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Resumo – Auditoria Contábil e tributária Livro – Cap.1 Pag18- O objetivo do trabalho de auditoria é definido da seguinte forma: "aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários3". Esse objetivo é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre as demonstrações contábeis serem elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. Pag19 - A opinião do auditor não assegura a viabilidade futura da entidade nem a eficiência ou a eficácia por meio das quais a administração conduziu os negócios da entidade. Uma das premissas do trabalho do auditor é entender que a "administração, quando apropriado, os responsáveis pela governança têm conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria" A auditoria das demonstrações contábeis não exime a administração da empresa dessas responsabilidades pela governança. A governança seria responsável: • pela elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo a situação em que for relevante sua apresentação adequada. • pelo controle interno necessário, segundo os administradores, para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. • Por fornecer ao auditor: a) acesso a todas as informações que a administração tenha conhecimento e que sejam relevantes para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, como registros e documentação; b) informações adicionais solicitadas pelo auditor para a finalidade da auditoria; c) acesso irrestrito às pessoas da entidade, caso o auditor determine ser necessário para evidências de auditoria. A elaboração das demonstrações contábeis pela administração requer a identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável, a elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com essa estrutura e a inclusão da descrição adequada desta nas demonstrações contábeis. Pag20 - As demonstrações contábeis podem ser elaboradas em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro para satisfazer a necessidades de informação financeira comuns de uma ampla quantidade de usuários (ou seja, demonstrações contábeis para fins gerais) ou as necessidades de informação financeira de usuários específicos (ou seja, demonstrações contábeis para propósitos especiais). Quando existem conflitos entre a estrutura de relatório financeiro aplicável e as fontes em que a orientação sobre sua aplicação pode ser obtida, a fonte com a mais alta autoridade prevalece. As demonstrações contábeis destinam-se a fornecer informações a respeito da posição patrimonial, financeira, bem como do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade. Para essas estruturas, o conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: • o balanço patrimonial; • a demonstração do resultado; • a demonstração das mutações do patrimônio líquido; • a demonstração dos fluxos de caixa; • as respectivas notas explicativas; • a demonstração do valor adicionado (para companhias abertas). Pag21 - Para a auditoria no setor público, a premissa relativa às responsabilidades da administração sobre a qual é conduzida a auditoria das demonstrações contábeis pode incluir responsabilidades adicionais, como a responsabilidade pela execução de transações e de eventos em conformidade com a legislação. Evidência de auditoria. Essa evidência é necessária para sustentar a opinião e o relatório do auditor. F. de natureza cumulativa e primariamente obtida por meio de procedimentos de auditoria executados durante o curso da auditoria. Pode também incluir informações obtidas de outras fontes, como auditorias anteriores. Os próprios registros contábeis da entidade são uma fonte importante de evidência de auditoria. As evidências de auditoria abrangem informações que sustentam e corroboram as afirmações da administração e as informações que as contradizem. A maior parte do trabalho do auditor na formação de sua opinião consiste na obtenção e na avaliação dessas evidências. Existem dois importantes aspectos quanto às evidências de auditoria: a suficiência e a adequação. A suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria, que é afetada pelos riscos de distorção e pela qualidade de tais evidências. A adequação é a relevância e a confiabilidade da evidência no suporte das conclusões da opinião do auditor. Pag21/22 - Risco de auditoria. A avaliação dos riscos é antes uma questão de julgamento profissional do que uma questão passível de mensuração precisa. O risco de distorção relevante pode existir cm dois níveis: no nível geral da demonstração contábil e no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações. No nível geral da demonstração contábil, os riscos estão relacionados de forma disseminada às demonstrações contábeis e afetam potencialmente muitas afirmações. No nível da afirmação para classes de transações saldos contábeis e divulgações, os riscos são inerentes ou de controle, existentes independentemente da auditoria das demonstrações contábeis. Risco de detecção, que se relaciona com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitável. Para reduzir esserisco, temos: • o planejamento adequado; • a designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho; • a aplicação de ceticismo profissional; • a supervisão e a revisão do trabalho de auditoria executado. Não é possível afirmar com segurança absoluta que as demonstrações contábeis estão livres de distorção. Essa limitação origina-se de questões básicas, como a natureza das informações contábeis, a natureza dos procedimentos de auditoria e a necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo e um custo razoáveis. Natureza das informações, alguns itens das demonstrações contábeis estão sujeitos a um nível inerente de variabilidade que não pode ser eliminado pela aplicação de procedimentos adicionais de auditoria, como as estimativas contábeis. Natureza dos procedimentos de auditoria, reconhecemos que há limites práticos e legais à capacidade do auditor de obter evidências. Equilíbrio entre custo e benefício, os usuários de demonstrações contábeis têm a expectativa de que o auditor forme uma opinião dentro de um período de tempo e a custos razoáveis. Nesse processo, é impraticável tratar de todas as informações ou abordar cada assunto exaustivamente, com base na premissa de que as informações são erradas ou fraudulentas até que haja prova em contrário. Pag22 - Dois grandes objetivos gerais do auditor: • Obter segurança razoável de que a totalidade das demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando, assim, expressar sua opinião sobre se essas demonstrações foram elaboradas, em lodos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; • apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar- -se, como exigido pelas NBC TA, de acordo com suas constatações. Pag23/24/25 - Os principais conceitos que o auditor deve saber para executar seu trabalho: • Estrutura de relatório financeiro aplicável: é a estrutura de relatório financeiro adotada pela administração e, quando apropriado, pelos responsáveis pela governança na elaboração das demonstrações contábeis, considerando a natureza da entidade e o objetivo das demonstrações contábeis ou o que seja exigido por lei ou regulamento; • Estrutura de apresentaçãoadequada: é a estrutura de relatório financeiro. Essa estrutura a) reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis, pode ser necessário a administração fornecer divulgações além das especificamente exigidas pela estrutura; ou b) reconhece explicitamente que pode ser necessário a administração se desviar de uma exigência da estrutura para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis. É esperado que tais desvios sejam necessários apenas em circunstâncias extremamente raras; • Estrutura de conformidade (também chamada de compliance): é a estrutura de relatório financeiro que exige conformidade com as exigências dessa estrutura, mas não reconhece os aspectos contidos em a) e b) da segunda regra (estrutura de apresentação adequada); • Evidências de auditoria: são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações; • Risco de auditoria: é o risco a que o auditor está sujeito ao expressar uma opinião de auditoria, que pode ser inadequada se as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante; • Risco de detecção: c o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitável não detectem uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções; • Demonstrações contábeis: é a representação estruturada de informações contábeis históricas, incluindo notas explicativas relacionadas, com a finalidade de informar os recursos econômicos ou as obrigações da entidade em determinada data no tempo ou as mutações de tais recursos ou obrigações durante um período de tempo, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. • Ceticismo profissional: é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação critica das evidências de auditoria; • Asseguraçâo razoável: é um nível alto, mas não absoluto, de segurança; • Risco de distorção relevante: é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria, subdividindo-se em: a) risco