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5. Aula 5 Resumo 5º Semestre - Petição inicial e pedido - março-2015

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Resumo – Direito Processual Civil – 5º Semestre
Processo de Conhecimento
Prof. Paulo Dimas
2ª parte – março/2015 – Petição Inicial e Pedido
PETIÇÃO INICIAL
(Arts. 282 a 285-A do CPC de 1973 e 319 a 332 do CPC de 2015)
Consiste na declaração da parte da vontade de acionar. Na petição inicial o autor formula a sua pretensão a ser examinada pelo órgão jurisdicional.
Requisitos da petição inicial:
Requisito externo: forma escrita. A petição pode ser impressa, datilografada ou manuscrita.
Requisitos internos: arts. 282 do CPC 1973 e 319 do CPC de 2015.
	Dos Requisitos da Petição Inicial
	Dos Requisitos da Petição Inicial
	Art. 282. A petição inicial indicará:
	Art. 319. A petição inicial indicará:
	I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
	I – o juízo a que é dirigida;
	II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;
	II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número no cadastro de pessoas físicas ou no cadastro nacional de pessoas jurídicas, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
	III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
	III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
	IV - o pedido, com as suas especificações;
	IV – o pedido com as suas especificações;
	V - o valor da causa;
	V – o valor da causa;
	VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
	VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
	
	VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
	VII - o requerimento para a citação do réu.
	
	
	§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
	
	§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
	
	§ 3º A petição inicial não será indeferida, pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo, se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
	Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
	Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
	Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias.
	Art. 321. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de quinze dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
	Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
	Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Dois desses requisitos internos dizem respeito ao mérito da pretensão, formando o libelo (indicação da causa de pedir e do pedido – incisos III e IV).
Os demais requisitos são de ordem processual.
I - endereçamento da petição à autoridade judiciária competente.
Muitas vezes, a ação é de competência originária de Tribunal e a petição inicial deve ser endereçada ao seu Presidente. Exemplos de ações que são ajuizadas diretamente no Tribunal: ação rescisória, mandado de segurança contra ato judicial, mandado de segurança contra ato de Governador (competência originária do TJ), MS contra ato de Ministro de Estado (competência originária do STJ), etc..
II - indicação dos dados qualificativos das partes.
No CPC de 2015, os §§ 1º a 3º do artigo 319 (supra transcritos) regulamentam a exigência de indicação desses dados, permitindo que as informações previstas no inciso II sejam obtidas a partir da atuação do órgão jurisdicional (v. §§ 1º e 2º); de forma mais ampla, aponta que a falta delas não pode tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça (v. § 3º); em último caso, o autor deverá indicar elementos esclarecedores, que tornem certa a pessoa que está sendo demandada.
III - indicação do fato e dos fundamentos jurídicos do pedido.
Temos nesse inciso a indicação da causa de pedir; o “porquê do pedido”.
Dessa indicação deve transparecer a presença das condições da ação.
O nosso CPC adota a teoria da substanciação, pela qual não basta a indicação de um fundamento geral para o pedido, ou seja, não basta a indicação do título que justificaria a pretensão deduzida. O CPC impõe que na fundamentação do pedido o autor indique, além da causa de pedir próxima (fundamento jurídico), a causa de pedir remota, que são os fundamentos de fato. A causa de pedir próxima, que corresponde ao fundamento jurídico, não representa a indicação da norma de direito material em que se funda a pretensão do autor. O fundamento jurídico, que não se confunde com fundamento legal, representa a declaração da natureza do direito pleiteado (direito pessoal ou real), ou seja, representa a indicação do título que legitima a pretensão deduzida. O autor declara, então, que é credor, proprietário, possuidor, etc. O fundamento jurídico corresponde, então, à relação jurídica controvertida e ao direito particular dela decorrente.
Já a causa de pedir remota corresponde aos fundamentos de fato (fato gerador do direito do autor e da obrigação do réu).
Exemplo 1: em uma ação de cobrança, o autor declara que é credor do réu (fundamento jurídico), em razão de contrato de prestação de serviços, não sendo pago o preço ajustado (fundamentos de fato).
Exemplo 2: em uma ação reivindicatória, o credor alega que é proprietário do bem (fundamento jurídico), sendo que o réu dele se apossou injustamente (fundamento de fato).
IV - o pedido com as suas especificações.
É o objeto da ação. Não há ação sem pedido. Deve o pedido guardar nexo lógico com a causa de pedir.
V - atribuição de valor à causa.
Deve esse valor corresponder tanto quanto possível ao proveito econômico perseguido pelo autor. Mesmo quando a causa não tem conteúdo econômico imediato, deve ser atribuído a ela um valor, cabendo ao autor estimá-lo (v. arts. 258 a 261 do CPC de 1973 e arts. 291 a 293 do CPC de 2015).
	Do Valor da Causa
	DO VALOR DA CAUSA
	Art. 258. A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediato.
	Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.
	Art. 259. O valor da causa constará sempre da petição inicial e será:
	Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
	I - na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da pena e dos juros vencidos até a propositura da ação;
	I – na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data da propositura da ação;
	V - quando o litígio tiver por objeto a existência, validade, cumprimento, modificação ou rescisão de negócio jurídico, o valor do contrato;
	II – na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
	VI - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais, pedidas pelo autor;
	III – na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
	VII - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, a estimativa oficial para lançamento do imposto.
	IV – na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação o valor de avaliação da área ou bemobjeto do pedido;
	
