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05 Resumo Direito Constitucional - Aula 05 (19.09.2011) - Leitura

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D. Constitucional 
Data: 19/09/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 1 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
Assuntos tratados: 
1º Horário. 
� Controle de Constitucionalidade / Controle Abstrato de Constitucionalidade / 
Natureza da Função Exercida pela Jurisdição Constitucional / Natureza do 
Processo de Controle Abstrato / Quanto à Lide / Quanto às Partes / Quanto ao 
Contraditório / Quanto à Eficácia / Quanto ao Objetivo ou Finalidade / Quanto 
ao Impedimento ou Suspeição / Quanto à Execução / Espécies de Ação Direta / 
ADI Genérica / Participantes / Legitimados Ativos / Capacidade Postulatória / 
Partido Político / Confederações Sindicais / Entidades de Classe de Âmbito 
Nacional / Legitimidade Passiva / Advogado-Geral da União / Procurador-Geral 
da República / Amicus Curiae / Pressupostos de Admissibilidade / Juízo de 
Admissibilidade / Atuação do amicus curiae / Natureza Jurídica do amicus 
curiae 
2º Horário. 
� Cabimento do amicus curiae / Procedimento da ADI Genérica / Objeto da ADI / 
Preâmbulo / Normas Constitucionais / Súmulas / Outros Casos / ADI Estadual e 
Norma de Reprodução Obrigatória / Revogação ou modificação superveniente 
do objeto ou do parâmetro 
 
1º Horário 
 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
1. Controle Abstrato de Constitucionalidade 
1.1. Natureza da Função Exercida pela Jurisdição Constitucional 
Trata-se de função política de legislador negativo. Função política porque é 
uma função de governo, na medida em que definir a função do Direito implica em 
dirigir o próprio Estado. E função de legislador negativo, porque declarar a norma 
inconstitucional é declará-la nula, retirando-a do ordenamento jurídico. Legislador 
positivo é aquele que inclui a norma no ordenamento, enquanto legislador negativo é 
aquele que a retira. Vide ADI 2.010. 
(...) 
A DEFESA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA REPRESENTA O ENCARGO MAIS 
RELEVANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.- O Supremo Tribunal Federal - que 
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 D. Constitucional 
Data: 19/09/2011 
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é o guardião da Constituição, por expressa delegação do Poder Constituinte - não 
pode renunciar ao exercício desse encargo, pois, se a Suprema Corte falhar no 
desempenho da gravíssima atribuição que lhe foi outorgada, a integridade do 
sistema político, a proteção das liberdades públicas, a estabilidade do 
ordenamento normativo do Estado, a segurança das relações jurídicas e a 
legitimidade das instituições da República restarão profundamente 
comprometidas. O inaceitável desprezo pela Constituição não pode converter-se 
em prática governamental consentida. Ao menos, enquanto houver um Poder 
Judiciário independente e consciente de sua alta responsabilidade política, social e 
jurídico-institucional. 
 
1.2. Natureza do Processo de Controle Abstrato 
O processo de controle abstrato tem natureza objetiva, diferentemente do 
processo comum e do controle concreto, em que a natureza é subjetiva. 
 
1.2.1. Quanto à Lide 
Lide é o conflito de interesses, que nos remete ao conceito de pretensão e de 
interesse. Nesse contexto, tem-se posição de vantagem em relação a determinado 
bem, com colidência de interesses e resistência por uma das partes. 
No processo subjetivo há pretensão, que, se resistida, acarretará a lide. No 
processo objetivo, o que se discute não é o direito subjetivo de alguém, mas a norma 
em tese, o que implica não na análise de interesses em jogo, não havendo pretensão 
nem lide. 
Por exemplo, o indivíduo que ingressa com ação para discutir sobre o 
pagamento de tributo discute direito subjetivo. Já, o PGR não tem o objetivo de 
defender interesse dele, mas da ordem constitucional, caso em que o processo será 
objetivo. 
Há autores que falam que no processo objetivo haveria uma lide diferente, 
chamada de litígio constitucional, pois haveria o conflito entre a norma ou ato e a 
Constituição. 
ADI 1254 AgR / RJ - RIO DE JANEIRO 
AG.REG.NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Relator(a): Min. CELSO DE MELLO 
Julgamento: 14/08/1996 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação 
DJ 19-09-1997 PP-45530 EMENT VOL-01883-01 PP-00112 
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Parte(s) 
AGRAVANTE: CÍRCULO POLICIAL BRASILEIRO 
AGRAVADO: ÉLCIO PERES MACHADO 
Ementa 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - PROCESSO DE CARÁTER OBJETIVO - 
INCLUSÃO DE ENTIDADE PRIVADA NO PÓLO PASSIVO DA RELAÇÃO PROCESSUAL - 
INADMISSIBILIDADE - TUTELA DE SITUAÇÕES SUBJETIVAS E INDIVIDUAIS - 
INCOMPATIBILIDADE COM A NATUREZA ABSTRATA DO CONTROLE NORMATIVO - 
FUNÇÃO CONSTITUCIONAL DO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO - AGRAVO 
IMPROVIDO ENTIDADES PRIVADAS NÃO PODEM FIGURAR NO PÓLO PASSIVO DO 
PROCESSO DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - O caráter 
necessariamente estatal do ato suscetível de impugnação em ação direta de 
inconstitucionalidade exclui a possibilidade de intervenção formal de mera 
entidade privada no pólo passivo da relação processual. Precedente. O CONTROLE 
NORMATIVO ABSTRATO CONSTITUI PROCESSO DE NATUREZA OBJETIVA - A 
importância de qualificar o controle normativo abstrato de constitucionalidade 
como processo objetivo - vocacionado, exclusivamente, à defesa, em tese, da 
harmonia do sistema constitucional - encontra apoio na própria jurisprudência 
do Supremo Tribunal Federal, que, por mais de uma vez, já enfatizou a 
objetividade desse instrumento de proteção "in abstracto" da ordem 
constitucional. Precedentes. Admitido o perfil objetivo que tipifica a fiscalização 
abstrata de constitucionalidade, torna-se essencial concluir que, em regra, não se 
deve reconhecer, como pauta usual de comportamento hermenêutico, a 
possibilidade de aplicação sistemática, em caráter supletivo, das normas 
concernentesaos processos de índole subjetiva, especialmente daquelas regras 
meramente legais que disciplinam a intervenção de terceiros na relação 
processual. Precedentes. NÃO SE DISCUTEM SITUAÇÕES INDIVIDUAIS NO 
PROCESSO DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO - Não se discutem situações 
individuais no âmbito do controle abstrato de normas, precisamente em face do 
caráter objetivo de que se reveste o processo de fiscalização concentrada de 
constitucionalidade. O círculo de sujeitos processuais legitimados a intervir na 
ação direta de inconstitucionalidade revela-se extremamente limitado, pois nela 
só podem atuar aqueles agentes ou instituições referidos no art. 103 da 
Constituição, além dos órgãos de que emanaram os atos normativos 
questionados. - A tutela jurisdicional de situações individuais - uma vez suscitada 
controvérsia de índole constitucional - há de ser obtida na via do controle difuso 
de constitucionalidade, que, supondo a existência de um caso concreto, revela-se 
acessível a qualquer pessoa que disponha de legítimo interesse (CPC, art. 
3º).FUNÇÃO CONSTITUCIONAL DO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO - A função 
processual do Advogado-Geral da União, nos processos de controle de 
constitucionalidade por via de ação, é eminentemente defensiva. Ocupa, dentro 
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Data: 19/09/2011 
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da estrutura formal desse processo objetivo, a posição de órgão agente, posto que 
lhe não compete opinar e nem exercer a função fiscalizadora já atribuída ao 
Procurador-Geral da República. Atuando como verdadeiro curador (defensor legis) 
das normas infraconstitucionais, inclusive daquelas de origem estadual, e velando 
pela preservação de sua presunção de constitucionalidade e de sua integridade e 
validez jurídicas no âmbito do sistema de direito, positivo, não cabe ao Advogado-
Geral da União, em sede de controle normativo abstrato, ostentar posição 
processual contrária ao ato estatal impugnado, sob pena de frontal 
descumprimento do "munus" indisponível que lhe foi imposto pela própria 
Constituição da República. Precedentes. 
 
