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EMBRIOLOGIA RESUMO (SIST. REP. MASC E FEM.)

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EMBRIOLOGIA 
HISTOFIOSIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E ESPERMATOGÊNESE
- o sistema reprodutor masculino é responsável pela produção, nutrição e armazenamento temporário de gametas e pela síntese dos hormônios sexuais masculinos.
- é constituído:
Testículos: órgãos pares localizados no saco escrotal, fora da cavidade abdominal (manutenção da temperatura 2 a 3ºC abaixo da corporal, essencial para a espermatogênese normal. São envoltos pela túnica albugínea, e divididos em lóbulos com túbulos seminíferos1 e interstício testicular2 
Túbulos seminíferos: unidade fundamental da formação dos espermatozoide. Têm formato de U com as duas extremidades abertas na rede testicular3. Possui um lúmen central é revestido por epitélio seminífero especializado e possui duas populações de células: Céls de Sertoli4 somáticas e células espermatogênicas5. O epitélio é rodeado por uma membrana basal, e o restante da parede é formada por fibras colágenas, fibroblastos e células mioides6 contráteis. 
Interstício testicular: é o espaço entre os túbulos, e é ocupado por grande quantidade de vasos sanguíneos e linfáticos, por células de Leydig7, e fibras nervosas.
Rede testicular (rete testis): rede de canais revestidos por epitélio simples existente dentro do tecido conjuntivo do mediastino. É responsável por coletar os produtos do epitélio seminífero.
Células de Sertoli: formato cilíndrico, predominam até a puberdade, se estendendo da lâmina basal até o lúmen. Atuam como células de ligação entre o espaço intertubular e o lúmen. Sua membrana apresenta contorno irregular, pois formam recessos para abrigar as céls espermatogênicas em desenvolvimento. Em seu domínio basolateral as céls de Sertoli formam junções oclusivas entre si, subdividindo o epitélio seminífero em um compartimento basal e outro adluminal/apical, os quais formam a barreira hematotesticular (protege os espermatócitos e espermátides em desenvolvimento de reações autoimunes. Respondem à estimulação pelo FSH, o qual regula a síntese e secreção de ABP.
- funções: sustentar, proteger, nutrir as céls esperm.; fagocitar corpos residuais; facilitar a liberação de espermátides maduras para o lúmen, por contração mediada pela actina (espermiação); secretar fluido rico em proteínas e íons para o lúmen; produção do hormônio antimulleriano (impede formação de útero e ovários) e de ABP (mantém concentração estável de testosterona).
Células espermatogênicas: são as células produtoras de gametas.
Espermatogônias: uma pré espermatogônia, derivada de uma cél germinativa primordial, divide-se por mitose na puberdade, gerando duas células filhas:
A -> célula tronco da linhagem; pode formar mais A ou diferenciar em B.
B -> se diferencia em espermatócito I.
Se encontram diretamente em contato com a lâmina basal, abaixo da barreira hematotesticular.
Espermatócito primário (46n): está localizado no compartimento adluminal; sofre meiose I e gera espermatócitos II.
Espermatócito secundário: sofre meiose II e gera espermátides
Espermátide (23n): cessam o processo divisional. Sofrem espermiogênese8. São liberadas no lúmen por um processo chamado espermiação.
Espermatozoide: gameta.
Obs.: após as divisões celulares as céls espermatogênicas continuam interconectadas por pontes intercelulares, porque a citocinese é incompleta. Além disso o ciclo celular é sincrônico, coordenado.
Células mioides: possuem capacidade de contração rítmica para impulsionar os espermatozoides imóveis para a rede testicular. Os espermatozoides adquirem motilidade para frente apenas no ducto do epidídimo.
Células de Leydig: estão presentes no espaço intertubular próximas a vasos sanguíneos e linfáticos; contém gotículas lipídicas, mitocôndrias com cristas tubulares, retículo endoplasmático liso desenvolvido. Sob estímulo do LH, produzem testosterona (mantém a espermatogênese, libido, e função das glândulas acessórias.
Espermiação: 
Perda de citoplasma e organelas para diminuir massa e facilitar a motilidade
Condensação dos cromossomos, reduzindo volume nuclear e evitando possíveis mutações.
A partir dos centríolos surge o flagelo, estrutura propulsora que auxiliará no deslocamento do gameta
Mitocôndrias na base do flagelo para fornecer energia aos seus batimentos.