	V – na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
	II - havendo cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
	VI – na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
	III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor;
	VII – na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
	IV - se houver também pedido subsidiário, o valor do pedido principal;
	VIII – na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
	Art. 260. Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, tomar-se-á em consideração o valor de umas e outras. O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado, ou por tempo superior a 1 (um) ano; se, por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
	§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á em consideração o valor de umas e outras.
	
	§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano; se, por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
	
	§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
	
	
	
	
	Art. 261. O réu poderá impugnar, no prazo da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor. A impugnação será autuada em apenso, ouvindo-se o autor no prazo de 5 (cinco) dias. Em seguida o juiz, sem suspender o processo, servindo-se, quando necessário, do auxílio de perito, determinará, no prazo de 10 (dez) dias, o valor da causa.
	Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão; o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.
	Parágrafo único. Não havendo impugnação, presume-se aceito o valor atribuído à causa na petição inicial.
	
A exigência justifica-se pelos seguintes motivos: a) o valor da causa pode determinar a competência do Juízo (ver, por exemplo, a competência do JEC); no âmbito da Justiça Estadual, na comarca da Capital, a competência dos foros regionais para as ações de rito ordinário está limitada a 500 salários mínimos; b) o valor da causa pode determinar, na atualidade, o rito a ser adotado em ações de conhecimento no juízo comum (sumário ou ordinário); c) o valor da causa serve de base para o recolhimento da taxa judiciária; d) o valor da causa pode servir de parâmetro para a fixação dos honorários advocatícios em favor da parte vencedora.
Regras para atribuição de valor à causa – v. arts. 259 e 260 do CPC de 1973 e 292 do CPC de 2015.
O juiz pode, de ofício e por arbitramento, corrigir o valor da causa quando não observados os critérios legais, determinando, se for o caso, a complementação das custas recolhidas (v. § 3º do art. 292 do CPC de 2015).
O réu pode impugnar o valor atribuído à causa na petição inicial; de acordo com o art. 293 do CPC de 2015, essa impugnação será apresentada como preliminar da contestação; esse prazo é preclusivo; se não for apresentada a impugnação oportunamente, presume-se que o valor constante da inicial foi aceito pelo réu; portanto, não há mais instauração de incidente específico, como previsto no artigo 261 do CPC de 1973.
VI - indicação das provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados.
Basta menção à espécie de prova a ser produzida, ou seja, o autor pode protestar genericamente pela utilização de todos os meios de prova admitidos em direito, sendo que posteriormente poderá particularizar as provas a produzir.
OBS.: no rito sumário do CPC de 1973 (v. art. 276), o autor, já na petição inicial, deve arrolar as suas testemunhas e, se requerer perícia, deve também formular quesitos e indicar assistente técnico, sob pena de preclusão.
VII (de acordo com o CPC de 2015) – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
OBS.: o autor, portanto, já deve declinar, na petição inicial, se tem ou não interesse na realização dessa audiência prévia; no entanto, ela só não se realizará se o réu ou os réus também manifestarem por petição, até 10 dias antes da data designada, que não tem interesse na autocomposição do litígio.
O novo CPC não mais estabelece como requisito essencial o requerimento para a citação do réu; isso porque a citação é indispensável para a validade e a eficácia da relação processual e se realizará independentemente de qualquer postulação do promovente.
No novo procedimento comum, previsto no CPC de 2015, o réu é citado para comparecer à audiência prévia de conciliação ou de mediação; caso a causa não admita autocomposição, o juiz não designará essa audiência e o réu já será citado para apresentar contestação em 15 dias; se a audiência inicialmente designada não se realizar pela manifestação antecipada de ambas as partes que não têm interesse na autocomposição do litígio, o prazo para contestar observará o disposto no artigo 335 (CPC de 2015).
“Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I – da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II – do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I;
III – prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
§ 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6º, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência.”
 No caso do rito sumário (abolido no CPC de 2015), o réu é citado para comparecer à audiência de conciliação e nela apresentar sua resposta. 
No processo de execução, o réu é citado para cumprir a obrigação e no procedimento de concessão de tutela cautelar requerida em caráter antecedente o requerido é citado para contestar o pedido em cinco dias (v. art. 306 do CPC de 2015).