1.2.2. Quanto às Partes 
No processo subjetivo, existem as partes, aquelas que alegam um interesse. 
No processo objetivo, como não há interesse, não há partes em sentido 
material. É possível falar em autor na ADI, mas autor significaria aquele que propõe a 
inicial; não existe réu na ADI, pois não há pretensão. Nesse sentido, pode-se falar em 
legitimado passivo na ADI, que será aquele órgão ou órgãos que elaboraram a norma. 
Portanto, pode-se falar em parte apenas no sentido meramente formal. 
ADI 2982 ED / CE - CEARÁ 
EMB.DECL.NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Relator(a): Min. GILMAR MENDES 
Julgamento: 02/08/2006 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação 
DJ 22-09-2006 PP-00029 
EMENT VOL-02248-01 PP-00171 
LEXSTF v. 28, n. 335, 2006, p. 53-59 
Parte(s) 
EMBTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ 
EMBDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA 
EMBDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ 
Ementa 
EMENTA: Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Embargos de Declaração. 
Questões relacionadas à violação do devido processo legal, do contraditório e à 
inconstitucionalidade por arrastamento. 3. Natureza objetiva dos processos de 
controle abstrato de normas. Não identificação de réus ou de partes contrárias. 
Os eventuais requerentes atuam no interesse da preservação da segurança 
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jurídica e não na defesa de um interesse próprio. 4. Informações 
complementares. Faculdade de requisição atribuída ao relator com o objetivo de 
permitir-lhe uma avaliação segura sobre os fundamentos da controvérsia. 5. 
Extensão de inconstitucionalidade a dispositivos não impugnados expressamente 
na inicial. Inconstitucionalidade por arrastamento. Tema devidamente apreciado 
no julgamento da Questão de Ordem. 6. Inexistência de omissão, obscuridade ou 
contradição. 7. Embargos de declaração rejeitados 
 
1.2.3. Quanto ao Contraditório 
No processo objetivo, há ampla divulgação do contraditório e da ampla defesa. 
Porém, no processo objetivo, o contraditório é mitigado, pois não há conflito de 
interesses em jogo. 
A ADI é ação de ataque à norma, tendo-se a figura do AGU que irá defender a 
norma. No processo objetivo, existe um contraditório, embora não se dê no mesmo 
patamar que no processo subjetivo. 
 
1.2.4. Quanto à Eficácia 
No processo subjetivo, o efeito da decisão é inter partes, enquanto no processo 
objetivo o efeito é erga omnes. 
 
1.2.5. Quanto ao Objetivo ou Finalidade 
No processo subjetivo, a finalidade é a tutela de direito ou interesse subjetivo. 
Direito subjetivo é o poder subjetivo de exigir algo de alguém. 
Já, no processo objetivo, a finalidade é proteger a ordem constitucional. 
 
1.2.6. Quanto ao Impedimento ou Suspeição 
No processo subjetivo, o objetivo do impedimento ou suspeição é garantir a 
imparcialidade do juiz, afinal há partes e seus interesses estão em jogo. 
Porém, no processo objetivo, não há partes nem interesses, não há que se falar 
em impedimento ou suspeição. 
O STF já enfrentou questões interessantes a respeito da matéria. 
Em determinado caso, o STF entendeu que, se antes de se tornar Ministro do 
STF, o mesmo tivesse sido Ministro do Executivo e participado da elaboração da 
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Processo Subjetivo
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norma, ainda assim não estaria impedido para julgar a ADI, pois não há interesses em 
jogo. 
Se o atual Ministro do STF, por ser Presidente do TSE, tiver que prestar 
informações ao STF sobre aquela norma impugnada (ex: resolução elaborada pelo 
TSE), o STF também entendeu que aqui não há impedimento para julgamento da ADI. 
Quanto ao PGR, existem duas situações. 
O atual Ministro do STF que, quando PGR, apresentou parecer sobre a ADI está 
impedido. Sabe-se que quando proposta a ADI o PGR é obrigado a se manifestar pela 
constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma, tendo independência funcional 
para tanto. A partir do momento em que elaborado o parecer, o faz com base em sua 
convicção pessoal sobre a matéria. 
Numa segunda situação, o Ministro do STF também está impedido, no caso em 
que, quando PGR, deixa de propor ADI com base em representação de particular. Se o 
PGR nega a propositura da ADI, mas outro legitimado a propõe, o Ministro do STF 
agora resta impedido, pois quando ele nega a propositura da ADI, significa que 
manifestou sua opinião. 
Em outro caso, o STF já entendeu que atual Ministro do STF que já foi AGU 
também pode ser considerado impedido quando já houvesse defendido a norma. 
 
1.2.7. Quanto à Execução 
Por fim, vale observar que, no processo objetivo, não há que se falar em 
execução ou cumprimento de sentença. 
 
