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GEOMETRIA ANALÍTICA NOTAS DE AULA Professora Marli 2 SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL NO PLANO Um sistema de eixos ortogonais no plano é constituído de duas retas orientadas x e y, perpendiculares entre si concorrendo no ponto 0 (origem). A reta orientada x é denominada eixo x ou eixo das abscissas; a reta orientada y é denominada eixo y ou eixo das ordenadas. Os eixos coordenados x e y dividem o plano em 4 partes ou quadrantes. Por um ponto qualquer do plano traçam-se perpendiculares sobre cada um dos eixos, determinando neles os pontos Px e Py tal que x = OPx e y = OPy. Sendo assim podemos associar a cada ponto P do plano um par ordenado de números reais, ficando P determinado por suas coordenadas cartesianas (ou retangulares); P (x, y) onde x é abscissa e y é a ordenada de P. Reciprocamente, dado um par de números reais, localiza-se no plano um único ponto P. Há, portanto, uma correspondência bijetiva (biunívoca) entre os pontos do plano e os pares de números reais. Particularidades: a) O(0,0): origem do sistema cartesiano b) Px(x,0): projeção ortogonal de P sobre o eixo das abscissas c) Py(0,y): projeção ortogonal de P sobre o eixo das ordenadas SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL NO ESPAÇO É constituído por três retas orientadas x, y e z mutuamente perpendiculares entre si e concorrentes no ponto O. Elementos: Ponto O: origem do sistema cartesiano Retas orientadas: eixos cartesianos: Ox, Oy e Oz. Planos: planos cartesianos xOy, xOz e yOz. Professora Marli 3 Pelo ponto P do espaço traçam-se três planos paralelos aos planos coordenados individualizando um paralelepípedo retângulo que intercepta os eixos x, y e z nos pontos Px, Py e Pz respectivamente. Podemos associar a cada ponto P do espaço uma tripla ordenada de números reais P(x,y,z) que são suas coordenadas, onde: x = OPx: abscissa y = OPy: ordenada z = OPz: cota Este sistema estabelece uma correspondência bijetiva entre cada ponto do espaço e a terna ordenada de números reais. Os planos coordenados dividem o espaço em 8 regiões denominadas octantes. Particularidades: a) O (0,0): origem do sistema. b) P1(x,y,0), P2(0,y,z) e P3(x,0,z): projeções ortogonais de P sobre os planos coordenados. c) Px (x,0,0), Py(0,y,0) e Pz(0,0,z): projeções ortogonais de P sobre os eixos coordenados. Exercícios: 1) Determinar as coordenadas dos pontos do gráfico abaixo: 2) Representar graficamente os seguintes pontos: A (1,2,3), B (2,-3,4), C (1,-2,-3), D (2,3,-2) e E (-2,-2,3) Professora Marli 4 SISTEMA POLAR Nesta aula veremos que há outra maneira de expressar a posição de um ponto no plano, distinta da forma cartesiana. Embora os sistemas cartesianos sejam muito utilizados, há curvas no plano cuja equação toma um aspecto muito simples em relação a um referencial não-cartesiano. Antes do sistema polar, é importante que você esteja familiarizado com a tabela de ângulos notáveis, pois será necessário para a construção de gráficos e localização de pontos. Sistema polar Consideremos uma reta orientada p de um plano. Esta reta e um ponto O p determinam o sistema polar. O ponto P fica determinado no plano por suas coordenadas polares através do par ordenado P(,) onde: = OP: distância polar, raio polar ou raio vetor de P. ( 0 < < 2): argumento, anomalia ou ângulo polar de P. Convenção: O argumento será considerado positivo se sua orientação for a do sentido anti-horário e negativo se no sentido horário. O raio polar é positivo quando assinalado no lado terminal de e negativo quando assinalado no seu prolongamento. 0 sen 0 √ √ 1 0 cos 1 √ √ 0 -1 Professora Marli 5 Representação gráfica de pontos Na prática, utiliza-se o papel quadriculado polar no qual os raios das circunferências concêntricas aumentam de um em um centímetro, e os ângulos de 15 em 15 graus. Representar os pontos A(5, 30 o ), B(4, 150 o ), C(7, - 30 o ) e D(4, - 120 o ) e em seguida determine as coordenadas destes considerando o raio polar negativo. Construir o gráfico de 0 150 30o 45o 60o 75o 90o 105o 120o 135o 150o 165o 180o 2,0 1,9 1,8 1,7 1,5 1,2 1,0 0,7 0,5 0,2 0,1 0,03 0,0 Esta curva é denominada cardioide e apresenta simetria em relação ao eixo polar pois Professora Marli 6 Passagem do sistema polar para o sistema cartesiano ortogonal ou vice-versa: Fazendo o eixo polar coincidir com o eixo cartesiano x e o polo com a origem, teremos: Do triângulo retângulo OPxP obtém-se as relações: Exemplos: 1) Passar do sistema cartesiano para o sistema polar: a) 1,1A b) 10,0A c) 422 yx d) 4)2( 22 yx Professora Marli 7 2) Passar do sistema polar para o sistema cartesiano: a) 3 ,3 P b) 3 2 ,2 P c) 3 d) 4 e) sen2 3) Esboce os gráficos: a) cos42 - caracol 0 6 3 2 3 2 6 5 6 7 3 4 2 3 3 5 6 11 cos42 Professora Marli 8 b) 2sin3 - Rosácea de quatro pétalas. Professora Marli 9 Exercícios: 1) Passar do sistema cartesiano para o sistema polar: a) 33,3A b) 3,33B c) 0322 xyx d) 522 xyyx e) 02 yx f) )(3)( 22222 yxyx 2) Passar do sistema polar para o sistema cartesiano: a) 6 ,2 P b) 6 7 ,2 Q c) 222 senk d) 22cos22 Professora Marli 10 3) Representar graficamente: a) 02 0 6 3 2 3 2 6 5 6 7 3 4 2 3 3 5 6 11 b) cos22 - cardióide 0 6 3 2 3 2 6 5 6 7 3 4 2 3 3 5 6 11 Professora Marli 11 c) 20 0 6 3 2 3 2 6 5 6 7 3 4 2 3 3 5 6 11 cos42 Professora Marli 12 SISTEMA CILÍNDRICO Consideremos em um plano um sistema polar, cujo polo é O e cujo eixo polar é p; além disso, um eixo z de origem O e ortogonal ao plano . Dado um ponto P do espaço, determinamos suas projeções ortogonais sobre o plano e sobre o eixo z, obtendo os pontos P’ e Pz respectivamente. Assim o ponto P fica determinado no espaço por suas coordenadas cilíndricas através da terna ordenada P(,,z) onde: = OP’: distância polar de P, raio polar ou raio vetor de P. (0 < < 2): argumento de P, anomalia ou ângulo polar de P. z = OPz: cota de P. Professora Marli 13 Passagem do sistema cilíndrico para o sistema cartesiano ortogonal ou vice-versa: Consideremos os dois sistemas de modo que o eixo polar coincida com o eixo x, o polo coincida com a origem e o eixo z seja comum aos dois sistemas. coordenadas cartesianas coordenadas cilíndricas Do triângulo retângulo OPxP ’ obtém-se as relações: Exercícios: 1) Passar do sistema cartesiano para o sistema cilíndrico: a) A 2, 2 1 , 2 1 b) B (0, 1, 3) 2) Passar do sistema cilíndrico para o sistema cartesiano: a) A 2, 3 2 ,6 b) B ,330,1 Professora Marli 14 SISTEMA ESFÉRICO Escolhido um ponto O (polo), uma reta orientada z (eixo polar) contendo O, um semiplano de bordo z, a posição de um ponto P 0 é caracterizada por três números , e que são suas coordenadas esféricas, onde: = OP: distância polar, raio polar ou raio vetor de P. : ângulo que o eixo z forma com OP. Colatitude ou distância zenital de P. : ângulo entre os semiplanos e . Longitude ou azimute de P. ( é o semiplano de bordo z que contém P). Para que um ponto corresponda a um único terno de coordenadas esféricas, costuma-se fazer as seguintes restrições: , e (VENTURI, 9ª ed. p.60) Professora Marli 15 Passagem do sistema esférico para o sistema cartesiano e vice-versa: Fazemos coincidir o semiplano com o plano xOz. O ponto P tem projeções ortogonais sobre os eixos cartesianos em Px, Py e Pz. O ponto P’ é a projeção de P sobre o plano xy. coordenadas cartesianas coordenadas cilíndricas Por construção, PxP = OP ’ . Do triângulo retângulo OPxP, obtém-se: PxP = e Do triângulo retângulo OPxP ’ , obtém-se: mas então então Cálculo de : Dos dois triângulos retângulos em destaque obtém-se: Professora Marli 16 Exercícios: 1) Passar do sistema cartesiano para o sistema esférico: a) 0,2,2 A b) 2 25 , 2 5 , 2 5 B 2) Passar do sistema esférico para o sistema cartesiano: a) 6 , 3 ,12 P b) 2 3 , 2 ,5 Q 3) Passar do sistema esférico para o sistema cilíndrico: a) 6 11 , 4 ,22 A 4) Mostre que 2222 zyx 5) Se um ponto tem as coordenadas a seguir, encontre as coordenadas cartesianas e cilíndricas. a) 3 , 6 ,4 b) 4 , 3 ,10 Professora Marli 17 Grandezas escalares e vetoriais As grandezas físicas se subdividem em escalares e vetoriais. As grandezas escalares são caracterizadas por sua intensidade ou tamanho (um número e sua unidade correspondente), como por exemplo: tempo, comprimento, massa, temperatura, etc. As grandezas vetoriais se caracterizam por três componentes: intensidade, direção e sentido, como por exemplo: a força, momento linear, velocidade, deslocamento, etc. Grandezas escalares • 50 kg de massa • 30 minutos • 15 m de comprimento Grandezas vetoriais Uma força de 5 N fazendo um ângulo de 30° com a reta x e tendo o sentido da esquerda para a direita. Uma velocidade de 10 m/s na direção da reta s e no sentido da direita para a esquerda. VETORES: Definições. Reta orientada (eixo): uma reta é orientada quando é fixado um sentido de percurso, considerado positivo e indicado por uma seta. Segmento orientado AB: é determinado por um par ordenado de pontos, origem A e extremidade B. Geometricamente é representado por uma seta. B A Segmento nulo: a extremidade coincide com a origem. É um ponto. Segmentos opostos: se AB é um segmento orientado, BA é o oposto de AB. Medida de um segmento: fixada uma unidade de comprimento, a cada segmento orientado pode-se associar um número real não negativo, denominado comprimento ou módulo. É indicado por AB . O segmento nulo tem comprimento igual a zero. Segmentos opostos tem mesma medida. Professora Marli 18 Direção e Sentido: dois segmentos orientados não nulos tem a mesma direção se suas retas suportes forem paralelas ou coincidentes. O sentido é dado pela seta. Segmentos equipolentes: dois segmentos orientados AB e CD são equipolentes quando tem a mesma direção, o mesmo sentido e o mesmo comprimento. Representamos por AB ~ CD. Vetor determinado por um segmento orientado AB: é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a AB. O vetor determinado por AB é indicado por AB ou AB ou v . Vetores iguais: CDAB se e somente se AB ~ CD. Vetor nulo: é o vetor de direção e sentido arbitrários. É indicado por 0 . Vetores opostos: se ABv o oposto é vABBA . Vetor unitário: vetor de módulo um. 1v . Versor de um vetor não nulo v , é um vetor unitário de mesma direção e mesmo sentido de v . v v vvers . Vetores colineares: tem mesma direção. Vetores coplanares: tem representantes (imagens geométricas) sobre um mesmo plano. Soma de ponto com vetor: a soma do ponto A com o vetor v é o ponto B que é a extremidade da imagem geométrica de v construída a partir de A. ABv BvA . Professora Marli 19 v w OPERAÇÕES COM VETORES Adição: Geometricamente a soma de n vetores é feita considerando as imagens geométricas dos vetoresde modo que a extremidade de cada vetor coincida com a origem do vetor seguinte. O vetor resultante é aquele que fecha a poligonal, tendo por origem a origem do primeiro vetor e extremidade a extremidade do último vetor. Dados os vetores wevu , , obter graficamente: a) wu b) wvu c) wu d) uw e) wvu Multiplicação de número real por vetor: O produto de um número real 0k por um vetor 0 v é um vetor vkp . O vetor vk tem mesma direção de v . Professora Marli 20 Ângulo entre dois vetores O ângulo de dois vetores não nulos é o ângulo formado pelas semiretas OP e OQ e tal que 0 . Observações: Se 0 , os vetores têm a mesma direção e o mesmo sentido. Se , os vetores têm a mesma direção e sentidos contrários. Se 2 os vetores são ortogonais. Indicamos por vu . O vetor nulo é considerado ortogonal a qualquer vetor. Se vu e k , então vku . O ângulo formado pelos vetores veu é o suplemento do ângulo de veu . Professora Marli 21 EXERCÍCIOS: 1. A figura abaixo é constituída de nove quadrados congruentes. Decidir se é verdadeira ou falsa cada uma das afirmações: 2. Dado o paralelepípedo a seguir, decidir se é verdadeira ou falsa cada uma das afirmações: coplanaressãoFGABi EG e ,) coplanaressãoCBEGj HF e ,) coplanaressãoDBACk FG e ,) coplanaressãoBGABl CF e ,) coplanaressãoDCABm CF e ,) ABC plano ao ortogonal é ) AEn BCG plano ao ortogonal é ) ABo HEF. plano ao paralelo é ) DCp BCAFd CGABc HGABb BFDHa ) ) ) ) coplanaressãoBCABh EDBGg DFAGf HFACe CG e ,) //) ||||) ) Professora Marli 22 3. Com base na figura do exercício 1, determinar os vetores abaixo, expressando-os com origem no ponto A. AKACd DCACc BDABb CNACa ) ) ) ) OEAOh ANAKg BLAMf EOACe ) ) ) ) PBBNBLl NFPNLPk CBBCj NPMOi ) ) ) ) 4. Com base na figura do exercício 2, determinar os vetores