Fusão dos complexos de golgi (formando o acrossoma) a fim de ocupar menos espaço e garantir o sincronismo da liberação de enzimas necessárias para atravessar as camadas glicoproteicas do ovócito.
Obs.: o espermatozoide termina sua formação na membrana das céls de Sertoli. Ao seu fim, se desprende e sofre ação das células mioides.
- Após o transporte para a rede testicular, os espermatozoides entram nos ductos eferentes, o qual liga essa rede ao ducto do epidídimo, o qual é irregularmente enovelado que se estende até o ducto deferente. Esse último apresenta microvilos e células ciliadas, as quais contribuem para o transporte dos espermatozoides ainda imóveis em direção ao epidídimo.
Epidídimos: tubo altamente enovelado onde os espermatozoides amadurecem (adquirem padrão de motilidade essencial à sua capacidade de fertilização): contém células com muitos estereocílios com a função de absorver o fluido em que os espermatozoides estão mergulhados; essa mudança do líquido causa modificações bioquímicas na membrana do gameta, o qual passa a adquirir batimento e capacidade de realizar a reação de capacitação.
Ductos deferentes e ejaculatórios: ducto que liga o epidídimo à vesícula seminal. Uma ampola, porção dilatada desse ducto, recebe os ductos da glândulas seminais, formando os ductos ejaculatórios, os quais passam através da próstata para lançar a secreção dentro da uretra prostática lateralmente à crista uretral no colículo seminal.
Vesículas seminais: evaginação da parede da ampola de cada canal deferente. Secretam líquido alcalino, viscoso, rico em proteínas seminais coagulantes, frutose e prostaglandinas (70 – 80% do ejaculado). A frutose é a maior fonte de energia para os gametas. As vesículas não armazenam espermatozoides.
Próstata: maior glândula, produz líquido alcalino, rico em zinco que neutraliza o conteúdo vaginal ácido, fornece nutrientes e transporte para os gametas, e liquefaz o sêmen. 
Glândulas bulbouretrais: compostas por vários lóbulos; sua secreção contém grande quantidade de galactose e quantidade moderada de ácido siálico, e é descarregada na uretra peniana. Essa secreção tem função de lubrificação e precede a emissão do sêmen ao longo da uretra.
Uretra: 20 cm. Participa do sistema reprodutor e excretor.
Pênis: composto por 3 massas cilíndricas de tecido erétil: corpo cavernoso (dividido em duas metades – direita e esquerda) e corpo esponjoso, que circunda a uretra, sendo que sua extremidade distal forma a glande.
Ereção: sangue arterial preenche os sinusoides, comprimindo as veias de drenagem
Transporte dos espermatozoides: túbulos seminíferos – túbulos retos – ductos eferentes – ducto do epidídimo – canal deferente – vesícula – ducto ejaculatório – próstata – cowper – uretra 
HISTOFISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Observe a estrutura do testículo ilustrada abaixo:
A – Identifique e caracterize funcionalmente os tipos celulares que constituem os dois ambientes dos lóbulos testiculares.
B – Cite a importância da manutenção das gônadas masculinas em uma bolsa fora da cavidade pélvica.
Faça um esquema do processo de espermatogênese, com as divisões celulares o e número de cromossomos de cada fase.
Como ocorre a manutenção das células tronco da linhagem espermatogênica?
Descreva as principais modificações observadas na espermiogênese.
Caracterize morfologicamente e funcionalmente o epidídimo.
Cite a importância das secreções das glândulas seminais e próstata para a viabilidade do gameta e sua penetração do útero.
HISTOFISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Descreva a estrutura dos folículos ovarianos.
Cite os componentes associados ao gameta feminino quando da sua liberação pelo ovário.
Descreva a ovocitogêneseindicando os processos divisionais e o nº de cromossomos de cada fase.
Qual a relevância dos processos divisionais meióticos incompletos na ovocitogênese?
Descreva a estrutura do útero (camadas constituintes).
Relacione os ciclos ovariano e menstrual.
________________________________________________________________________________________________________
HISTOFISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E OVOGÊNESE
- O sistema genital feminino é composto por ovários, ductos (tuba uterina, útero e vagina) e genitália externa (vulva – lábios menores, maiores, clitóris).
