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Jaiany Mendes Lesões periapicais Periápice Complexo de tecidos que circunda a porção apical da raiz de um dente: cemento, ligamento periodontal e osso alveolar. Não podemos fechar o diagnóstico periodontal sem exame de imagem; Radiografias (2D) ou TCFB (3D; tomografias computadorizadas de feixe cônico). Descrever as modificações nos tecidos duros quando em presença de doença periodontal, exemplo perda da crista óssea alveolar. Os radiologistas escrevem no laudo, e o cirurgião dentista que a solicitou deve saber fazer a leitura da radiografia. Descreve-se o que é observado na radiografia, as modificações nos tecidos duros quando há presença de doença periodontal. Técnicas radiográficas: Radiografia panorâmica Vantagens: Menor exposição do paciente, visualização de maxila e mandíbula e suas estruturas adjacentes, e única tomada radiográfica. Na triagem, primeiro faz a panorâmica, e dependendo da necessidade realiza-se uma periapical completa, ou interproximal. Desvantagens é a distorção da imagem devido a ampliação, pobreza de detalhes das estruturas como: crista óssea, lamina dura, septo ósseo e a relação da margem óssea com a junção amelodentinária. Técnicas radiográficas intraoral: Periapical - Paralelismo Vantagens: Incidência perpendicular do raio x ao filme Maior detalhamento na região periapical e de crista alveolar Imagem fidedigna da relação crista óssea alveolar com o limite amelodentinária Menor grau de sobreposição e de deformação vertical da imagem Interproximal Indicações: Na imagem, aparece os dentes superiores e inferiores no mesmo filme Analise e detecção de perdas ósseas na crista óssea (quando há dente) e quando há agenesia chama-se rebordo alveolar) Verificações de adaptações de restaurações, coroas; indicada para região post Topografia dos defeitos – Não iremos conseguir visualizar na radiografia Ósseo: a imagem apenas sugere defeito ósseo, a comprovação é realizada clinico-cirúrgico. Realiza o exame com a sonda periodontal. Extensão, número de paredes envolvidas, nível de reabsorção e a distribuição não podem ser identificados pela radiografia Morfologia e dimensão dos defeitos não sugerida pela imagem radiografia, são aqueles de deformidade maior que o tamanho das lesões evidenciadas na radiografia Perdas ósseas nos corticais vestibulares e lingual: Sua localização não é determinada pelas técnicas usuais, sendo necessário exame mais completo a tomografia, porém o custo é alto. Porém, pode-se usar o método de Clark. Sobreposição das imagens das corticais e das raízes com grande diâmetro no sentido mesiodistal. Nos incisivos centrais superiores, onde há maior inserção de paredes vestibular e lingual Limitações: Ósseas: a bolsa periodontal, a periodontite, envolvimento dos tecidos moles do conjunto gengivoperiodontal e abscessos são impossíveis de serem visualizados na radiografia, o seu diagnóstico e detecção é unicamente clinico. Interpretação radiográfica: Ausência de lâmina dura ou cortical óssea alveolar da crista: Processo inflamatório bastante avançado Início de uma reabsorção óssea, histopatologicamente, traduz a entrada de inflamação no osso, seguindo o trajeto dos vasos sanguíneos. Agravado por cargas oclusais excessiva Presença de abscessos periodontais Envolvimento endodôntico/periodontal Crista óssea: Nos dentes anteriores são em formato de pirâmides quadrangular e truncada nos posteriores. Varia de acordo com a inclinação dos dentes ou das junções amelodentinária Primeira estrutura de suporte a sofrer as consequências da inflamação O diagnóstico precoce facilita uma conduta terapêutica mais conservadora, com melhores resultados clínicos e prognostico favorável. Lesão periapical As lesões inflamatórias que envolvem os ápices dos dentes têm a capacidade de promover destruição do tecido ósseo na região, diminuindo, portanto, a densidade óssea, favorecendo a passagem dos raios x, originando nestes casos a formação de imagens radiolúcidas (escuro). A lesão periapical também tem a capacidade de empurrar a lamina dura, deixando mais condensada, e assim mais radiopaca. As lesões periapicais na maioria das vezes correspondem as reações inflamatórias decorrentes da necrose pulpar, e contaminação baxteriana do canal radicular. Podem ser: Cisto periapical: Envolvido por halo periapical Granuloma periapical: Raizes dentárias e estruturas relacionadas: tratamento endodontico, presença de canais laterais, constatação de resposta periapicais. Lesões periodontais: Doença inflamatória dos tecidos de suporte do dente, causada por microorganismos ou grupos especificos, resultando em uma destruição progressiva do ligamento periodontal e do osso alveolar, com formação de bolsa, retração gengival, ou ambas. Interpretação radiografica: Reabsorções osseas horizontais e verticais: Formas mais comuns das alterações osseas encontradas na evolução das doenças periodontais. Predominancia total ou Predominancia ora uma ,ora outra (ambas ). Generalizada ou em um dente Reabsorção horizontal: Ocorre toda a extensão da crista ossea alveolar, é um processo inflamatório que atingiu os tecidos periodontais. Uniforme e regular em todo o dente. Causada principalmente por inflamação dos tecidos gengivais e periodontais (periodontite). A direção da reabsorção varia de acordo com a penetração dos vasos no osso, pois a inflamação segue os trajetos dos vasos. A reparação da crista alveolar danificada é referencia importante no controle pos operatorio. Pode ser classificada em discreta se atinge o terço cervical, moderada se atinge o terço médio e severa se atinge o terço apical. A moderada ainda pode ser dividida em com ou sem exposição de furca. Reabsorção ossea vertical: Verticalizada no sentido periapical. É irregular, com desniveis osseos. Reabsorção em quantidade destinta. Inicio da destruição causada pela presença de forças excessivas, como traumatismo oclusal. Desnivel evidente entre as corticais e/ou palatino lingual. Faz um formato de V, e tem uma reabsorção maior de um lado. Oclusal excessiva. Ligamento periodontal Linha radiolucida entre as superficies dentais e os septos osseos. Espressura fina, continua, unifome, envolve e reproduz o formato da raiz As moficiações perceptiveis radiologicamente: Alteração periodontal: diminuição ou aumento da expressura Irregularidades localizada na continuidade como: Hipofunção Hiperfunção Fatores oclusais excessivos Aumento da mobilidade Drenagem ou presença de abscessos Hipofunção: sem estimulo ou carga dentaria. Radiograficamente é a diminuição do espaco periodontal e lamina dura. Aumento de volume radicular (deposito de novo cemento, na tentativa de manter as dimensoes normais). Ligamentos menos densos: atrofia dos feixes de fibras; as fibras estão desorientadas e paralelas as raizes. Anquilose é a raiz colada no osso, sem a presença do ligamento periodontal. Hiperfunção: com estimulo ou carga dentária excessiva. Radiograficamente o espaço periodontal está aumentado. Pacientes com bruxismo, restaurações altas sem ponto de contato. Desenvolvimento tanto do volume como do número de feixes de fibras do ligamento. Não só o espaço aumentado, mas acompanhado pelo espaçamento da lâmina + intensificação da radiopacidade do trabeculado do osso de suporte. Retração dentária pelo uso de aparelhos ortodonticos. Há ainda as absorções externas e internas. Forças externas podem causar alterações nos tecidos periodontais e em consequência com as raizes: forças oclusais e movimentações ortodonticas. Quando a borda do apice dentario está arredondada, não tem mais absorção. Temos a reabsorção externa, interna e apical.
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