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EUTANÁSIA, DISTANÁSIA, ORTOTANÁSIA, MISTANÁSIA COM ENFOQUE NOS DIREITOS DE PERSONALIDADE E TESTAMENTO

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FACULDADE DE MINAS
UNIDADE BELO HORIZONTE – MG
BACHARELADO EM DIREITO
ALCIR BARBOSA DA CRUZ (IC)¹
BRUNA RODRIGUES ALVES CURI (IC)¹
IGOR SEVERINO XAVIER (IC)¹
ISABELA CRISTINA DOS SANTOS (IC)¹
JOÃO PAULO FAGUNDES (IC)¹
PIERRE LUIZ DE SOUSA (IC)¹
ROBERT ALVES XAVIER (IC)¹
TAIANA VIEIRA AGUIAR (IC)¹
EUTANÁSIA, DISTANÁSIA, ORTOTANÁSIA, MISTANÁSIA COM ENFOQUE NOS DIREITOS DE PERSONALIDADE E TESTAMENTO VITAL
Trabalho interdisciplinar da Faculdade de 
Minas Bh
Turma 119/N2-Direito- 1º Período Noite
Professor Orientado: Isabel Cristina 
BELO HORIZONTE MG
MAIO DE 2015
ALCIR BARBOSA DA CRUZ
BRUNA RODRIGUES ALVES CURI
IGORSEVERINO XAVIER
ISABELA CRISTINA DOS SANTOS 
JOÃO PAULO FAGUNDES
PIERRE LUIZ DE SOUSA
ROBERT ALVES XAVIER
TAIANA VIEIRA AGUIAR
EUTANÁSIA, DISTANÁSIA, ORTOTANÁSIA, MISTANÁSIA COM ENFOQUE NOS DIREITOS DE PERSONALIDADE E TESTAMENTO VITAL
Trabalho interdisciplinar apresentado à Faculdade de Minas bh do curso de Bacharelado em Direito.
	
Orientadora: Isabel Cristina.
BELO HORIZONTE-MG
MAIO 2015
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................4
INTRODUÇÃO...................................................................................6
Eutanásia..........................................................................................7
Distanásia.........................................................................................8
Ortotanásia........................................................................................9
Mistanásia........................................................................................10
Testamento Vital...............................................................................11
Dignidade Humana...........................................................................12
Jurisprudência...................................................................................13
Conclusão.........................................................................................14
Referência.........................................................................................15
Resumo
sobre temas que relacionam à vida, e consequentemente, a autonomia de morrer, portanto para iniciar um debate, deve-se partir de um pressuposto que têm o direito de viver. Contudo deve-se fazer uma análise, a sociedade, os juristas, os filósofos e os médicos se dividem nas argumentações.
Aos que defendem a autonomia de morrer, se baseiam pelo avanço tecnológico da medicina com isso, consegue dar um diagnóstico preciso do quadro clinico irreversível em que se encontra o paciente, podendo este, passar por terríveis dores e sofrimentos, almejando a antecipação da morte como forma de se livrar do sofrimento de viver. A antecipação da morte não só atenderia o interesse do paciente de uma morte com dignidade, como também o pleno exercício de cidadania em defesa do direito à liberdade.
Em contrapartida, a oposição à autonomia de morrer sustenta dentre outros argumentos, o dever estatal de preservar a todo custo a vida humana, definindo esta, como o bem jurídico supremo, inalienável, indivisível e intransferivel.Por este lado o poder público estaria obrigado a fornecer meios eficazes de proteger o bem estar dos cidadãos e evitar que sejam mortos ou colocados em risco. Eventuais direitos individuais estariam subordinados a tutela do poder estatal, que por sua vez, obriga a adoção de todas as medidas que prolonguem a vida até mesmo contra a vontade do paciente.
Palavras-Chaves
Vida, morte digna.
Abstract
There is debate about topics that relate to life, and consequently, the autonomy of dying, so to start a debate, it should not be an assumption that everyone wants to live. However, one should make an analysis of morality and its relation to modern society. From this analysis, society, jurists, philosophers and doctors are divided in the arguments.