1.3. Espécies de Ação Direta 
Os termos ação direta é genérico, em que se podem incluir outras ações 
utilizadas para controle, quais sejam: 
a. ADI Genérica (art. 102, I, “a” da CRFB e Lei 9.869/99); 
CRFB, Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda 
da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou 
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
b. ADC (art. 102, I, “a” da CRFB e Lei 9.869/99); 
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c. ADO (art. 103, §2º da CRFB e Lei 9.869/99); 
CRFB, Art. 103, § 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida 
para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente 
para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão 
administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
d. ADPF (art. 102, §1º da CRFB e Lei 9.882/99); 
CRFB, Art. 102, § 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, 
decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na 
forma da lei. (Transformado em § 1º pela Emenda Constitucional nº 3, de 
17/03/93) 
e. ADI Estadual ou Representação de Inconstitucionalidade Estadual (art. 
125, §2º da CRFB); 
CRFB, Art. 125, § 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de 
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face 
da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único 
órgão. 
f. ADI Interventiva (art. 36, III e art. 34, VII da CRFB). 
CRFB, Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: 
III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à 
execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
CRFB, Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto 
para: 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento 
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000) 
 
1.4. ADI Genérica 
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1.4.1. Participantes 
1.4.1.1. Legitimados Ativos 
O rol de legitimados ativos da ADI está no art. 103, I a IX da CRFB, o que vale 
para ADC, ADPF e ADO. Trata-se de rol exaustivo, que não pode ser ampliado por lei, 
tendo em vista que somente a CRFB pode estabelecê-lo. 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 45, de 2004) 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
a. Legitimados Ativos Universais ou Neutros (incisos I, II, III, VI, VII e VIII) 
� independem de pertinência temática. 
b. Legitimados ativos Especiais (inciso, IV, V e IX) � precisam demonstrar 
pertinência temática ou objetiva, o que significa que os objetivos do autor devem 
guardar relação com a matéria. 
Por exemplo, a associação dos magistrados tem legitimidade propor ADC em 
face de norma editada pelo CNJ que vedava a prática de nepotismo no Poder 
Judiciário. 
A pertinência temática não é o mesmo que condição para o regular interesse 
de ação, interesse de agir. Isso porque, interesse de agir é traduzido como necessidade 
e utilidade; e, como no processo objetivo não se discutem interesses subjetivos,pertinência temática não pode ser vista como interesse de agir. Daí alguns preferirem 
a nomenclatura interesse social. 
 
1.4.1.1.1. Capacidade Postulatória 
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O STF entende que têm capacidade postulatória própria os legitimados dos 
incisos I a VII, portanto não precisam se fazer representar por advogado. Por exemplo, 
o Governador do Estado pode, sozinho, assinar a inicial da ADI e praticar todos os atos 
processuais sem o auxilio do PGE. 
Já, aqueles dos incisos VIII e IX não têm capacidade postulatória própria, sendo 
que, além de precisarem constituir advogados, devem fazer constar na procuração 
poderes específicos para a propositura da ADI. 
A capacidade postulatória não é da pessoa, mas dada à pessoa política. Se um 
agente político perder o mandato, perde a capacidade postulatória. 
ADI 127 MC-QO / AL - ALAGOAS 
QUESTÃO DE ORDEM NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 
Relator(a): Min. CELSO DE MELLO 
Julgamento: 20/11/1989 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação 
DJ 04-12-1992 PP-23057 EMENT VOL-01687-01 PP-00001 
RTJ VOL-00144-01 PP-00004 
Parte(s) 
REQTE. : GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS 
REQDO. : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE ALAGOAS 
Ementa 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. QUESTÃO DE ORDEM. GOVERNADOR 
DE ESTADO. CAPACIDADE POSTULATÓRIA RECONHECIDA. MEDIDA CAUTELAR. 
DEFERIMENTO PARCIAL. 1. O governador do Estado e as demais autoridades e 
entidades referidas no art. 103, incisos I a VII, da Constituição Federal, além de 
ativamente legitimados à instauração do controle concentrado de 
constitucionalidade das leis e atos normativos, federais e estaduais, mediante 
ajuizamento da ação direta perante o Supremo Tribunal Federal, possuem 
capacidade processual plena e dispõem, ex vi da própria norma constitucional, 
de capacidade postulatória. Podem, em conseqüência,enquanto ostentarem 
aquela condição, praticar, no processo de ação direta de inconstitucionalidade, 
quaisquer atos ordinariamente privativos de advogado. 2. A suspensão liminar 
da eficácia e execução de leis e atos normativos, inclusive de preceitos 
consubstanciados em textos constitucionais estaduais, traduz medida cautelar 
cuja concretização deriva do grave exercício de um poder jurídico que a 
Constituição da República deferiu ao Supremo Tribunal Federal. A 
excepcionalidade dessa providência cautelar impõe, por isso mesmo, a 
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 D. Constitucional 
Data: 19/09/2011 
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constatação, hic et nunc, da cumulativa satisfação de determinados requisitos: a 
plausibilidade jurídica da tese exposta e a situação configuradora do periculum in 
mora. Precedente: ADIN nº. 96-9 - RO (Medida Liminar, DJ de 10/11/89). 
 
1.4.1.1.2. Partido Político 
O partido politico deve ter representação no Congresso Nacional 
(representação congressual), o que significa a presença de um deputado ou de um 
senador no Congresso, não sendo necessária a presença de ambos. 
No partido político, o órgão interno que deve propor a ADI é o Diretório ou 
Executivo Nacional, o que significa que o Diretório Regional não pode propor ADI. Vide 
ADI 610. 
ADI 610 MC / PI - PIAUI 
MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Relator(a): Min. NÉRI DA SILVEIRA 
Julgamento: 24/10/1991 Órgão Julgador: TRIBUNAL PLENO 
Publicação 
DJ 07-02-1992 PP-00737 EMENT VOL-01648-01 PP-00037 
RTJ VOL-00138-01 PP-00089 
Ementa 
Ação Direta de Inconstitucionalidade. Falta legitimidade ativa ao Diretório 
Regional ou a Executiva Regional de Partido Político, com representação no 
Congresso Nacional, para propor ação direta de inconstitucionalidade, perante o 
Supremo Tribunal Federal. A disposição do inciso VIII, do art. 103, da Constituição, 
pressupõe procedimento do Diretório Nacional do partido político, com 
representação no Congresso Nacional. O órgão regional não representa o partido 
político, senão nos limites de sua atuação estadual. Ação de que não se conhece, 
por ilegitimidade ativa da requerente, Executiva Regional do Piauí, de Partido 
Político. Pedido de cautelar prejudicado. 
Em um primeiro momento, o STF entendeu que a perda superveniente da 
representação congressual, como no caso de partido politico com representação de só 
um parlamentar, acarretaria o prejuízo da ADI. Hoje, o Supremo entende que a ADI 
deve se manter, pois a aferição da legitimidade se dá no momento da propositura da 
ação. 
 