abaixo, expressando-os com origem no ponto A. EHBFc DEBCb CGABa ) ) ) FBEFf EHCGe BCEGd ) ) ) FHDAEGh AEADABg ) ) 5. A figura abaixo apresenta um losango EFGH inscrito no retângulo ABCD, sendo O o ponto de interseção das diagonais desse losango. Decidir se é verdadeira ou falsa cada uma das afirmações: DHOHe BOOCd HGDOc CHAFb OGEOa ) ) ) ) ) HGGFj CDAFi DBOAh BDACg COEHf //) //) 2 1 ) ) ) FEOBo HFAOn CBEOm OHABl OCAOk ) ) ) ) //) Professora Marli 23 6. Com base na figura do exercício 5, determinar os vetores abaixo, expressando-os com origem no ponto A. BGEOe EFEHd AFAEc FGEHb CHOCa ) ) 22) ) ) AOFOAFj HOOGi FGFEh EHBCg OCOEf ) ) ) 2 1 ) 22) 7. Decidir se é verdadeira ou falsa cada uma das afirmações: a) Se vu , então vu . b) Se vu , então vu . c) Se vu // , então vu . d) Se vu , então vu // . e) Se vuw , então vuw . f) vuw , então wevu , são paralelos. g) Se DCAB , então ABCD (vértices nesta ordem) é paralelogramo. h) vvv 555 . i) Os vetores vev 43 são paralelos e de mesmo sentido. j) Se vu // , 42 veu , então uvouuv 22 . k) Se 3v , o versor de 3 10 v év . 8. O paralelogramo ABCD é determinado pelos vetores ADeAB , sendo M e N pontos médios dos lados DC e AB, respectivamente. Determinar: BCACcDABAbABADa ))) DCBMfMBMDeBCANd 2 1 ))) 9. No hexágono regular ABCDEF, obter: BDFDFEAEc BEAEADb AFFEABa ) ) ) 10. Dados os pontos M, N e P, escrever o vetor PA em função dos vetores PNePM , sabendo que o ponto A pertence à reta suporte de MN e tal que AMAN 3 . Professora Marli 24 11. Qual a condição que devem satisfazer os vetores veu de modo que o vetor vu seja bissetriz do ângulo por eles formado? 12. Sendo dados 8,4, vuuvu , calcule v e determine os ângulos que o vetor vu forma com u e com v respectivamente. 13. Os vetores veu formam um ângulo de 60 o . Sabe-se que 58 veu . Calcule vuevu . 14. Determine as somas que se pedem: GCFGEFAEe BHBGFGEFHEd BCBGBFc BFDBEDb AGHBGCDHCDADa ) ) ) ) ) Professora Marli 25 RESPOSTAS: 1. a) V b) V c) F d) V e) V f) V g) F h) V i) F j) V k) V l) V m) F n) V o) V p) V q) V r) F s) V t) V 2. a) V b) F c) V d) V e) V f) V g) F h) F i) V j) V k) V l) F m) V n) V o) V p) V 3. a) AN b) AD c) AB d) AO e) AM f) AK g) AH h) AI i) AC j) AC k) AE l) 0 4. AFa) AEb) HAc) ABd) AHe) AFf ) AGg) ADh) 5. a) V b) F c) V d) V e) F f) F g) V h) V i) V j) F k) V l) V m) V n) F o) V 6. AEa) ACb) c) AC ABd) AOe) ADf ) AHg) ADh) AOi) ACj) 7. V, F, F, V, F, V, F, V, F, V, V 8. BDfMNeAMdABcCAbACa ))))))9. ABAEAD ,, 12. 60,30,34 13. 7,129 14. AC BG,2 ,BG2 EF, ,AC . Professora Marli 26 VETORES NO 2 E NO 3 Até agora estudamos os vetores sob o ponto de vista geométrico, representando-os por segmentos de reta orientados. Outra forma de representação é a algébrica, onde os vetores são relacionados com o referencial cartesiano. Decomposição de um vetor no plano: Dados dois vetores 21 vev não colineares e um vetor v coplanar a eles, podemos obter v a partir de 21 vev (basta determinar vetores que tenham a mesma direção de 21 vev e que somados resultem v ). v é combinação linear de 21 vev . O conjunto { 21, vv } é denominado base no plano. Qualquer conjunto de dois vetores não colineares forma uma base no plano. Os números 21 aea são as componentes ou coordenadas de v em relação à base { 21, vv }. Na prática as bases mais utilizadas são as ortonormais, isto é, as bases compostas por vetores unitários e ortogonais. Dentre as infinitas bases ortonormais no plano destaca-se a base que determina o sistema cartesiano ortogonal xOy denominada base canônica. Os vetores unitários e ortogonais são simbolizados por jei , ambos com origem na origem do sistema e extremidades em 1,00,1 e respectivamente. Base canônica ji , . Expressão analítica (ou cartesiana) de um vetor Fixada uma base, usaremos a canônica, fica estabelecida uma correspondência biunívoca entre os vetores do plano e os pares ordenados de números reais. A cada vetor do plano podemos associar um par ordenado de números reais. Os números x e y são as componentes ou coordenadas de v na referida base. Professora Marli 27 Vetor definido por dois pontos. Um vetor tem infinitos representantes que são os segmentos orientados de mesma direção, mesmo sentido e mesmo comprimento. Quando as componentes de um vetor AB são calculadas pela diferença AB , temos o representante cuja origem está na origem do sistema. Exemplo: Dados os pontos A(-2,3), B(1,4), C(1,2) e D(4,3) determinar os vetores CDeAB . Igualdade de vetores: Dois vetores 2211 ,, yxveyxu são iguais se e somente se 2121 yyexx . Operações com vetores: Sejam os vetores 2211 ,, yxveyxu e . 11 2121 , , yxu yyxxvu Paralelismo de dois vetores. Dois vetores 2211 ,, yxveyxu são paralelos se existe um número real tal que vu 2211 ,, yxyx 2211 ,, yxyx 2121 yyexx 2 1 2 1 y y x x Dois vetores são paralelos quando suas componentes são proporcionais. Considera-se o vetor nulo paralelo a qualquer vetor. Se uma das componentes de um vetor for nula, a respectiva componente de um vetor paralelo também é nula. Módulo de um vetor Seja yxv , pelo teorema de Pitágoras temos que 22 yxv A distância entre dois pontos 2211 ,, yxBeyxA é o módulo do vetor AB . ABBAd ),( . Professora Marli 28 Vetores no espaço A base canônica no espaço é composta pelos vetores keji , representados com origem no ponto O. Igualdade de vetores: Dois vetores 222111 ,,,, zyxvezyxu são iguais se e somente se 212121 , zzeyyxx . Operações com vetores: Sejam os vetores 222111 ,,,, zyxvezyxu e . 111 212121 ,, ,, zyxu zzyyxxvu Paralelismo de dois vetores. Dois vetores 222111 ,,,, zyxvezyxu são paralelos se existe um número real tal que vu 222111 ,,,, zyxzyx 222111 ,,,, zyxzyx 212121 zzyyxx 2 1 2 1 2 1 z z y y x x Dois vetores são paralelos quando suas componentes são proporcionais. Módulo de um vetor Seja zyxv ,, pelo teorema de Pitágoras temos que 222 zyxv A distância entre dois pontos 222111 ,,,, zyxBezyxA é o módulo do vetor AB . ABBAd ),( . Professora Marli 29 EXERCÍCIOS: 1. Dados os pontos A(-1,3), B(2,5) e C(3,-1), calcular CBBAeABOA 43 . (-4,1), e (-5,-30) 2. Dados os vetores 6,121,5,4,2 wevu , determinar a e b tais que vbuaw . a= -1 e b =2 3. Dados os pontos A(2,-2) e B(-1,4) e os vetores 1,23,1 veu , determinar: a) u c) vu 32 b) vu d) d(A,B) 45,97,13,10 4. Calcular os valores de a para que o vetor 2, au tenha módulo 4. 