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Sistema de Ensino Presencial Conectado
bacharel em ciências contábeis
ANA PAULA RIBEIRO DA SILVA, ANNE FRANCIELLE DA SILVA OLIVEIRA, DAVILLA CONCEIÇÃO OLIVEIRA, EDELMEI MENDES PIRES DE SOUZA, EDINAMAR MARIA RIBEIRO, JEAN PAUL CARLOS REZENDE
produção textual interdisciplinar:
E-Social
Morrinhos
2016-2
ANA PAULA RIBEIRO DA SILVA, ANNE FRANCIELLE DA SILVA OLIVEIRA, DAVILLA CONCEIÇÃO OLIVEIRA, EDELMEI MENDES PIRES DE SOUZA, EDINAMAR MARIA RIBEIRO, JEAN PAUL CARLOS REZENDE.
produção textual interdisciplinar:
E-Social
Trabalho de grupo. apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de ,Contabilidade Empresarial e Trabalhista, Noções de Direito, Matemática Financeira, Metologia Cientifíca, Seminário Interdisciplinar II
Orientador: Prof. Agnaldo Pereira, Valdeci da Silva Araujo, Joao Henrique de Almeida Scaff, Merris Mozer, Maria Eliza Correa Pacheco, Vania de Almeida Silva Machado
 Tutor presencial: Rafael Marques Reis
 Tutor eletrônico: Sillas Augusto Feliciano da Silva
Morrinhos
2016-2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
3 ESCOLHA DO SOFTWARE	9
4 RESPONSABILIDADE CIVIL DA EMPRESA DE SOFTWARE	12
5 CONCLUSÃO	13
6 REFERÊNCIAS	14
INTRODUÇÃO
Estamos na Era tecnológica e nada se mantem estático, tudo muda, evolui ou até mesmo se transforma. A cada dia que passa estamos fazendo menos tarefas físicas, sejam elas anotações, lembretes em calendários, números de telefone na agenda, mensagens, cartas, dentre outras atividades que hoje julgamos arcaicas e ultrapassadas, demoradas e até mesmo sem confiabilidade. 
 Na parte contábil não poderia ser diferente, tudo está em constante otimização, seja ela de tempo ou até mesmo de espaço. Os documentos físicos estão se tornando cada vez mais raro, enquanto os arquivos, cada vez maiores e mais assertivos. O Fisco também está sempre de olho em melhorias é claro, para maximizar a arrecadação, como também melhorar e deixa-las mais fidedignas. 
A “bola da vez” agora é o E-social. Tivemos diversas especulações aos longos dos anos, já que o mesmo foi anunciado alguns anos atrás, sendo o SPED da folha de pagamento. Porém como qualquer outro sistema, por ser muito complexo, foi se adiando, mas agora chegou a sua vez, implantação e início da transmissão de dados. 
Com seu início, vemos a necessidade de mudar a forma como as rotinas são transmitidas e até feitas, em alguns casos precisamos de softwares de terceiros para organizar tudo isso e deixar tudo viável. Precisamos entender o que o programa pede, o que devemos mandar, como mandar e para quem. Organizar tudo isso em um pequeno arquivo e mandar via internet para um banco de dados.
O E-Social está aí, precisa ser feito, as empresas receosas, porém já é uma realidade que tem que ser encarada de frente, que tem suas vantagens e suas desvantagens, que veio para unificar, para ajuste e cruzamento de dados do trabalhador e empregador. 
DESENVOLVIMENTO
 Os contabilistas precisam se atentar as mudanças que acontecem constantemente nos diversos setores, como fiscal, departamento pessoal, contabilidade e suas vertentes. Vivemos em uma época onde a tecnologia está em constante desenvolvimento, tanto para facilitar o desenvolvimento do trabalho, quanto para otimizar cada vez mais o recebimento de dados e a própria fiscalização. 
 Não é segredo para ninguém que hoje quase tudo está automatizado, os cruzamentos de dados que o governo faz, e todo cuidado é pouco, pois falhas, sejam por erro pessoal ou mesmo por má fé, estão cada vez mais difíceis de passar. Isso além de dar maior assertividade tanto no trabalho, quanto na fiscalização, é claro, colabora e muito para arrecadação, é muito difícil algo passar despercebido. 