- Desenvolvimento do ovário: as ovogônias resultam da divisão mitótica de células germinativas primordiais (XX) que migraram a partir do saco vitelino. No ovário fetal (desenvolvido a partir do córtex da gônada primitiva), as ovogônias entram em prófase I da meiose para se tornarem ovócitos primários, os quais são interrompidos após o término do crossing over, permanecendo assim até a puberdade.
Histofisiologia: pequenos, presos à parede do corpo, recoberto por tecido epitelial, massa conjuntiva com feixes musculares lisos e células gametogênicas associadas a células foliculares.
Funções: produção dos gametas, secreção de estrógeno e progesterona, regularização do crescimento pós natal dos órgãos reprodutivos e desenvolvimento de características secundárias.
Folículos: se localizam na periferia do ovário, são responsáveis pela produção e desenvolvimento do gameta, sofrendo modificações.
- Fase folicular: desenvolvimento de vários folículos primordiais em um folículo antral (pré-ovulatório) normalmente selecionado para ovular. Os folículos adquirem receptores para o FSH, estrógenos, andrógenos, e são acoplados funcionalmente (células granulosas), por meio de junções comunicantes, aos ovócitos primários.
Folículo Primordial: ovócito 1, uma camada de células foliculares (granulosas) achatadas, lâmina basal.
Folículo Primário: f. primordial que deixou a fase de repouso (ovócito 1, início de formação zona pelúcida, células granulosas cúbicas, lâmina basal).
As células granulosas, até então com uma camada, se multiplicam e se tornam cúbicas, começando a formar várias camadas e adquirindo capacidade secretora. Elas são separadas do estroma do ovário por uma lâmina basal/membrana basal (limita as céls f. das céls tecais.)
Céls f. começam a se relacionar com células do ovário, modificando-as e formando uma camada externa, a teca (separam as céls f. do estroma do ovário, produzem andrógenos)
Surgimento da zona pelúcida: céls f. aumentam em tamanho e começam a liberar secreção de glicoproteína, formando uma camada glicoproteica que separa progressivamente as céls granulosas do ovócito I.
Folículo secundário (vesicular ou pré-antral): (Ovócito 1, zona pelúcida, células granulosas, inicio do anto, lâmina basal, teca interna, teca externa).
Acúmulo de líquido folicular: Os vasos do parênquima do ovário liberam fluidos (plasma) que começam a se acumular entre as céls f. formando, posteriormente, uma cavidade com o líquido folicular (anto). O antro segrega as céls g. em relação ao ovócito I em duas regiões específicas: região de acúmulo de céls g. (cumulus oophorus) e região de céls g. murais: reveste a parede do folículo
Teca: Aumentam-se as céls da teca, a qual passa a ser composta por duas camadas, sendo que a externa prende as céls f. na parede do ovário e as internas assumem função secretória (hormônios).
Junções comunicantes: presentes nos locais de encontro ovócito–céls granulosas, são responsáveis por impedir a conclusão da prófase meiótica.
Corona Radiata: camada de céls granulosas firmemente ancoradas à zona pelúcida. 
Receptores: os receptores para FSH nas céls f. são expressados e começam a secretar AMH (inibe a diferenciação dos outros folículos).
Folículo Terciário/Graaf/antral/pré-ovulatório: quando o antro atinge de 20-25mm, ou seja, se expande por estímulo do FSH até adquirir tamanho grande, e projeta-se na superfície do ovário, o folículo é considerado maduro.
Obs. 1: vários folículos primários iniciam o processo de maturação, mas apenas um termina seu desenvolvimento. Os demais degeneram por apoptose (atresia).
Obs. 2: OMI – proteína celular folicular que atinge o ovócito por meio de GAPs, impedindo que ele sofra maturação meiótica espontânea.
- Fase ovulatória: o antro aumentado começa a exercer muita pressão nas paredes do folículo, provocando contrações de musculaturas lisas e ação de enzimas proteolíticas (induzida pelo aumento de LH) na teca externa e túnica albugínea, facilitando a ruptura do f. maduro. O gameta é liberado juntamente com a zona pelúcida e as células foliculares (corona radiata), e entra na porção distal da tuba. As camadas de células murais, de células granulosas, e da teca interna começam a se transformar em corpo lúteo.
- Fase lútea: corpo lúteo
Glândula endócrina temporária que secreta estrógeno e progesterona, sendo que esses hormônios atuam sobre a mucosa uterina, estimulando suas glândulas de secreção. Se não ocorrer a fecundação o corpo lúteo se degenera.