32a 5. Calcular os valores de a para que o vetor 2 1 ,au seja unitário. 2 3 a 6. Dado o vetor 4,3 v , calcular o versor de v e o versor de v 2 . 5 4 , 5 3 7. Em 3 apresentar o vetor genérico que satisfaz a condição: a) Paralelo ao eixo dos x; b) Representado no eixo dos z; c) Paralelo ao plano xy; d) Paralelo ao plano yz; e) Ortogonal ao eixo dos y; f) Ortogonal ao eixo dos z; g) Ortogonal ao plano xy; h) Ortogonal ao plano xz. 8. Dados os pontos A(2,-3,1) e B(4,5,-2), determinar o ponto P tal que PBAP . 2 1 ,1,3P 9. Dados os pontos A(1,2,3), B(-6,-2,3) e C(1,2,1), determinar o versor do vetor BCBAv 23 . 9 4 , 9 4 , 9 7 10. Seja o vetor kjmimv 527 . Calcular m para que 38v . 4m ou 5m 11. Calcular o perímetro do triângulo de vértices A(0,1,2), B(-1,0,-1) e C(2,-1,0). 3112 12. Dado o vetor 3,1,2 v , determinar o paralelo a v que tenha: a) Sentido contrário ao de v e três vezes o módulo de v ; (-6,3,9) b) O mesmo sentido de v e módulo 4; 14 12 , 14 4 , 14 8 c) Sentido contrário ao de v e módulo 5. 14 15 , 14 5 , 14 10 Professora Marli 30 13. Determinar o simétrico do ponto P(3,1,-2) em relação ao ponto A(-1,0,-3). ,P (-5,-1,-4). 14. Num paralelogramo ABCD, sabe-se que A(1,3,-2) e que as diagonais são 1,0,23,2,4 BDeAC . Calcular as coordenadas dos outros três vértices. B(4,4,-4), C(5,5,-5) e D(2,4,-3). 15. Verificar se os vetores 6 1 , 6 2 , 6 1 1,1,1 veu são unitários. v é unitário 16. Determinar o valor de a para que aaau 2,2, seja um versor. 3 1a 17. Dados os pontos A(1,0,-1), B(4,2,1)e C(1,2,0), determinar o valor de m para que 7v , sendo BCACmv . 5 13 3 moum 18. Determinar o valor de y para que o triângulo de vértices A(4, y,4), B(10,y,-2) e C(2,0,-4) seja equilátero. 2y 19. Obter um ponto P do eixo das cotas cuja distância ao ponto A(-1,2,-2) seja igual a 3. P(0,0,0) ou P(0,0,-4). 20. Dados os pontos A(3,m-1,-4) e B(8,2m-1,m) determinar m de modo que 35AB . 3m ou 1m Professora Marli 31 PRODUTO ESCALAR O produto escalar dos vetores veu , representado por vu ou vu , , é o número real dado por cosvuvu 0 0vu , indica que 0cos é agudo ou nulo. 0 vu , indica que 0cos é obtuso ou raso. 0vu , quando um dos vetores é nulo ou quando os dois vetores são ortogonais. Propriedades Para quaisquer vetores wevu , e o número real , valem as propriedades: I) Comutativa: uvvu II) Associativa em relação à multiplicação por escalar: vuvuvu III) Distributiva em relação à adição de vetores: wuvuwvu IV) 2 uuu V) 222 2 vvuuvu Expressão analítica do produto escalar Sejam os vetores kzjyixu 111 e kzjyixv 222 . 212121 zzyyxxvu 1. Dados os vetores kjivekjiu 24853 , calcular vu . 14 2. Sendo 1203,2 evu o ângulo entre veu , calcular vu e vu . 73 e 3. Dados os vetores 1,1,1,1,,12,,1 aweaavaau determinar o valor de a de modo que wvuvu a =2 4. Dados os pontos A(-1,0,2), B(-4,1,1) e C(0,1,3), determinar o vetor x tal que ACABBCxABx 2 . 15,13,17 x 5. Mostrar que os vetores 2,5,43,2,1 veu são ortogonais. 6. Usando o produto escalar, mostrar que o triângulo de vértices 1,1,2,1,3,2 BA e 2,2,2 C é um triângulo retângulo. 7. Os pontos A, B e C são vértices de um triângulo eqüilátero cujo lado mede 10cm. Calcular ACAB . 50 8. Os lados de um triângulo retângulo (reto em A) medem 5, 12 e 13. Calcular CBCABCBAACAB . 169 9. Qual o valor de x para que os vetores kjixbekjixa 42145 sejam ortogonais? -3 ou 2 10. Dados os vetores xxcexbxa ,8,22,5,2,,1,2 , determinar o valor de x para que o vetor ba seja ortogonal ao vetor ac . 3 ou -6 Professora Marli 32 Ângulo de dois vetores Da definição cos vuvu temos: vu vu cos Ângulos diretores e cossenos diretores de um vetor Seja o vetor não nulo kzjyixv . Ângulos diretores de v são os ângulos e, que v forma com os vetores keji , . Cossenos diretores de v são os cossenos de seus ângulos diretores. v x v zyx iv iv )1( 0,0,1,, cos v y v zyx jv jv )1( 0,1,0,, cos v z v zyx kv kv )1( 1,0,0,, cos Os cossenos diretores de v são as componentes do seu versor: cos,cos,cos,,,, v z v y v x v zyx v v . Como o versor é um vetor unitário, temos: 1coscoscos 222 1. Seja o triângulo de vértices A(-1,-2,4), B(-4,-2,0) e C(3,-2,1). Determinar o ângulo interno ao vértice B. 45 2. Calcular os ângulos diretores de 0,1,1v . 9013545 3. Os ângulos diretores de um vetor são e 60,45 . Determinar . 12060 ou 4. Um vetor v do espaço forma com os vetores jei ângulos de 12060 e , respectivamente. Determinar o vetor v , sabendo que 2v . 2,1,1 5. Determinar o vetor v , sabendo que 4v , v é ortogonal ao eixo Oz, forma ângulo de 60 com o vetor i e ângulo obtuso com j . 0,32,2 Professora Marli 33 Projeção de um vetor sobre outro. Projeção do vetor v sobre o vetor u : vproju Seja 1v a projeção do vetor v sobre o vetor 0 u e seja uv 2 Sendo uv //1 temos: I) ukv 1 e II) 21 vvv Substituindo I em II: 2vukv Multiplicando escalarmente por u 2vuuukvu 0 2 ukvu 2 u vu k Substituindo k em I: u u vu v 21 u uu vu vproju Interpretação geométrica do módulo do produto escalar O módulo do produto escalar dos vetores uev , sendo u unitário, representa o comprimento do vetor projeção de v sobre u . Determinar o vetor projeção de 3,2,1 u na direção de 2,1,2 v . Professora Marli 34 Exercícios: 1. Calcular n para que seja de 30 o ângulo entre os vetores jvenu 2,,1 . 15 2. Determinar o vetor v , paralelo ao vetor 2,1,1u , tal que 18uv . 6,3,3 3. Determinar o vetor v , sabendo que 5v , v é ortogonal ao eixo Oz, 6wv e kjw 32 . 0,3,4 4. Sabe-se que 4 1 cos 2 1 cos,2 ev . Determinar v . 2 11 , 2 1 ,1 5. O vetor v é ortogonal aos vetores 2,0,13,1,2 weu e forma ângulo agudo com o vetor j . Calcular v , sabendo que 63v . 1,7,2 6. Determinar o vetor v , ortogonal ao eixo Oz, que satisfaz as condições 101 vv e 52 vv , sendo 1,3,21 v e 2,1,12 v . 0,4,1 7. Calcular o módulo dos vetores vu e vu , sabendo que 4u , 3v e o ângulo entre veu é de 60 . 1337 e 8. Sabendo que 2u , 3v e o ângulo entre veu é de rad 4 3 , determinar vuvu 22 . 21526 9. Determinar wvwuvu , sabendo que 2u , 3v e 5w . -9 10. O vetor v é ortogonal aos vetores 0,2,1a e 3,4,1b e forma ângulo agudo com o eixo Ox. Determinar v , sabendo que 14v . 4,6,12 11. Calcule o ângulo formado pelos vetores kjivekjiv 2222 21 e determine um vetor unitário sobre a bissetriz do ângulo desses vetores. 