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portfolio 3A RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 Gênese do Serviço Social.............................................................................4
3 Movimento de Reconceituação...................................................................7
4 CONCLUSÃO.........................................................................................................10
REFERÊNCIAS..........................................................................................................11
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1 introdução
O presente trabalho, apresentado como portfólio para as matérias Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológico do Serviço Social III, Fundamentos das Políticas Sociais, Administração e Planejamento em Serviço Social, Ética Profissional em Serviço Social e Seminários da Prática III do Curso de Serviço Social da UNOPAR tem como como principal objetivo realizar um apanhado sucinto do histórico do serviço social, enquanto profissão, estabelecida na ordem social do trabalho. 
Abrange aspectos ligados ao seu surgimento, diretamente ligado a questões sociais da época do seu surgimento, e que naquele momento ainda não possuíam essa nomenclatura.
Para o atingimento de tal mister serão analisadas as obras sugeridas no manual de elaboração da produção textual, além de vasto material disponibilizado na internet.
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2 Gênese do Serviço Social
O Serviço Social enquanto profissão emerge no fim dos anos 30, após um processo de urbanização não planejado das cidades.
Este processo de urbanização que trouxe trabalhadores para os centros urbanos criou um movimento massivo de uma população empobrecida, culminando com uma dicotomia clara entre "dominantes e dominados" iniciando um conflito em sua maioria das vezes de explorados, que mais tarde seria conhecido na configuração marxista, como "luta de classes". 
Tal ponto de partida para a profissão cria a necessidade de se conterem esses conflitos, legitimando a ordem burguesa (à serviço do Estado e com o aval da Igreja Católica). 
A Igreja Católica, como instituição "idônea" entre as duas "classes" torna-se a melhor forma de intermediar e legitimar a atuação da categoria que emergia, além de forçar o Estado a tratar as questões com mais profissionalismo. 
Neste sentido, a atuação dessa primeira formação profissional, era focada em práticas clientelistas e assistencialistas, completamente desprovidas de senso crítico frente as demandas apresentadas. 
Após a observação de que este tipo de atuação gerava ainda conflitos e não amenizava satisfatoriamente as tensões entre empregadores e trabalhadores, formam-se as primeiras escolas de Serviço Social, na década de 40, definindo os seguintes eixos para formação profissional, conforme anotado por Silva (apud ALMEIDA, 2017):
Formação científica, no qual era necessário o conhecimento das disciplinas como Sociologia, Psicologia, Biologia, Filosofia, favorecendo ao educando uma visão holística do homem, ajudando-o a criar o hábito da objetividade; formação técnica, cujo objetivo era preparar o educando quanto sua ação no combate aos males sociais; e a formação moral e doutrinária, fazendo com que os princípios inerentes à profissão sejam absorvidos pelos alunos.
Na mesma época, o Brasil, tal como outros países latino-americanos, frente ao predomínio da economia do Estados Unidos, adotou um tipo de desenvolvimentismo monopolizador da economia e da política
Podendo ser anotado que a influência norte-americana assacou também o serviço social:
Foi no âmbito da influência norte-americana que importamos, progressivamente, os métodos de Serviço Social de Caso, Serviço Social de Grupo, Organização de Comunidade e, posteriormente, Desenvolvimento de Comunidade. (SILVA, 1995, p. 41).
Com essa formação, o profissional era preparado para lidar com questões comunitárias, voltadas para o micro, seguindo o viés que se esperava de um projeto focado no desenvolvimento, atendendo pontualmente demandas, sem continuidade, numa atuação completamente pragmática e acrítica. 
Assim, surge uma crise de identidade e questionamento profissional, que de acordo com a prática em questão, legitimava a sociedade desigual, sem, contudo, se ater as questões sociais que levavam a clientela de uma forma ampla, a estarem em uma situação subalternizada.
