mulher, surge nos pequenos e grandes lábios e em 
torno do clitóris. 
a) Gonorréia. 
b) Sífilis. 
c) Hepatite. 
d) Herpes. 
 
10..Doença que ocasiona urina escura e fezes esbranquiçadas. 
a) Hepatite. 
b) Hidrofobia. 
c) Tricomoníase. 
d) Sífilis. 
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 31
 
11. Doença que ocasiona feridas, depois queda de cabelo, febre, manchas róseas pelo 
corpo, dor de garganta, podendo provocar problemas cardíacos e nervosos. 
a) Sífilis. 
b) AIDS. 
c) Gonorréia. 
d) Sarampo. 
 
12. Qual é o período de incubação do vírus da AIDS? 
a) 1 semana a 3 meses. 
b) 2 semanas a 1 ano. 
c) 3 dias a 6 meses. 
d) De 3 a 10 anos. 
13. O tratamento da Granuloma Inguinal pode ser realiza do através de: 
a) Somente através de antibiótico oral. 
b) Sistêmico, através de antibióticos, local e eventualmente cirúrgico. 
c) Camisinha e higiene pós-coito. 
d) Não há medicamento para combater o agente dessa doença. 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
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Leitura Complementar
 
O tratamento da DSTs tem como 
objetivo interromper a cadeia de 
transmissão da doença. Sabendo que 
tem alguma DST, é possível evitar de 
contaminar outros. Além disso, é muito 
importante tratar, porque seu portador 
tem mais facilidade de adquirir outras 
DSTs. Atualmente, sabe-se que a 
presença de uma DST aumenta o risco 
de infecção pelo vírus HIV. 
As mulheres devem ser mais 
cuidadosas nesse aspecto porque, 
diferentemente do homem, em diversas 
DSTs, elas podem não apresentar 
sintomas por algum período, isso exige 
da mulher consultas periódicas ao 
ginecologista. 
Exames 
Para diagnóstico completo, deve-se 
fazer um exame físico, exame genital, 
masculino ou feminino, (coleta de 
secreções e de material para a 
realização do diagnóstico etiológico). 
O período da janela imunológica em 
todas as DSTs, com exceção da AIDS, é 
de, no máximo, um mês. Sendo assim, 
exames para detectar DSTs como sífilis e 
hepatite B podem ser feitos após 15 dias 
da relação sem proteção. Depois desse 
tempo, o resultado será confiável. 
Sexo seguro é o sexo sem o risco de 
ser contaminado ou contaminar o(a) 
seu(sua) parceiro(a) com doenças 
sexualmente transmissíveis. Esta 
segurança só poder ser atingida através 
do sexo monogâmico com parceiro(a) 
sabidamente sadio(a) ou quando o sexo é 
realizado sem o contacto ou troca de 
fluidos corpóreos como esperma, 
secreção vaginal, sangue e leite. A 
segunda situação é obtida através do uso 
da camisinha, camisa-de-vênus, condom 
(do latim condare, que significa "proteger") 
ou preservativo. 
A camisinha é um objeto de material 
elástico, derivado da borracha (látex), 
 
relativamente resistente que envolve os 
genitais masculinos (mais usado) ou 
femininos durante o coito, impedindo o já 
citado contacto entre os fluidos corpóreos 
das pessoas que estão praticando o 
relacionamento íntimo. 
Além da proteção contra as DSTs, os 
preservativos constituem um método 
anticoncepcional seguro, quando usados 
adequadamente. O mercado diversificou 
muito a industrialização das camisinhas. 
Hoje encontramos,camisinhas 
texturizadas, com formatos especiais, 
coloridas, lubrificadas, com perfume, 
sabor, etc. 
 
Por que tratar as DSTs?
 
Sexo Seguro
 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 33
 
BIBLIOGRAFIA
 
BARROS, Carlos e PAULINO, Wilson Roberto. Ciências –
 
O meio 
ambiente. Editora Ática. 
 
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências – a vida na Terra. Editora 
Ática. 
 
Revista Super Interessante. 
 
Apostilas de Ciências do CEESSO. 
 
Sites: www.google.com.br 
 www. msn.com.br 
 
Revista Educação. 
 
EJA – Apostila Unificado. 
 
Coleção “FRASE DIDÁTICA” de Ciências – Ensino Fundamental. 
 
CDs room: O corpo Humano 
 Seres vivos 
CIÊNCIAS 8ª SÉRIE CEESVO 
 34
 
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO SUPLETIVA DE 
VOTORANTIM 
CEESVO 
COLABORADOR
 
Prof. Marcelo Alves Moraes 
COORDENAÇÃO
 
Neiva Aparecida Ferraz Nunes 
DIREÇÂO
 
Elisabete Marinoni Gomes 
Maria Isabel de Ramalho Carvalho Kupper 
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