0, 10 1 , 10 3 9 4 cosarc12. Dados os vetores 1,3,22,2,1 21 vev , determine os vetores bea tais que 121 //, vbevavba . 21322329227 ,,10,,9 ba 13. Os vetores bea formam um ângulo de 60°. Calcule um ângulo formado pelos vetores veu , sabendo que bau 2 , 26, beabav . 182 9111 cosarc Professora Marli 35 14. Os vetores veu são dois lados consecutivos de um paralelogramo e formam um ângulo de 60°. Calcule o ângulo formado pelas diagonais do paralelogramo, sabendo que 24 veu . 7 21 cosarc 15. Dados os vetores 1,1,11,1,0 veu determine os vetores w , sabendo que 5; wevvwuuw . (1,2,0) e (1,0,2) 16. Um vetor unitário v forma com o eixo coordenado Ox um ângulo de 60° e com os outros dois eixos Oy e Oz ângulos congruentes. Calcule as coordenadas desse vetor e o ângulo que ele forma com um vetor kjw . 30 4 6 , 4 6 , 2 1 v 17. Os vetores veu formam um ângulo de 3 2 rad. Sabe-se que 54 veu . Calcule: 1613232) 61) 6123) vuvuc vuvub vuvua 18. Dados os vetores unitários wevu , que satisfaçam a condição 0 wvu , calcule wvwuvu . –3/2 19. Os vértices de um triângulo são M( 1,1,2), N(5,1,3) e Q( -3,9,3). Calcule as coordenadas do vetor HM , onde H é o pé da altura relativa ao lado NQ. (2,2,1) 20. Determine u tal que 2u , o ângulo entre 0,1,1veu seja de 45° e que 0,1,1u . 1, 2 2 , 2 2 Professora Marli 36 PRODUTO VETORIAL OU EXTERNO Estudaremos outro tipo de multiplicação entre vetores, o produto vetorial. Esse tipo de multiplicação foi descoberta pelo matemático e físico irlandês Sir William Rowan Hamilton em outubro de 1843. Hamilton trabalhou muitos anos tentando deduzir uma estrutura multiplicativa nas ternas ordenadas (x, y, z) de números reais, da mesma forma como fizera dez anos antes descrevendo os números complexos como pares ordenados de números reais com uma estrutura multiplicativa num trabalho apresentado à Real Academia Irlandesa. Os esforços de Hamilton culminaram em outubro de 1843 com a sua descoberta dos quatérnios, quádruplas ordenadas de números reais (t, x, y, z) com uma estrutura multiplicativa semelhante à dos números complexos. Tal estrutura, quando restrita às quádruplas da forma (1; x; y; z), coincide com a operação denominada produto vetorial. William Rowan Hamilton 1805-1865, Dublin Irlanda William Hamilton começou a estudar Matemática aos 13 anos de idade, lendo o tratado de Álgebra de M. Clairaut e, aos 15 anos, estudando os trabalhos de Newton e Laplace. Em 1822, ganhou a atenção dos astrônomos da Coroa Irlandesa ao descobrir um erro no tratado de Mecânica Celeste de Laplace. Aos 18 anos, ingressou no Trinity College, em Dublin, onde graduou-se com menções de honra. Apresentou diversos trabalhos na Real Academia Irlandesa versando sobre tópicos avançados de Geometria, Física e Astronomia. Deve-se a Hamilton a origem da palavra vetor. Definição: O produto vetorial dos vetores 111 ,, zyxu e 222 ,, zyxv , nesta ordem, representado por vu ou vu , é o vetor: 222 111 zyx zyx kji vu Professora Marli 37 Propriedades: )()(:)10 :)9 :)8 ,:)7 :)6 0 0)5 )4 )3 )2 0)1 2222 wvuwvuoassociativéNão senvuvuMódulo vuvuvuLagrangedeIdentidade positivotriedroumformamvuevuSentido v u vuDireção vku u vu wuvuwvu vmuvumvum uvvu uu Determinar um vetor unitário simultaneamente ortogonal aos vetores )3,1,2( u e )0,1,1(v . Mostrar num gráfico um representante de cada um dos seguintes vetores: a) ij 2 b) ji 32 Professora Marli 38 Interpretação geométrica do módulo do produto vetorial Geometricamente o módulo do produto vetorial mede a área do paralelogramo determinado pelas imagens geométricas de dois vetores. Exercícios: 1. Calcular a área do paralelogramo definido pelos vetores )0,1,4()2,1,3( veu . 117 u.a. 2. Calcular a área do triângulo de vértices A(-1,2,-2), B(2,3,-1) e C(0,1,1). 62 u.a. 3. Calcular x, sabendo que A(x,1,1), B(1,-1,0) e C(2,1,-1) são vértices de um triângulo de área 2 29 . 5 1 3 xoux 4. Determinar um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores abeba 2 , sendo )3,0,1()2,1,3( bea . kk ),1,7,3( 5. Sabendo que 452,3 eba é o ângulo entre bea , calcular ba . 3 6. Se 33ba , 603 ea é o ângulo entre bea , calcular b . 2 7. Dados os vetores )1,1,2()2,4,3( veu , obter um vetor de módulo 3 que seja ao mesmo tempo ortogonal aos vetores vuevu 2 . 15,3,6 30 1 8. Calcular a área do triângulo de vértices A(-1,0,2), B(-4,1,1) e C(0,1,3). 6 u.a. 9. Dado o triângulo de vértices A(0,1,-1), B(-2,0,1) e C(1,-2,0), calcular a medida da altura relativa ao lado BC. 7 353 u.c. 10. Dados os vetores 2,1,1)2,2,2(,)1,1,0( wevu , determinar o vetor x , paralelo a w , que satisfaz à condição: vux . 4,2,2 11. Determinar o valor de m para que o vetor mw ,2,1 seja simultaneamente ortogonal aos vetores )1,3,1()0,1,2( veu . 5m Professora Marli 39 12. Determinar u tal que 6,4,21,3,2,33 ueuu . Dos vetores determinados, qual o que forma ângulo agudo com o vetor (1,0,0)? (3,-3,-3) e (-3,3,3) o primeiro 13. Resolva o sistema kikjia kjia 22 9432 . kjia 14. Determine a tal que 62 aekjikia . (-1,2,1) 15. Determinar vu , sabendo que 113,12 veuvu . 5 vu 16. Determinar um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores uvevu 2 sendo 2,1,00,2,3 veu . Um deles é (-12,-18,9) 17. Dados os vetores 1,2,22,1,3 veu , calcular: a) área do paralelogramo determinado por veu ; 103 b) a altura do paralelogramo relativa à base definida pelo vetor v . 10 18. Calcular a área do paralelogramo determinado pelos vetores veu , sabendo que suas diagonais são 2,1,14,3,1 vuevu . 35 19. Calcular a área do triângulo ABC e a altura relativa ao lado BC, sendo A( 4,2,1), B( 1,0,1) e C( 1,2,0). 5 7 h 20. Dado o vetor 0,1,2u , determinar o vetor v ortogonal ao eixo Oz, sabendo que 26 vuevu . (2,-2,0) ou (-2/5, 14/5, 0) 21. Dado 1,2,1u , determine um vetor v ortogonal ao eixo Ox tal que 1331 vu e que o vetor vu forme ângulos congruentes com os eixos Oy e Oz. 11,11,0 v 22. São dados os vetores 8,6,263,2,1,1,1,1 wevu . Determinar os vetores bea , ortogonais entre si, sabendo que a é simultaneamente ortogonal aos vetores wbaqueeveu . 