inerente, que é a suscetibilidade de uma afirmação distorcida ser relevante; b) risco de controle, que é o risco de uma distorção não ser detectada e corrigida pelo controle interno da entidade. • Auditoria: é o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a adequação desses informes contábeis. • Procedimentos de auditoria: são exames (testes de observância e substantivos) que permitem ao auditor obter provas (evidências) suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações apresentadas em parecer ou relatório. • Objetivos de testes de observância: verificar se os controles internos estão em efetivo funcionamento. • Objetivos de testes substantivos: obter evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados, abrangendo: a) teste de transações e saldos; b) procedimentos de revisão analítica. • Documentação da auditoria (ou papéis de trabalho): é o conjunto de documentos e apontamentos com informações e provas coletadas pelo auditor. • Fraude: sao atos voluntários de omissão e manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários. • Erro: são atos involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. Pode haver circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis. Exemplos de situações que podem ser encontradas pelo auditor são: evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas; informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos a serem usados como evidências de auditoria; condições que indiquem possível fraude. Pag26 – A crença de que a administração e os responsáveis pela governança são honestos e têm integridade não livra o auditor da necessidade de manter o ceticismo profissional. O julgamento profissional do auditor também c imprescindível, sendo exercido ao longo do planejamento e da execução da auditoria de demonstrações contábeis. Esse julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre: materialidade e risco de auditoria; natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria; evidência de auditoria suficiente e apropriada; avaliação das opiniões da administração; extração de conclusões baseadas nas evidencias dc auditoria obtidas. Pag26/27 – Quanto à ética, , são princípios a serem observados pelo auditor: • integridade; • objetividade; • competência e zelo profissional; • confidencialidade; • comportamento (ou conduta) profissional. Pag27 – O trabalho de auditoria deve ser devidamente planejado, considerando os fatores relevantes. Dentro desse planejamento, são elaborados o plano e o programa de auditoria. • Plano de auditoria: é a documentação do planejamento. • Programa de auditoria: é o detalhamento das ações necessárias para compreensão dos procedimentos que serão aplicados. Pag28 – Principais competências técnico-profissionais e responsabilidades dos auditores Ás Normas Profissionais de Auditoria Independente foram firmadas pela Resolução CFC 821/199T, que compreende os seguintes itens: • competência técnico-profissional; • independência; • responsabilidades do auditor na execução dos trabalhos; • honorários; • guarda da documentação; • sigilo; • responsabilidade pela utilização do trabalho do auditor interno e de especialistas; • informações anuais aos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC); • educação continuada; • exame de competência profissional; • manutenção dos líderes de equipe de auditoria; • registro e exercício da auditoria na (CVM); • Auditor Independente Pessoa Física (AIPF). Pag29 – Para assumir a responsabilidade por uma auditoria das demonstrações contábeis, o auditor deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada, de forma suficiente para que lhe seja possível identificar e compreender as transações realizadas pela entidade. O auditor independente, no exercício de sua atividade, deve comprovar a participação em programa de educação continuada, na forma a ser regulamentada pelo CFC. Para que possa exercer sua atividade, deve também se submeter a exame de competência profissional, na forma regulamentada também pelo CFC. Pag30 – A ameaça de interesse próprio ocorre quando a entidade de auditoria, ou o membro da equipe de auditoria, pode auferir benefícios de interesse financeiro na entidade auditada. A ameaça de autorrevisão ocorre quando o membro da equipe de auditoria foi, anterior mente, administrador ou diretor da entidade auditada. A ameaça de defesa de interesses da entidade auditada ocorre quando a entidade dc auditoria ou um membro da equipe de auditoria defende a posição da entidade auditada, a ponto de comprometer a objetividade. A ameaça de familiaridade ocorre quando, em virtude de relacionamento estreito com uma entidade auditada, a entidade de auditoria passa a se identificar demasiadamente com os interesses da entidade auditada. A ameaça de intimidação ocorre quando algum membro da equipe de auditoria encontra obstáculos para agir devido a ameaças por parte dos dirigentes da entidade auditada. Pag31 – São exemplos de perda da independência a existência de: a) interesses financeiros na entidade auditada; b) operações de créditos e garantias com a entidade auditada; c) relacionamentoscomerciais com a entidade auditada; d) relacionamentos familiares e pessoais com a entidade auditada; e) período em que houve a atuação como administrador da entidade auditada; f) vínculos empregatícios por administradores mantidos anteriormente com a entidade de auditoria; g) prestação de outros serviços à auditada que caracterize conflitos de interesses; h) aceitação de presentes e brindes; i) litígio em curso ou prestes a ocorrer contra a auditada. Interesses financeiros são a propriedade de títulos e valores mobiliários e quaisquer outros tipos de investimentos adquiridos pela entidade de auditoria. Dividem-se em diretos e indiretos. Os interesses financeiros diretos são aqueles sobre os quais o detentor tem controle, seja em ações, debentures ou outros títulos e valores mobiliários. Os interesses financeiros indiretos são aqueles sobre os quais o detentor não tem controle algum, por exemplo, o fundo comum de investimento. Um interesse financeiro indireto é considerado relevante se seu valor for superior a 5% do patrimônio líquido da pessoa. Pag32 – A entidade de auditoria e seus familiares imediatos não podem ter operações de créditos ou garantia de operações de créditos com a entidade auditada. Pag33 – As seguintes funções prejudicam a independência da auditoria: • atividades que exerçam influência significativa sobre as políticas operacionais, financeiras e contábeis da auditada (exemplo: presidente, diretor, administrador); • atividades que exerçam influência em geral nas demonstrações contábeis da auditada (exemplo: controller, gerente contábil, contador); • atividades consideradas sensíveis sob o ponto de vista da auditoria (exemplo: tesoureiro, auditor interno, gerente de compras). Pag36 – 1.4.4 Honorários não podem ser fixados honorários de auditoria condicionais aos resultados. 1.4.5 Guarda da documentação O auditor deve conservar toda a documentação pelo prazo de cinco anos a partir da data de emissão do parecer. 1.4.6 Sigilo entende-se por sigilo a obrigatoriedade de o auditor independente não revelar, em nenhuma hipótese, salvo as contempladas naquela norma, as informações que obteve em função de seu trabalho na entidade auditada. Pag37 – 1.4.7 Responsabilidade pela utilização do trabalho do auditor interno e de especialistas Entende-se por especialista um indivíduo ou uma empresa que detenham habilidades, conhecimento c experiência em áreas específicas não relacionadas à contabilidade ou auditoria. 1.4.8 Manutenção dos líderes de equipe de auditoria Deve ser adotada a rotação, a cada intervalo menor ou igual a cinco anos consecutivos, retornando- se à auditada no intervalo mínimo de três anos. 1.4.9 Registro e exercício da auditoria na CVM O registro de auditor independente compreende duas categorias: • Auditor Independente Pessoa Física (AIPF), conferido ao contador; • Auditor Independente Pessoa Jurídica (AIPJ), conferido à sociedade profissional, constituída sob a forma de sociedade civil. Pag37/38/39 – Os requisitos paro inscrição como AIPF são: • estar registrado em C.RC, na categoria de contador; • ter exercido atividade de auditoria de demonstrações contábeis, dentro do território nacional, por período não inferior a cinco anos, consecutivos ou não, contados a partir da data do registro em CRC, na categoria de contador; • exercer atividade de auditoria independente, mantendo escritório profissional legalizado, cm nome próprio, com instalações compatíveis ao exercício da atividade, em condições que garantam a guarda, a segurança e o sigilo dos documentos e informações decorrentes dessa atividade, bem como a privacidade no relacionamento com seus clientes; • possuir conhecimento permanentemente atualizado sobre o ramo de atividade, os negócios e as práticas contábeis e operacionais de seus clientes, bem como uma estrutura operacional adequada ao seu número e porte; • ter sido aprovado em exame de qualificação técnica. Os requisitos para inscrição como AIPJ são: • estar inscrito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, sob