Seguindo esse desenvolvimento tecnológico chegou a hora do departamento pessoal. O governo está lançando em etapas o E-Social que visa unificar a prestação das informações de escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, padronizando sua transmissão, validação, armazenamento e distribuição.
O E-social vai ajudar combater fraudes trabalhistas, fiscais e previdenciárias, auxiliando os empregadores na sua escrituração. Além disso, nos dias atuais o tempo é um grande problemas para as grandes companhias e os prazos de entrega dos diversos impostos e suas declarações dificultam o trabalho tanto dos empregadores quanto dos contabilistas. 
 Dando inicio, vamos trabalhar sobre E-social na empresa descrita:
I – Cia Alfa Industrial, Importadora e Exportadora S/A
1. Faturamento – 90 milhões de reais,
2. Quantidade de funcionários - aproximadamente 1.000 pessoas divididas em 5 estabelecimentos sendo matriz e 4 filiais.
		
 		Os diretores da empresa tomaram ciência da obrigatoriedade do E-social e pediram uma série de explicações aos seus gerentes. Sendo assim eles prontamente enviaram de volta o ofício com todas as perguntas respondidas, para que fiquem cientes de tudo que está acontecendo.
O que é E-social e quais são os normativos que o regulamentam?
 O E-social foi criado pelo governo federal objetivando a consolidação dos processos e obrigações trabalhistas e previdenciárias e unificar o envio de informações pelo empregador diante seus empregados. Os normativos que regulamentam o E-social são: DECRETO Nº 8.373, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2014, RESOLUÇÃO CG Nº 001, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2015, RESOLUÇÃO CD Nº 001, DE 24 DE JUNHO DE 2015, RESOLUÇÃO CG Nº 003, DE 27 DE JULHO DE 2015, RESOLUÇÃO CG nº 004, DE 20 DE JULHO DE 2015, RESOLUÇÃO CCFGTS nº 780, de 2015, RESOLUÇÃO CD Nº 002, DE 30 DE AGOSTO DE 2016, RESOLUÇÃO CG Nº 005, DE 02 DE SETEMBRO DE 2016 e RESOLUÇÃO CG Nº 006, DE 28 DE SETEMBRO DE 2016.
Quanto à obrigatoriedade, quais empresas estão obrigadas a entrega desta modalidade de obrigação acessória e a partir de quando?
 Todas as empresas são obrigadas a participar do E-social, a data de início da entrega que varia de acordo com o faturamento. Empresas que faturam mais de 78 milhões no ano, ficam obrigadas a partir de setembro de 2016 a transmissão de informações como cadastro de vínculos, contribuições previdenciárias, e folha de pagamento, entre outros. A partir de Janeiro de 2017 será obrigatório transmitir as outras informações, como monitoramento da saúde do trabalhador e condições do ambiente de trabalho, bem como comunicação de acidente de trabalho. A partir de janeiro de 2017, os demais empregadores como: microempresas e empresas de pequeno porte, empreendedor individual com empregado, o pequeno produtor rural, contribuinte individual equiparado à empresa e o segurado especial que possua trabalhadores, deverão enviar as informações sobre seus empregados utilizando o sistema do E-social. 
Quais os impactos positivos e negativos para a empresa, quando da utilização do E-Social?
Vantagens.
O E-social visa eliminar nove obrigações que estão em vigor, sendo:
CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)
GFIP (Guia de recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social)
DIRF (Declaração do Imposto sobre a Renda retido na Fonte)
DIRF (informações a terceiros)
RAIS (Relação Anual de Informações Sociais)
Livro de Registro de empregados
GPS (Guia da Previdência Social)
Folha de pagamento e MANAD (Manual Normativo de Arquivos Digitais)
 O E-social tem como intenção simplificar o cumprimento das principais obrigações acessórias, para redução de custo e consequentemente da informalidade. Segundo a própria Receita Federal, também irá aprimorar a qualidade das informações da seguridade social e aumentar a arrecadação, ao diminuir ainadimplência, erros, sonegação, fraude e etc.
 A padronização e a integração de dados de cadastro, atenderá a diversos órgãos do governo e a partir da implantação integral, essa ligação será oficial. Isso também irá evitar que os responsáveis fiquem mandando em “duplicidade” os mesmos dados, para diversos cadastros, ou seja, fazendo apenas um cadastro, a integração já irá preencher o banco de dados de outros órgãos governamentais.