5,10,253,4,1 bea 23. É dado o vetor 2,1,0v . Determine o vetor w ortogonal ao eixo Ox, sabendo que 12wv e que 4wv . (0,-4,4) ou (0, 28/5, -4/5) Professora Marli 40 PRODUTO MISTO O produto misto dos vetores 111 ,, zyxu , 222 ,, zyxv e 333 z,y,xw , nesta ordem, representado por wvu ,, ou wvu ,, é o número real wvu . 333 222 11 ,, zyx zyx zyx wvu Propriedades: I) Nulidade: wvu ,, =0 quando: a) um vetor é nulo, b) dois vetores são paralelos, c) três vetores são coplanares. II) Cíclica: O produto misto independe da ordem circular dos vetores: wvu ,, = vuwuwv ,,,, Porém muda de sinal quando trocamos a posição de dois vetores consecutivos: wvu ,, wuv ,, . O produto misto não se altera se os sinais e forem permutados entre si. wvu wvu III) Associativa em relação à multiplicação por número real m wvu ,, = wvum ,, = wvmu ,, = wmvu ,, Para que valor de m os pontos A(m,1,2), B(2,-2,-3), C(5,-1,1) e D(3,-2,-2) são coplanares? Professora Marli 41 Módulo do produto misto: cos,, wvuwvu é o ângulo formado pelos vetores vu e w podendo ser agudo ou obtuso. Interpretação geométrica do módulo do produto misto Geometricamente o módulo do produto misto dos vetores u , v e w , representa o volume de um paralelepípedo cujas arestas são as imagens geométricas destes vetores. Professora Marli 42 EXERCÍCIOS: 1. Sabendo que 5,,2,, xwvexwu , calcular: 10)24)36)2) ,2,35),,42)2,3,3),,) dcba xwvudxwvucxwubwxua 2. Um paralelepípedo é determinado pelos vetores 5,1,21,0,2,4,1,3 wevu . Calcular seu volume e a altura relativa à base definida pelos vetores veu . 30 17 17 e 3. Calcular o valor de m para que o volume do paralelepípedo determinado pelos vetores 2,1,01 v , 2,,31,2,4 32 mvev seja igual a 33. Calcular a altura desse paralelepípedo relativa à base definida por 21 vev . 89 334 417 hmoum 4. Dados os pontos A( 2,1,1), B( -1,0,1) e C( 3,2,-2), determinar o ponto D do eixo Oz para que o volume do paralelepípedo determinado por DAeCABA , seja 25 u. v. (0,0,-10) ou (0,0,15) 5. Calcular o volume do tetraedro de base ABC e vértice P, sendo A( 2,0,0), B( 2,4,0), C( 0,3,0) e P( 2,-2,9). Qual a altura do tetraedro relativa ao vértice P? V= 12 h= 9 6. Sabendo que os vetores 2,1,33,1,,4,1,2 DAemCABA determinam um tetraedro de volume 3, calcular o valor de m. m= -17/2 ou m= 19/2 7. Determinar o valor de k para que sejam coplanares os vetores: 323,0,3,2,1,1,,2) 6,3,2,0,1,,1,2) koukwekvkub kkkwevkua 8. Mostre que wvuwuwvvu ,,2,, . 9. Para que valor de m os pontos A(m,1,2), B(2,-2,-3), C(5,-1,1) e D(3,-2,-2) são coplanares? m=4 10. Calcular o valor de m para que o volume do paralelepípedo determinado pelos vetores 1,0,42,,6,0,1,2 321 vemvv seja igual a 10. 6 ou -4 11. Os vetores )1,,1(4,1,1,3,1,2 mmceba determinam um paralelepípedo de volume 42. Calcular m. 3 8 ,2 mm 12. Dados os pontos A(1,-2,3), B(2,-1,-4), C(0,2,0) e D(-1,m,1), determinar o valor de m para que seja de 20 u.v. o volume do paralelepípedo determinado pelos vetores ADeACAB, . 6 ou 2 Professora Marli 43 13. Calcular o volume do tetraedro ABCD, sendo dados A(1,0,0), B(0,1,0), C(0,0,1) e D(4,2,7). Calcular a altura relativa ao vértice D. 3 12 2 e 14. Calcular o volume do tetraedro ABCD, sendo dados A(-1,3,2), B(0,1,-1), C(-2,0,1) e D(1,-2,0). Calcular a altura relativa ao vértice A. 10 8 4 e Professora Marli 44 A RETA Uma reta fica determinada ou definida quando dela conhecemos a posição e a direção. A posição é assegurada por um ponto conhecido (ponto diretor) e a direção através de um vetor não nulo, também conhecido (vetor diretor). Equações: Seja r uma reta que passa pelo ponto ),,( 111 zyxA e tem a direção do vetor não nulo ),,( cbav . Para que um ponto ),,( zyxP do espaço pertença à reta é necessário que os vetores veAP sejam paralelos. vtAP vtAP tvtAP , Substituindo ),,( zyxP , ),,( 111 zyxA e ),,( cbav , temos a equação vetorial da reta. Equação vetorial da reta: ),,(),,(),,( 111 cbatzyxzyx . Ex.: )5,3,1()4,0,1(: tPr Equações paramétricas da reta: Da equação vetorial isolamos x, y e z, obtendo assim as equações paramétricas da reta ctzz btyy atxx 1 1 1 . Ex.: 12 4 32 tz ty tx Equações simétricas da reta: c zz b yy a xx 111 Ex.: 35 2 2 3 : 1 zyx r Equações reduzidas da reta: )1,,(),1,(),,1( )0,,(),0,(),,0( pmvpmvpmv qnPqnPqnP qpzy nmzx qpyz nmyx qpxz nmxy Professora Marli 45 Exercícios: 1. Determinar um ponto e um vetor diretor de cada uma das retas: a) tz ty tx 2 21 2 b) 2 1 12 4 zyx c) zy zx 21 2 d) xz xy 42 31 e) yz yx 1 f) zyx 2. Determinar as equações paramétricas e simétricasda reta que passa pelo ponto A(1,3,0) e tem a direção do vetor )1,4,3( v . 3. Determinar as equações reduzidas, sendo y a variável independente, da reta que passa pelos pontos A(1,-2,3) e B(3,-1,1). 4. Verificar se os pontos A(3,-1,1) e B(2,1,3) pertencem à reta 2 1 1 1 2 3 : zyx r . rBerA 5. Determine o ponto da reta tz ty tx r 2 21 2 : que tem abscissa 2. P(2,1,1) 6. Determinar as equações reduzidas, sendo x a variável independente, da reta que passa pelos pontos A(4,0,-3) e tem a direção do vetor kjiv 542 . 13 2 5 82 xz xy 7. Determinar as equações reduzidas, sendo z a variável independente, da reta que passa pelos pontos A(-1,0,3) e B(1,2,7). 2 3 2 1 2 5 2 1 xz zx Professora Marli 46 Casos particulares Até agora utilizamos as componentes do vetor diretor não nulas, no entanto uma ou duas destas componentes podem ser iguais a zero. 1° caso: Uma das componentes do vetor é nula. O vetor é ortogonal a um dos eixos coordenados, sendo assim a reta é paralela ao plano dos outros dois eixos. a) Se yOzrOxcbva //),,0(,0 1 11 xx c zz b yy Ex.: 2 3 4 2 1 x zy b) Se xOzrOycavb //),0,(,0 1 11 yy c zz a xx Ex.: 3 53 2 y zx c) Se xOyrOzbavc //)0,,(,0 1 11 zz b yy a xx Ex.: 8, 3 3 2 z yx Professora Marli 47 2° caso: Duas componentes do vetor são nulas. O vetor tem a direção de um dos vetores kouji , e, portanto a reta é paralela a um dos eixos coordenados. a) Se xOyrouOzrkcvba ////),0,0(,0 1 1 1 1 1 yy xx ctzz yy xx Ex.: 3 2 y x b) Se xOzrouOyrjbvca ////)0,,0(,0 1 1 1 1 1 zz xx zz btyy xx Ex.: 4 3 z x c) Se yOzrouOxriavcb ////)0,0,(,0 1 1 1 1 1 zz yy zz yy atxx Ex.: 3 1 z y Os eixos coordenados são retas particulares. 0 0 : 0 0 : 0 0 : y x Oz z x Oy z y Ox Professora Marli 48 EXERCÍCIOS: 1. Determinar um ponto e um vetor diretor de cada uma das retas: a) 3 5 4 3 2 y zx b) xz y 2 2 c) 5 1 z y d) 1 5 z yx 2. Determinar as equações das seguintes retas: a) Passa por A(1,4,-3) e é paralela ao eixo dos x; b) Passa por A(4.