a forma de sociedade civil, constituída exclusivamente para prestação de serviços profissionais de auditoria e demais serviços inerentes à profissão de contador; • todos os sócios serem contadores e pelo menos a metade destes serem cadastrados como responsáveis técnicos; • constar do contrato social, ou ato constitutivo equivalente, cláusula dispondo que a sociedade responsabilizar-se-á pela reparação de dano que causar a terceiros, por culpa ou dolo, no exercício da atividade profissional e que os sócios responderão solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, depois de esgotados os bens da sociedade; • estar regularmente inscrita, bem como seus sócios e demais responsáveis técnicos regularmente registrados em CVM; • todos os responsáveis técnicos terem sidos autorizados a emitir e a assinar parecer de auditoria em nome da sociedade e terem exercido atividade de auditoria de demonstrações contábeis, dentro do território nacional, por período não inferior a cinco anos, consecutivos ou nào, contados a partir da data do registro em CRC, na categoria de contador; • terem sido todos os responsáveis técnicos aprovados em exame de qualificação técnica; • manter escritório profissional legalizado em nome da sociedade, com instalações compatíveis ao exercício da atividade de auditoria independente, em condições que garantam a guarda, a segurança e o sigilo dos documentos e das informações decorrentes dessa atividade, bem como a privacidade no relacionamento com seus clientes; • manter quadro permanente dc pessoal técnico adequado ao número e porte dos clientes, com conhecimento constantemente atualizado sobre o seu ramo de atividade, os negócios, as práticas contábeis e operacionais. Livro – Cap.2 Pag45 – Os procedimentos de auditoria são mecanismos utilizados pelo auditor para a obtenção de evidências ou provas que fundamentarão o relatório de auditoria Quanto à classificação, os testes podem ser: • testes de observância: nos quais se observam a existência e a aplicação dos controles internos; • testes substantivos: nos quais se verificam os saldos das contas e dos balanços (cálculos). Pag45/46 – Exemplo de procedimentos de auditoria: • exame de registros; • exame documental; • conferência de cálculos; • entrevistas; • inspeção física; • circularização; • corrclaçào (ou reflexo) entre as contas. Pag46 – Circularização significa, basicamente, a confirmação com terceiros dos saldos e das informações da empresa. É enviada pelo auditor e respondida diretamente a ele pelos terceiros. A circularização classifica-s em: • preta (quando apresenta o saldo a ser confirmado); • branca (quando não apresenta o saldo a ser confirmado e solicita essa informação); • positiva (quando exige o retorno do destinatário para validar o saldo); • negativa (quando comunica que o silêncio do destinatário será entendido como aceitação) - esta última tem um valor probante fraco, obvia mente. Os advogados, quando circularizados, devem informar as probabilidades de perda da questão, classificando-a em perda provável, perda possível ou perda remota, com a estimativa do valor atualizado dessa perda. Todo documento, todo trabalho ou toda prova obtidos pelo auditor são considerados uma evidência de auditoria. Pag46/47/48/49/50 – 2.2 Tipos de testes das demonstrações contábeis Objetivos e procedimentos de auditoria para as seguintes áreas: • disponível; Os objetivos de se auditar o ativo disponível da empresa podem ser resumidos em: verificar se os valores estão classificados corretamente, se existem riscos para esses valores c se a legislação correspondente foi seguida. Entre os procedimentos estão: contagem: contagemfísica do numerário em caixa, confirmação dos saldos bancários e conciliações e confirmação da remuneração das aplicações. • contas a receber; Entre os objetivos de se auditarem as contas a receber estão: verificar se os valores estão corretamente classificados, se há riscos para esses valores e se a legislação correspondente foi seguida. Entre os procedimentos, destacam-se: inspeção física dos títulos a receber, confirmação das contas, conferência do cálculo dos juros e revisão do livro-razão analítico. • estoques; Entre os objetivos para a auditoria dos estoques estão: verificar se os bens existem fisicamente, se os valores estão corretamente classificados, se há riscos para esses valores e se a legislação correspondente foi seguida. Alguns procedimentos de auditoria nos estoques são: contagem física do estoque (por amostragem), revisão dos mapas de inventário, exame dos documentos de entrada e de saída, exame do método de contabilização e confirmação dos estoques em poder de terceiros. • despesas antecipadas; Entre os objetivos para a auditoria das despesas antecipadas destacam-se: verificar se os valores representam gastos do exercício seguinte, se os seguros são compatíveis e se a legislação correspondente foi seguida. São procedimentos de auditoria nas despesas antecipadas: análise da adequação das apólices c contratos e conferência de cálculos das apropriações. • investimentos; Entre os objetivos para a auditoria dos investimentos encontram-se: constatar se os investimentos registrados realmente existem, se os valores estão corretamente avaliados e se a legislação correspondente foi seguida. São procedimentos para a auditoria dos investimentos: inspeção física dos principais títulos e dos bens, confirmação sobre a custódia de títulos, conferência de cálculo da equivalência patrimonial e confirmação com terceiros. • imobilizado; São objetivos para a auditoria do ativo imobilizado: constatar se os bens existem fisicamente, se os valores estão corretamente classificados e se a legislação correspondente foi seguida. Entre os procedimentos de auditoria do ativo imobilizado estão: inspeção física dos principais itens, análise dos contratos de arrendamento mercantil, conciliação dos saldos e controles de código de barras e análise das reavaliações realizadas. • contas a pagar; Entre os objetivos para a auditoria das contas a pagar estão: verificar se os valores são efetivamente passíveis de serem exigidos da organização, se há garantias vinculadas a esses valores e se a legislação correspondente foi seguida. Quanto aos procedimentos de auditoria das contas a pagar estão: inspeção física dos títulos a pagar, conferência do cálculo dos juros c das correções, revisão das classificações de curto e de longo prazo e exame do livro-razão analítico. • estimativas ou provisões contábeis; Alguns objetivos da auditoria das estimativas ou provisões contábeis são: constatar se a fundamentação está correta, se os valores estão corretamente registrados e se existe divulgação apropriada nas demonstrações contábeis. Entre os procedimentos de auditoria das provisões contábeis estão: cálculo das estimativas, revisão dos pressupostos das estimativas e exame dos dados utilizados nas estimativas. • empréstimos; São objetivos da auditoria da área de empréstimos: confirmar se os valores são realmente exigíveis da organização, se há garantias para esses valores e se a legislação correspondente foi seguida. Entre os procedimentos de auditoria dos empréstimos estão: exame documental dos contratos de empréstimo, confirmação dos pagamentos realizados, confirmação dos saldos dos empréstimos e conferência de cálculo dos juros. • patrimônio líquido; Entre os objetivos da auditoria do patrimônio líquido destacam-se: verificar se os valores foram originados efetivamente dos sócios da empresa, se existe comprovação das transferências, se as divulgações foram corretamente feitas e se a legislação correspondente foi seguida. São procedimentos de auditoria do patrimônio líquido: contagem das cautelas das ações, revisão do contrato social (para o caso de Sociedade Limitada) para confirmação da participação acionária, exame das integralizações, confirmação de valores nas reservas, verificação da realização das reservas, confirmação dos dividendos e exame das atas de assembleias. • resultado do exercício; Entre os objetivos da auditoria do resultado do exercício estão: constatar se os valores são receitas realizadas ou despesas incorridas, se os valores estão corretamente classificados e se a legislação correspondente foi seguida. São procedimentos de auditoria do resultado do exercício: conferência de cálculos de receitas e despesas, exames documentais dessas entradas e saídas, revisão do cálculo dos juros, receitas financeiras e tributos. • operações com partes relacionadas: São objetivos para a auditoria das operações com partes relacionadas: verificar se os valores foram corretamente registrados e se há favorecimento indevido. Dos procedimentos de auditoria entre partes relacionadas estão: investigar a vinculação de executivos a outras empresas fornecedoras ou a clientes da auditada, revisar os empréstimos a receber e a pagar entre essas empresas, examinar as operações de investimentos e saldos, observar operações em que a essência difira da forma e revisar operações com valores elevados. Livro – Cap.3 Pag55 – Papéis de trabalho são documentos preparados pelo auditor que provam o trabalho realizado e dão suporte para a emissão do relatório e dos comentários (Araújo; Arruda; Barretto, 2008, p. 240). Esses papéis permitem a revisão futura por outros auditores, bem como servem de prova da experiência profissional do auditor para fins de inscrição na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Alguns pontos básicos na elaboração dos papéis de trabalho são os seguintes: • extremo rigor técnico (precisão); • concisão; • objetividade; • fácil compreensão (clareza); • modo racional (logicidade); • completude. Pag56 – 3.2 Uso dos papéis de trabalho Entre as finalidades dos papéis de trabalho, destacam-se as que se seguem: • apresentar registro dos exames realizados; • demonstrar os objetivos e o escopo do trabalho, bem como a metodologia utilizada neste; • fornecer informações para as próximas auditorias; • embasar emissão do relatório de auditoria; • registrar a supervisão do trabalho; • possibilitar a análise da qualidade do trabalho. 