1.4.1.1.3. Confederações Sindicais 
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 D. Constitucional 
Data: 19/09/2011 
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As Confederações Sindicais são entendidas pelo STF na forma da CLT, tida como 
aquela entidade que está no topo da hierarquia sindical. Para tanto, elas dependem do 
preenchimento e alguns requisitos, assim a confederação sindical deve ser composta 
de pelo menos três federações e deve ter o registro do estatuto no Ministério do 
Trabalho. Vide ADI 1.565. 
ADI 1565 / PE - PERNAMBUCO 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Relator(a): Min. NÉRI DA SILVEIRA 
Julgamento: 23/10/1997 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação 
DJ 17-12-1999 PP-00003 EMENT VOL-01976-01 PP-00136 
Parte(s) 
REQTE. : CONFEDERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICO DO BRASIL - CSPB 
REQDO. : GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO 
REQDO. : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCOEmenta 
EMENTA: - Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Art. 2º da Lei Complementar 
do Estado de Pernambuco nº 16, de 6.1.1996. 3. Legitimidade ativa ad causam da 
autora alegada, em preliminar, à vista do art. 103, VII, 1ª parte, da Constituição, e 
art. 535, "caput", da C.L.T. 4. Legitimidade ativa da autora não reconhecida pelo 
Plenário em ADINs anteriores. Precedentes: ADIN 444-DF e ADIN 1427-7/600-PE, 
em torno do mesmo dispositivo. 5. Ausência de comprovação do registro do 
estatuto como entidade sindical superior no Ministério do Trabalho, em data 
posterior à alteração dos estatutos, conforme determinado por despacho. 6. 
Ação direta de inconstitucionalidade não conhecida por ausência de legitimidade 
ativa ad causam da entidade autora. 
Assim, sindicatos, ainda que de âmbito nacional, não têm legitimidade, afinal 
não estão sob a forma de confederações sindicais. 
ADI 1599 MC / UF - UNIÃO FEDERAL 
MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA 
Julgamento: 26/02/1998 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação 
DJ 18-05-2001 PP-00430 EMENT VOL-02031-03 PP-00448 
Parte(s) 
REQTE. : FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES E SINDICATOS DE TRABALHADORES 
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 DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS - FASUBRA - SINDICAL E 
 OUTROS 
REQDO. : PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
REQDO. : CONGRESSO NACIONAL 
Ementa 
EMENTA: MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: 
ART. 17 DA LEI Nº 7.923, DE 12.12.89, CAPUT DO ART. 36 DA LEI Nº 9.082, DE 
25.07.95, ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 3º E ART. 6º DO DECRETO Nº 
2.028, DE 11.10.96. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DAS UNIVERSIDADES. 
PRELIMINAR: ILEGITIMIDADE ATIVA DE FEDERAÇÃO SINDICAL E DE SINDICATO 
NACIONAL PARA PROPOR AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
PRELIMINAR DE CONHECIMENTO. 1. Preliminar: legitimidade ativa ad causam. O 
Supremo Tribunal Federal, em inúmeros julgamentos, tem entendido que 
apenas as confederações sindicais têm legitimidade ativa para requerer ação 
direta de inconstitucionalidade (CF, art. 103, IX), excluídas as federações 
sindicais e os sindicatos nacionais. Precedentes. Exclusão dos dois primeiros 
requerentes da relação processual, mantido o Partido dos Trabalhadores. 2. 
Preliminar: conhecimento (art. 36 da Lei nº 9.082/95). Não cabe ação direta para 
provocar o controle concentrado de constitucionalidade de lei cuja eficácia 
temporária nela prevista já se exauriu, bem como da que foi revogada, segundo o 
atual entendimento deste Tribunal. 3. O princípio da autonomia das universidades 
(CF, art. 207) não é irrestrito, mesmo porque não cuida de soberania ou 
independência, de forma que as universidades devem ser submetidas a diversas 
outras normas gerais previstas na Constituição, como as que regem o orçamento 
(art. 165, § 5º, I), a despesa com pessoal (art. 169), a submissão dos seus 
servidores ao regime jurídico único (art. 39), bem como às que tratam do controle 
e da fiscalização. Pedido cautelar indeferido quanto aos arts. 1º e 6º do Decreto nº 
2.028/96. 5. Ação direta conhecida, em parte, e deferido o pedido cautelar 
também em parte para suspender a eficácia da expressão "judiciais ou" contida no 
pár. único do art. 3º do Decreto nº2.028/96. 
Vale observar que não há a necessidade de autorização dos filiados para a 
propositura da ADI, afinal aqui não se faz presente o instituto da representação, por 
não haver interesse em jogo. 
 
1.4.1.1.4. Entidades de Classe de Âmbito Nacional 
Quanto à entidade de classe, entendia-se que classe é categoria profissional. 
Mas, hoje, o STF evolui no sentido de não se restringir o sentido a isso, admitindo que 
entidade de classe represente também pessoas jurídicas de direito privado ou público. 
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Por outro lado, o STF entende que deve haver ainda uma homogeneidade da 
classe. Por exemplo, não haveria legitimidade para entidade que representasse os 
juristas, por não se tratar de classe homogenia, na medida em que poderia ser 
composta por magistrados, advogados, acadêmicos, etc. 
A classe, porém, pode ter ramificações. Assim, a associação nacional do 
Ministério Público tem legitimidade para propor ADI, embora englobe o MP de vários 
Estados, o MP Militar, etc. 
Ademais, a entidade de classe deve ter representatividade, devendo 
representar toda a classe e não parte dela. 
Exemplo: ADI proposta em face de lei estadual que versava sobre questões de 
militares estaduais, o que se aplicava tanto a militares oficiais como não oficiais. A ADI 
foi proposta por entidade representante dos militares oficiais. No caso, o STF 
entendeu-se que a entidade não tem legitimidade, por não representar toda aquela 
classe, não apenas parte dela. 
Em outro caso, o STF já entendeu que a Associação Nacional dos Magistrados 
Estaduais (Anamages) não tem legitimidade para propor ADI, por representar apenas 
parte da classe. Em outro caso, o Supremo excepcionou o entendimento, entendendo 
que a Anamages teria legitimidade, pois a lei questionada naquela ADI afetaria apenas 
os magistrados estaduais. 
Entidade de âmbito nacional não é definida nem pela CRFB nem pela lei. O STF 
adota, como regra, a presença em nove estados da federação, com base, 
analogicamente, na lei dos partidos políticos. Porém, essa regra não é absoluta, mas 
relativa. 
Na hipótese de entidade de classe de âmbito nacional composta de entidades 
de classe menores de âmbito regional sobre uma mesma classe, tem-se uma 
associação de associações. Originalmente, o STF não admitia a legitimidade ativa 
destas, sendo que hoje a admite. Vide ADI 3153. 
Ação direta de inconstitucionalidade: legitimação ativa: "entidade de classe de 
âmbito nacional" : compreensão da "associação de associações" de classe: revisão 
da jurisprudência do Supremo Tribunal. 1. O conceito de entidade de classe é dado 
pelo objetivo institucional classista, pouco importando que a eles diretamente se 
filiem os membros da respectiva categoria social ou agremiações que os 
congreguem, com a mesma finalidade, em âmbito territorial mais restrito. 2. É 
entidade de classe de âmbito nacional -como tal legitimada à propositura da 
ação direta de inconstitucionalidade (CF, art 103, IX) - aquela na qual se 
congregam associações regionais correspondentes a cada unidade da 
Federação, a fim de perseguirem, em todo o País, o mesmo objetivo institucional 
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de defesa dos interesses de uma determinada classe. 3. Nesse sentido, altera o 
Supremo Tribunal sua jurisprudência, de modo a admitir a legitimação das 
"associações de associações de classe", de âmbito nacional, para a ação direta 
de inconstitucionalidade. 
O rol de legitimados ativos é o mesmo para ADI, ADC, ADO e ADPF. 
Já, na ADI estadual, tem-se uma disposição diversa. Consoante art. 125, §2º da 
CRFB, não pode a Constituição Estadual dar legitimidade a um único órgão ou 
autoridade. Por exemplo, não pode conferir legitimidade apenas ao PGJ, ainda que tal 
encontre paralelismo com o PGR da CRFB. 
CRFB, Art. 125, § 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de 
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face 
da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único 
órgão. 
O rol de legitimados ativos da Constituição Estadual não é reprodução 
obrigatória do rol da CRFB/88, podendo prever rol mais abrangente ou menos 
abrangente. 
Se a CRFB/88 dá legitimidade ao PGR, pode a Constituição Estadual dar 
legitimidade para o PGJ. Isso porque, pode fazer simetria, mas não há obrigação para 
tanto. No âmbito da CRFB, o AGU não tem legitimidade para propor ADI, mas a 
Constituição Estadual pode conferir legitimidade ao PGE. Pode ainda a Constituição 
Estadual dar legitimidade ao parlamentar da Assembleia Legislativa. 
Na ADI interventiva, a legitimidade é exclusiva do PGR, consoante art. 36, III da 
CRFB. 
 