Outras exigências legais:
Na fase postulatória, também temos atividade probatória das partes; o autor deve instruir a petição inicial com os documentos indispensáveis à propositura da ação (v. arts. 283 do CPC de 1973 e 320 do CPC de 2015).
São os chamados documentos substanciais e fundamentais. 
a) documentos substanciais (v. art. 366 do CPC de 1973 e 406 do CPC de 2015); conforme enuncia referido artigo 406, que reproduz basicamente o artigo 366 do CPC vigente, “quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta”; são aqueles, portanto, que a lei expressamente exige para fazer prova de um ato ou de um negócio jurídico. Exemplos: em uma ação reivindicatória de bem imóvel, o autor deve apresentar desde logo a escritura pública registrada no ofício imobiliário; em ação de divórcio, o autor deve apresentar com a inicial a certidão do registro civil do casamento. 
b) documentos fundamentais – são aqueles mencionados como fundamento da pretensão do autor. Exemplo: em uma ação de rescisão de contrato, o autor deve exibir desde logo o instrumento respectivo, em que fundamenta a sua pretensão.
Instrumento do mandato: o advogado que subscreve a petição inicial deve apresentar, desde logo, o instrumento da procuraçãoque lhe foi conferido pelo autor, salvo se postular em causa própria (v. arts. 36 a 40 do CPC de 1973 e 103 a 107 do CPC de 2015).
	CAPÍTULO III
	CAPÍTULO III
	DOS PROCURADORES
	DOS PROCURADORES
	Art. 36. A parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado. Ser-lhe-á lícito, no entanto, postular em causa própria, quando tiver habilitação legal ou, não a tendo, no caso de falta de advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que houver.
	Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
	
	Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal.
	§ 1º (Revogado pela Lei nº 9.649, de 1998)
	
	§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.649, de 1998)
	
	Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz.
	Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
	
	§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.
	Parágrafo único. Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos.
	§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e perdas e danos.
	Art. 38. A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso.
	Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.
	Parágrafo único. A procuração pode ser assinada digitalmente com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada, na forma da lei específica.
	§ 1º A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei.
	
	§ 2º A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo.
	
	§ 3º Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome desta, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo.
	
	§ 4º Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença.
	Art. 39. Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria:
	Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:
	I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação;
	I – declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações;
	II - comunicar ao escrivão do processo qualquer mudança de endereço.
	II – comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.
	Parágrafo único. Se o advogado não cumprir o disposto no no I deste artigo, o juiz, antes de determinar a citação do réu, mandará que se supra a omissão no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de indeferimento da petição; se infringir o previsto no no II, reputar-se-ão válidas as intimações enviadas, em carta registrada, para o endereço constante dos autos.
	§ 1º Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de cinco dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição.
	
	§ 2º Se o advogado infringir o previsto no inciso II, serão consideradas válidas as intimações enviadas por carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos.
	Art. 40. O advogado tem direito de:
	Art. 107. O advogado tem direito a:
	I - examinar, em cartório de justiça e secretaria de tribunal, autos de qualquer processo, salvo o disposto no art. 155;
	I – examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos;
	II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo pelo prazo de 5 (cinco) dias;
	II – requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de cinco dias;
	III - retirar os autos do cartório ou secretaria, pelo prazo legal, sempre que Ihe competir falar neles por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.
	III – retirar os autos do cartório ou secretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.
	§ 1º Ao receber os autos, o advogado assinará carga no livro competente.
	§ 1º Ao receber os autos, o advogado assinará carga em livro ou documento próprio.
	§ 2º Sendo comum às partes o prazo, só em conjunto ou mediante prévio ajuste por petição nos autos, poderão os seus procuradores retirar os autos, ressalvada a obtenção de cópias para a qual cada procurador poderá retirá-los pelo prazo de 1 (uma) hora independentemente de ajuste.
	§ 2º Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos somente em conjunto ou mediante prévio ajuste, por petição nos autos.
	