Rompimento da lâmina basal do folículo
Invasão dos vasos sanguíneos: preenchimento da cavidade antral com sangue.
Transformação das células granulosas e murais e das céls da teca interna em céls granuloluteínas (secretoras de esteroides – secretam progesterona e estrógeno em resposta tanto ao estímulo por FSH como por LH) e tecoluteínas (produzem androstenediona e progesterona ao resposta ao estímulo por LH), respectivamente.
Em caso de fertilização o corpo lúteo continua a produzir hormônios sob ação da hCG (gonadotrofina coriônica humana, produzida pelo trofoblasto do embrião.
Obs.: regressão do corpo lúteo – luteólise – leva à formação do corpus albicans, que nunca desaparece.
- Regulação Hormonal: 
FSH: estimula a foliculogênese e o amadurecimento do ovócito (1 --> 2), além da produção de estrógenos (céls f. e tecais).
LH: estimula secreção de progesterona pelo corpo lúteo. Um pico de LH ocorre imediatamente antes da ovulação (contração muscular e produção enzimática). A secreção contínua desse hormônio induz a luteinização. 
A produção de LH e FSH cessa quando os níveis de estrógeno e progesterona estão altos; em seguida o corpo lúteo entra em involução.
Estrógeno: age no útero estimulando o crescimento da camada basal e formação da camada funcional (fase proliferativa).
Progesterona: induz pequeno crescimento da camada basal, estimula o funcionamento das glândulas, e afrouxamento do endométrio.
- Ovogênese: 
As ovogônias chegam ao ovário na vida intra-uterina mas não se desenvolvem mais que ovócitos primários pausados na prófase I. Na puberdade, sob estímulo aumentado do FSH, o ovócito termina a meiose I, formando o ovócito II, o qual é bloqueado em metáfase II, e um glóbulo polar (assim é liberado na ovulação). A divisão termina em caso de fecundação. Isso ocorre, pois a célula evita gastos energéticos para diferenciação desnecessária. Assim, libera-se o segundo glóbulo polar.
- Célula germinativa primordial -> mitose -> ovogônia (ovócito primordial) -> diferenciação -> ovócitos primários -> meiose I -> para em prófase -> puberdade -> termina meiose I antes da ovulação -> ovócito secundário + glóbulo polar I -> meiose II -> para em metáfase -> ovulação (ovocitação) -> fertilização -> termina meiose II -> óvulo + glóbulo polar II.
O número de folículos e ovulações é limitado (cerca de 450 ovulações, e milhões de folículos, que não se multiplicam).
Quanto mais tarde o metabolismo da célula é ativado, maiores são as chances de erros nas divisões.
- Órgãos importantes:
Tuba uterina:
Canal de comunicação entre útero e ovário
São ocas, ciliadas, camada de cobertura lisa (contração peristáltica) que auxilia no processo de movimentação do óvulo.
Não estão conectadas continuamente com o ovário. Na ovulação, as células musculares das tubas (fimbrias) se contraem e varrem a superfície do ovário.
Local de fertilização e clivagem
Útero: 
Órgão muscular, oco, com grande capacidadede extensão.
3 camadas:
Endométrio: camada funcional do útero; é feita por tecido conjuntivo, epitelial granular, e epitelial de revestimento. Subcamadas: Basal (contém o fundo cego das glândulas uterinas; tem seu próprio suprimento sanguíneo, não desintegra na menstruação) e Funcional (cresce a partir da camada basal e tem função importante durante a gravidez (implantação do embrião), se não houver fertilização é eliminado na menstruação; seu crescimento é estimulado por hormônios ovarianos, se preparando para a chegada do embrião).
Miométrio: espessa camada de fibras musculares lisas, elásticas e reticulares.
Perimétrio: fina camada externa feita por tecido conjuntivo; acesso das artérias e nervos.
- Fertilização:
 Dois eventos devem ocorrem antes da fertilização:
Maturação dos espermatozoides: espermatozoides que saem do testículo e entram no ducto do epidídimo possuem movimento circular; após duas semanas de maturação (encontram-se na cauda do epidídimo), adquirem motilidade para frente.
Reação de capacitação: após a ejaculação, já no útero, o espermatozoide reage com as secreções uterinas, as quais modificam quimicamente proteínas e lipídios de sua membrana, por meio de reações químicas. Glicoproteínas seminais são removidas de sua membrana celular, aumentando a permeabilidade ao Ca+2. A entrada de Ca aumenta a motilidade do espermatozoide, processo conhecido como hiperativação, e ganha capacidade de realizar a reação acrossômica.
