Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Análise das falhas Unidade 2 Eng. Hugo Bassi, M. Sc. UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 2 Agenda 1. Definição de Falha 2. Causas das falhas 3. Comportamento das falhas 4. Curva da banheira 5. Tipos de Censura: I, II e III 6. Cálculo da taxa de falhas para dados empíricos UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 3 Qual a função dos itens abaixo? Celular Transporte aéreo Camisa masculina Serviço meteorológico UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi SECUNDÁRIAS • integridade ambiental; • segurança/integridade estrutural; • controle, contenção e conforto; • aparência; • economia e eficiência; • supérfluas PRINCIPAIS Associadas principalmente à razão pela qual o ativo foi adquirido (geral, variam de 1 a 3) 4 Definição de função • Qualquer propósito pretendido para um processo ou produto; • Aquilo que o usuário quer que o item físico ou sistema faça. Verbo + Objeto + Padrão de desempenho desejado FUNÇÃO Foco MCC UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 5 Padrão de desempenho Capacidade inicial projetada Padrão mínimo de desempenho desejado pelo usuário A função da Manutenção é que o desempenho esteja aqui Tempo Importante definir em um programa de MCC De se m pe nh o UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 6 Contexto operacional São as condições nas quais o ativo irá operar Processo em lote e em fluxo RedundânciaPadrões de qualidade Padrões ambientais Padrões de segurança Turnos de trabalho Trabalho em processo Tempo de reparo Peças de reposição Demanda de mercadoSuprimento de matéria-prima Impacta diretamente: • Funções principais e secundárias • Natureza dos modos de falha • Efeitos e consequências da falha UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 7 O que é falha? Término da capacidade de um item desempenhar a função requerida. É a diminuição total ou parcial da capacidade de uma peça, componente ou máquina de desempenhar a sua função durante um período de tempo, quando o item deverá ser reparado ou substituído. A falha leva o item a um estado de indisponibilidade. Norma NBR 5462-1994 UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 8 Falhas funcionais Incapacidade de qualquer item físico cumprir uma função para um padrão de desempenho aceitável pelo usuário UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 9 Falhas potenciais Muitas falhas não acontecem repentinamente, mas se desenvolvem ao longo do tempo... Ponto onde se inicia a perda do desempenho da função e a falha começa a ser percebida UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 10 A ocorrência de uma falha UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 11 Modo de falha • Qualquer evento que possa levar um ativo a falhar; • Associado às prováveis causas de cada falha funcional; • Levam a uma diminuição parcial ou total da função do produto e de suas metas de desempenho; • Sua identificação é um dos passos mais importantes para assegurar a qualidade. Desbalan- ceamentoFratura Separação Rugosidade DesalinhadoDeformação Desgaste Trincamento Mal montado Corrosão Abrasão Encurta-mento UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 12 Modos de falha típicos UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 13 Por que as coisas falham? Situação ideal Projeto deficiente do equipamento Uso inadequado Manutenção deficiente UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 14 Causas da falha 1) Falha de projeto 2) Falha na seleção de materiais 3) Imperfeições no material 4) Falha na fabricação 5) Erros de montagem ou instalação 6) Falha na utilização 7) Manutenção inadequada UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 15 Efeitos da falha O que acontece quando um modo de falha ocorre? Consumo excessivo Vazamento de líquidos e gases Esforço excessivo do operador Desgaste prematuro UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 16 1. Segurança humana e ambiental • Morte • Ferimentos • Poluição 3. Não operacionais • Perdas de oportunidade • Perdas de competitividade 2. Operacionais • Perda de produção • Perda de qualidade • Custos operacionais • Retrabalho • Atendimento ao cliente Consequências da falha UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 17 Interações Modo de falha Efeitos e consequênciasFunção afeta Mecanismo da falha (processo metalúrgico, químico, térmico, etc.) UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 18 Falhas evidentes x falhas ocultas Falhas evidentes Falhas ocultas Aparente para o grupo de operação e manutenção Ninguém percebe o estado da falha Causa parada de máquinas e perda da qualidade. Pode ser acompanhada de efeitos físicos. Não têm impacto direto. Porém expõem a empresa a falhas múltiplas com consequências graves. UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 19 Abrir exemplos Análise de falhas UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 20 Sistema de tratamento de falhas GATILHO Paradas de produção acima de 24 horas Falhas com custo acima de R$ 20 mil reais Ocorrências de acidente ou incidente de segurança Reincidência da Falha UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 21 Como investigar as causas fundamentais das falhas? 