-6,2) e é perpendicular ao plano xz; c) Passa por A(1,2,-3) e é ortogonal aos eixos dos x e dos y; d) Passa pelos pontos A(2,-3,4) e B(2,-1,3). 3. Representar graficamente as retas 3 2 : z xy r e 4 3 : y x s . Professora Marli 49 Ângulo de duas retas É o menor ângulo formado pelos vetores diretores. 21 21 cos vv vv , 2 0 Exercícios: 1. Determinar o ângulo entre as seguintes retas: a) xz xy r 2 21 : e 2; 3 1 3 : x zy s . 30º b) 2 1 2 6 4 : zyx r e tz ty tx s 43 2 22 : . 60º 2. Determinar o valor de n para que seja de 30º o ângulo entre as retas 35 4 4 2 : zyx r e 22 5 : xz nxy s . 7 ou 1 Professora Marli 50 Condições de paralelismo, ortogonalidade e coplanaridade de duas retas. Se 212121 //// vkvvventãorr Se 0212121 vvvventãorr Se 1r é coplanar a 2r então 2121, AAevv são coplanares 0, 212,1 AAvv . Retas perpendiculares são retas ortogonais e coplanares. 021 vv e 0, 212,1 AAvv Reta ortogonal a duas retas Se 21 2 1 vvkv r r r Professora Marli 51 Exercícios: 1. Calcular o valor de m para que as retas 4 3 3 : z ty tx r e 6; 1 6 5 : z m yx s sejam paralelas. m = - 2 2. Determinar as equações reduzidas, em função de x, da reta que passa pelo ponto A(-2,1,0) e é paralela à reta 14 4 1 2 : zyx r . 2 94 : xz xy s 3. Calcular o valor de m para que a reta 1 3 : xz mxy s seja ortogonal à reta determinada pelos pontos A(1,0,m) e B(-2,2m,2m). 2 3 1 mm 4. Calcular o valor de m para que as retas 13 32 : xz xy r e m zyx s 12 1 : sejam coplanares. m = 4 5. Calcular o ponto de interseção das retas: a) 4 5 32 2 : zyx r e tz ty tx s 27 2 5 : ; I(4,3,9) b) 14 5 : xz y r e 5; 3 5 2 1 : y zx s . I(1,-5,5) 6. Dadas as retas 2; 2 1 2 3 : x zy r , 3 2 : xz xy s e tz ty tx h 31 3 : , determinar: a) O ponto de interseção de s e h; I(2,4,-1) b) O ângulo entre r e s. 6 3 arccos 7. Estabelecer as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto A(3,2,1) e é simultaneamente ortogonal às retas 1 3 : z x r e 3 12 : xz xy s . tz y tx h 1 2 3 : 8. Estabelecer as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto de interseção das retas 32 1 2: zy xr e yz yx s 22 1 : e é simultaneamente ortogonal às retas r e s. tz ty tx h 3 51 2 : Professora Marli 52 Exercícios gerais:1. Dada a reta tz ty tx r 24 3 2 : , determinar o ponto de r tal que: a) a ordenada seja 6; (-1,6,-10) b) a abscissa seja igual a ordenada; (5/2, 5/2, -3) c) a cota seja o quádruplo da abscissa. (-4,9,-16) 2. O ponto P( m,1,n) pertence à reta que passa por A( 3,-1,4) e B( 4,-3,-1). Determinar P. P(2,1,9) 3. Seja o triângulo de vértices A(-1,4,-2), B(3,-3,6) e C(2,-1,4).Escrever equações paramétricas da reta que passa pelo ponto médio do lado AB e pelo vértice oposto C. x = 2 + t, y = -1 – 3/2t, z = 4 + 2t 4. Os pontos M1(2,-1,3), M2(1,-3,0) e M3(2,1,-5) são pontos médios dos lados de um triângulo ABC. Obter equações paramétricas da reta que contém o lado cujo ponto médio é M1. x= 2 + t, y = -1 + 4t, z = 3 – 5t 5. Obter equações reduzidas na variável x, da reta: a) que passa por A(4,0,-3) e tem a direção do vetor (2,4,5); y = 2x – 8 , z = 5/2x – 13 b) que passa pelos pontos A(1,-2,3) e B(3,-1,-1). y= x/2 – 5/2 , z = -2x + 5 6. Representar graficamente as retas de equações: 4 3 ) 1 3 ) 2 4 ) 3 2 ) y x d z y c xz y b z xy a 7. Dada a reta tz ty tx r 1 : e os pontos A(1,1,1) e B( 0,0,1), determine o ponto de r eqüidistante de A e B. P(1,0 0) 8. Verifique se as retas 3 1 1 2 1 :0,2,10,1,0: z y x setPr são perpendiculares. Professora Marli 53 9. Determine o ângulo entre as retas: 2 5 32: 2 2 3 :) z yxse tz ty tx ra ; 60° 0 3 2 1 : 0 3 3 2 :) y z x se y z x rb . 45° 10. Determinar as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto de interseção de yz yx se zy xr 22 1 : 32 1 2: e é simultaneamente ortogonal a elas. x = 2 + t, y = -1 – 5t, z = 3t 11. Verificar se as retas são concorrentes e, em caso afirmativo, calcular o ponto de interseção. a) 1 73 5 32 : xz xy se xz xy r I(2,1,3) b) tz ty tx se zyx r 38 4 1 : 4 2 3 1 2 3 : I(1,2,-2) c) 2 1 3 4 : 10 32 : zy xse xz xy r reversas d) hz hy hx se tz ty tx r 131 71 63 : 66 53 2 : I(3,8,12) e) xz xy se tz ty tx r 2 6 :4 2 : coincidentes (4,5,7) e (0,-3,-1) 12. Decompor o vetor v =(-2,-6,-1) em dois vetores bea tais que rbera // sabendo que 1 2 : zy zx r . 2,3,13,3,3 ba 13. Forme as equações reduzidas em função de x, da reta que possui o ponto P( 2,3,-1) e os ângulos diretores são 60°, 120° e 135°. 2212 5 : xz xy r Professora Marli 54 14. Determine as equações reduzidas, sendo z a variável independente, da reta que passa pelo ponto A(3,-6,0) e é paralela à reta r: x = 2y = 3z. 6 2 3 33 zy zx 15. Os vértices de um triângulo são O(0,0,0), A(3,4,0) e B(1,2,2). Determine as equações reduzidas, sendo z a variável independente, da bissetriz interna do ângulo AÔB. zz zx 5 11 5 7 16. Determine as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto P( 1,0,1) e é perpendicular à reta tz y tx r 1 0: . x = 1 + t, y = 0, z = 1 –t 17. Dados os pontos A(0,0,1), B( 1,2,1) e C( 1,0,1), obtenha as equações da bissetriz interna do triângulo ABC, relativa ao vértice C. x = 1 – t, y = t, z = 1 18. Escreva as equações paramétricas da reta r, que passa pelo ponto A(2,0,-3) e é paralela à reta 6 3 4 3 5 1 : zyx s . x = 2 – 15t, y = 4t, z = - 3 + 18t 19. Sejam P( 1,0,1) e Q( 0,1,1). Determine um ponto C da reta PQ tal que a área do triângulo ABC seja 2 1 . a) A( 1,3,2), B( 2,2,2) não existe C b) A( 3,-2,1), B( 0,0,1) (2,-1,1) ou (4,-3,1) c) Determinar os pontos da reta tz ty tx r 23 21 2 : que distam 6 unidades do ponto A( 2,1,3). (4,5,7) e (0,-3,-1) 20. Dado o ponto A( 3,4,-2) e a reta tz ty tx r 24 2 1 : , determinar: a) As equações paramétricas da reta que passa por A e é perpendicular a r; x = 3 – 2h, y = 4, z = -2 + h b) O ponto simétrico de A em relação a reta r. (-5,4,2) Professora Marli 55 O PLANO Equações paramétricas do plano Seja ),,( 111 zyxA um ponto de um plano e sejam ),,(),,( 222111 cbavecbau vetores não colineares (vetores-base do plano). Um ponto ),,( zyxP pertence ao plano se, e somente se existem números reais h e t tais que: tchczz tbhbyy tahaxx cbatcbahzyxzyx vtuhAP vtuhAP vtuhAP 211 211 211 222111111 : ),,(),,(),,(),,( Estabelecer as equações paramétricas do plano determinado pelos pontos A(1,2,3), B(2,3,-1) e C(-1,3,2). Professora Marli 56 Equação geral do plano Seja ),,( 111 zyxA um ponto de um plano e seja ),,( cban um vetor não nulo, ortogonal (normal) ao plano. O plano é o conjunto de todos os pontos ),,( zyxP do espaço, tais que os vetores neAP sejam ortogonais. 