O espermatozoide é atraído pelo líquido folicular e se dirige à tuba uterina:
Reação acrossômica: o batimento flagelar juntamente com essa reação são os mecanismos utilizados para ultrapassar a zona pelúcida. É caracterizada pela liberação das enzimas do acrossomo, a qual ocorre por meio do rompimento da membrana plasmática e do acrossomo, 
sob resultado das reações químicas. A membrana interna se funde com a externa, formando poros por onde passam as enzimas. Essas atuam na zona pelúcida afim de abrir passagem para o espermatozoide atravessá-la. Durante sua passagem, há interações entre suas proteínas e aquelas contidas na zona (ZP1, ZP2, ZP3), as quais possuem receptores específicos (reconhecimento espécie-específico).
Fusão da M.P. do espermatozoide com a do ovócito: a fusão de membranas provoca uma leve despolarização local da memb. do ovócito, que gera uma onda de cálcio através do citoplasma do óvulo. Esse aumento da [Ca] aciona o ovócito a continuar a divisão, completando a meiose II e liberando o segundo glóbulo polar.
- BLOQUEIO À POLISPERMIA: a despolarização da membrana do espermatozoide e a consequente grande quantidade de cargas positivas no citoplasma do ovário, não permite que outro espermatozoide se ligue ao ovócito (rápido e curta duração). Além disso, o ovócito começa a liberar para o meio extracelular os grânulos corticais (reação cortical), que caem em cima da zona pelúcida ligando-se às ZPs, dificultando que outros espermatozoides se liguem – competição, e ainda afastando o ovócito da zona, formando o espaço perivitelino (longa duração).
Obs.: caso um outro espermatozoide ultrapasse a zona pelúcida, ainda encontrará outra barreira física: espaço perivitelino.
Entrada no ovócito: degradação dos microtúbulos e mitocôndrias do espermatozoide; 
- reorganização dos núcleos -> pronúcleos -> fusão.
- Segmentação:
As primeiras divisões celulares do ovo são designados de clivagem, e esse processo de segmentação continua durante o trajeto do zigoto pelo útero. A cada segmentação (divisão holoblástica), formam-se células filhas chamadas blastômeros, que se formam de maneira rotacional, ou seja, não sincronizada.
A zona pelúcida funciona como barreira, mantendo os blastômeros unidos (visto que eles são células indiferenciadas sem capacidade de adesão), e ainda impede a implantação do zigoto nas tubas. O desenvolvimento embrionário é um processo de crescimento (mitoses) e aumento crescente da complexidade (morfogênese, diferenciação).
Quando o número de blastômeros atinge 8, há uma compactação dessas células por meio de adesão celular, e o conjunto passa a se chamar mórula.
Formação do blastocisto: quando a mórula atinge o útero (4 dias), os fluidos uterinos começam a causar modificações na mórula, entrando em seu interior e formando uma cavidade, a blastocele, e originando, assim, o blastocisto.
Separação dos blastômeros: com o aumento do fluido no interior, os blastômeros se separam em duas partes: 
Trofoblasto: delgada camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta.
Embrioblasto: grupo de blastômeros localizado centralmente, que dará origem ao embrião (células tronco, pluripotentes)
- Implantação: o blastocisto não se implanta no útero assim que chega, ele permanece solto por aproximadamente 2 dias.
Consequências: crescimento e eclosão da zona pelúcida (devido ao crescimento e com ajuda do citoesqueleto).
Útero: o endométrio começa a reação de decidualização assim que entra em contato com o blastocisto. Essa reação promove modificações morfofisiológicas no endométrio:
Fibroblastos: começam a aumentar de tamanho e torna-se arredondado, a fim de armazenar reservas nutritivas.
Estroma: se enche de líquidos
Aproximadamente 7 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial.
Trofoblasto: adquirem capacidade proliferativa e começam a sofrer mitoses sucessivas
Sinciciotrofoblasto: As células do trofoblasto que foram as primeiras a entrarem em contato com a parede uterina, começam a se fundir formando uma massa de células (polinucleada) secretoras de enzimas proteolíticas, as quais quebram ligações proteicas da matriz, criando abertura no endométrio para que o blastocisto penetre (implantação intersticial).