3.3 Forma, conteúdo e extensão Quanto à forma, qualquer documento é evidência do trabalho realizado. Em seu conteúdo estão informações relativas ao planejamento da auditoria, à natureza, à oportunidade e à extensão dos procedimentos, dos resultados e das conclusões. Quanto à extensão, documentam-se apenas os fatos relevantes, ou seja, aqueles que influenciam o relatório. 3.4 Identificação dos papéis de trabalho Os papéis de trabalho, independentemente da forma, possuem as seguintes informações: • cabeçalho com a identificação dos auditores, do auditado e da área auditada; • data da realização do trabalho; • assinatura do responsável pela elaboração; • assinatura do responsável pela revisão; • título da área; • objetivo do papel de trabalho. São exemplos de papéis de trabalho as listas de verificação de procedimentos, as cartas de confirmação (circularização) e os termos de inspeções físicas. Pag57/58 – 3.5 Descrição das informações O trabalho do auditor, no que tange aos papéis de trabalho, pode ser dividido nas seguintes fases: • Compilação das informações: coleta de demonstrativos e mapas, memorandos, análises, entre outros. • Arquivamento nas seguintes pastas: a) pasta permanente, contendo resumo da legislação básica, estrutura organizacional da empresa,plano de contas, fluxogramas, contratos de longo prazo, manual de procedimentos; b) pasta corrente, contendo papéis de trabalho da auditoria realizada (análise de transações, programas de auditoria, memorandos, entre outros). • Referenciação: é a conexão e a organização dos vários papéis de trabalho (fixas mestras e subsidiárias), normalmente com referenciação alfanumérica, Pag58/59 – Em relação à organização, a pasta de trabalho deve conter os seguintes itens: • capa, com identificação do auditor, do auditado, da auditoria e o período dc realização dos trabalhos; • índice dos papéis; • plano de auditoria; • programa de auditoria por área; • controle de tempo dos trabalhos; • notas do supervisor; • evidências por área examinada; • correspondências emitidas; • respostas recebidas e referenciadas com os papéis; • recomendações; • relatório de auditoria. Pag59 - 3.6 Principais tipos dc papeis de trabalho Os principais tipos de papéis de trabalho englobam: • informações sobre a estrutura organizacional; • cópias de documentos legais; • informações sobre setores de atividades; • documentos do processo de planejamento; • documentos de avaliação dos riscos dc auditoria; • análises das transações; • registros de supervisão; • cópias das comunicações; • cartas de responsabilidade da administração; • conclusões e demonstrações contábeis. Livro – Cap.4 Pag73 – Podemos definir relatório de auditoria como um texto organizado e detalhado dos fatos detectados durante os trabalhos de. Desse modo, o relatório é o meio pelo qual o auditor comunica os resultados do trabalho. O gênero relatório comporta duas espécies: o relatório de auditoria propriamente dito c o parecer de auditoria. Os passos relativos ao trabalho do auditor, temos as seguintes fases: • fase do planejamento (plano de auditoria e programa de auditoria); • fase de execução (busca de evidencias); • fase do relatório (relatório de auditoria e parecer de auditoria). Pag74 – No parecer de auditoria, o auditor expressa sua opinião sobre os resultados encontrados, concordando ou não com as demonstrações contábeis apresentadas. O parecer é composto basicamente de três parágrafos: • 1° parágrafo: contendo a identificação das demonstrações contábeis e a definição de responsabilidades; • 2° parágrafo: contendo a referência às normas de auditoria, a definição da extensão dos trabalhos e os procedimentos utilizados; • 3° parágrafo: contendo a opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis. Um parecer apresenta os seguintes elementos essenciais: • título; • destinatário; • identificação das demonstrações auditadas; • definição de responsabilidade; • referência às normas de auditoria; • expressão de opinião ou negativa de opinião; • assinatura; • data do relatório. Pag74/75/76/77/78 – Os pareceres de auditoria são classificados de quatro modos: • sem ressalvas é emitido quando o auditor está convencido de que as demonstrações contábeis foram elaboradas segundo as regras contábeis e legais vigentes. • com ressalvas é emitido quando o auditor conclui que os problemas detectados não são relevantes a ponto de determinar a emissão de um parecer adverso ou com negativa de opinião. O parecer com ressalvas segue o modelo de parecer limpo, com a inclusão dos parágrafos das ressalvas, mediante a utilização das expressões exceto por, excelo quanto ou com exceção de no parágrafo da opinião. • adverso é emitido quando o auditor discorda, de forma significativa, das demonstrações contábeis apresentadas. Normalmente, nesse contexto, as demonstrações estão incorretas de tal modo que se impossibilita a emissão de parecer com ressalva. Nesses casos, são explicados no parecer todos os porquês nos parágrafos entre o escopo e a opinião. • com negativa ou abstenção de opinião é emitido quando o auditor deixa de emitir opinião sobre as demonstrações contábeis apresentadas, pois não há evidência adequada para fundamentar sua opinião ou existe uma restrição significativa (exemplo: não acompanhamento da contagem física dos estoques, não solicitação de confirmação de saldos, registros contábeis inadequados). Pag80 – 4.3 Técnicas de elaboração de relatórios Não existe uma regra para a maneira como os relatórios devem ser elaborados. No entanto, os itens lógicos e que devem constar no relatório são trazidos a seguir: • capa: com a logomarca da empresa de auditoria, a natureza do trabalho, o nome da entidade auditada, o período e o objetivo da auditoria; • índice: para facilitar a identificação dos pontos abordados; • sumário executivo: com breve descrição dos principais resultados da auditoria; • informações gerais: nome da entidade auditada, período, nome do administrador, objeto social da auditada; • introdução e objetivo do trabalho: aspectos introdutórios; • alcance e procedimentos: amplitude do exame, leis e regras, procedimentos de confirmação com terceiros (circularização), inspeções físicas, exame documental, conferência de cálculos, observações e entrevistas; • resultado da auditoria: pontos de auditoria por ordem decrescente de importância - para cada ponto, é necessário descrevê-lo, trazer suas consequências e recomendar sugestões; • conclusão; • elementos pós-relatório (glossário): opcionais. Pag81 - O auditor deve levar em consideração os seguintes aspectos durante a elaboração de seus relatórios: a) importância do conteúdo; b) utilidade; c) adequação das provas; d) convencimento; e) objetividade; f) clareza e simplicidade; g) concisão h) tom construtivo; i) evitar exageros em efeitos visuais. Livro – Cap.5 Pag87/88/89 – 5.1 Auditoria fiscal do IRPJ e CSLL Quanto à auditoria do ativo, é importante verificar: • na conta aplicações financeiras, se os juros e atualizações foram registrados; • na conta clientes, se os valores registrados referem-se à venda de bens e serviços não mais sujeitos à condição; • se as perdas no recebimento dos créditos atendem às disposições do Regulamento do Imposto de Renda (RIR), Decreto n° 3.000, de 26 de março de 19991; • na conta estoque, se os valores atendem às disposições das regras fiscais (custo médio ponderado); • se os estoques estão registrados no livro Registro de Estoques para cada estabelecimento; • na conta tributos a recuperar, se estão registrados apenas os valores passíveis de legítima compensação; • na conta empréstimos a receber de pessoas ligadas: a) se os valores estão apoiados em contratos escritos; b) se os encargos contratados estão escriturados; c) se foi feito o desconto do imposto de Renda da Fonte (IRF) devido e do Imposto sobre Operações Financeiras (lOF); • na conta do ativo permanente, se os bens e a depreciação estão corretamente registrados; • se foram aproveitados incentivos fiscais relativos à depreciação acelerada e feito o seu correto controle nos livros fiscais; • se os ajustes relativos aos preços de transferências, quando