1.4.1.2. Legitimidade Passiva 
A legitimidade passiva é do órgão que elaborou a norma ou dos órgãos que 
elaboraram as normas. 
A finalidade do legitimado passivo não é defender a norma, pois essa é a função 
do AGU, mas de prestar informações sobre a norma. A mesma lógica serve para a ADO 
e para a ADPF. 
Não há legitimado passivo na ADC, pois a ADI é ação de impugnação, enquanto 
a ADC é ação de confirmação da norma. 
É possível, tanto no polo ativo como no passivo, o litisconsórcio. Se houver 
mais de um órgão elaborando a norma, haverá litisconsórcio passivo. E, por exemplo, 
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se ambas as Mesas do Senado e da Câmara propuserem ADI conjuntamente, haverá 
litisconsórcio passivo. 
É possível haver litisconsórcio entre legitimado universal e legitimado especial, 
sendo que este continua com a necessidade de demonstrar a pertinência temática. Se 
o legitimado especial não a demonstrar, deixará de integrar o polo passivo, não 
prosseguindo na ação. 
Não é possível a mudança do polo ativo para o passivo. Por exemplo, se ADI é 
proposta pelo PGR em face de lei estadual e tem-se, originariamente, o governador e a 
Assembleia Legislativa no polo passivo, o STF não admite a migração do governador 
para o polo ativo, ainda que concorde com a procedência da ADI e tenha legitimidade 
ativa para movê-la. Vide ADI 807. 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE -LEGITIMIDADE ATIVA - 
IMPOSSIBILIDADE DE O GOVERNADOR DO ESTADO, QUE JA FIGURA COMO 
ÓRGÃO REQUERIDO, PASSAR A CONDIÇÃO DE LITISCONSORTE ATIVO - MEDIDA 
CAUTELAR NÃO REQUERIDA PELO AUTOR - PEDIDO ULTERIORMENTE 
FORMULADO PELO SUJEITO PASSIVO DA RELAÇÃO PROCESSUAL -
IMPOSSIBILIDADE - NÃO-CONHECIMENTO. - O órgão estatal que já figure no polo 
passivo da relação processual não pode ostentar, simultaneamente, a condição de 
litisconsorte ativo no processo de controle abstrato instaurado por iniciativa de 
terceiro. A circunstancia de o Governador do Estado poder questionar, 
autonomamente, a validade jurídica de uma espécie normativa local em sede de 
ação direta, fazendo instaurar, por iniciativa própria, o concernente controle 
concentrado de constitucionalidade, não lhe confere a prerrogativa de, uma vez 
iniciada a fiscalização abstrata por qualquer dos outros ativamente legitimados - e 
constando ele como órgão requerido na ação direta -, buscar a sua inclusão no 
polo ativo. - O órgão do Poder Público que formalmente atue como sujeito passivo 
no processo de controle normativo abstrato não dispõe de legitimidade para 
requerer a suspensão cautelar do ato impugnado, ainda que tenha expressamente 
reconhecido a procedência do pedido. 
 