 As empresas terão a garantia resguardada das informações prestadas, já que as mesmas ficarão guardadas e todos os órgãos que necessitarem das informações, poderão busca-las. Evitando assim até mesmo um processo trabalhista mal fundamentado ou baseado em má fé do empregado.
Desvantagens.
 A principal desvantagem da obrigação é o seu custo inicial, tanto com software para adequação das informações, quanto com treinamento pessoal. Também haverão dificuldades com a documentação necessária dos novos cadastros de funcionários, bem como atestados e outros documentos que são necessários em período específico. Não serão admitidos cadastros fora da data estipulada, como por exemplo o funcionário ser demitido e só enviar o evento posteriormente, deverá ser enviado no dia correto.
Quais informações estarão contempladas na transmissão do E-social?
As informações serão divididas em três tipos:
Carga Inicial 
 Eventos Iniciais: primeira carga de dados da empresa e dos seus funcionários;
Eventos de Tabelas: eventos que complementam e montam as tabelas do empregador, responsáveis por uma série de informações que irão validar os eventos não periódicos e periódicos. A manutenção correta dessas tabelas é fundamental para a recepção dos eventos do empregador e cálculo corretos das bases de cálculo e dos valores devidos;
Eventos Não Periódicos
 Fatos jurídicos trabalhistas entre empregador e trabalhador que não têm uma data pré-fixada para ocorrer, como a admissão de um empregado, alteração de salário, exposição do trabalhador a agentes nocivos, desligamento, etc;
Eventos Periódicos
 Eventos que têm periodicidade previamente definida para sua ocorrência. Seu prazo de transmissão é até o dia 7 do mês seguinte. São compostos por informações de folha de pagamento, de apuração de outros fatos geradores de contribuições previdenciárias e de retenção do imposto sobre a renda retido na fonte sobre pagamentos feitos pelo próprio contribuinte. Também estão previstas as informações de retenção das contribuições sociais incidentes sobre pagamentos efetuados às pessoas jurídicas.
Como se dá acesso e a transmissão das informações para o E-Social?
 O acesso é via internet e é necessário certificado digital do tipo A1 ou A3. A transmissão funciona da seguinte maneira: O empregador/contribuinte gera um arquivo eletrônico contendo as informações previstas nos leiautes, assina-o digitalmente, transformando-o em um documento eletrônico nos termos da legislação, objetivando garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor. Este arquivo eletrônico é transmitido pela Internet para o Ambiente Nacional do eSocial que, após verificar a integridade formal, emitirá o protocolo de envio e o enviará ao empregador/contribuinte.
 O E-Social não funciona por meio de um Programa offline Gerador de Declaração – PGD ou Validador e Assinador – PVA, ou seja, não possui um aplicativo para download no ambiente do empregador/contribuinte que importe o arquivo e faça as validações antes de transmitir.
 O Arquivo pode ser gerado pelo próprio site, ou por sistemas do empregador/contribuinte ou mesmo contratado por terceiros, assinado digitalmente e transmitido por meio de webservice. Ou mesmo pelo site do E-social, porém este último meio é inviável para empresas que possuem muitos funcionários. 
Quais são os aspectos positivos para o ente público?
 Acesso rápido as informações atualizadas sobre o emprego, mercado de trabalho de forma geral e renda do trabalhador, poderão cruzar os dados de diversas formas; economia de papel bem como de espaço físico para guardar informações, onde será possível apenas dispor de arquivos digitais.
 Eliminar falhas comuns no registro da previdência, que dificultam a contagem do tempo de serviço, centralização na entrega das declarações, padronização de cadastros de pessoas jurídicas e físicas, aumento de arrecadação, diminuindo erros, sonegação e fraudes.
Escolha do Software
 Ao fim da apresentação do relatório iniciou-se então as pesquisas de mercado para contratação e implantação do sistema para gerenciamento de informações. Duas empresas apresentaram a mesma proposta em termos de sistema, diferenciando-se apenas pela forma de pagamento apresentada.
 A empresa Software Alfa Ltda. apresentou o valor de R$200.000,00 parcelados em 12 meses com taxa de 2,1% ao mês, sem entrada. Já a empresa Software Beta Ltda., R$200.000,00 porém em seis prestações mensais iguais, vencendo a primeira, três meses após a compra, com taxa de juros de 2% ao mês. 