Na década de 1960, em virtude do momento político autoritário, do cerceamento das liberdades individuais e dos conflitos cada vez mais agravados pela conjuntura social, o profissional do serviço social passou a repensar seu fazer e a entender a sociedade e sua desigualdade - outras formas de atuar se fizeram necessárias, longe do paternalismo, mas contando com o seu "cliente" num trabalho de construção, numa postura mais coerente com a necessidade de cada indivíduo.
Diante disso, o próximo passo foi pautar a ação profissional em segmentos que lhe conferiam uma aparência menos pragmática e mais participativa, a saber: objeto, objetivos, métodos e procedimentos de intervenção, com ênfase na metodologia profissional.
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3 Movimento de Reconceituação
Emerge nesse momento, o movimento de reconceituação profissional, que tinha como objetivo, rever as práticas paternalistas, clientelistas e legitimadoras do capitalismo, para que o serviço social possuísse um foco voltado para as reais necessidades dos seus indivíduos. 
A conjuntura em questão também levava em conta o momento social, mais precisamente o fim das ditaduras latino-americanas, onde os direitos sociais estavam seriamente ameaçados. 
As transformações operadas no capitalismo mundial pela ofensiva do capital, a partir da década de 1970 [...], resultaram no agravamento da desigualdade estrutural e na degradação da vida humana e da natureza. Aprofundando a exploração do trabalho, o desemprego estrutural e conjuntural, instituindo novas formas de trabalho precário e destruindo direitos conquistados historicamente pelos trabalhadores, entre outros, esse processo intervém na vida dos indivíduos, criando demandas e respostas à insegurança vivenciada objetiva e subjetivamente na vida cotidiana. (BARROCO, 2011).
Nesta feita, a categoria, já se desvinculando do pragmatismo das antigas práticas, repensa sua atuação, para que a mesma seja condizente com os ideais de justiça e igualdade. 
O Congresso da Virada, realizado em 1979, foi o marco para o serviço social se desvincular das práticas que legitimavam a classe dominante, se comprometendo com as classes subalternizadas, na emancipação e garantia dos direitos sociais.
Surge nesse momento, um projeto ético-político, que se pautava em uma luta democrática consoante com a classe trabalhadora - esse projeto se comprometia diretamente com as demandas das classes subalternizadas, não sendo imutável, mas, ao contrário, se pautando em demandas e novas conjunturas postas a todo momento. 
O projeto ético-político colocou o serviço social completamente vinculado aos interesses da classe trabalhadora, seus direitos e lutas principais, e contra o capitalismo e a classe dominante.
A fim de respaldar e delimitar as atribuições profissionais do assistente social é elaborada a Lei 8.662/93 (Código de Ética do Serviço Social), com o principal compromisso com a defesa da democracia e dos direitos humanos, vinculado a construção de uma nova ordem societária, justa e igualitária. 
O Código de 1993 afirma a centralidade do trabalho na constituição do homem: sujeito das ações éticas e da criação dos valores. Revelada em sua densidade histórica, a sua concepção ética está articulada a valores ético‐políticos, como a liberdade, a justiça social e a democracia 18 25, e ao conjunto de direitos humanos (civis, políticos, sociais, culturais e econômicos) defendidos pelas classes trabalhadoras,pelos segmentos sociais excluídos e pelos movimentos emancipatórios ao longo da história. (BARROCO, 2009).
As atribuições profissionais, pontuadas pelo Código de Ética e o projeto ético-político, passaram a pautar o fazer profissional da categoria. 
Dessa forma, o profissional, precisa detectar a demanda, e direcionar em conjunto com o seu cliente, respeitando as suas especificidades, e, no que se refere a garantia de direitos, o profissional de serviço social trabalha com a premissa histórica de intervenção nas sequelas da questão social. 
Entende-se que sua atuação deve ser pautada na dignidade humana, sem pré-julgamentos ou abordagens ligadas a velha atuação, clientelista e paternalista, que foi a gênese da profissão, cabendo ao profissional realizar uma escuta diferenciada, levando em questão as “micro questões” individuais, vivência de cada usuário e realizar uma abordagem que encaminhe, direcione, aponte os direitos sociais, garantidos a cada um pela Constituição de 1988. 