1.4.1.3. Advogado-Geral da União 
CRFB, Art. 103, § 3º - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a 
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, 
previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto 
impugnado. 
O AGU atua como curador da presunção de constitucionalidade, também 
chamado de defensor legis. 
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Sua atividade é vinculada, estando o AGU obrigado a defender a norma, seja 
ela estadual ou federal. Tem-se no AGU a ideia de contraditor. 
Excepcionalmente, porém, o STF já se manifestou no sentido de 
desnecessidade de defesa do AGU em dois casos. 
Na primeira hipótese, entendeu-se que, no caso em que já há decisão do STF 
pela inconstitucionalidadeda norma, pode o AGU fazer referência à decisão anterior 
do STF, manifestando-se pela inconstitucionalidade. O Min. Gilmar Mendes ressalvou 
que, entendendo-se de modo diverso, Advogado-Geral da União estaria agindo como 
advogado da inconstitucionalidade e não como advogado da constitucionalidade. Vide 
ADI 1.616. 
EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL. MEDIDA PROVISÓRIA Nº1.522, DE 11.10.96. 
ALTERAÇÃO DO ARTIGO 38 DA LEI Nº 8.112/90. SUSBSTITUIÇÃO DE SERVIDORES 
PÚBLICOS INVESTIDOS EM CARGOS DE DIREÇÃO E CHEFIA OU DE NATUREZA 
ESPECIAL. REEDIÇÕES DE MEDIDA PROVISÓRIA FORA DO PRAZO 
CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO CONGRESSO NACIONAL PARA DISPOR 
SOBRE OS EFEITOS JURÍDICOS DAÍ DECORRENTES. RESOLUÇÃO DO TRIBUNAL 
REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 62, CAPUT E 
PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO. 
DEFESA DO ATO IMPUGNADO DE QUE EXISTEM PRECEDENTES DO STF. 
POSSIBILIDADE. 1. A Medida Provisória nº 1.522, de 11.10.96, alterou o disposto 
no artigo 38 da Lei nº 8.112/90. As substituições dos servidores investidos em 
cargos de direção e chefia ou de natureza especial passaram a ser pagas na 
proporção dos dias de efetiva substituição que excedam a um mês. 2. A Resolução 
do Tribunal Regional do Trabalho da 6ªRegião, que entendeu expedidas fora do 
prazo algumas das reedições da Medida Provisória nº 1.522/96, repristinou o 
artigo 38 da Lei nº8.112/90. Violação ao parágrafo único do artigo 62 da 
Constituição, por ser da competência exclusiva do Congresso Nacional disciplinar 
as relações jurídicas decorrentes de medida provisória tornada ineficaz pela 
extemporaneidade de suas reedições. 3. Violação ao disposto no artigo 62, caput, 
da Constituição Federal, que negou força de lei à Medida Provisória nº 1.522, de 
11 de outubro de 1996. Precedentes. 4. O munus a que se refere o imperativo 
constitucional (CF, artigo 103, § 3º) deve ser entendido com temperamentos. O 
Advogado-Geral da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre 
ela esta Corte já fixou entendimento pela sua inconstitucionalidade. Ação 
julgada procedente para declarar inconstitucional a Resolução Administrativa do 
Tribunal Regional do Trabalho da 6ªRegião, tomada na Sessão Administrativa de 
30 de abril de 1997. 
Em outra hipótese, em ADI proposta pelo PGR contra lei distrital, o AGU se 
manifestou pela inconstitucionalidade da lei do DF, sem que houvesse anterior 
manifestação pela inconstitucionalidade da norma pelo STF. No caso, o Min. Marco 
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Aurélio entendeu que o AGU deveria fazer a defesa da norma, não se podendo dispor 
disso. 
No entanto, o Ministro foi vencido, tendo a maioria da Corte entendido que o 
julgamento deveria prosseguir. Primeiramente, entendeu-se que o art. 103, §3º, deve 
passar por uma interpretação sistemática, ou seja, o AGU está desobrigado a defender 
a constitucionalidade da norma quando contrário ao interesse da União, afinal é esse o 
seu dever primordial. Em um segundo argumento, entendeu-se que, por ordem 
prática, nem a CRFB nem a legislação infraconstitucional preveem consequência 
jurídica se o AGU não defender a norma. Vide ADI 3.916, Informativo 562. 
Art. 103, § 3º, da CF e Defesa do Ato Impugnado - 1 
O Tribunal iniciou julgamento de ação direta de inconstitucionalidade proposta 
pelo Procurador-Geral da República contra os artigos 7º, I e III, e 13, e seu 
parágrafo único, da Lei distrital 3.669/2005, que cria a carreira de atividades 
penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal e dá 
outras providências. Alega-se que os dispositivos impugnados violam os preceitos 
contidos nos artigos 21, XIV e 32, § 4º, da CF. Sustenta-se, em síntese, que as 
normas distritais impugnadas reformulam a organização da Polícia Civil do 
Distrito Federal, ao estabelecer regime jurídico diferente do previsto em lei federal 
para os seus agentes penitenciários, bem como ao estender aos novos cargos de 
técnicos penitenciários as atribuições já realizadas pelos agentes penitenciários da 
carreira policial civil. Preliminarmente, o Tribunal, por maioria, rejeitou questão de 
ordem suscitada pelo Min. Marco Aurélio que, diante do parecer da Advocacia 
Geral da União que se manifestava pela declaração de inconstitucionalidade da lei 
impugnada, reputava o processo não devidamente aparelhado e propunha a 
suspensão do julgamento para determinar que o Advogado-Geral da União 
apresentasse defesa da lei atacada, nos termos do § 3º do art. 103 da CF 
(“Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, 
de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da 
União, que defenderá o ato ou texto impugnado.”). Entendeu-se ser necessário 
fazer uma interpretação sistemática, no sentido de que o § 3º do art. 103 da CF 
concede à AGU o direito de manifestação, haja vista que exigir dela defesa em 
favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da União 
coincide com o interesse do autor, implicaria retirar-lhe sua função primordial 
que é a defender os interesses da União (CF, art. 131). Além disso, a despeito de 
reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse papel de 
contraditora no processo objetivo, constatou-se um problema de ordem prática, 
qual seja, a falta de competência da Corte para impor-lhe qualquer sanção 
quando assim não procedesse, em razão da inexistência de previsão 
constitucional para tanto. Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurélio, 
suscitante, e Joaquim Barbosa que o acompanhava. 
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ADI 3916/DF, rel. Min. Eros Grau, 7.10.2009. (ADI-3916) 
 
1.4.1.4. Procurador-Geral da República 
CRFB, Art. 103, § 1º - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente 
ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de 
competência do Supremo Tribunal Federal. 
Independentemente de ser o PGR legitimado ativo, com base no art. 103, VI, 
deve ele se manifestar no curso da ADI. 
O PGR não tem a obrigação de atacar ou de defender a norma, por conta de 
sua autonomia funcional. 
Frisa-se que o PGR é obrigado a se manifestar na ADI que ele próprio propôs. 
Além disso, ele pode se manifestar pela improcedência da ação proposta porele, 
tendo em vista que pode alterar seu entendimento, o que não acarretará na 
desistência da ação, conforme art. 169, §1º do RISTF. 
RISTF, Art. 169, § 1º Proposta a representação, não se admitirá desistência, ainda 
que afinal o Procurador-Geral se manifeste pela sua improcedência. (Alterado pela 
ER-000.002-1985) 
 
1.4.1.5. Amicus Curiae 
Lei 9.868, Art. 7o, § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a 
representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, 
observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos 
ou entidades. 
O amicus curiae é entidade ou órgão que ingressa no processo para se 
manifestar sobre a matéria discutida. 
A expressão amicus curiae significa “amigo da corte”, sendo que amici curiae 
significa o mesmo, mas no plural. 
A finalidade do amicus curiae é de promover a democratização do debate, o 
que gera a abertura da interpretação constitucional e, consequentemente, a 
legitimação social das decisões do STF. Como o STF é órgão composto por Ministros 
não eleitos pelo povo, há quem identifique um déficit de representatividade popular. 
Quando mais o STF abrir a participação da sociedade por meio do amicus curiae, maior 
será sua legitimidade. 
 
1.4.1.5.1. Pressupostos de Admissibilidade 
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a. Relevância da Matéria � dimensão que a matéria assume para a 
sociedade. 
b. Representatividade postulante � deve haver pertinência com a matéria 
e representar aquela classe afetada pela decisão. 
 
1.4.1.5.2. Juízo de Admissibilidade 
O juízo de admissibilidade do amicus curiae é feito pelo relator. 
O STF, hoje, alterando seu posicionamento original, admite recurso desse 
indeferimento. Vale-se ater que o art. 7º, §2º da Lei 9.868 determina ser irrecorrível a 
decisão que admite o ingresso do amicus curiae. 
O amicus curiae pode ingressar até a data da remessa dos autos à mesa para 
julgamento. 
 
1.4.1.5.3. Atuação do amicus curiae 
O amicus curiae pode fazer manifestação escrita ou oral, solicitar a designação 
de audiências públicas ou nomeação de peritos, bem como recorrer de decisão que 
inadmite seu ingresso. 
O amicus curiae não tem legitimidade recursal sobre a decisão final. Observa-se 
que a decisão final do STF é, em regra, irrecorrível, salvo embargos de declaração. O 
amicus curiae não pode sequer apresentar aclaratórios. 
O amicus curiae também não pode pleitear a ampliação do objeto da demanda. 
 
1.4.1.5.4. Natureza Jurídica do amicus curiae 
Hoje, o entendimento majoritário é no sentido de que, quando a Lei 9.868 diz 
que não caberá a intervenção de terceiros na ADI, se refere às espécies tradicionais de 
intervenção de terceiros. 
Como o amicus curiae é espécie específica de intervenção de terceiros dos 
processos objetivos, se mostra cabível na ADI e demais processos objetivos. 
 
