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Engenharia Eletrônica Laboratório de Eletricidade II – LE2 Laboratório de Eletrônica I – LO1 Professores: Alberto Akio SHIGA e WAGNER de Aguiar Experimento: 04 Título: FLIP – FLOP (RS / D) / OSCILADOR MONOASTÁVEL 555 Data da Realização: ____/____/____ Data Limite de Entrega: ____/____/____ GRUPO: _______________ Turma: T4 – 1º semestre de 2015 Engenharia Eletrônica 2 Circuitos Flip Flop RS OBJETIVO Experiência para comprovar o funcionamento com o Flip Flop RS básico. INTRODUÇÃO Até este momento, todas as aplicações que estudamos são formadas por circuitos eletrônicos digitais que conhecemos como: circuitos combinacionais. Você pode estar pensando o que ULAs, portas lógicas e decodificadores têm em comum, bem ele têm em comum que cada saída é determinada por uma combinação específica das entradas, por isso circuito combinacional. Já os circuitos sequenciais, que estudaremos agora, possuem uma peculiaridade, o estado de suas saídas não depende só das entradas, mas também do estado anterior que estas saídas se encontravam. E como isto é possível? Muito simples, interligando, de uma maneira específica, as saídas do circuito a algumas das portas lógicas de entrada, o que chamamos de realimentação (em qualquer disciplina técnica, realimentação é o processo de utilizar uma porção da saída, no processamento das entradas). Um dos circuitos digitais em que a realimentação pode ser encontrada e que, é a base dos circuitos sequenciais, é o flip-flop. A figura a seguir mostra o diagrama lógico de um flip-flop RS, um dos primeiros flip-flops utilizados em eletrônica digital. O flip-flop, independentemente do tipo, apresenta em geral duas saídas, Q e ̅, sendo que a segundo é o inverso da primeira. A principal característica de um flip-flop é que ele circuito biestável, isto é, suas saídas possuem dois estados estáveis, 0 e 1. Nota: Quando ambas as entradas estão em nível alto, ambas as saídas irão para nível alto também, o que é uma violação da condição que uma saída deve ser o inverso da outra. Por isso, esta combinação de entradas não deve ser utilizada. Talvez você esteja pensando, mas uma porta lógica qualquer também possui dois estados estáveis, uma porta E, por exemplo, com suas entradas em 1 ela manterá sua saída em nível 1, com uma das entradas em 0, sua saída ficará em zero. Mas não é bem isso que queremos dizer, quando afirmamos que um circuito possui dois estados estáveis, queremos dizer que existe uma combinação de entradas que manterá o estado atual da saída, seja ele qual for (para o caso do flip-flop RS esta combinação é quando ambas as entradas estão em nível baixo). Note que isto não é possível em um circuito digital onde não há realimentação. É esta característica que faz do flip-flop um circuito Engenharia Eletrônica 3 especial, ele é capaz de memorizar o estado de uma saída, sendo a base para construção de qualquer memória. Outra característica, presente na grande maioria dos flip-flops, é uma entrada para o sinal de clock. O sinal de clock confere sincronia a transição do flip-flop, fazendo com que a saída só seja atualizada (de acordo com os estados das entradas) quando este sinal está ativo, no caso do flip-flop RS isto ocorre quando CLK está em nível alto. Mas existem flip-flop que reagem apenas à bordas do sinal de clock, isto é, a saída é atualizada apenas quando o clock transita de um estado para outro. Estes flip-flop podem ser sensíveis a bordas de subida, apenas atualizam as saídas em transições do tipo Baixo -> Alto do clock, ou a bordas de descida, respondendo a transições do tipo Alto -> Baixo do clock. Iremos explorar alguns tipos de flip-flops ao longo deste ensaio. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS -01 Circuito Integrado 555 -01 Circuito Integrado 7400 (Porta NAND) -01 Circuito Integrado 7402 (Porta NOR) -01 Circuito Integrado 7404 (Porta NOT) -01 Circuito Integrado 7474 (Duplo Flip-Flop tipo D acionado na borda de subida). -01 Resistor 150Ω, 33kΩ e 68kΩ -02 Resistor de 330Ω -01 Capacitor 100nF, 0,01uF -01 Transistor BC548 -01 Fonte de alimentação DC. -01 Osciloscópio. -01 Gerador de funções. -02 Cabos para fonte. -02 Cabos Osciloscópio. -01 Cabo para o gerador de funções. -02 LED´s resistores para monitoramento dos níveis lógicos. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 7402 7400 Engenharia Eletrônica 4 7404 a – Construa um flip-flop RS básico conforme a Figura 1 a seguir utilizando o CI 7402. Ligue a alimentação, chaveie as entradas conforme a Tabela 1 observe o efeito e preencha na mesma as colunas relativas à saída. Figura 1 Tabela 1 b – Construa o flip-flop RS básico de acordo com a Figura 2. Ligue a alimentação e chaveie as entradas conforme a Tabela 2. Observe o efeito e preencha na tabela as colunas relativas à saída. Figura 2 Tabela 2 c – Construa o flip-flop RS síncrono da Figura 3. Entradas Saídas S R Q Q Entradas Saídas S R Q Q S R Q Q S R Q Q Engenharia Eletrônica 5 Figura 3 d – Ligue a alimentação e chaveie as entradas de acordo com a Tabela 3. Observe o resultado e complete na tabela as colunas relativas às saídas. Entradas Saídas CLK S R Q Q 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 Tabela 3 e – Repita o mesmo procedimento do item anterior para preencher a Tabela 4, só que começando com a condição CLK = 1, S = 0 e R = 1. Entradas Saídas CLK S R Q Q 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 S R Q Q CLK Engenharia Eletrônica 6 Tabela 4 QUESTÕES: 1) Que é um flip-flop? 2) Qual é o comportamento de um flip-flop RS assíncrono? 3) Qual é o comportamento de um flip-flop RS síncrono? 4) O flip-flop RS síncrono, utilizado na experiência, é gatilhável por nível de tensão ou rampa? Justifique. 5) Como você faria para tornar síncrono o circuito da Figura 1? Desenhe o circuito e explique o funcionamento. 6) Como é possível fazer com que o circuito da Figura 2 e da Figura 3 se torne gatilhável com sinal negativo? Desenhe o circuito e explique o funcionamento. 7) Analisando as tabelas 1 e 2 o que você pode concluir? 8) A tabela 3 coincide com a tabela 4? Por quê? 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 Engenharia Eletrônica7 FLIP-FLOP TIPO D OBJETIVO Verificar o funcionamento do circuito básico de memória flip-flop tipo D PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 7474 – Duplo Flip-Flop tipo D acionado por borda de subida a – Montar o circuito abaixo utilizando um dos flip-flop do CI 7474. b – Determinar experimentalmente as situações das saídas seguindo a seqüência data na tabela a seguir. Preset Clear Clock Data IN Q Q 0 1 X X 1 0 X X 1 1 0 1 1 1 7474 Dual D – Type FF VCC Clr2 Clr1 D2 D1 Ck1 Ck2 Ck1 Pr1 Q1 Q1 GND Q2 Q2 Pr2 Preset Data IN Clock Clear FF Clr CK Pr D Q Q Engenharia Eletrônica 8 c – Manter as entradas Preset e Clear em nível alto, colocar a entrada Data IN em nível alto, variar o clock de zero para um, anote as saídas. Preset Clear Clock Data IN Q Q 1 1 1 d – Levar a entrada Clear de nível alto para baixo e em seguida retornar ao nível alto. Anote o que ocorre com as saídas. Preset Clear Clock Data IN Q Q 1 1 1 1 0 1 1 1 0 e – Montar o circuito abaixo, mantendo todas as entradas em nível alto. f – Ligar a alimentação e anotar os valores de Q1 e Q2. g – Aplicar um nível zero no Clear. O que ocorre com a saída? Anote. h – Com Data IN 0 em nível alto e Data IN em nível baixo, variar o clock e em