Citotrofoblasto: camada interna de células (mononucleada)
Obs.: Gonadotrofina Coriônica Humana – cai nos vasos sanguíneos (secretada pelo sincício) em direção ao corpo lúteo, mantendo sua produção de progesterona (identificado no teste de gravidez).
Após a implantação, começa a surgir o hipoblasto, camada de células entre a blastocele e o embrioblasto (endoderma primitivo) 
Embrioblasto: formação da cavidade amniótica (acúmulo de fluido – origem materna, plasma sanguíneo - entre o embrioblasto e o trofoblasto). O crescimento dessa cavidade começa a afastar as céls do embrioblasto, as quais passam a se organizar em duas camadas, formando o disco embrionário:
Epiblasto: camada voltada para a cavidade (recobrem a cavidade amniótica, separando-a do trofoblasto). O âmnio é formado pelos amnioblastos, que se separam do epiblasto. 
Hipoblasto: camada voltada para a blastocele – cavidade exocelômica, saco vitelino – e é contínuo com a delgada membrana exocelômica. O Hipoblasto, juntamente com essa membrana, forma a vesícula umbilical primitiva.
Obs.: após a formação da cavidade amniótica e do saco vitelino, surgem lacunas (por ação das proteases) no sincício, onde acumulam-se sangue materno (rompimento dos capilares – sinusoides), marcando o início da circulação placentária.
Formação do mesoderma e celoma extraembrionário: as células hipoblásticas começam a se implantar entre as estruturas internas e externas (saco vitelino e citotrofoblasto), formando o mesoderma extraembrionário, o qual participa da formação da placenta. Após sua formação, inicia-se um processo de cavitação, formando o celoma extraembrionário (ou cavidade coriônica), que separa o mesoderma interno e externo. O celoma é preenchido com líquido e envolve o âmnio e saco vitelino, exceto onde eles estão aderidos ao colo pelo pedículo do embrião. O mesoderma que envolve o saco vitelino é chamado de mes. extraemb. da esplancnopleura; já o que recobre o citro e o âmnio, chamado de mes. extraemb. da somatopleura. 
- Gastrulação e diferenciação dos folhetos embrionários: começa no início da terceira semana e é caracterizada pela modificação do disco embrionário, passando de dois folhetos (epi e hipo) para três (endo, meso, ecto) – disco embrionário trilaminar.
Aparecimento da linha primitiva: as célulasdo epiblasto se elevam na porção caudal, acumulando-se e estendendo-se à região cefálica, recebendo o nome de linha primitiva. No ápice da linha, há o nódulo primitivo (linha média do disco embrionário).
As outras células do epiblasto começam a invaginar o sulco (contínuo com uma pequena depressão no nó primitivo – fosseta primitiva), formando uma depressão e descolando o hipoblasto, o que resulta no endoderma embrionário. As células continuam migrando e se depositando entre o epi e o endo, estabelecendo o mesoderma intra-embrionário. As células epiblásticas que não migraram para o sulco, continuam paradas, formando o ectoderma
Há duas áreas no disco que não há formação de mesoderma: região cefálica e região cloacal. As células dessa região promovem grande adesão entre o ecto e o endo. Na região cefálica é denominada orofaríngea, e na caudal, membrana cloacal. Essas áreas delimitam o crescimento da notocorda e servem como fechaduras do intestino. 
- Neurulação (INCOMPLETO): Começa na terceira semana e marca a diferenciação entre os períodos germinativo e embrionário (organogênese). A diferenciação inicial é induzida pela notocorda.
Formação da placa neural e tubo neural: a notocorda induz a diferenciação do ectoderma situado em cima dela, fazendo com que as células ectodérmicas cúbicas passem a ser cilíndricas, transformando-a em um placa alta de células, a qual originará o tubo neural (tecido nervoso). As céls ecto se diferenciam em neuroectoderma que, então, se diferencia na placa neural. Sob a indução da notocorda, o neuroectoderma começa a internalizar (invaginar) induzindo a formação de 2 pregas neurais e o sulco neural. Na quarta semana, as pregas se fecham do centro para a extremidade, deixando um espaço oco e formando o tubo neural.
Cristas neurais: após o fechamento, as áreas restantes de neuroectoderma formam as cristas neurais.
Obs.: o epiblasto constitui a fonte de todas as camadas germinativas do embrião. 