necessários, foram aplicados; • na conta investimentos, caso aplicável, se foi observado o método da equivalência patrimonial; • se, pela equivalência, os valores positivos foram excluídos e os negativos adicionados ao lucro real; • se houve ágio ou deságio na aquisição do investimento e se foram amortizados corretamente; • em investimentos no exterior, se existem provas sobre o pagamento de tributo no exterior para fins de compensação. Quanto à auditoria do passivo, é importante verificar: • se existem valores registrados que já estejam pagos de modo a caracterizar omissão de receitas; • se houve omissão, para que sc possa identificar a natureza da receita omitida e o momento em que ocorreu; • se provisões indedutíveis foram adicionadas na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL;• se empréstimos estão correta mente contabilizados e se os encargos foram deduzidos conforme as regras; • se estão sendo observadas as retenções na fonte dos tributos, incluindo o IOF. Na auditoria do patrimônio líquido, é importante verificar: • se houve aumento de capital em dinheiro, para que se possa atentar para a origem dos recursos; • se o cálculo de juros sobre o capital próprio está correto; • se as participações nos lucros foram corretamente calculadas; • quando houver distribuição desproporcional de lucros, se existe autorização contratual e se foi formalizada a decisão. Na auditoria de receitas, custos e despesas, c importante verificar: • se as receitas registradas existem e se foram apropriadas pelo regime de competência ou caixa; • se receitas, rendimentos, lucros e ganhos de capital foram adequadamente classificados; • se existem evidências de que valores tributáveis foram excluídos da tributação de forma dolosa ou culposa; • se custos, despesas e perdas de capital seguiram regras pertinentes à dedutibilidade (usualidade, normalidade c necessidade); • se foram observados os limites para depredações, amortizações e exaustões; • se os valores levados ao resultado estão documentalmente comprovados; • se foram observados os limites de compensação de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa para cada período; • se os valores compensáveis estão suportados por documentos idóneos. Pag89/90 - 5.2 Auditoria fiscal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto Sobre Serviços (1SS) Na auditoria do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Serviços (ISS), o auditor deve analisar os requisitos da legislação, notada mente: • os créditos escriturados; • os débitos gerados e os estornos de créditos; • a correta classificação das operações (isentas, não tributáveis, com alíquota ou base de cálculo reduzida); • a observação das obrigações acessórias. Desse modo, na auditoria desses três impostos, é verificado: • se, em relação às entradas, há idoneidade do emissor e correta identificação das mercadorias, quantidades, valores e destinatário; • se a classificação fiscal do remetente está conforme a Tabela do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI); • se foram debitados correta mente os impostos incidentes; • se houve registro no livro Registros de Entradas, livro Registro de Controle e Produção do Estoque; • se há operações cobertas por isenções ou reduções; • se foram registrados créditos extemporâneos com observância das regras; • se os recolhimentos foram realizados nos prazos; • se nas operações de saída foi realizada a tributação; • se estão sendo utilizados os documentos fiscais exigidos pela legislação; • se o arquivamento dos documentos está correto e pelo prazo determinado; • se os livros foram autenticados; • se foram entregues os demonstrativos periódicos exigidos pela legislação; • se regras de retenção na fonte (ISS), se existentes, estão sendo observadas. Pag91 5.3 Auditoria fiscal do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Na auditoria da contribuição ao Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), é verificado: • sc houve o correto enquadramento da pessoa jurídica no regime cumulativo ou não cumulativo desses tributos; • se ocorreu a observância de isenções, nào incidências, suspensões ou alíquota zero; • se os créditos sobre insumos utilizados estão corretamente embasados; • se as alíquotas adequadas foram utilizadas. Aula 6 – O trabalho de asseguração é um trabalho no qual o auditor expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros usuários previstos, que não seja a parte responsável acerca do resultado da avaliação ou da mensuração de determinado objeto, conforme os critérios aplicáveis. O termo asseguração foi adotado nos trabalhos de auditoria após a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, sendo anteriormente reconhecido como parecer acerca da opinião da auditoria. O termo asseguração decorre da tradução do termo em inglês assurance, que expressa os trabalhos de auditoria independentes em outros países, tais como Estados Unidos e países europeus. Mas o que difere opinião de asseguração? A ideia de emitir uma asseguração é atribuir um caráter mais robusto aos trabalhos de auditoria, aliada a uma proposta de maior integração e responsabilidade em relação à atuação do auditor. A norma busca que, através da asseguração, o auditor expresse uma conclusão, com o intuito de aumentar o grau de confiança de outros usuários externos e interessados no resultado das análises e avaliações. A auditoria independente é uma atividade que se utiliza de procedimentos técnicos específicos com a finalidade de atestar a adequação de um ato ou fato com o fim de imprimir-lhe características de confiabilidade. Os trabalhos de auditoria externa ou independente eram definidos como auditoria completa (full audit, em inglês) e revisão limitada (limited review, em inglês). Atualmente são conhecidas como Asseguração Razoável e Asseguração Limitada, sua nomenclatura foi modificada com o advento da entrada em vigor da Lei nº 11.638 e, consequentemente, com a criação do Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC), trouxe uma nova terminologia e o aprofundamento conceitual aos trabalhos de auditoria independente. Asseguração Razoável X Asseguração Limitada basicamente, a diferença em relação às duas abordagens reside na ideia de que os trabalhos de auditoria completa eram aplicados aos clientes que detinham algum tipo de exigibilidade específica para a publicação de balanços e, consequentemente, realização de auditoria independente, enquanto os trabalhos de revisão limitada eram uma espécie de auditoria com menor escopo de trabalho, geralmente realizada para empresas que não possuíam a obrigatoriedade de publicar os seus demonstrativos contábeis e, por conseguinte, a auditoria independente não teria um grau de profundidade maior. Os trabalhos de auditoria independente apresentam 4 (quatro) tipos possíveis de opinião ou conclusão, a depender dos resultados obtidos nos exames realizados e a relevância e extensão dos pontos de atenção ou ajustes identificados. A conclusão do auditor independente pode contemplar a responsabilidade de expressar-se em relação: às demonstrações contábeis, com base nas normas (brasileiras e/ou internacionais de auditoria); à eficácia dos controles internos, em conjunto com a auditoria das demonstrações contábeis. Quanto ao tipo ou à qualidade da opinião do auditor independente pode ser expressa das seguintes formas: opinião sem ressalva; opinião com ressalva; opinião adversa; abstenção de opinião. Para que ocorra a aceitação de um trabalho de asseguração o auditor deverá demonstrar que possui um conhecimento prévio acerca do cliente ou do potencial cliente, mesmo que nunca tenha realizado trabalhos para ele. Esse processo envolve uma pesquisa prévia e contato com outros auditores, com o próprio cliente interessado na realização do trabalho, ou, ainda, com outros auditores da rede (associados de outros escritórios ou de filiais da firma). O auditor deverá, além disso, indicar que tem a capacidade de cumprir com o disposto no código de ética da profissão, no qual se encontram os aspectos relacionados com a independência e com a competência profissional O auditor deverá garantir, ainda, que o trabalho de asseguração contenha o objeto apropriado do trabalho e que os critérios a serem adotados sejam adequados.O auditor tem acesso amplo e irrestrito às evidências que dão suporte à sua opinião, tais como documentos, entrevistas com pessoas-chaves e bens móveis e imóveis. A opinião do auditor, qualquer que venha a ser, poderá ser expressa em forma de relatório escrito. Conforme destacado na NBCTA Estrutura Conceitual, são elementos presentes nos trabalhos de asseguração os seguintes componentes: relacionamento entre o auditor independente, a parte responsável pela contratação e os usuários previstos; objeto apropriado; critérios adequados; evidências apropriadas e suficientes; relatório de asseguração escrito na forma apropriada para trabalho de asseguração razoável ou para trabalho de asseguração limitada. A responsabilidade do auditor está diretamente relacionada ao objeto da auditoria, e previamente acordada em contrato proposto e aceito pelas partes, auditor