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Mecânica dos Solos 2 Resistência ao Cisalhamento dos Solos PROFª: LETÍCIA AZEVEDO DE FARIAS PEREIRA EMAIL: let ic ia .azevedo@ufersa.edu.br UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI -ÁRIDO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL Trajetória de Tensões Os resultados dos Ensaios Triaxiais podem ser representados por diagramas chamados trajetórias de tensão, linhas que conectam uma série de pontos, em que cada ponto representa um estado de tensão experimentado pelo corpo de prova durante o andamento do ensaio. Lambe (1964) sugeriu um tipo de representação da trajetória de tensão que desenha q’ em função de p’ (onde p’ e q’ são as coordenadas do topo do círculo de Mohr). Trajetória de Tensões q’τ p’ Pode ser usado para representar tanto o desenvolvimento de tensões no campo, como num ensaio de laboratório. Trajetória de Tensões Assim, as relações para p’ e q’ são as seguintes: A representação gráfica do estado de tensões pelo círculo de Mohr não é apropriada para representar a trajetória de tensões. É preciso antes transformar o círculo de Mohr em um ponto. A trajetória de tensões é composta de dois trechos: • Um horizontal, correspondente à compressão isotrópica (fase 1) • Um inclinado de 45° à direita, correspondente ao aumento da tensão desviadora (fase 2) Trajetória de Tensões Trajetória de Tensões Considerando um corpo de prova de argila normalmente adensada submetida a um Ensaio Triaxial Adensado e Drenado (CD). No início da tensão desviadora, temos: Para essa condição, p’ e q’ serão representados graficamente como um ponto. Trajetória de Tensões Em algum outro momento, durante a aplicação da tensão desviadora, teremos: Trajetória de Tensões Se esses valores de p’ e q’ forem demarcados no círculo de Mohr eles representarão o ponto no topo do círculo. Trajetória de Tensões A linha resultante da ligação dos vários estágios da aplicação de tensão desviadora é chamada de trajetória de tensão e forma um ângulo de 45° com a horizontal. Trajetória de Tensões Considerando um corpo de prova de argila normalmente adensada submetida a um Ensaio Triaxial Adensado e Não- Drenado (CU). No início da tensão desviadora, temos: Trajetória de Tensões Em algum outro momento, durante a aplicação da tensão desviadora, teremos: Trajetória de Tensões Trajetória de Tensão Envoltória de resistência a partir da trajetória de tensões Envoltória de resistência a partir da trajetória de tensões A partir dos triângulos formados pelo centro e raios, obtém-se: Trajetória de Tensões Envoltória de resistência a partir da trajetória de tensões Nos casos em que a envoltória de resistência intercepta o eixo das ordenadas em um determinado valor (c) e não o ponto (0;0), também podemos obter o valor desse c, que representa a parcela de resistência atribuída a coesão, característica de alguns tipos de solos: Trajetória de Tensões Exercícios Diversos 1. Num terreno arenoso, cujo peso específico natural é de 19,0 kN/m³, o nível d’água se encontra a 2m de profundidade. Deseja-se estudar o estado de tensões a 6 m de profundidade. Estima-se que essa areia tenha um ângulo de atrito interno de 35°. Calcular as tensões principais, totais e efetivas. 2. No terreno referido no Exercício 1 anterior, fez-se um carregamento na superfície que provocou os seguintes acréscimos de tensão num ponto a 6m de profundidade: • No plano horizontal: Δσ = 81 kPa; Δτ = 25 kPa; • No plano vertical: Δσ = 43 kPa; Δτ = -25 kPa; e • Pressão neutra: Δu = 30 kPa Determine o estado de tensões efetivas devido ao peso próprio e ao carregamento feito, imediatamente após o carregamento e depois que a sobre-pressão neutra se dissipou, e compare esse estado de tensões com a resistência ao cisalhamento da areia. Exercícios Diversos 3. Para um ensaio de cisalhamento direto em areia seca, é fornecido o seguinte: • Tamanho do corpo de prova: 50mm x 50mm x 25mm (altura) • Tensão normal: 192 kN/m² • Resistência ao cisalhamento no momento da ruptura: 120 kN/m² a) Determine o ângulo de atrito Ø’ b) Para uma tensão normal de 200 kN/m², qual força de cisalhamento é necessária para provocar ruptura no corpo de prova? Exercícios Diversos Referências ▪ PINTO, C. DE S. Curso básico de Mecânica dos solos em 16 aulas. Com exercícios resolvidos. 3 ed. São Paulo. Oficina de textos. 2006. ▪ DAS, B. M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. 6 ed. Tradução All Tasks. São Paulo. Cengage Learning. 2011. ▪ MARANGON, Marcio. Mecânica dos Solos II - Notas de aulas. Disponível em: <http://www.ufjf.br/nugeo/pagina-do- aluno/notas-de-aula/mecanica-dos-solos-ii/>. Acesso em 01 dez 2018.
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