	§ 3º Na hipótese do § 2º, é lícito ao procurador retirar os autos para obtenção de cópias, pelo prazo de duas a seis horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo.
	
	§ 4º O procurador perderá no mesmo processo o direito a que se refere o § 3º se não devolver os autos tempestivamente, salvo se o prazo for prorrogado pelo juiz.
De se registrar que, em situações emergenciais, o advogado poderá intentar a ação e pedir prazo para exibir o instrumento de mandato.
Emenda ou complementação da petição inicial:
(v. arts. 284 do CPC de 1973 e 321 do CPC de 2015).
O juiz, no controle prévio de admissibilidade da petição inicial, pode identificar defeitos capazes de dificultar a defesa ou o julgamento do mérito. Deve determinar então a emenda ou complementação da petição. Se a diligência não for cumprida a contento, tem lugar o indeferimento da petição inicial, com a extinção do processo sem exame do mérito (v. arts. 267, I, CPC de 1973 e 485, I, do CPC de 2015).
No CPC de 2015, o prazo para essa emenda ou complementação da inicial passou a ser de 15 dias; e o juiz deve indicar com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
	Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias.
	Art. 321. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ouque apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de quinze dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
	Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
	Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Causas de indeferimento da petição inicial:
	Seção III (CPC de 1973)
	Seção III (CPC de 2015)
	Do Indeferimento da Petição Inicial
	Do Indeferimento da Petição Inicial
	Art. 295. A petição inicial será indeferida: 
	Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
	I - quando for inepta; 
	I – for inepta;
	II - quando a parte for manifestamente ilegítima; 
	II – a parte for manifestamente ilegítima;
	III - quando o autor carecer de interesse processual; 
	III – o autor carecer de interesse processual;
	IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5o); 
	
	V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal; 
	
	VI - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284. 
	IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106� e 321�.
	Parágrafo único. Considera-se inepta a petição inicial quando: 
	§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
	I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir; 
	I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
	
	
	
	II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
	II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
	III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
	III - o pedido for juridicamente impossível; 
	
	IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
	IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
	
	§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, financiamento ou alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
	§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
I - inépcia da petição inicial: diz respeito à imperfeição do libelo, ou seja, deficiência na formulação do pedido ou da causa de pedir; não é, portanto, qualquer defeito que representa essa inépcia; ver então as hipóteses no parágrafo único do artigo 295 do CPC de 1973 e no § 1º do artigo 330 do CPC de 2015; 
II - ilegitimidade “ad causam” manifesta, ativa ou passiva: considerando a situação fática exposta na inicial, pode o juiz verificar desde logo a ilegitimidade das partes, pronunciando-a;
III - falta de interesse processual: o juiz irá verificar a necessidade e utilidade da prestação jurisdicional; exemplo: o juiz verifica que o medicamento está disponível na rede pública, podendo ser obtido sem a prestação jurisdicional; é caso então de reconhecer a falta de interesse de agir, indeferindo desde logo a petição inicial;
OBS.: a) nas hipóteses dos incisos II e III identifica-se a carência da ação (falta de condições da ação); 
b) o exame da presença das condições da ação deve ser feito pelo juiz com abstração do fato do autor ter ou não o direito que se atribui, ou seja, se as afirmações do autor são verdadeiras ou não é questão que envolve o mérito da causa e não a carência da ação; 
c) no CPC de 2015 a ocorrência de decadência ou prescrição, identificada desde logo pelo juiz no controle de admissibilidade da petição inicial, não induz ao indeferimento desta (conforme técnica estabelecida no CPC de 1973), mas ao julgamento liminar de improcedência do pedido, tal como previsto no artigo 332, § 1º�;
d) no CPC de 2015 não mais consta, como causa de indeferimento da inicial, a impossibilidade de adaptação ao tipo de procedimento legal (v. inciso V do art. 295 do CPC de 1973, supra transcrito); 
IV - não atendimento das prescrições dos artigos 106 e 321 do CPC de 2015 – v. transcrição anterior desses dois dispositivos em rodapé. 
OBS.: o fato do juiz receber a petição inicial não afasta a possibilidade de indeferi-la posteriormente, de ofício ou mediante provocação do réu. Não há preclusão para o juiz, pois a aptidão da petição inicial é requisito essencial para a outorga da prestação jurisdicional. 
O provimento do juiz que indefere a petição inicial representa uma sentença terminativa, extinguindo-se então o processo sem exame do mérito (v. art. 267, I, do CPC de 1973 e 485, I, do CPC de 2015). Cabe recurso de apelação, no prazo de quinze dias.
Normalmente, diante do recurso de apelação, o juiz não pode exercer o chamado juízo de retratação, ou seja, não pode reformar a sentença proferida. 
Mas temos duas hipóteses excepcionais em que o juízo de retratação é admitido, diante da apelação do autor:
1 – v. arts. 296 do CPC de 1973 e 331 do CPC de 2015: 
	Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. 
	Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de cinco dias, retratar-se.
	Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente.
	§ 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
	
