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* Marco Valadares CCBS - DME Universidade Federal de Sergipe Insuficiência respiratória aguda e oxigenoterapia em Pediatria * Pré-escolar de três anos de idade, em curso de tratamento para pneumonia em nível hospitalar evoluiu com piora do desconforto respiratório, apresentando ainda agitação psicomotora e palidez acompanhada por sudorese. O médico chamado para reavaliá-la prescreve então Máscara de Venturi a 50%. Duas horas após e não apresentando melhora do quadro outro médico é chamado e então colhe gasometria arterial, que mostra pH de 7,18, pCO2 de 50, pO2 de 58, BIC de 18, BE de -5 e Sat.O2 de 85 %. Qual conduta tomar? * Insuficiência respiratória aguda Taquidispnéia Cianose Alteração do nível de consciência PaO2 < 60 mmHg PaCO2 > 50 mmHg * Considerações - A determinação dos gases arteriais é o melhor método para averiguar a necessidade e a eficácia da oxigenoterapia - Podem ou não existir outros sinais de hipóxia como a cianose * Sinais de hipóxia - Sinais respiratórios: taquipnéia, respiração laboriosa (retração intercostal, batimento de asa do nariz) e cianose progressiva - Sinais cardíacos: taquicardia (precoce), bradicardia, hipotensão e parada cardíaca - Sinais neurológicos: inquietação, confusão, prostração, convulsão e coma - Outros: palidez; sudorese * Conceito Consiste na administração de oxigênio numa concentração e/ou pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia * Criança de 6 anos de idade, vítima de TCE com ECG 6 encontra-se sob máscara de VNI, quando então evolui com vômitos e suspeita de broncoaspiração. Em monitorização mutiparâmetros você observa: FC de 62, FR de 12, PA de 148 x 92 e Sat.O2 de 90 %. Qual conduta tomar? * Em que se baseia o tratamento da insuficiência respiratória aguda? Tratamento etiológico Oxigenoterapia Medidas adjuntas * Cuidados gerais aspiração das secreções da orofaringe e narinas sonda orogástrica para esvaziar o conteúdo gástrico - diminui a compressão do diafragma e minimiza o risco de aspiração por vômito posicionamento da criança, colocando um “coxim” na altura dos ombros, permitindo hiperextensão cervical moderada * Tipos de IRpA Tipo I: presença de HIPOXEMIA hipoventilação defeito de difusão baixa V/Q e shunt alta V/Q e espaço-morto Tipo II: presença de HIPERCAPNIA hipoventilação graves defeitos de difusão graves defeitos de V/Q * Criança de 2 anos de idade atendida com história de desconforto respiratório súbito nas últimas duas horas, quando brincava em domicílio. Nega história de febre e/ou queixas recentes. Atendida com palidez cutânea, sudoreica, hipoativa mas responsiva a estímulos. Hipersialorréia. FC de 80 bpm, FR de 30 irpm, Sat. De O2 de 84%. ACV com BRNF em 2 tempos. AR com MV diminuído difusa e bilateralmente, com sibilos inspiratórios e estridor laríngeo. Qual conduta tomar? * Fases da IRpA Fonte: Matsuno AM, 2012 * Indicações da Oxigenoterapia Hipoxemia com boa resposta à Oxigenoterapia Distúrbios da relação V/Q Distúrbios da difusão do 02 pela barreira Ambientes pobres em 02 Hipoxemia com má resposta à Oxigenoterapia Baixo débito cardíaco…Pv02 e PaO2 Hipoxemia não responsiva à Oxigenoterapia Shunt direita - esquerda Necessidade de aumentar a PaO2 ou PAO2 a níveis suprafisiológicos Reabsorção de pequenos pneumotórax Tratamento da intoxicação por inalação * Lactente de 11 meses, em vigência de quadro diarreico agudo é atendido sem história de queixas respiratórias. Ao exame físico encontra-se com critérios de desidratação grau II. Menor com FC de 170 bpm, FR de 54 irpm, PA de 