Those who defend the autonomy of dying, are based by technological advancement of medicine, and with this can give an accurate diagnosis of irreversible clinical picture that is the patient, which may go through terrible pain and suffering, craving the anticipation of death as a way to get rid of the pain ofliving.The anticipation of death not only would serve the interest of the patient to a death with dignity, as well as the full exercise of citizenship in defense of the right to freedom.
In contrast, the opposition supports the autonomy of dying among other arguments, the state duty to preserve at any cost to human life, set this as the ultimate,inalienable,indivisible and non-transferable legal right-on this side, the government is obliged to provide effective means of protecting the welfare of citizens and prevent them from being killed or placed at risk. Any individual rigthiswould be subordinate the guardianship of the state power, with in turn, would require the adoption of any measures that prolong life even against the will of the patient.
Keywords
Life, worthy death.
 
Introdução
O presente trabalho visa apresentar os seguintes temas, eutanásia, distensa, ortotanásia e mistanásia seu significado e importância, os conflitos que perpassam nesse tema e como é tratado no ordenamento jurídico brasileiro.
A eutanásia abrevia a morte do paciente, também chamada de boa morte, ou até mesmo ajuda para morrer, antecipando a morte daquele indivíduo que não tem mais perspectiva de futuro.
Já a distanásia é um recurso que visa prolongar a vida do paciente usando aparelhos e fármacos, usados independentemente se está sendo preservado o conforto e bem estar do paciente, mesmo se o paciente não estiver em uma situação digna.
Entretanto a mistánasia é um termo pouco utilizado, mas representa a morte antes da hora, conhecida como eutanásia social. Pode ocorrer em caso de omissão de socorro, ou por médico negligente.
A ortotanásia do grego significa “morte correta” é a denominação da pratica feita pelos médicos em que o quadro clínico do paciente seja considerado terminal e qualquer terapia que possa prolongara vida desse paciente que seja considerada futil.Então, os médicos suspendem o tratamento do paciente quando o mesmo manifesta sua vontade, permanecendo apenas, os cuidados paliativos.
O testamento vital é um documento que tem efeito erga ominis, onde define a vontade do paciente em relação aos cuidados e tratamentos visando a morte digna.
Por fim, ao longo dessa produção, todos esses aspectos serão abordados, sempre respeitando as particularidades de cada caso e tendo como princípio uma vida digna ao ser humano, tanto em suas escolhas quanto suas expectativas.
Eutanásia
A eutanásia na sua etimologia deriva das expressões gregas “eu” e “thanatos”, cuja a tradução “eu” significa bom e “thanatos” significa morte, trazendo a interpretação de “boa morte ou “morte boa”.
Esse método e o mais famoso entre os temas que serão mencionados, consiste em abreviar a morte do paciente, que geralmente se encontra acometido de moléstia grave irreversível, no estágio terminal da doença e cientificamente não há mais possibilidade de recuperação no seu quadro de saúde. A finalidade é cessar o seu sofrimento, isto é, ao invés de permitir que a morte ocorra de maneira natural, interfere-se diretamente sobre o curso natural da vida, ceifando-a. É atualmente ilegal no estado brasileiro.
Segundo Roxana Cardoso Brasileiro Borges (2007):
“A eutanásia verdadeira é a morte provocada em paciente vítima de sofrimento e doença incurável. Se a doença não for incurável, afasta-se a eutanásia (que, diante do código penal, poderá ser considerada homicídio privilegiado) e se cai na hipótese de homicídio simples ou qualificado, depende do caso. Quando se busca simplesmente causar a morte, sem a motivação humanística, não se pode falar em eutanásia”.