1. Observar as “evidências objetivas” da falha diretamente no local da sua ocorrência e com a participação dos operadores envolvidos 2. Perguntar exaustivamente “Por Quê? Por Quê?...” até que se chegue às causas fundamentais da falha 3. Agregar conhecimento técnico à investigação (convocar consultores, técnicos, engenheiros, etc.) Frequentemente, são causas fundamentais : Lubrificação inadequada Operação ou manutenção incorreta Sujeira e condições ambientais desfavoráveis Folgas UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 22 UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 23 Encontrando a causa raiz “A vaca foi pro brejo” UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 24 Encontrando a causa raiz “A vaca foi pro brejo” Ação imediata É aquela para apenas controlar ou reduzir o impacto de uma anomalia. - Tirar a vaca do Brejo. Correção Ação implementada apenas para resolver o problema e voltar à condição anterior. - Medicar a vaca ou chamar o veterinário (se for o caso) - Devolver a vaca para o pasto Ação corretiva Ação ou ações implementada(s) para eliminar as causas de uma anomalia,a fim de que ela não se repita. - Vai depender da causa ou das causas que levaram a vaca ao brejo. UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 25 Encontrando a causa raiz “A vaca foi pro brejo” Análise para verificação da causa pela qual a vaca foi parar no brejo: - A vaca estava em trânsito? - Há alguma cerca entre onde ela estava e o brejo? - Se sim, ela está rompida? - Se não, há como construir uma cerca? - Isto já ocorreu antes? - Em que circunstância tudo ocorreu? UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 26 Encontrando a causa raiz Derrame na plataforma de carregamento de CT´s Ação imediata? Correção? Ação corretiva? UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 27 Di ag ra m a de C au sa e E fe ito Método dos 5 Porquês Encontrando a causa raiz UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 28 Diagrama de causa e efeito Proposto originalmente por Kaoru Ishikawa na década de 60, é um gráfico cuja finalidade é a identificação de CAUSAS primárias e secundárias de um problema. UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 29 Diagrama de causa e efeito – Exemplo 1 UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 30 Exemplo 2 UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 31 Diagrama de causa e efeito • Matéria-prima – A matéria prima utilizada no trabalho que pode ser a causa de problemas: qualidade, prazo de entrega, etc. • Mão de Obra – A pressa, imprudência ou mesmo a falta de qualificação da mão de obra podem ser a causa de muitos problemas. • Máquinas – Todos os aspectos ligados aos equipamentos: deterioração / manutenção / identificação visual / armazenagem, etc. • Método – Procedimento ou instrução de trabalho utilizado. • Medida – Qualquer decisão tomada anteriormente pode alterar o processo e ser a causa do problema. Refere-se também às condições dos instrumentos de medição (calibração, precisão, conservação, etc.) ou amostragem • Meio Ambiente – O ambiente pode favorecer a ocorrências de problemas, está relacionada com a poluição, poeira, calor, falta de espaço, higiene, ruído, etc. MA MA MA ME ME ME UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 32 Diagrama de causa e efeito Como elaborar: 1. Definir o problema; 2. Reúna a equipe e estruture o diagrama, inserindo o problema na “cabeça do peixe”; 3. Faça um brainstorming para coletar as causas e posicione-as sobre o diagrama; 4. Identifique a(s) causa(s) raiz(es) e defina um plano de ação. Benefícios: • Identificação das causas potenciais e causas raízes; • Obtenção de diferentes opiniões a partir de um time de trabalho; • Praticidade na leitura e aplicação; • Melhor entendimento das causas e efeitos. UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 33 Mas, como fazer um brainstorming? Regra O que fazer? Como fazer? 1 Escolha um líder para dirigir as atividades do grupo Durante as reuniões, o líder deve agir como incentivar e motivador para que todos os membros participem e exponham suas ideias 2 Todos os membros colaboram com a sua opinião sobre as possíveis causas para o problema analisado Os membros do grupo vão apresentando suas ideias de forma informal. Cabe ao líder incentivar os membros que tenham dificuldade de expor sua ideia, por timidez, por exemplo 3 Nenhuma ideia pode ser criticada As críticas podem causar constrangimento para alguns integrantes do grupo, causando inibição. Depois de estruturar o diagrama de causa e efeito, pode ser feita uma revisão e eliminar as causas pouco prováveis. 4 As ideias devem ser escritas de forma que todos consigam visualizá-la A exposição das ideias facilita o surgimento de novas ideias, os membros passam a ter novas ideias a partir de sugestões anteriores. 5 A tendência de culpar as pessoas deve ser evitada Procurar culpados tira o foco da resolução do problema UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 34 Diagramas de causa e efeito e plano de ação UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 35 Além do Diagrama de Causa e Efeito, outro método é a Árvore dos Porquês Encontrando a causa raiz UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi 36 Vamos trabalhar? • Em grupo (3 ou 4 pessoas); • Objetivo: Analisar a ocorrência de uma falha, identificando suas causas e propondo contramedidas para evitar sua reincidência; • Método: Cada grupo deve analisar a descrição de ocorrência de uma falha e preencher o formulário de Análise de Falha, dando especial atenção aos campos. UNIDADE 2 Análise das falhasDisciplina: Engenharia de Manutenção e Confiabilidade – Prof. Hugo Bassi Obrigado! Em caso de dúvidas ou sugestões, hugo.bassi@newtonpaiva.br
Compartilhar