O profissional de serviço social, deve se ater a princípios que norteiam seu atendimento, se utilizando dos instrumentais necessários a uma intervenção realmente eficaz. O assistente social, ao adentrar espaços para seu atendimento, deve antes de tudo organizar-se da seguinte maneira: detectar a demanda seja ela institucional ou individual; avaliar a necessidade da intervenção, métodos de intervenção e planejamento com metas e quesitos pré-estabelecidos;
Quando o profissional, dentro das suas atribuições, realiza esse pequeno script de atendimento, ao final, possui condições plenas de avaliar, se o planejamento surtiu o efeito desejado. 
Devendo ser rememorado que 
[...] a prática profissional é uma expressão da prática social, dessa totalidade do movimento da sociedade, da história, da produção científica, artística na dimensão material e espiritual. O que vai dar a particularidade dessa expressão? É a maneira como a profissão se inscreve na divisão do trabalho nessa sociedade, o que faz com que não seja qualquer prática política. Ela tem uma particularidade que deriva da função da necessidade história (IAMAMOTO, 1995 apud BATTINI, 2017).
Após isso, traça novos dados, para novamente avaliar as condições de seu trabalho, o efeito na população atendida, para dar continuidade ao trabalho. 
Outro aspecto muito importante do trabalho do assistente social, é o atendimento sistemático, que possibilita que o mesmo possa avaliar os efeitos da sua intervenção, aumentando a autonomia do sujeito de direitos.�
5 Conclusão 
Tal como destacado na introdução, o presente trabalho fez um apanhado doutrinário visando demonstrar como se deu a gênese e a reconceituação do serviço social no Brasil.
Foi traçado um histórico desde o movimento informal iniciado na igreja focado em prática clientelistas e assistencialistas.
Passando pela profissionalização do serviço social como um instrumento de alcance de direitos cuja intervenção aumenta a autonomia do sujeito de direitos – na maioria das vezes frente ao ataque promovido pelo capital.
Por fim foi demonstrado a questão ética a ser observada pelo profissional na defesa da democracia e dos direitos humanos, vinculado a construção de uma nova ordem societária, justa e igualitária.
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Referências
ALMEIDA, Livia. Resgate histórico sobre o surgimento do serviço social no brasil. Webartigos. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/resgate-historico-sobre-o-surgimento-do-servico-social-no-brasil/25916/>. Acesso em 02 de novembro de 2017.
BRASIL. Conselho Federal de Serviço Social. Resolução CFESS 273 de 1993. 
BARROCO. Maria Lucia Silva. Fundamentos Éticos do Serviço Social. In. SERVIÇO SOCIAL. Direitos Sociais e Competências Profissionais. CEFSS/ABEPSS 2009. 
______. BARBARIE E NEOCONSERVADORISMO: Os desafios do Projeto Ético Político. In. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 106, p. 205-218, abr./jun. 2011 
BATINI, Odária. Política e Planejamento Social: decifrando a dimensão técnico operativa na prática profissional. Disponível em: <http://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/planejamento-social.pdf> acessado em 02 de novembro de 2017.
SILVA, Maria Ozanira da Silva e. Formação Profissional do Assistente Social: inserção na realidade social e na dinâmica da profissão. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995
Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social 4° semestre
aline da silva nunes
SHEILA DA SILVA AMARAL
valfran de aguiar moreira
A RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
	
Niterói-RJ
2017
aline da silva nunes
SHEILA DA SILVA AMARAL
valfran de aguiar moreira
A RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
Trabalho apresentado em requisito a produção textual em grupo relativa ao 4° Semestre, portfólio para as disciplinas de:
Fundamentos do Serviço Social
Maria Angela Santini
Fundamentos das políticas sociais
Maria Lucimar Pereira
Administração e planejamento
Rosane Malvezzi
Ética profissional
Paulo Sério Aragão
Da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
Niterói - RJ
2017

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