(Borges, Roxana Cardoso Brasileiro. Direito de Personalidade e autonomia privada.Pág.238
Distanásia 
A diatanásia na sua etimologia deriva das expressões “dis” e “thanatos”, cuja tradução”dis” significa “mal” e “thanatos” significa “morte”, trazendo a interpretação de “morte ruim”. Com o avanço da medicina são várias as opções dos tratamentos e remédios dos pacientes considerados terminais, muitos permitem o controle da doença e aumento da expectativa de vida.
É o procedimento terapêutico que visa prolongar a vida do paciente se valendo de aparelhos e fármacos, usados independentemente se está sendo preservado o conforto e bem estar do paciente.
Segundo Maria Helena Diniz:
“Pela distanásia, também designada obstinação terapêutica (L’acharnement therapeutique) ou futilidade médica (medical futility), tudo deve ser feito mesmo que cause sofrimento atroz ao paciente. Isso porque a distanasiaé a morte lenta e com sofimento.Trata-se do prolongamento exagerado da morte de um paciente terminal ou tratamento inútil. Não visa prolongar a vida, mas sim o processo de morte[...] (Diniz Maria Helena. O estado atual do Biodireito.Pág.399)
 Ortotanásia
Etimologicamente derivado do grego.Ortotanásia significa “morte correta “tendo “orto”, significado de “certo” e “thanatos” de morte. Como relata o seu significado, a ortotanásia tenta fazer com que a morte inevitável de uma pessoa que foi acometida por uma moléstia grave, que cientificamente não há como ser curada, possa a falecer de maneira natural, não intervindo de maneira a dar sobrevida ao paciente, é dita como morte no tempo certo.
Segundo Rui Barbosa:
“A vida não tem mais que duas portas: uma de entrar, pelo nascimento: outra de sair, pela morte. Ninguém, cabendo-lhe a vez, se poderá furtar à entrada. Ninguém, desde que entrou, em lhe chegando o turno, se conseguirá evadir à saída de um ao outro extremo, vai o caminho, logo ou breve, ninguém o sabe, entre cujos os termos fatais se debate o homem, pesaroso de que entrasse, receoso da hora em que saia, cativo de um e outro mistério que lhe confiam a passagem terrestre. ” (Barbosa Rui.1911)
Mistanásia
Mistanásia é uma palavra muito recente e diferente dos outros temas abordados sua etimologia vem do inglês e do grego; ”mis”, que quer dizer mau, errado ou inadequado e “thanatos “ que como já vimos anteriormente quer dizer “morte”
Amistanásia é o sério fenômeno da” maldade humana “no mau atendimento, negligência que leva à morte. A grande maioria das vítimas são pessoas pobres, vítimas da exclusão social e econômica. Vidas precárias, desprovidas dos cuidados de saúde morrem antes do tempo. Comprovado frequentemente na central de urgência e emergência, onde se pode presenciar a agonia de pacientes que sofrem junto aos seus familiares a espera de leitos vagos nas “UTIS”.
Tal prática se aplica a três situações específicas. A primeira delas é aquela que considera a “mistanàsia passiva”, como já dito, acontece quando o estado negligência sistema de saúde apropriado, dentre outros recursos. Um outro exemplo de mistanásia passiva seria o que aconteceu na segunda guerra mundial com aqueles que foram para os campos nazistas de concentração.
Segunda prática acontece quando pacientes em estado terminal sofre com diagnósticos médicos equivocados, e, consequentemente venham ao óbito.
A terceira prática, acontece de forma em que o indivíduo tem esperança de vida, mas por motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos sofre como os atos de má fé, por exemplo retirada internacional de órgãos.
Segundo Maria Helena Diniz;
É obvio que tal prática é incompatível com o nosso ordenamento jurídico, por toda principiologia constitucional, pela inviolabilidade do direito à vida e pela determinação do artigo1º da CRFB em seu inciso III (Art.1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:(...) ///
_A dignidade da pessoa humana;)que exige um Estado forte e apto a garantir a todos uma existência digna.