	§ 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334.
	
	§ 3º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
Nessa primeira hipótese, o juiz indefere liminarmente a petição inicial, ou seja, antes da citação do réu; 
se o autor apelar, o juiz poderá reformar a sentença proferida e determinar o prosseguimento da ação (no CPC de 1973 a retratação deve se dar no prazo de 48 horas, enquanto no CPC de 2015 esse prazo passou a ser de cinco dias); 
no CPC de 1973, se o juiz não reformar sua sentença, determinará a imediata remessa dos autos ao Tribunal para julgamento da apelação; não há previsão de citação do réu para responder ao recurso; já no CPC de 2015, se não houver retratação, o réu deverá ser citado para responder ao recurso; por via de consequência, se a sentença for reformada pelo Tribunal, com determinação de prosseguimento da ação, o prazo para o réu contestar começará a correr automaticamente da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334;
2 – v. arts. 285-A do CPC de 1973 e 332 do CPC de 2015: 
	
	CAPÍTULO III
	
	DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
	Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada.
	Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
	
	I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
	
	II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
	
	III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
	
	IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
	
	§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
	
	§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.§ 1º Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação.
	§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em cinco dias.
	§ 2º Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso.
	§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu; se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de quinze dias.
Temos julgamento liminar de mérito nessas hipóteses, ou seja, ocorrerá o julgamento de plano da causa, prescindindo-se da citação do réu; isso é possível quando a matéria controvertida for exclusivamente de direito, ou seja, quando a causa dispensa a fase instrutória; 
no CPC de 1973, para que ocorra esse julgamento liminar de mérito, basta que naquele juízo já tenha sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, reproduzindo-se então o teor da anteriormente prolatada; 
já no CPC de 2015, tem lugar a improcedência liminar do pedido do autor se ele contrariar a jurisprudência consolidada no âmbito dos tribunais superiores ou enunciado de súmula de Tribunal de Justiça sobre direito local; cabe também o julgamento liminar de improcedência se o juiz verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou prescrição;
o autor pode então apelar dessa sentença de improcedência, no prazo de quinze dias; diante da apelação do autor, o juiz poderá reformar essa sentença em cinco dias, determinando o prosseguimento da ação; mantida a sentença, o réu deverá ser citado para responder o recurso, em quinze dias; na sequência, os autos são remetidos ao tribunal competente para julgamento do apelo.
ALTERAÇÕES DA PETIÇÃO INICIAL
	Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei. 
	Art. 329. O autor poderá:
I – até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
II – até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
	Parágrafo único. A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo.
	Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
Alterações objetivas: dizem respeito ao libelo, ou seja, à indicação da causa de pedir e do pedido.
Antes da citação do réu, a alteração ou o aditamento do pedido ou da causa de pedir são admitidos sem restrições. Após a citação, a alteração ou o aditamento dependem de consentimento do réu, assegurando-se, todavia, o contraditório; proferida decisão de saneamento, tais alterações objetivas não mais serão admitidas (v. artigos supra transcritos).
Alterações subjetivas: dizem respeito às partes. Após a citação, só são admitidas as substituições previstas em lei. 
No caso de falecimento, a parte deve ser substituída pelo espólio ou pelos herdeiros e sucessores. 
Alegada pelo réu sua ilegitimidade ad causam, deverá ele indicar quem deve legitimamente figurar como sujeito passivo da relação jurídica discutida; no CPC de 1973 há previsão de nomeação à autoria, como forma de intervenção de terceiros (v. arts. 64 a 69); no CPC de 2015, essa indicação deve ser feita na própria contestação, conforme artigo 339, verbis:
“Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
§ 1º O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo único do art. 338.
§ 2º No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu.”
Aceita essa indicação, teremos então a substituição do réu originário; no CPC de 2015, o autor pode optar pela formação de litisconsórcio passivo, incluindo então na relação processual o sujeito indicado pelo réu.
Em caso de alienação ou cessão do direito ou da coisa litigiosa, no curso de processo já instaurado, só haverá substituição do vendedor ou cedente pelo adquirente ou cessionário com anuência do adversário (v. art. 42 do CPC).
	CAPÍTULO IV (CPC de 1973)
	CAPÍTULO IV (CPC DE 2015)
	DA SUBSTITUIÇÃO DAS PARTES E DOS PROCURADORES
	DA SUCESSÃO DAS PARTES E DOS PROCURADORES
	Art. 41. Só é permitida, no curso do processo, a substituição voluntária das partes nos casos expressos em lei.
	Art. 108. No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das partes nos casos expressos em lei.
	Art. 42. A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por ato entre vivos, não altera a legitimidade das partes.
	Art. 109. A alienação da coisa ou direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a legitimidade das partes.
	§ 1º O adquirente ou o cessionário não poderá ingressar em juízo, substituindo o alienante, ou o cedente, sem que o consinta a parte contrária.
	§ 1º O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária.
	§ 2º O adquirente ou o cessionário poderá, no entanto, intervir no processo, assistindo o alienante ou o cedente.
	§ 2º O adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente litisconsorcial do alienante ou cedente.
	§ 3º A sentença, proferida entre as partes originárias, estende os seus efeitos ao adquirente ou ao cessionário.
	§ 3º Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao adquirente ou cessionário.
	Art. 43. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a substituição pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 265.
	Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou seus sucessores, observado o disposto no art. 313, §§ 1º e 2º.
PEDIDO
É o objeto da ação. É a expressão da pretensão do demandante. Não há ação sem pedido. 
No pedido temos a postulação de uma providência jurisdicional na tutela de um bem jurídico.
Fala-se então em pedido imediato e pedido mediato.
O pedido imediato corresponde à providência jurisdicional pretendida pela parte. No processo de conhecimento, a providência jurisdicional almejada é uma sentença de mérito, que pode ser meramente declaratória, condenatória ou constitutiva.
Já o pedido mediato corresponde ao bem jurídico (bem da vida) a ser tutelado pelo órgão jurisdicional.
Ex. em uma ação de indenização, o pedido imediato é a sentença condenatória; já o pedido mediato é a reparação dos danos ocasionados ao autor.
Ex. em uma ação de rescisão de negócio jurídico (contrato), o pedido imediato será a prolação de sentença constitutiva; já o pedido mediato é a desconstituição do negócio jurídico.
Ex. em uma ação declaratória de nulidade de negócio jurídico, por incapacidade absoluta do contratante, o pedido imediato é a sentença meramente declaratória e o pedido mediato corresponde justamente à declaração judicial da nulidade. Nesse caso (nas ações meramente declaratórias) o pedido imediato e o mediato se confundem; a simples declaração judicial já esgota a finalidade da ação.
REQUISITOS DO PEDIDO
(v. art. 286, caput, do CPC de 1973 e arts. 322 e 324 do CPC de 2015)
O pedido deve ser certo, determinado e concludente.
Pedido certo: quer dizer pedido expresso, explícito.
Pedido determinado: significa pedido delimitado na sua qualidade e na sua quantidade.O pedido mediato pode ser indeterminado em alguns casos.
Pedido concludente: deve resultar logicamente da causa de pedir (caso contrário, haverá inépcia da petição inicial).
É o pedido que vai delimitar o conteúdo da sentença. O juiz fica adstrito (vinculado) ao que foi postulado pela parte.
ESPÉCIES DE PEDIDO
1 - Pedido determinado ou genérico: arts. 286, I a III, do CPC de 1973 e 324, § 1º, do CPC de 2015.
	Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico: 
	Art. 324. O pedido deve ser determinado.
	