e auditado. Basicamente, nos trabalhos de asseguração os auditores têm por responsabilidade expressar uma opinião acerca dos valores registrados nas demonstrações contábeis apresentadas pelos clientes e, também, uma opinião acerca dos controles internos da organização, seus riscos inerentes, os controles e processos existentes para minimizá-los, e a eficiência desses controles e processos na detecção de desvios (erros e fraudes). Dentro da auditoria, ao que se refere a “NBC TA Estrutura Conceitual”? Discorre que as demais partes que compõem o relacionamento da auditoria, fora os auditores independentes, podem ser de diferentes entidades e, consequentemente, com diferentes interesses, pois, por exemplo, a parte responsável ou contratante pode ser o conselho de administração, enquanto aqueles interessados no resultado da auditoria ou usuários podem ser um organismo regulador, um fundo de investimentos, um representante da minoria acionária. Ainda, a referida NBC TA trata da figura do auditor independente como mais abrangente do que a nomenclatura auditor independente nas demais normas técnicas e profissionais, pois na NBC TA Estrutura Conceitual auditor independente é aquele que executa uma vasta gama de trabalhos de auditoria, e não somente de asseguração ou revisão de informações contábeis históricas (demonstrações contábeis de anos anteriores), podendo o auditor realizar uma vasta gama de trabalhos de avaliação, constatação, levantamento, certificação e opinião. Slide aula 5 Segregação da Auditoria Tributária -Preventiva Tem como foco revisar os últimos cinco anos das obrigações principais e acessórias, objetivando adequar os procedimentos fiscais à legislação vigente e precaver a empresa de eventuais fiscalizações -Corretiva Tem como foco revisar mensalmente as obrigações principais e acessórias, com base em apurações realizadas e documentações apresentadas pela empresa ou referente a um determinado período solicitado (CREPALDI, 2015) -Operacional Tem como objetivo apurar mensalmente as obrigações principais confeccionar guias de recolhimento, elaborar e enviar declarações acessórias, recuperação e atualização de créditos tributários, levantamento e revisão de contingências fiscais Livro – Cap.1 - Questões para revisão 1. A Resolução nu 820/1997 aprova as Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas n 11 (Normas dc Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis), cujos principais tópicos sào: V I. Conceitução e disposições gerais. V II. Normas de execução dos trabalhos. V III. Normas relativas ao parecer dos auditores independentes. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e 111. b) II e III. c) I, II e III. d) Nenhuma das alternativas anteriores 2. Qual o conceito completo de auditoria? a) Um trabalho realizado pelo contador. b) Viagens e trabalhos extenuantes realizados por um escritório de contabilidade. c) O conjunto de procedimentos técnicos, que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a adequação desses informes contábeis. d) Uma peça processual elaborada por um perito. 3. O objetivo do teste de observância é: a) detectar a visibilidade do auditor. b) verificar a necessidade de mais pessoas para realizar o trabalho. c) verificar se os controles internos estão em efetivo funcionamento. d) autenticar os papéis de trabalho. 4. Para o CRC, o sigilo deve ser observado nas seguintes hipóteses: V I. Na relação entre o auditor e a entidade auditada. V II. Na relação entre os auditores. V III. Na relação entre os auditores e os organismos reguladores e fiscalizadores. IV. Na relação entre o auditor e terceiros. Estão corretas as afirmativas: a) I e III. b) II e III. c) Nenhuma das alternativas. d) Todas as alternativas. 5. Quanto ao AIPF, os requisitos para registro na CVM são os seguintes: V I. Estar registrado no CRC. V II. Haver exercido a atividade pelo prazo de cinco anos. V III. Ter instalações próprias para o exercício da atividade. V IV. Estar atualizado quanto às normas e ter equipe capaz de realizar os trabalhos. V V. Ter sido aprovado em exame de qualificação técnica. Estão corretas as afirmativas: a) I e IV. b) II, III e IV. c) I, II e V. d) Todas as alternativas anteriores. 1. Quais os objetivos dos lestes de observância? Objetivos de testes de observância: verificar se os controles internos estão em efetivo funcionamento. 2. Quais os objetivos dos testes substantivos? Objetivos de testes substantivos: obter evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados, abrangendo: a) teste de transações e saldos; b) procedimentos de revisão analítica. 3. O que são evidencias de auditoria? Evidências de auditoria: são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações; 4. Quais os principais tópicos das Normas Profissionais de Auditoria Independente? Pag28 – Principais competências técnico-profissionais e responsabilidades dos auditores Ás Normas Profissionais de Auditoria Independente foram firmadas pela Resolução CFC 821/199T, que compreende os seguintes itens: • competência técnico-profissional; • independência; • responsabilidades do auditor na execução dos trabalhos; • honorários; • guarda da documentação; • sigilo; • responsabilidade pela utilização do trabalho do auditor interno e de especialistas; • informações anuais aos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC); • educação continuada; • exame de competência profissional; • manutenção dos líderes de equipe de auditoria; • registro e exercício da auditoria na (CVM); • Auditor Independente Pessoa Física (AIPF). 1. Atos involuntários de omissão e de manipulação de transações e operações são considerados fraudes? Não, para que a fraude se caracterize, é necessário que as atitudes sejam voluntárias. Se o ato praticado foi involuntário e os procedimentos de auditoria foram seguidos, estamos diante de um erro e nào de uma fraude. 2. O detalhamento das ações necessárias para a compreensão dos procedimentos aplicados se constitui no plano de auditoria? Não. Nesse caso, o que verificamos é o programa de auditoria. 3. Para atuar na área da auditoria independente, qual o nome do exame que é requisito para o registro no Cadastro Nacional de Auditores independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade? Exame de Qualificação Técnica. Livro – Cap.2 - Questões para revisão 1. Os procedimentos de auditoria podem ser classificados em: a)testes escritos e testes adjetivos. b) testes simbólicos e testes materiais. c) testes substantivos e testes de observância. d) testes completos e testes incompletos. 2. A circularização pode ser classificada da seguinte forma: I. Preta: apresenta o saldo a ser confirmado. II. Branca: não fornece o saldo a ser confirmado. III. Positiva: informa que é necessária a resposta. IV. Negativa: informa que não é necessária a resposta quando o circularizado concorda com o valor. Estão corretas as afirmativas: a) I e HL b) II e IV. c) III e IV. d) Todas as alternativas anteriores. 3. Quais os objetivos dos procedimentos de auditoria no disponível? a) Detectar se os valores estão corretamente classificados, se há riscos para esses valores e se legislação correspondente foi seguida. b) Detectar se os valores estão efetivamente disponíveis ou indisponíveis. c) Detectar se há dinheiro vivo na empresa. d) Detectar se o disponível está corretamente classificado no exigível a longo prazo. 4. São procedimentos de auditoria nos estoques: I. Contagem física do estoque por amostragem. II. Revisão dos mapas de inventário. III. Exame dos documentos dc entrada e saída. IV. Análise dos estoques de baixa rotatividade. Estão corretas as afirmativas: a) I e IV. b) II e III. c) I e III. d) Todas as alternativas anteriores. 5. Quais os objetivos dos procedimentos de auditoria no imobilizado? a) Verificar se realmente está imobilizado ou se tornou mobilizado/ circulante. b) Verificar se os bens existem fisicamente, se os valores estão corretamente classificados, se há riscos para esses valores e se a legislação correspondente foi seguida. c) Verificar se o imobilizado está pulverizado. d) Detectar as discrepâncias entre o passivo circulante, o patrimônio líquido e os bens que compõem o ativo imobilizado. Questões para reflexão 1. Conceitue procedimentos de auditoria. Os procedimentos de auditoria são mecanismos utilizados pelo auditor para a obtenção de evidências ou provas que fundamentarão o relatório de auditoria 2. Quais os principais procedimentos de auditoria? Principais procedimentos de auditoria são: • exame de registros; • exame documental; • conferência de cálculos; • entrevistas; • inspeção física; • circularização; • corrclaçào (ou reflexo) entre as contas. 3. O que é circularizaçào? Quais os seus tipos? Circularização significaa confirmação com terceiros dos saldos e das informações da empresa. É enviada pelo auditor e respondida diretamente a ele pelos terceiros. A circularização classifica-s em: • preta (quando apresenta o saldo a ser confirmado); • branca (quando não apresenta o saldo a ser confirmado e solicita essa informação); • positiva (quando exige o retorno do destinatário para validar o saldo); • negativa (quando comunica que o silêncio do destinatário será entendido como aceitação) - esta última tem um valor probante fraco, obvia mente. 