 Para poder fazer um bom negócio as duas propostas precisam ser analisadas.
Software Alfa Ltda. (postecipada) 
Pv: 200.000,00
i: 2,1% a.m
n: 12 meses
PMT: ?
HP12C
F + CLX
200000 + CHS + PV
12 n
2,1 i
PMT: 19.028,25
Software Beta Ltda. (Diferida)
Carência: 3 meses (n)
i: 2% a.m
n: 6
PV(inicial): 200.000,00 
Calcular FV relativo a carência:
PV após carência: R$212.240,00
Fazer cálculos como Antecipada com novo PV.
HP12C
Carência:
f + CLX
200000 + CHS + PV
2 + i 
3 + n 
FV = R$212.241,60
Cálculo antecipada do restante do período, com PV atualizado.
f + CLX
g + 7
212241,6 + CHS + PV
6+n
2+i
PMT: R$ 37.147,65
 Considerando os cálculos acima descritos, temos que a empresa mais vantajosa para a compra do software, é a Software Beta Ltda. Utilizando como parâmetro os resultados da HP12C, a empresa Software Alfa Ltda. daria uma soma de parcelas no valor de R$228.339,00 reais enquanto a empresa Software Beta Ltda. Resulta em R$222.885,90.
RESPONSABILIDADE CIVIL DA EMPRESA DE SOFTWARE
 Após a escolha do software é de extrema importância que fique tudo detalhe em um contrato tanto de venda do produto. Onde o mesmo tem uma funcionalidade e finalidade, logo o mesmo tem que atender todas as questões para qual foi contratado. Caso não consiga realizar com assertividade a função que foi designado e atender o que foi oferecido e contratado, cabe ação civil. Isso foi o que aconteceu, já que a empresa teve prejuízos financeiros por erro do software escolhido.
 A responsabilidade civil surge em razão do descumprimento de uma obrigação de um contrato ou de uma norma legal que regula a vida. Não tivemos acesso ao contrato de compra e venda do software, porém ao não cumprir o que promete, já é o bastante. Segundo o art. 389 do C.C. que trata do descumprimento da obrigação positiva.
 Caberia à empresa entrar com uma ação de reparação de danos, no caso o prejuízo financeiro de R$100.000,00 devido a atividade culposa que pode ter sido gerada ou por imperícia ou por negligência da empresa de software.
CONCLUSÃO
O E-social é uma obrigação que veio para ficar, as empresas precisam se adequar ao novo meio de transmissão de dados para não enfrentar prejuízos financeiros que viriam em foram de autuações, as famigeradas, multas ficais. 
 Assim sendo os diretores e gestores mais que por depressa precisam estar ciente de tudo que é essa nova obrigação acessória, bem como suas vantagens e desvantagens. O E-social veio para mudar a forma de como as rotinas são feitas principalmente no departamento pessoal das empresas e escritórios de contabilidade,e devemos nos adequar a essa nova forma de trabalhar. Muitas práticas que antes eram comuns agora não poderão ser feitas, novos prazos, necessidade de digitalização de alguns documentos, dentre outras.
 Em contra partida, teremos também a extinção de obrigações que já estavam defasadas, ou que já poderiam ter sido extintas através de cruzamentos de dados. Como o próprio CAGED que era uma obrigação que visa simplesmente admitir o funcionário. Com a vinda do E-social, tudo será feito em uma só plataforma, maximizando até mesmo o tempo, quando o pessoal já estiver familiarizado e treinado. 
É também de extrema importância que a empresa adquira um software para gerenciar tantas informações, principalmente em empresas de grande porte, onde existem diversos colaboradores, e os dados são tantos que é humanamente impossível de “manobrar”. Ao fazer os cálculos chegamos a conclusão que a empresa Software Beta Ltda. Foi economicamente mais vantajosa, pela sua condição de pagamento.
A empresa também não fica refém ou assume todas as responsabilidade caso o software contratado não cumpra com suas funções. Como ocorreu, a empresa do software tem responsabilidade civil pelo mesmo, e caso não funcione conforme o contratado e prometido, quaisquer prejuízos financeiros, são de responsabilidade da empresa, cabendo assim uma ação civil de reparação de danos. 
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, José O. Tavares. O SPED e a transparência nas relações tributárias
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