Formação da notocorda: serve como primeiro eixo de sustentação (posteriormente será substituída pela coluna vertebral). Se origina através da migração de células epiblásticas pela fosseta primitiva, até encontrar a membrana orofaríngea, formando um bastão.
Função: capacidade de induzir a diferenciação de células adjacentes (ecto e meso).
Diferenciação do mesoderma: no mesoderma há 3 grandes lâminas – dorsal ou paraxial, intermediária ou gononefrógena, e lateral. A lamina dorsal se separa em blocos chamados de somitos, resultando 44 pares desses. Cada somito tem duas regiões: dermiótomo – dorsolateral, e esclerótomo – ventromedial. 
Esclerótomo: as células migram na direção da notocorda e tubo neural, envolvendo a primeira e comprimindo-a, ocupando seu lugar, sendo que as células da notocorda sofrem apoptose. Depois da ocupação, as células ossificam, dando origem ao crânio, vértebras e coluna. Já ao envolver o tubo neural, formam uma capsula ao seu redor.
Dermiótomo: suas células formam a derme e musculatura da porção óssea da coluna. Dá origem da derme do pescoço e costas, além da musculatura associada ao esqueleto apendicular.
Somitômeros: Blocos mesenquimais que não assumem o caráter epitelial dos somitos são denominadas somitômeros.
Formação do intestino primitivo: devido às dobras do mesoderma lateral.
- A esplancnopleura começa a migrar para baixo, cada lado se fundindo e formando a parede do intestino primitivo. Além disso, forma, ainda, o sistema respiratório.
- A somatopleura também migra para baixo, fundindo com o outro lado e formando a parede do corpo.
PAULA CASTILHO DE SOUZA 
EXTRAS
GAMELARIDADE:
Se no momento da ovulação forem expelidos dois ovócitos, ao invés de um, e se ambos forem fecundados, os zigotos resultantes darão origem a gêmeos dizigóticos (DZ). Esses gêmeos, em média, não apresentam maior similaridade genética entre si do que pares de irmãos gerados sucessivamente porque, tanto os pares DZ quanto os pares de irmãos sucessivos são oriundos de pares de zigotos distintos. Os pares DZ são, por isso, considerados como irmãos da mesma idade e, em conseqüência, também denominados gêmeos fraternos (do latim, frater = irmão). Por terem origem biovular, os pares DZ podem ter o mesmo sexo, isto é, serem ambos do sexo masculino (MM) ou ambos do sexo feminino (FF) ou, ainda, discordantes quanto ao sexo (MF). Nem sempre, porém, os pares DZ apresentam duas placentas distintas, pois, em decorrência de uma eventual proximidade excessiva dos locais de implantação dos blastocistos que dão origem aos gêmeos DZ, as placentas podem, aparentemente, fundir-se em uma única.
Um outro tipo de gêmeos, os pares monozigóticos (MZ), é formado no período entre um e 14 dias depois da fertilização, quando um único zigoto sofre desenvolvimento irregular, dando origem a dois indivíduos que são considerados idênticos do ponto de vista genético, pois possuem o mesmo patrimônio genético, visto que são oriundos de uma única célula-ovo ou zigoto. Os gêmeos MZ são do mesmo sexo, isto é MZMM ou MZFF, e, frequentemente são denominados gêmeos idênticos, apesar de essa denominação não ser muito apropriada, visto que a identidade, aqui, se refere ao genótipo e não ao fenótipo, havendo casos em que os pares MZ apresentam grandes diferenças fenotípicas. Cerca de 30% dos pares MZ se originam da separação dos blastômeros num período muito precoce, isto é, até o terceiro dia após a fecundação, quando o zigoto segmentado ainda está no estado de mórula. Em consequência disso, formam-se dois blastocistos e os gêmeos resultantes mostrarão, ao nascer, dois córions, dois âmnios (diamnióticos dicoriônicos) e, dependendo da proximidade dos locais em que estavam implantados no útero, duas placentas bem separadas ou unidas. Os outros 70% de pares MZ são o resultado de alterações que ocorrem entre o quarto até o 14o dia após a fecundação do ovócito. Essas alterações podem provocar a divisão da massa celular interna, o que propicia o nascimento de gêmeos com dois âmnios e um córion (diamnióticos monocoriônicos) e uma placenta. No caso de essas alterações serem mais tardias, elas provocam a divisão do disco embrionário, disso resultando o nascimento de gêmeos com um único âmnio e um único córion (monoamnióticos monocoriônicos) e placenta única. Essas alterações tardias também podem provocar uma repartição desigual do material embrionário e, por conseguinte, a produção de maiores diferenças entre os pares MZ.