	§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
	I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados;
	I – nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
	II - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as consequências do ato ou do fato ilícito; 
	II – quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
	III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. 
	III – quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
	
	§ 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.
O pedido é determinado desde que assinale todas as características do bem jurídico pretendido, de modo a distingui-lo de qualquer outro. Em princípio, o autor deve indicar o que é devido (“an debeatur”) e o quanto devido (“quantum debeatur”).
O pedido genérico é aquele determinado no que toca ao que é devido, mas indeterminado no que se refere ao quantum devido. A definição do quantum devido pode ocorrer na própria sentença de mérito ou será relegada para a fase de liquidação de sentença.
I – É possível pedido genérico nas ações universais. A ação universal se refere a uma universalidade de fato (rebanho, biblioteca) ou de direito (herança). Exemplo: o filho não reconhecido pelo de cujus ingressa com ação de investigação de paternidade mais petição de herança; no que toca ao segundo pedido, postulará o seu quinhão na herança sem individualizar os bens que vão integrar esse quinhão.
II – É possível pedido genérico quando não for possível determinar desde logo as consequências do ato ou fato ilícito. Exemplo: o autor pede a condenação do réu a compor danos materiais e morais sem definir o valor devido, que será apurado no curso do procedimento ou na fase de liquidação de sentença.
III – Também é possível pedido genérico quando a determinação do valor devido depender de ato a ser praticado pelo réu. Ex. ação de prestação de contas; eventual saldo credor só será definido a partir da exibição das contas pelo réu.
2 - Pedido fixo ou alternativo: arts. 288 do CPC de 1973 e 325 do CPC de 2015.
	Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
	Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
	Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz Ihe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
	Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
O autor pode formular pedido alternativo quando, pela natureza da obrigação, ela puder ser cumprida pelo réu por mais de um modo. Exemplo 1: ação de depósito; o autor pede a entrega do bem objeto do contrato ou o pagamento do equivalente em dinheiro. Exemplo 2: o adquirente de um terreno verifica que falta metragem em razão da venda contratada; pode pedir a complementação da área ou o abatimento do preço.
De uma forma ou de outro, nesses exemplos, o autor terá a sua pretensão satisfeita. 
OBS.: Somente se fala em pedido alternativo se a escolha couber ao réu. Se a opção é do autor, ele deve apresentá-la na petição inicial, não sendo caso então de pedido alternativo.
3 - Pedido principal e pedidos sucessivos ou subsidiários: arts. 289 do CPC de 1973 e 326 do CPC de 2015.
	Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior.
	Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não acolhendo o anterior.
	
	Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
É possível formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, se não puder acolher o anterior. Apresenta-se, então, um pedido principal e outro, subsidiariamente, caso aquele pedido principal não possa ser acolhido. Nesse caso, o juiz deve apreciar os pedidos na ordem em que foram apresentados. Ex.: “A” recebeu área menor do que a adquirida. Pede, então, em juízo, em primeiro lugar, a complementação da área, apresentando, em caráter subsidiário, pedido de rescisão do contrato e composição de perdas e danos.
No CPC de 2015, o parágrafo único do art. 326 preconiza a possibilidade de formulação de mais de um pedido, conferindo ao juiz alternativa para acolher um deles; o juiz então não fica vinculado a uma ordem pré-estabelecida pela parte.
4 - Pedido de prestações periódicas: arts. 290 do CPC de 1973 e 323 do CPC de 2015.
	Art. 290. Quando a obrigação consistir em prestações periódicas, considerar-se-ão elas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor; se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las, a sentença as incluirá na condenação, enquanto durar a obrigação.
	Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
Esse pedido diz respeito ao cumprimento de obrigações de trato sucessivo, ou seja, que se prolongam no tempo. Nesse caso, o autor pode pedir que sejam incluídas na condenação as prestações que se vencerem no curso do procedimento (normalmente, as que se vencerem até o trânsito em julgado da sentença seriam exigíveis do devedor nesse processo).
OBS.: fala-se em prestações vincendas.
Ex. ações de cobrança de encargos condominiais, de alimentos, aluguéis, prestações de financiamentos, etc.
OBS.: as prestações vincendas podem ser incluídas na condenação independentemente de postulação expressa do autor, enquanto perdurar a obrigação.
5 - Pedido cominatório.
	Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 
	Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
	§ 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 
	
	§ 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. 
	