2º Horário 
 
1.4.1.5.5. Cabimento do amicus curiae 
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O amicus curiae, além de ser admitido na ADI, também o é na ADC, ADO e 
ADPF. 
Ainda há outros casos, que não os de processo objetivo, que o amicus curiae é 
admitido, quais sejam: 
a. Processos de interesse da CVM, conforme art. 31 da Lei 6.385/76. 
Lei 6.385, Art. 31 - Nos processos judiciários que tenham por objetivo matéria 
incluída na competência da Comissão de Valores Mobiliários, será esta sempre 
intimada para, querendo, oferecer parecer ou prestar esclarecimentos, no prazo 
de quinze dias a contar da intimação. (Incluído pela Lei nº 6.616, de 16.12.1978) 
§ 1º - A intimação far-se-á, logo após a contestação, por mandado ou por carta 
com aviso de recebimento, conforme a Comissão tenha, ou não, sede ou 
representação na comarca em que tenha sido proposta a ação. (Incluído pela Lei 
nº 6.616, de 16.12.1978) 
§ 2º - Se a Comissão oferecer parecer ou prestar esclarecimentos, será intimada de 
todos os atos processuais subseqüentes, pelo jornal oficial que publica expedientes 
forense ou por carta com aviso de recebimento, nos termos do parágrafo anterior. 
(Incluído pela Lei nº 6.616, de 16.12.1978) 
§ 3º - A comissão é atribuída legitimidade para interpor recursos, quando as 
partes não o fizeram. (Incluído pela Lei nº 6.616, de 16.12.1978) 
§ 4º - O prazo para os efeitos do parágrafo anterior começará a correr, 
independentemente de nova intimação, no dia imediato aquele em que findar o 
das partes. (Incluído pela Lei nº 6.616, de 16.12.1978) 
b. Processos de interesse do CADE, consoante art. 89 da Lei 8.884/94. 
Lei 8.884, Art. 89. Nos processos judiciais em que se discuta a aplicação desta lei, o 
CADE deverá ser intimado para, querendo, intervir no feito na qualidade de 
assistente. 
c. Conforme visto em aula passada, no âmbito do incidente de 
inconstitucionalidade, em que o plenário pode admitir a intervenção de amicus curiae 
conforme art. 482, §3º do CPC. 
CPC, Art. 482, § 3o O relator, considerando a relevância da matéria e a 
representatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho irrecorrível, a 
manifestação de outros órgãos ou entidades. (Incluído pela Lei nº 9.868, de 
10.11.1999) 
d. Nos Juizados Especiais Federais, conforme art. 14 da Lei 10.259/01. 
Lei 10.259, Art. 14. Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei federal 
quando houver divergência entre decisões sobre questões de direito material 
proferidas por Turmas Recursais na interpretação da lei. 
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§ 7o Se necessário, o relator pedirá informações ao Presidente da Turma Recursal 
ou Coordenador da Turma de Uniformização e ouvirá o Ministério Público, no 
prazo de cinco dias. Eventuais interessados, ainda que não sejam partes no 
processo, poderão se manifestar, no prazo de trinta dias. 
e. Recurso extraordinário oriundo de Turma Recursal Federal, segundo art. 
15 da Lei 10.259/01. 
Lei 10.259, Art. 15. O recurso extraordinário, para os efeitos desta Lei, será 
processado e julgado segundo o estabelecido nos §§ 4o a 9o do art. 14, além da 
observância das normas do Regimento. 
f. Processo para revisão, edição ou cancelamento de Súmula Vinculante, 
conforme art. 3º, §2º da Lei 11.417/06. 
Lei 11.417, Art. 3º, § 2o No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de 
enunciado da súmula vinculante, o relator poderá admitir, por decisão irrecorrível, 
a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento Interno do 
Supremo Tribunal Federal. 
g. Análise da repercussão geral no recurso extraordinário pelo STF, art. 
543-A, §6º do CPC. 
CPC, Art. 543-A, § 6o O Relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a 
manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do 
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 
2006). 
 