seguida efetuar um Preset. O que ocorre? Anote. FF Clr CK Pr D Q Q FF Clr CK Pr D Q Q Preset Data IN 1 Clock Clear Data IN 0 Engenharia Eletrônica 9 i – Com Data IN 0 em nível baixo e Data IN em nível alto, variar o clock. O que ocorre? Explique por que. j – Montar o circuito abaixo, aplicar um sinal de clock de 4Vpp (ligar o offset do gerador). Aplicar uma onda quadrada com freqüência de 1kHz. Medir com o osciloscópio, anotar e comparar o sinal de saída com clock de entrada, sincronizados em amplitude e período. Justificar os sinais encontrados. QUESTÕES 1- O que é um Flip-Flop tipo D? 2- Quais as aplicações de um Flip-Flop tipo D? 3- Qual a diferença entre Buffer e Latch? Preset Clock Clear FF Clr CK Pr D Q Q Engenharia Eletrônica 10 Experiências de temporização com o 555 OBJETIVO Montagem e configuração do Circuito Integrado Temporizador 555, como Monoastável. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Operação no Modo Monoastável O circuito integrado 555 no modo de funcionamento monoestável, nada mais é do que um temporizador. (Sua saída muda de estado e permanece assim durante um intervalo de tempo sempre que ocorrer um pulso no Trigger). A figura 10 demonstra a configuração dos pinos do CI 555 para que ele opere no modo monoestável. Circuito com CI 555 para Modo Monoestável. No circuito acima, inicialmente a tensão de disparo é +VCC, estando o capacitor totalmente descarregado. Estando o Trigger ligado à entrada inversora do comparador C2, ao aplicarmos uma tensão abaixo de 1/3VCC neste pino, o Flip-Flop é “setado” e conseqüentemente o transistor de descarga é cortado. Assim, o capacitor se carrega pelo resistor. Quando a tensão no capacitor for superior ao nível de Threshold (2/3 VCC), o Flip- Flop é “resetado”, fazendo com que o pino 3 passe para o nível lógico baixo, saturando ainda o transistor de descarga e, por conseqüência, descarregando o capacitor. O CI 555 permanece neste estado até que exista um novo pulso abaixo de 1/3 VCC no Trigger. De acordo com o funcionamento descrito acima, nota-se que quanto maior a constante de tempo R x C, mais tempo o pino 3 irá manter-se em nível lógico alto. Assim, determinamos a largura do pulso na saída, como sendo: T = 1,1 x R x C Engenharia Eletrônica 11 Em aplicações gerais, recomenda-se que o valor do resistor deve ficar entre 1kΩ e 1MΩ, embora geralmente os fabricantes recomendam um máximo de 10MΩ. Já para C não existe limite para seu valor. - Operação no Modo Monoastável, montar o circuito abaixo e calcular a frequência de oscilação. Circuito com CI 555 para Modo Monoastável montado em laboratório Ajustar o gerador de sinais para onda quadrada com amplitude de 2VPP e de frequência de 1kHz. Calcular e anotar na tabela abaixo a largura do pulso de saída do CI 555 para cada R listado na tabela. (Considerando Capacitor com valor de 0,01uF). R T f 33k 68k Cálculo de largura de pulso para diferentes resistores Engenharia Eletrônica 12 Apresentar as formas de onda obtidas. Formas de onda Escala (Volt/Div) VA T/Div Escala (Volt/Div) VB T/Div QUESTIONÁRIO A) Projete e monte um temporizador para acionar uma lâmpada ligada à rede, sendo que o tempo em que a lâmpada permanecerá ligada deverá ser igual há 1 minuto e 30 segundos. B) Qual a finalidade do pino 4 do 555? Explicar detalhadamente. C) Qual a finalidade do pino 5 do 555? Explicar detalhadamente. D) Calcule e compare com os níveis medidos em laboratório os tempos de alto E) Calcule e compare com os níveis medidos em laboratório os tempos de alto e baixo do multivibrador monoestável. Comentar. F) Projetar um circuito onde possa se obter um sinal modulado em relação a outro sinal.
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