4. Quais os objetivos e procedimentos de auditoria do disponível? Os objetivos de se auditar o ativo disponível da empresa podem ser resumidos em: verificar se os valores estão classificados corretamente, se existem riscos para esses valores c se a legislação correspondente foi seguida. Entre os procedimentos estão: contagem: contagem física do numerário em caixa, confirmação dos saldos bancários e conciliações e confirmação da remuneração das aplicações. 5. Quais os objetivos e procedimentos de auditoria das contas a pagar? Entre os objetivos para a auditoria das contas a pagar estão: verificar se os valores são efetivamente passíveis de serem exigidos da organização, se há garantias vinculadas a esses valores e se a legislação correspondente foi seguida. Quanto aos procedimentos de auditoria das contas a pagar estão: inspeção física dos títulos a pagar, conferência do cálculo dos juros c das correções, revisão das classificações de curto e de longo prazo e exame do livro-razão analítico. Perguntas & respostas 1. Os procedimentos de auditoria sâo flexíveis? Resposta: Sim, os procedimentos de auditoria são flexíveis, podendo variar de auditoria para auditoria. 2. Na circularizaçào, as respostas são enviadas para a empresa que, posteriormente, remete- as para o auditor? Resposta: Não, na circularizaçào as respostas sào enviadas diretamente pelos circularizados para o auditor. 3. O valor probante de uma evidência física normalmente é maior que uma evidencia analítica? Resposta: Sim, o valor probatório da evidência física nesse caso é maior. Livro – Cap.3 - Questões para revisão 1. Os papéis de trabalho são: a) folhas de papéis em formato A4, com padrões de tamanho definido pelas regras internacionais dc auditoria. b) o conjunto de documentos preparados pelo auditor, de forma manual ou eletrônica, que constituem a prova do trabalho executado e servem de fundamento para comentários, observações e opiniões emitidos. c) ferramentas de evidência. d) o conjunto de dados do auditor. 2. As regras básicas para a elaboração dos papéis de trabalho são: V I. Precisão. V II. Concisão. V III. Objetividade. V IV. Clareza. Estão corretas as afirmativas: a) I e III. b) II e IV. c) III e IV. d) Todas as alternativas anteriores. 3. São finalidades dos papéis de trabalho: V I. Apresentar registro dos exames realizados. V II. Demonstrar os objetivos, o escopo e a metodologia. V III. Evidenciar o trabalho realizado. V IV. Fornecer informações para as próximas auditorias. Está incorreta a afirmativa: a) I. b) ÍT. c) III. d) Nenhuma das alternativas anteriores. 4. Relativamente aos papéis de trabalho, entende-se: V I. Forma: qualquer documento que seja evidência do exame realizado (CDs, DVDs, fotografias, mapas). V II. Conteúdo: informações relativas ao planejamento de auditoria, a natureza, à oportunidade e à extensão dos procedimentos, assim como aos resultados e às conclusões. V III. Extensão: documentação apenas de fatos relevantes e que influenciarão o relatório. F IV. Anexos: a introdução, o relatório e o parecer de auditoria. Estão corretas as afirmativas: a) II e III. b) I. c) I, II e III. d) Todas as alternativas anteriores. 5. Os papéis de trabalho devem conter os seguintes itens: V I. Cabeçalho, com a identificação dos auditores, do auditado e da área auditada; V II. Referência para indexação; V III. Data da realização do trabalho; V IV. Assinatura do responsável pela elaboração e pela revisão. Estão corretas as afirmativas: a) I, II, e III. b) II, III e IV. c) II e III. d) Todas as alternativas anteriores. Questões para reflexão 1. Defina papeis de trabalho. Pag55- Papéis de trabalho são documentos preparados pelo auditor que provam o trabalho realizado e dão suporte para a emissão do relatório e dos comentários. Esses papéis permitem a revisão futura por outros auditores, bem como servem de prova da experiência profissional do auditor para fins de inscrição na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 2. Quais as regras básicas para elaboração dos papéis de trabalho? Pag55- Alguns pontos básicos na elaboração dos papéis de trabalho são os seguintes: • extremo rigor técnico (precisão); • concisão; • objetividade; • fácil compreensão (clareza); • modo racional (logicidade); • completude. 3. Como se identificam os papéis de trabalho? Pag55- 3.4 Identificação dos papéis de trabalho Os papéis de trabalho, independentemente da forma, possuem as seguintes informações: • cabeçalho com a identificação dos auditores, do auditadoe da área auditada; • data da realização do trabalho; • assinatura do responsável pela elaboração; • assinatura do responsável pela revisão; • título da área; • objetivo do papel de trabalho. São exemplos de papéis de trabalho as listas de verificação de procedimentos, as cartas de confirmação (circularização) e os termos de inspeções físicas. 4. Corno são organizados os papéis de trabalho? Pag58/59 – Em relação à organização, a pasta de trabalho deve conter os seguintes itens: • capa, com identificação do auditor, do auditado, da auditoria e o período dc realização dos trabalhos; • índice dos papéis; • plano de auditoria; • programa de auditoria por área; • controle de tempo dos trabalhos; • notas do supervisor; • evidências por área examinada; • correspondências emitidas; • respostas recebidas e referenciadas com os papéis; • recomendações; • relatório de auditoria. 5. Quais os principais tipos de papéis de trabalho? Pag59 - 3.6 Principais tipos de papeis de trabalho Os principais tipos de papéis de trabalho englobam: • informações sobre a estrutura organizacional; • cópias de documentos legais; • informações sobre setores de atividades; • documentos do processo de planejamento; • documentos de avaliação dos riscos dc auditoria; • análises das transações; • registros de supervisão; • cópias das comunicações; • cartas de responsabilidade da administração; • conclusões e demonstrações contábeis. Perguntas & respostas 1. Na elaboração do relatório de auditoria, a linguagem deve ser complexa e difícil para que o auditor demonstre seu conhecimento perante o público? Resposta: Não, o auditor deve utilizar uma linguagem clara, objetiva, concisa, lógica e completa. 2. Está correto dizer que uma das finalidades dos papéis de trabalho c fornecer informações às próximas auditorias? Resposta: Sim, a auditoria seguinte analisará, entre outros aspectos, os resultados da auditoria anterior, considerando, inclusive, se as recomendações para o exercício seguinte foram seguidas. 3. Por que os papéis de trabalho devem conter as assinaturas dos responsáveis pela elaboração e do responsável pela revisão? Resposta: Porque é desejado que a margem de erros seja reduzida o máximo possível. Livro – Cap.4 - Questões para revisão 1. É por meio do relatório que o auditor: a) comunica seu cliente sobre as horas de trabalho. b) traz a legislação internacional. c) comunica os resultados dos trabalhos realizados. d) escreve uma carta genérica ao cliente. 2. Por meio do parecer, é verificado se as demonstrações contábeis: V I. representam adequadamente as situações orçamentária, financeira, econômica e patrimonial da entidade. V II. foram elaboradas conforme as regras contábeis. V III. consideram os assuntos relevantes para a entidade. F IV. parecem com os diretores da organização. Estão corretas as afirmativas: a) I e III. b) II e III. c) I, II e III. d) Todas as alternativas anteriores. 3. O parecer compõe-se, basicamente, por: a) 1 parágrafo. b) 2 parágrafos. c) 3 parágrafos. d) 4 parágrafos. 4. São elementos do parecer: V I. Título. V ÍI. Parecer de auditoria. V III. Destinatário. V IV. Identificação das demonstrações auditadas. Estão corretas as afirmativas: a) I e III. b) ITT e IV. c) II e III. d) Todas as alternativas anteriores. 5. Os pareceres são classificados em: V I. sem ressalvas. V II. com ressalvas. V III. adverso. V IV. com negativa ou abstenção de opinião. Estão corretas as afirmativas: a) l II e III. b) III e IV. c) I e IV. d) Todas as alternativas anteriores. Questões para reflexão 1. Defina relatório de auditoria. Pag73 – Podemos definir relatório de auditoria como um texto organizado e detalhado dos fatos detectados durante os trabalhos de. Desse modo, o relatório é o meio pelo qual o auditor comunica os resultados do trabalho. 2. O que é parecer de auditoria? Pag74 – No parecer de auditoria, o auditor expressa sua opinião sobre os resultados encontrados, concordando ou não com as demonstrações contábeis apresentadas. 3. Quais os elementos do parecer de auditoria? Pag74 – Um parecer apresenta os seguintes elementos essenciais: • título; • destinatário; • identificação das demonstrações auditadas; • definição de responsabilidade; • referência às normas de auditoria; • expressão de opinião ou negativa de opinião; • assinatura; • data do relatório. 