1.4.2. Procedimento da ADI Genérica 
a. Designar audiência pública; 
b. Nomear perito ou comissão de peritos; 
c. Ouvir pessoas com experiência na matéria; 
Nesses três casos, o que está por traz é hipótese em que, na ADI, há situação 
concreta que demanda algum tipo de conhecimento extrajurídico que o STF não é 
obrigado a ter. 
Por exemplo, na ADPF 54, o STF designou audiência pública e uma série de 
médicos especializados para manifestação e conclusão a respeito do encerramento de 
gravidez de feto anencéfalo. 
ADPF 54 QO / DF - DISTRITO FEDERAL 
QUESTÃO DE ORDEM NA ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO 
FUNDAMENTAL 
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Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO 
Julgamento: 27/04/2005 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação 
DJe-092 DIVULG 30-08-2007 PUBLIC 31-08-2007 
DJ 31-08-2007 PP-00029 
EMENT VOL-02287-01 PP-00021 
Parte(s) 
ARGTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA 
 SAÚDE - CNTS 
ADV.(A/S) : LUÍS ROBERTO BARROSO E OUTRO(A/S) 
Ementa 
ADPF - ADEQUAÇÃO - INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ - FETO ANENCÉFALO - 
POLÍTICA JUDICIÁRIA - MACROPROCESSO. Tanto quanto possível, há de ser dada 
seqüência a processo objetivo, chegando-se, de imediato, a pronunciamento do 
Supremo Tribunal Federal. Em jogo valores consagrados na Lei Fundamental - 
como o são os da dignidade da pessoa humana, da saúde, da liberdade e 
autonomia da manifestação da vontade e da legalidade -, considerados a 
interrupção da gravidez de feto anencéfalo e os enfoques diversificados sobre a 
configuração do crime de aborto, adequada surge a argüição de descumprimento 
de preceito fundamental. ADPF - LIMINAR - ANENCEFALIA - INTERRUPÇÃO DA 
GRAVIDEZ - GLOSA PENAL - PROCESSOS EM CURSO - SUSPENSÃO. Pendente de 
julgamento a argüição de descumprimento de preceito fundamental, processos 
criminais em curso, em face da interrupção da gravidez no caso de anencefalia, 
devem ficar suspensos até o crivo final do Supremo Tribunal Federal. ADPF - 
LIMINAR - ANENCEFALIA - INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ - GLOSA PENAL - 
AFASTAMENTO - MITIGAÇÃO. Na dicção da ilustrada maioria, entendimento em 
relação ao qual guardo reserva, não prevalece, em argüição de descumprimento 
de preceito fundamental, liminar no sentido de afastar a glosa penal 
relativamente àqueles que venham a participar da interrupção da gravidez no 
caso de anencefalia. 
Como se vê, tais figuras não se confundem com a do amicus curiae. 
O STF não analisa casos concretos em ADI, mas norma em tese. Porém, o STF 
pode analisar circunstâncias fáticas, ou seja, a repercussão nos fatos que determinada 
lei pode causar, o que não significa analisar situações subjetivas entre partes. 
Por fim, o STF pode solicitar informações aos tribunais em geral sobre a 
controvérsia e a aplicação da norma. 
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1.4.3. Objeto da ADI 
CRFB, Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda 
da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou 
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
Percebe-se que objeto da ADI é lei ou ato normativo federal ou estadual. 
Nesse sentido, lei e ato normativo municipal não pode ser objeto de ADI. Lei 
distrital pode ser ou não objeto de ADI: quando equivaler à lei estadual cabe ADI; 
quando equivaler à lei municipal, não cabe ADI, conforme Súmula 642 do STF. 
Súmula 642 do STF - Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do 
Distrito Federal derivada da sua competência legislativa municipal. 
O conceito de ato normativo para fins de cabimento de ADI se mostra 
relevante. 
a. Ato Normativo Primário � consiste em ato apto a inovar na ordem 
jurídica, podendo criar direitos e obrigações. Pode ser ato normativo em sentido 
formal e em sentido material. 
Atos normativos formalmente primários são aqueles do art. 59 da CRFB, com 
exceção das Emendas à Constituição, que serão tratadas mais adiante. Entre tais 
espécies normativas (que não EC) não há hierarquia, assim, por exemplo, não há 
hierarquia entre lei complementar e decreto Legislativo. 
CRFB, Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV -leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
O ato normativo materialmente primário apresenta algumas características: 
abstração, generalidade, impessoalidade e autonomia. 
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Vale observar que toda norma jurídica possui abstração, generalidade e 
impessoalidade, mas nem toda apresenta autonomia. 
Abstração é a regulação de situações hipotéticas. Exemplo: Matar alguém, 
conduta abstrata; para tanto, aplica-se pena em determinado montante. 
É oposto à lei de feito concreto, ato que na forma é uma lei, mas no conteúdo 
não tem abstração. Exemplo: Lei que altera o nome de determinado aeroporto tem 
efeito concreto e se exaure com a sua aplicação. 
Generalidade significa que a norma impõe uma obrigação de fazer, de não 
fazer ou uma permissão. 
Impessoalidade quer dizer que a norma não individualiza os destinatários, os 
quais são relativamente indeterminados. Exemplo: a norma que tratar do regime 
jurídico dos servidores públicos se aplica a qualquer pessoa naquelas condições. 
A norma primária ainda tem autonomia, devendo-se vincular diretamente à 
Constituição. Ou seja, o ato normativo primário é aquele que não depende de outra 
norma, a não ser da própria Constituição. 
b. Ato Normativo Secundário � pode ser em sentido formal e em sentido 
material. 
Os atos normativos formalmente secundários são os demais atos não previstos 
no art. 59 da CRFB. 
Os atos materialmente secundários não têm autonomia, não busca seu 
fundamento de validade diretamente na Constituição. 
Apenas o ato normativo primário material pode ser objeto de controle de 
constitucionalidade. 
A priori, o STF não admite ADI contra lei de efeito concreto, por não ser a rigor 
uma norma. 
Por exemplo, a lei orçamentária, na forma, é lei, mas é tradicionalmente vista 
como lei de efeitos concretos, pois lhe falta abstrativização. Nesse sentido, por muito 
tempo, o STF entendeu que não caberia ADI contra lei orçamentária. Posteriormente, 
o STF admitiu ADI em face de dispositivo de lei orçamentária dotado de 
abstrativização, o que não representou propriamente uma mudança de 
posicionamento. 
Em 2008, o STF alterou, de fato, seu entendimento, conforme ADI 4.048. 
MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA 
PROVISÓRIA N° 405, DE 18.12.2007. ABERTURA DE CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO. 
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Nota
Lei de Efeitos Concretos na forma é lei, mas equivale a ato administrativo no conteúdo.
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LIMITES CONSTITUCIONAIS À ATIVIDADE LEGISLATIVA EXCEPCIONAL DO PODER 
EXECUTIVO NA EDIÇÃO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS. I. MEDIDA PROVISÓRIA E SUA 
CONVERSÃO EM LEI. Conversão da medida provisória na Lei n° 11.658/2008, sem 
alteração substancial. Aditamento ao pedido inicial. Inexistência de obstáculo 
processual ao prosseguimento do julgamento. A lei de conversão não convalida os 
vícios existentes na medida provisória. Precedentes. II. CONTROLE ABSTRATO DE 
CONSTITUCIONALIDADE DE NORMAS ORÇAMENTÁRIAS. REVISÃO DE 
JURISPRUDÊNCIA. O Supremo Tribunal Federal deve exercer sua função precípua 
de fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando 
houver um tema ou uma controvérsia constitucional suscitada em abstrato, 
independente do caráter geral ou específico, concreto ou abstrato de seu objeto. 
Possibilidade de submissão das normas orçamentárias ao controle abstrato de 
constitucionalidade. III. LIMITES CONSTITUCIONAIS À ATIVIDADE LEGISLATIVA 
EXCEPCIONAL DO PODER EXECUTIVO NA EDIÇÃO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS PARA 
ABERTURA DE CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO. Interpretação do art. 167, § 3º c/c o 
art. 62, § 1º, inciso I, alínea "d", da Constituição. Além dos requisitos de relevância 
e urgência (art. 62), a Constituição exige que a abertura do crédito extraordinário 
seja feita apenas para atender a despesas imprevisíveis e urgentes. Ao contrário 
do que ocorre em relação aos requisitos de relevância e urgência (art. 62), que se 
submetem a uma ampla margem de discricionariedade por parte do Presidente da 
República, os requisitos de imprevisibilidade e urgência (art. 167, § 3º) recebem 
densificação normativa da Constituição. Os conteúdos semânticos das expressões 
"guerra", "comoção interna" e "calamidade pública" constituem vetores para a 
interpretação/aplicação do art. 167, § 3º c/c o art. 62, § 1º, inciso I, alínea "d", da 
Constituição. "Guerra", "comoção interna" e "calamidade pública" são conceitos 
que representam realidades ou situações fáticas de extrema gravidade e de 
conseqüências imprevisíveis para a ordem pública e a paz social, e que dessa 
forma requerem, com a devida urgência, a adoção de medidas singulares e 
extraordinárias. A leitura atenta e a análise interpretativa do texto e da exposição 
de motivos da MP n° 405/2007 demonstram que os créditos abertos são 
destinados a prover despesas correntes, que não estão qualificadas pela 
imprevisibilidade ou pela urgência. A edição da MP n° 405/2007 configurou um 
patente desvirtuamento dos parâmetros constitucionais que permitem a edição de 
medidas provisórias para a abertura de créditos extraordinários. IV. MEDIDA 
CAUTELAR DEFERIDA. Suspensão da vigência da Lei n° 11.658/2008, desde a sua 
publicação, ocorrida em 22 de abril de 2008. 
O Min. Gilmar Mendes, acompanhado pela maioria, defendeu que entender a 
lei orçamentária como não passível de ADI acarretaria uma lei incontrolável, já que não 
seria cabível qualquer tipo de controle. Além disso, entendeu-se pelo cabimento de 
controle, porque a lei orçamentária apresenta alta repercussão

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