0 )(0 0),,(),,( 0 111111 111 dczbyax czbyaxdczbyaxczbyax zzyyxxcba APn APn Obs.: Um plano fica determinado quando conhecemos um ponto e um vetor normal. Qualquer vetor nk também é normal ao plano. Os coeficientes a,b,c representam as componentes de um vetor normal ao plano, d só é conhecido quando temos um ponto do plano. O vetor normal é ortogonal a qualquer vetor representado no plano. Determinar a equação geral do plano: Paralelo ao plano 06352: zyx e que contém o ponto A(5,-2 1). Professora Marli 57 Perpendicular à reta yz yx r 24 23 : e que contém o ponto A(2,0,-1). Determinado pelos pontos A(-1,2,0), B(2,-1,1) e C(1,1,-1). Que passa pelo ponto A(6,0,-2) e é paralelo aos vetores iu e kjv 2 . Que contém o ponto A(4,1,0) e é perpendicular aos planos 0642:1 zyx e 032:2 zyx .Professora Marli 58 Que contém as retas 2 32 : xz xy r e 1 5 1 3 1 : y zx s . Que contém as retas 4 3 : z ty tx r e 0; 2 1 2 2 : z yx s Professora Marli 59 Casos particulares 1° caso: Plano que passa pela origem - o termo independente é nulo. )0,0,0(O Substituindo na equação geral temos: 0 0)0()0()0( 0 d dcba dczbyax A equação geral do plano será 0: czbyax 2° caso: Planos paralelos aos eixos coordenados – uma componente de n é nula. O vetor é ortogonal a um dos eixos coordenados, sendo assim o plano é paralelo ao mesmo eixo. a) Se OxOxcbna //),,0(,0 . A equação geral do plano será 0: dczby b) Se OyOycanb //),0,(,0 . A equação geral do plano será 0: dczax c) Se OzOzbanc //)0,,(,0 . A equação geral do plano será 0: dbyax Obs.: Se na equação geral de um plano falta uma variável, o plano é paralelo ao eixo da variável ausente na equação. 042: yx 0632: zy 03: zx Professora Marli 60 3° caso: Planos paralelos aos planos coordenados – duas componentes de n são nulas. O vetor tem a direção de um dos vetores kouji , e, portanto o plano é paralelo ao plano dos outros dois vetores. a) Se xOykcnba ////),0,0(,0 A equação geral do plano será 1: zz 4: z b) Se xOzjbnca ////)0,,0(,0 A equação geral do plano será 1: yy 3: y c) Se yOziancb ////)0,0,(,0 A equação geral do plano será 1: xx 2: x Os planos coordenados são planos particulares. 0: 0: 0: xyOz zxOy yxOz Professora Marli 61 Equação segmentária do plano. Se na equação geral 0,,,,0: dcbadczbyax o plano intercepta os eixos coordenados nos pontos ),0,0()0,,0(),0,0,( rReqQpP e sua equação pode ser representada na forma segmentária. As coordenadas dos pontos P, Q e R verificam a equação 0: dczbyax . Substituindo o ponto P: p d adcbpa 000 Substituindo o ponto Q: q d bdcqba 000 Substituindo o ponto R: r d bdrcba 000 )(: ddz r d y q d x p d 1 r z q y p x Determinar a equação geral do plano: Paralelo ao eixo dos z e que contém os pontos A(0,3,1) e B(2,0,-1). Perpendicular ao eixo dos y e que contém o ponto A(3,4,-1). Professora Marli 62 Identificar os lugares geométricos em : a) ____________________________________________ b) ___________________________________________________ c) __________________________________________________ d) _______________________________________________________ e) ________________________________________________________ f) ____________________________________________________________ g) __________________________________________________________ h) __________________________________________________ Represente graficamente os planos do exercício anterior. Professora Marli 63 Ângulo de dois planos É o menor ângulo formado pelos seus vetores normais. 21 21 cos nn nn , 2 0 Calcular o ângulo entre os planos 0102:1 zyx e 012:2 zyx . Condições de paralelismo e perpendicularidade de dois planos. Se 212121 //// nknnnentão Se 0212121 nnnnentão Professora Marli 64 Ângulo entre reta e plano É o complemento do ângulo que a reta forma com uma reta normal ao plano. é o ângulo que a reta r forma com o plano . é o ângulo que a reta r forma com uma reta normal ao plano . é o complemento do ângulo . Se e são ângulos complementares temos sencos . nv nv sen , 2 0 Condições de paralelismo e perpendicularidade entre reta e plano. Se //r , então 0 nvnv Se r , então nkvnv // Condições para que uma reta esteja contida em um plano. 1) nv e 2) ArAse , Professora Marli 65 Interseção de dois planos: é uma reta cuja direção é simultaneamente ortogonal aos vetores normais dos planos. Estabelecer as equações reduzidas, sendo x a variável independente, da reta interseção dos planos 033:1 zyx e 0423:2 zyx . Interseção entre reta e plano: é um ponto que pertence à reta e ao plano. Determinar o ponto de interseção da reta 3 32 32: z yxr com o plano 0932: zyx . Professora Marli 66 EXERCÍCIOS 1. Seja o plano 0132: zyx , calcular: a) O ponto de que tem abscissa 4 e ordenada 3; (4,3,-2) b) O ponto de que tem abscissa 1 e cota 2; (1,9,2) c) O ponto de abscissa zero e cuja ordenada é o dobro da cota; (0,-2,-1) d) O valor de k para que o ponto P(2, k+1, k) pertença a . k= -2 2. Determinar a equação geral do plano mediador do segmento de extremos A(1,-2,6) e B(3,0,0). x + y - 3z + 8 =0 3. Calcular o volume do tetraedro limitado pelo plano 012423: zyx e pelos planos coordenados. 4. Determinar a equação geral do plano determinado pelos pontos A(2,1,0), B(-4,-2,1) e C(0,0,1). x – 2 y =0 5. Determinar a equação geral do plano determinado pelos pontos A(2,1,3), B(-3,-1,3) e C(4,2,3). z =3 6. Determinar a equação geral do plano que passa pelos pontos A(-3,-1,-2) e B(-1,2,1) e é paralelo ao vetor kiv 32 . 3x-4y+2z+9=0 7. Determinar a equação geral do plano que contém os pontos A(1,-2,2), B(-3,1,-2) e é perpendicular ao plano 082: zyx . x-12y-10z-5=0 8. Determinar a equação geral do plano que contém as retas: a) 1 3 3 2 2 1 : zyx r e 2 3 1 2 2 1 : zyx s . 5x-2y+4z-21=0 b) 3 : y zx r e tz y tx s 2 1: . 2x+y-2z+3=0 9. Determinar a equação geral do plano que contém o ponto e a reta dados: a) A(3,-1,2) e
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