Testamento Vital
O testamento vital consiste em um documento devidamente assinado, em que o interessado juridicamente capaz declara a que tipo de tratamento médico deseja ser submetido ao se encontrar em situação que impossibilite a sua manifestação de vontade, podendo se opor a futura aplicação de tratamentos e procedimentos médicos que prolonguem sua vida em detrimento da qualidade da mesma.
Diferencia-se da eutanásia, pois nesta o médico age ou omite-se surgindo diretamente a morte, com o consentimento do paciente, a pedido de algum familiar ou sob impulso de exacerbado sentimento de piedade humana.[1: Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxilio para que o faça: Pena –reclusão, de 2(dois) à 6(seis) anos se o suicídio se consuma: Pena –reclusão de 1(um) à 3 (três) anos, se a tentativa de suicídio resultar em lesão corporal de natureza grave (Brasil, 2013:536)]
 Dignidade Humana
Eutanásia: eutanásia pode ser considerada como morte digna, sabendo que o paciente escolhe não viver mais devido a dor e sofrimento. Então temos a prática do que chamamos de suicídio assistido, ressaltando que esta parte da vontade do enfermo.
Distanásia: Distanásia é uma prática que fere a dignidade da pessoa humana pois, seu bem estar não é preservado, não parte de sua própria escolha, e prolonga-se uma vida de maneira fútil e totalmente artificial.
Ortotanásia: Dos assuntos abordados, é considerado a morte que acontece de forma mais digna pois visa preservar exclusivamente o bem estar do indivíduo e sua vontade de não prolongar sua vida com tratamentos degradantes, visto que não há mais chance de sobrevivência.
Mistanásia: Esta por sua vez é a morte que fere totalmente e de forma mais brutal a dignidade humana, pois o indivíduo tem uma morte miserável que parte primeiramente da negligência e omissão do Estado em relação à saúde pública, onde consequentemente as pessoas não chegam nem a ter o mínimo existencial para sobrevivência. Como também pode partir do diagnóstico médico errôneo.
Jurisprudência
Na jurisdição brasileira a Eutanásia não é legal, pois considera-se homicídio. No que tange ao profissional de medicina, considera-se parte de um ato de compaixão.
Art.121/CP-Matar alguém. Pena de reclusão 6 (seis) à 20 (vinte) anos.
Já a distanásia não se encontra impedimento legal e nem ofende algum princípio estabelecido no direito.
A Ortotanásia é um assunto que se encontra em tramite, não podendo se afirmar se tal ato é legal ou não.
No que tange a mistanásia, devemos lembrar que um dos deveres fundamentais do Estado Democrático de Direito é garantir aos cidadãos a seguridade social de forma que se tenha vida digna, visto isso, conclui-se que tal prática no Brasil é um problema público e social. E não deve ser equiparado aos outros temas.
Conclusão
Embora gerador de grande polemica e havendo a distorção de seu real significado, o reconhecimento do direito a eutanásia é perfeitamente possível. A criação de um tipo legal regulamentando o tema da forma correta geraria segurança adequada para a prática do ato, evitando que se condene alguém a um sofrimento desnecessário por longo período de tempo. Após a regulamentação de forma mais adequada possível, considerado o mais importante dos direitos a vida, visando a tutela do direito pela morte digna. Vê-se que além do termo eutanásia várias outras nomenclaturas surgiram para explicar as circunstâncias e condições em que ocorre a morte, sendo elas a ortotanásia, distanásia, mistanásia e suicídio assistido. Embora gere uma certa confusão, não apenas por ter o vocábulo semelhante por várias versas sobre o mesmo assunto “morte” possuem significado diferente e não devem ser confundidos. Embora ainda não haja o reconhecimento e a regulamentação do direito a eutanásia, admite-se a prática da ortotanásia, ondeo paciente desiste de um tratamento inútil, nesta hipótese não há encurtamento da vida e muito menos prorrogação exagerada, como no caso da distanásia, o organismo morre em seu momento oportuno. Também chamado de eutanásia passiva esta conduta é aceita, inclusive pelas religiões que contrariam a eutanásia tida como ativa e que encurta a vida do paciente.

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