	§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderáo juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. 
	
	§ 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva. 
	
	
	Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo.
Cominar significa ameaçar pena, sanção.
Esse pedido cominatório diz respeito às ações que visam o adimplemento de obrigações de fazer e de não fazer. O CPC estabelece medidas que podem ser determinadas pelo juiz para que se possa alcançar a tutela específica da obrigação, ou seja, resultado prático equivalente ao cumprimento espontâneo da obrigação pelo devedor. Uma das medidas é a fixação de pena pecuniária (“astreintes”) por dia de atraso no cumprimento da prestação.
6 - Pedidos cumulados: arts. 292 do CPC de 1973 e 327 do CPC de 2015.
	Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
	Art. 327. É lícita a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
	§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação:
	§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
	I - que os pedidos sejam compatíveis entre si;
	I – os pedidos sejam compatíveis entre si;
	II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
	II – seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
	III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
	III – seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
	§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, admitir-se-á a cumulação, se o autor empregar o procedimento ordinário.
	§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
	
	§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326.
É possível cumular no mesmo processo vários pedidos contra o mesmo réu, ainda que entre eles não haja conexão, ou seja, decorram de relações jurídicas distintas. Ex. o autor pede a condenação do réu ao pagamento de uma dívida decorrente de contrato de empréstimo e outra decorrente de contrato de prestação de serviços.
Essa cumulação de pedidos pode também decorrer da mesma relação jurídica. Ex. autor pede a rescisão de um contrato mais a composição de perdas e danos. Ex. o autor reclama o reconhecimento da paternidade mais a condenação do réu a pagar alimentos.
Requisitos de admissibilidade da cumulação:
Compatibilidade entre os pedidos, ou seja, um pedido não pode excluir o outro. Ex.: em uma ação de depósito, o autor não pode pedir a entrega da coisa mais o pagamento do equivalente em dinheiro. Nesse caso, é possível formular pedido alternativo.
Competência do mesmo juízo para conhecer dos pedidos cumulados. Muitas vezes, não se pode cumular os pedidos em razão da incompetência absoluta do juízo para conhecer de todos eles. Ex.: empregado dispensado pela empresa pretende reclamar em juízo o pagamento das verbas rescisórias, bem como de uma quantia que emprestou à empregadora. Nesta hipótese, não é possível a cumulação, pois o pagamento das verbas trabalhistas deve ser postulado perante a Justiça do Trabalho e o pagamento do valor do empréstimo deve ser reclamado perante a Justiça Comum Estadual.
Adequação do mesmo tipo de procedimento para deduzir os pedidos cumulados. Muitas vezes, temos pedidos a serem cumulados, mediante ações de ritos especiais inconciliáveis. Ex.: pedido de prestação de contas e de consignação em pagamento. Nessas hipóteses, o legislador criou procedimentos específicos, tendo em vista as peculiaridades da pretensão, considerado o direito material. 
OBS.: a regra do § 2º do art. 327 do CPC de 2015 permite a cumulação quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, se o autor empregar o procedimento comum; podem ser empregadas as técnicas processuais diferenciadas relativas aos procedimentos especiais, desde que não sejam incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
INTERPRETAÇÃO DO PEDIDO
Arts. 293 do CPC de 1973 e 322 do CPC de 2015.
	Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, entretanto, no principal os juros legais.
	Art. 322. O pedido deve ser certo.
	
	§ 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
	
	§ 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
Os pedidos devem ser interpretados restritivamente pelo juiz, ou seja, o juiz fica adstrito ao que foi expressamente postulado pela parte. O pedido deve ser certo, ou seja, expresso, explícito. Assim, não se admite, via de regra, pedido implícito. Mas temos exceções previstas em lei. Certos pedidos consideram-se compreendidos no pedido principal, ou seja, podem ser considerados pelo juiz independentemente de postulação expressa pela parte.
EXCEÇÕES PREVISTAS EM LEI:
incidência dos juros legais;
incidência de correção monetária;
condenação nas verbas da sucumbência;
inclusão na condenação das prestações vincendas: arts. 290 do CPC de 1973 e 323 do CPC de 2015.
� Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:
I – declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações;
II – comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.
§ 1º Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição.
§ 2º Se o advogado infringir o previsto no inciso II, serão consideradas válidas as intimações enviadas por carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos.
� Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
� Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.

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