4. Quais os tipos de parecer de auditoria? Pag74 Os pareceres de auditoria são classificados de quatro modos: • sem ressalvas • com ressalvas • adverso • com negativa ou abstenção de opinião 5. O que é um parecer limpo ou sem ressalvas? Pag75 sem ressalvas é emitido quando o auditor está convencido de que as demonstrações contábeis foram elaboradas segundo as regras contábeis e legais vigentes. Perguntas & respostas 1. O parecer de auditoria se dissocia do relatório de auditoria ou é parte integrante deste? Resposta: O parecer faz parte ou é espécie do relatório de auditoria. 2. Quais as situações validadas pelo parecer de auditoria? Resposta: Normalmente, são validadas as situações orçamentária, financeira, econômica e patrimonial da entidade. 3. A definição das responsabilidades na elaboração do parecer é elemento essencial? Resposta: Sim, a definição das responsabilidades é essencial e esclarece se as demonstrações financeiras foram elaboradas sob a responsabilidade da administração da empresa auditada. Livro – Cap.5 - Questões para revisão 1. Na auditoria fiscal do IRPJ e da CSLL, é verificado: a) se os livros sociais existem. b) se os livros sociais existem e foram preenchidos corretamente. c) se a empresa existe fisicamente. d) se houve lucro ou prejuízo no período e se a empresa realizou a apuração desses tributos corretamente. 2. Ainda na auditoria do IRPJ c da CSLL, são objeto de revisão pelo auditor os seguintes itens: V I. na conta aplicações financeiras, se os juros e atualizações foram registrados. V II. na conta clientes, sc os valores registrados não sc referem à venda dc bens. V III. na conta clientes, se os valores registrados referem-se à venda de serviços. V IV. se as perdas no recebimento dos créditos não observam a legislação. Estão corretas as afirmativas: a) I e IV. b) II e III. c) III e I. d) Todas as alternativas anteriores. 3. Na auditoria do passivo, é observado: F I. se provisões indedutíveis foram adicionadas na determinação do lucro real e da BC da CSLL. V II. se empréstimos estão corretamente contabilizados e se os encargos foram deduzidos conforme as regras. V III. se estão sendo observadas as retenções na fonte dos tributos, incluindo o IOF. F IV. se existem provisões questionáveis ou sem suporte documental. Estão corretas as afirmativas: a) II e III. b) I e IV. c) I, II e III. d) Todas as alternativas anteriores. 4. Na auditoria da Demonstração das Mutações do Patrimômio Líquido (DMPL), constata- se: V I. se houve aumento de capital em espécie. F II. se há veículos na empresa. V III. se há participações nos lucros. V IV. sc há distribuições dc lucros. Estáo corretas as afirmativas: a) I e II. b) II e III. c) I, III c IV. d) Todas as alternativas anteriores. 5. Na auditoria de ICMS, IPI e ISS são checados: V I. quanto às entradas, a idoneidade do emissor. V II. quanto aos remetentes, a classificação fiscal. V III. quanto às saídas, se foram apurados os impostos incidentes. F IV. se o Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) foi preenchido.Estão corretas: a) I e IV. b) II e III. c) 111, II c I. d) Iodas as alternativas anteriores. Questões para reflexão 1. O que se verifica na auditoria do ativo para fins de IRPJ e CSLL? Cite cinco exemplos. Quanto à auditoria do ativo, é importante verificar: • na conta aplicações financeiras, se os juros e atualizações foram registrados; • na conta clientes, se os valores registrados referem-se à venda de bens e serviços não mais sujeitos à condição; • se as perdas no recebimento dos créditos atendem às disposições do Regulamento do Imposto de Renda (RIR), Decreto n° 3.000, de 26 de março de 19991; • na conta estoque, se os valores atendem às disposições das regras fiscais (custo médio ponderado); • se os estoques estão registrados no livro Registro de Estoques para cada estabelecimento; • na conta tributos a recuperar, se estão registrados apenas os valores passíveis de legítima compensação; • na conta empréstimos a receber de pessoas ligadas: a) se os valores estão apoiados em contratos escritos; b) se os encargos contratados estão escriturados; c) se foi feito o desconto do imposto de Renda da Fonte (IRF) devido e do Imposto sobre Operações Financeiras (lOF); • na conta do ativo permanente, se os bens e a depreciação estão corretamente registrados; • se foram aproveitados incentivos fiscais relativos à depreciação acelerada e feito o seu correto controle nos livros fiscais; • se os ajustes relativos aos preços de transferências, quando necessários, foram aplicados; • na conta investimentos, caso aplicável, se foi observado o método da equivalência patrimonial; • se, pela equivalência, os valores positivos foram excluídos e os negativos adicionados ao lucro real; • se houve ágio ou deságio na aquisição do investimento e se foram amortizados corretamente; • em investimentos no exterior, se existem provas sobre o pagamento de tributo no exterior para fins de compensação. 2. O que se verifica na auditoria do passivo para fins de IRPJ e CSLL? Cite três exemplos. Quanto à auditoria do passivo, é importante verificar: • se existem valores registrados que já estejam pagos de modo a caracterizar omissão de receitas; • se houve omissão, para que sc possa identificar a natureza da receita omitida e o momento em que ocorreu; • se provisões indedutíveis foram adicionadas na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL; • se empréstimos estão correta mente contabilizados e se os encargos foram deduzidos conforme as regras; • se estão sendo observadas as retenções na fonte dos tributos, incluindo o IOF. 3. O que se verifica na auditoria do patrimônio líquido para fins de IRPJ e CSLL? Cite três exemplos. Na auditoria do patrimônio líquido, é importante verificar: • se houve aumento de capital em dinheiro, para que se possa atentar para a origem dos recursos; • se o cálculo de juros sobre o capital próprio está correto; • se as participações nos lucros foram corretamente calculadas; • quando houver distribuição desproporcional de lucros, se existe autorização contratual e se foi formalizada a decisão. 4. O que sc verifica na auditoria do 1CMS, IPI e ISS? Cite cinco exemplos. Pag89/90 Na auditoria do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Serviços (ISS), o auditor deve analisar os requisitos da legislação, notada mente: • os créditos escriturados; • os débitos gerados e os estornos de créditos; • a correta classificação das operações (isentas, não tributáveis, com alíquota ou base de cálculo reduzida); • a observação das obrigações acessórias. Desse modo, na auditoria desses três impostos, é verificado: • se, em relação às entradas, há idoneidade do emissor e correta identificação das mercadorias, quantidades, valores e destinatário; • se a classificação fiscal do remetente está conforme a Tabela do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI); • se foram debitados correta mente os impostos incidentes; • se houve registro no livro Registros de Entradas, livro Registro de Controle e Produção do Estoque; • se há operações cobertas por isenções ou reduções; • se foram registrados créditos extemporâneos com observância das regras; • se os recolhimentos foram realizados nos prazos; • se nas operações de saída foi realizada a tributação; • se estão sendo utilizados os documentos fiscais exigidos pela legislação; • se o arquivamento dos documentos está correto e pelo prazo determinado; • se os livros foram autenticados; • se foram entregues os demonstrativos periódicos exigidos pela legislação; • se regras de retenção na fonte (ISS), se existentes, estão sendo observadas. 5. O que se verifica na auditoria do PIS e da Cofins? Cite três exemplos. Pag91 5.3 Na auditoria da contribuição ao Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), é verificado: • sc houve o correto enquadramento da pessoa jurídica no regime cumulativo ou não cumulativo desses tributos; • se ocorreu a observância de isenções, nào incidências, suspensões ou alíquota zero; • se os créditos sobre insumos utilizados estão corretamente embasados; • se as alíquotas adequadas foram utilizadas. Perguntas & respostas 1. Na auditoria do IRPJ e da CSLL (lucro real), qual a importância de se verificar se os estoques estão escriturados corretamente (média ponderada móvel)? Resposta: Para validar corrctamcntc os valores do ativo e, ao mesmo tempo, confirmar se os custos de produção ou de prestação de serviços foram lançados adequadamente no resultado. 2. Na auditoria do IPI e do ICMS, por que é verificado se a classificação fiscal do remetente está conforme a TIPI? Resposta: A importância de se fazer essa revisão é confirmar o correto enquadramento da mercadoria na TIPI e, consequentemente, sua Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Com essa classificação, é possível confirmar as alíquotas respectivas do IPIC e do ICMS. 3. Qual a importância de, na auditoria da contribuição ao PIS e da Cofins, verificar a existência de isenções, não incidências, suspensões ou alíquotas zero? Resposta: Caso se verifique qualquer uma dessas possibilidades, a empresa auditada terá a oportunidade de ter sua tributação reduzida ou eliminada por esses tributos, melhorando seu resultado financeiro.
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