54 x 36 mmHg e TEC > 3,0 s; afebril no momento do exame. Em prescrição médica, observa-se pronga nasal com 2,0 l / minuto. Avalie tal conduta. * Técnicas O2 deve ser sempre umidificado, aquecido e usado com uma das técnicas seguintes: Máscara - fluxo de 4 - 5 L/min, atinge FiO2 de 0,60, se bem ajustada ao rosto do paciente. Máscara com reinalação parcial pode atingir até FiO2 de 0,80 * Máscaras Máscaras simples Máscaras de sistema fechado (máscaras com reaproveitamento gasoso nulo) Máscaras de Venturi Máscaras abertas * Venturi * Técnicas Cânulas ou ‘prongas nasais’ - pequenos tubos introduzidos de 0,5 a 1 cm nas narinas, com FiO2 variável, dependendo do fluxo e do padrão ventilatório do paciente O fluxo não deve ultrapassar 5 L/min, porque ocorre irritação da mucosa nasal. * * Técnicas Cateter nasal - pequena sonda número 6,8 ou 10, que é colocada na narina da criança até a parte posterior do nariz (medir a distância entre a base da narina e o canto interno da pálpebra), com fluxo entre 0,5 e 1 L/min, para atingir uma concentração maior que com as cânulas nasais * Técnicas Cateter naso-faríngeo - pequena sonda número 6, 8 ou 10, que é colocada na narina da criança até um pouco acima do palato mole (medir a distância entre a base da narina até o tragus), com fluxo entre 0,5 e 1 L/min, para atingir uma concentração superior às cânulas nasais É considerado o modo mais eficaz, com fluxo menor de oxigênio * Técnicas Bolsa de reanimação auto inflável tipo AMBU usar fluxo de 2 - 3 L/min, para RN e lactentes jovens e de 4 - 5 L/min, para lactentes e crianças maiores, atinge FiO2 de 0,60. Bolsas com reservatório podem atingir FiO2 de 1 * Técnicas Capacete, Halo ou Campânula - procedimento mais utilizado em RN e lactentes jovens, podendo ser usado dentro de uma incubadora. O fluxo de Oxigênio e Ar Comprimido (usar dois fluxômetros e sistema em Y para o aquecedor) deve ser entre 6 a 8 L/min, dependendo do tamanho do capacete, para evitar hipercapnia * Fonte: SP Labor * Técnicas FiO2 = n de litros O2 X 1 + n de litros ar X 0,21 n total de litros Exemplo 1: o paciente está usando fluxos de O2 e de ar comprimido de 8 litros/minuto cada FiO2 = 8 x 1 + 8 x 0,21 = 9,68 = 0,60 ou 60% 8 + 8 16 * Exemplo 2: quero ofertar uma FiO2 de 50%; quais fluxos usar? 50 = O2 x 100 + AC x 21 O2 + AC 50 x O2 + 50 x AC = O2 x 100 + 21 x AC 29 x AC = 50 x O2 AC = 50 x O2 = 5 x O2 ... Para cada 3 litros de O2 29 2,9 usarei 5 litros de ar comprimido * O2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 AC 8 7 6 5 4 3 2 1 0 FiO2 21 30 40 50 60 70 80 90 100 * 100 29 ... 3 50 21 50 ... 5 * 100 39 ... 4 60 21 40 ... 4 * Técnicas C P A P - (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas ) evita que o alvéolo colabe-se na expiração - usar cânulas/prongas nasais ou máscaras com um fluxo da mistura gasosa * Fontes: Impacto Medical Cpapmed Idunmed * Técnicas Intubação e Ventilação Mecânica - indicadas em quadro de falência respiratória Determinar o modo ventilatório Determinar os parâmetros ventilatórios * Que FiO2 devo ofertar? FiO2 desejada = PaO2 desejada x FiO2 em uso PaO2 encontrada PaO2 desejada = (109 - 0,43 x IDADE em anos) * Exemplo: Criança de 10 anos, em uso de suporte de O2 a 0,4, com gasometria mostrando PaO2 de 75 FiO2 desejada = (109 - 4,3) x 40 75 FiO2desejada = 55 % * Quando não dispusermos de avaliação hemogasométrica, o que fazer??? Saturometria de pulso _ qual o real valor? * Toxicidade ao Oxigênio X Shunt intrapulmonar X Fenômeno da lavagem do Nitrogênio alveolar * *
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