CAUSAS DA INFERTILIDADE FEMININA
- obstrução, ausência, aderência das tubas; miomas, pólipo e aderência no útero; DIP (doença inflamatória pélvica) - produz obstruções e aderências em várias estruturas; endometriose: causa aderências; anovulação ou oligo-ovulação (ovulação infrequente); tratamento de câncer; câncer de Colo de útero;
CAUSAS DA INFERTILIDADE MASCULINA
 
- Varicocele; infecções causadas por bactérias; agenesia de ductos deferentes, obstrução do ducto ejaculatório e também pela vasectomia; obstrução do epidídimo causada por infecções e inflamações; criptorquidia; alterações dos ciclos hormonais; ruptura na barreira hematotertiscial, o que leva a produção de anticorpos anti-espermatozoides; alterações cromossômicas numéricas, microdeleções cromossômicas e mutações genicas. 
 
TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Coito programado: O coito programado é um tratamento de baixa complexidade que consiste na indução de ovulação por meio de medicamentos, com acompanhamento ultrassonográfico. Quando os folículos alcançam o tamanho ideal, ou seja, o período ovulatório, o casal é orientado a ter relações sexuais com maior frequência. Deste modo, o tratamento permite prever em qual o dia do ciclo a mulher terá maior chance de engravidar. A efetividade do coito programado é em torno de 10 a 12% e varia devido a diversos fatores, como a idade da mulher.
Inseminação artificial: Trata-se de um procedimento simples, em que o sêmen é preparado e inserido diretamente no interior do útero, como objetivo de aproximar o espermatozoide do ovócito, facilitando, assim, a sua fertilização. A ovulação da paciente é estimulada e o controle é feito por meio de exames de ultrassom. Existem duas formas de inseminação artificial: a homóloga e a heteróloga. Na primeira, o material genético pertence ao casal interessado, pressupondo que a mulher seja casada ou mantenha união estável. É utilizada nas situações nas quais o casal possui fertilidade, mas não é capaz da fecundação por meio do ato sexual. Já na segunda, o esperma é doado por terceira pessoa (banco de sêmen) sendo aplicável, por exemplo, nos casos de esterilidade do marido e incompatibilidade sanguínea do fator Rh. Os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. 
 
Fertilização in Vitro Clássica (FIV): Técnica também conhecida como "bebê de proveta", a Fertilização in vitro (FIV) é um processo em que a fertilização dos gametas é feita em laboratório. Os espermatozoides juntamente com os óvulos são colocados numa cultura especialmente preparada e mantida em condições ideais de temperatura, em ambiente que simula as trompas. Se o processo evoluir favoravelmente, os pré-embriões são transferidos para o útero da mãe, onde irá se desenvolver a gestação.
Fertilização in Vitro com Micromanipulação de gametas (ICSI): O espermatozoide é injetado dentro do óvulo. Essa opção costuma ser adotada quando se sabe, previamente, que o espermatozoide não tem qualquer condição de fertilizar o óvulo por conta própria. O processo consiste em quatro etapas que acontecem em aproximadamente quinze dias: Indução da ovulação por meio de injeções de hormônios em doses altas; coleta de gametas, fertilização, e transferência embrionária.
Exercício – Fertilização, Segmentação e Implantação
Explique o mecanismo de capacitação e seus efeitos para o gameta masculino.
Cite, em ordem, as principais etapas do processo de fertilização.
Descreva a reação acrossômica.
Cite as funções exercidas pela zona pelúcida durante a fertilização.
Explique os mecanismos de bloqueio à polispermia.
Como ocorre a penetração do espermatozoide no ovócito?
Caracterize a segmentação do zigoto.
Descreva a fase de mórula e blastocisto.
Cite as funções da zona pelúcida após a fertilização.
Caracterize a reação de decidualização.
Cite as modificações do trofoblasto durante a implantação.
Descreva a origem do epiblasto e hipoblasto.
Descreva o destino das células proliferativas do epiblasto e hipoblasto que se direcionam às cavidades associadas a essas camadas.
Cite os componentes do córion.
Qual a relevância do pedículo mesodérmico?

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